T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Garcia saiu da enfermaria e seguir em direção ao salão comunal, ficou feliz ao ver que havia uma mesa mais afastada, se sentou la e pediu pela bebida é comida, Juu San provavelmente estaria com fome, olhava as pessoas ali ate ver Cassira, contando historias com um grupo, pensava que passaria despercebido, até ouvir o pedido de uma música:

- Tudo bem Cassira, acredito que o ambiente precise de um pouco de animação!

Se levantou e pegou o violão, conferiu a afinação dele e começoua cantar:

- Todo esse tempo, todo whiskey que bebi foi por você (foi por você)
Todos esses anos na cadeia eu só pensava em você (você)
Todos esses dias caído na sarjeta que passei
É duro no dia-a-dia ser tratado como judas por matar alguém
Será mesmo esse preço que paga o bandoleiro
Passar a vida toda com um colt cano longo na mão
Será mesmo esse preço que paga o bandoleiro
E não poder mais olhar pra trás

Garcia estava tão focado na música que nem percebeu quando Juu San entrou no salão, mas a explosão de alegria dos outros o fez notar ela, parece que a historia da luta havia se espalhado, quando ela chegou na mesa ele parou a música e se virou para ela:

- Parece que a história da briga se espalhou, acho que você ficou famosa. Mas não deixe isso te assustar, peguei algumas coisas para comer, já que disse que não bebia.

Entrar na cantina foi uma das coisas mais difíceis.
Se não soubesse que Garcia estava esperando, sequer teria dado um passo.

Todos os gritos e animação e olhos não... Não era o tipo de atenção que queria, na verdade não queria atenção nenhuma.
O manto da cia. servia de proteção contra o mundo, me fechando nele fui até a mesa num canto que devia ser isolado.

O senhor Garcia disse algo que eu mal entendi, não por ele ter falado baixo ou algo do tipo... É só que...

Juu San

- Ahn? Ah. Sim!

Sentei-me de costas para a maior parte do salão, de frente para a parede.

Peguei um pedacinho de salame, e coloquei na boca por debaixo da máscara, que agora, mais do que nunca, não tinha a menor intenção de retirar.

Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Max, Juu San e Garcia

Max seguiu Gaston até a sala comunal da companhia, onde encontraria seus companheiros de grupo.

A sala comunal era um salão amplo, com uma grande lareira no lado esquerdo de quem entra pela grande porta dupla que dá acesso ao ambiente, e duas grandes mesas no centro, cada uma capaz de acomodar vinte pessoas, ambas abastecidas com jarros de bebida e travessas de comida. Além das mesas centrais, diversas mesas menores e sofás ocupavam as laterais do salão, providenciando um pouco de privacidade aos grupos que preferiam um momento reservado.

Vários aventureiros da companhia ocupavam a sala comunal naquele momento, alguns ao redor da mesa central, outros espalhados pelas mesas ao redor, conversando e descansando enquanto aproveitavam a comida e a bebida. Alguns dos aventureiros parecia estar apenas aproveitando o momento, rindo e bebendo, mas a maioria carregava seus equipamentos, como se estivem chegado agora ou se preparavam para partir.

Mochilas de viagem dividiam o espaço entre os bancos e as mesas com espadas, arcos e aljava, machados e alabardas e escudos de todos os tipos, e a luz da lareiras e das velas e das luzes mágicas cintilava em suas armaduras e nas gemas azul ou violeta de seus distintivos.

O lugar lembrava uma grande taverna.

Havia até mesmo um bardo em uma das mesas do fundo, tocando concentrado seu instrumento.

- Pode servir-se do que quiser - Gaston disse para Max, enquanto entravam no salão, cumprimentado alguns dos aventureiros. - Cortesia de nossos patronos.

Gaston levou Max para o fundo do salão, até a mesa onde estava o bardo e outro aventureiro mascarado que ele não hvia visto inicialmente, ambos com distintivos de gema rosada, como o dele.

- Garcia... Juu San... Este é Max Reilly. Ele ingressou na companhia agora e fará parte do nosso grupo. Quero que expliquem para ele como funcionam as coisas por aqui, como funciona a remuneração e a solicitação de equipamentos, e o que ele pode esperar...

- Venho encontrá-los mais tarde, para falarmos de nossa primeira missão, mas antes preciso cuidar de alguns documentos e relatórios...

Gaston então sai, eixando Juu San, Garcia e Max se conhecendo melhor.

Akura

A sede do Dragão de Ouro não ficava muito longe do Portão Leste de Yuvallin, onde havia acontecido o incidente com os bandidos, então não demorou muito para Akura avistar o edifício da companhia em meio a neblina que pairava sobre o Estábulo.

Uma curta escadaria de pedra levava às três portas duplas que davam no salão de entrada da companhia, onde diversas pessoas estavam reunidas naquele momento, entre eles alguns aventureiros da guilda aparentemente chegando de missão (a julgar pelos rostos cansados e roupas sujas), ou então se preparando para partir (supondo por suas roupas limpas, e pelos olhares que faziam ao olhar para o lado de fora, onde a neve parecia ter aumentado).

Helena passou pelo saguão cumprimentando rapidamente alguns dos aventureiros e guardas da companhia, e depois levou Akura por uma breve excursão pelas dependências, que terminou em uma das salas da administração. Uma pequena lareira aquecia o comprido escritório onde uma aventureiro de barba negra, e uma garota, ambos humanos, lidavam com diversos livros e documentos.

- Posso entrar? - disse a aventureira, entrando depois de bater rapidamente na porta.

- Ah, aí está você - disse o homem, desviando os olhos rapidamente do pergaminho em que escrevia. Um par de pequenas lentes de leitura se equilibrava em seu nariz aquilino. - Que bom que chegou, mas temo que perdeu a recepção do novo membro do seu grupo, aquele guerreiro novato que vimos no pátio...

- Sim, sim, sim... - Helena disse, interrompendo o homem. - Mas olha quem eu achei enquanto estava vindo para cá.

Ela dá um passo para o lado, saindo da frente de Akura, que nesse momento entrava suavemente no escritório.

- A fada! - disse o homem, levantando da cadeira lentamente, os olhos brilhando por trás das lentes de leitura.

- A própria - disse Helena, sorrindo. - Encontrei-a perto do Portão Leste, justamente vindo para cá. Foi uma coincidência fortuita, sem dúvida. Encontrei ela e uma guerreira muito promissora lidando com alguns bandidos, em um beco.

- Seja bem-vinda a nossa companhia, senhorita - disse o homem, se aproximando para cumprimentar Akura com uma leve mesura. - Ficamos muito contentes com seu pedido para se juntar ao nosso grupo, senhorita, pode acreditar. Não somos o companhia dos magos, como deve saber, embora tenhamos um ou outro arcano entre nós.

- Ficamos contentes, mas também intrigados. Por favos, diga-nos porque quer fazer parte de nossa companhia, senhorita...?

Próxima atualização: 25 de Janeiro.

Personagens da Aventura

Ava • PV 21/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.
Akura • PV 10/10 PM 8/10 Condição Nenhuma.
Garcia • PV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.
Juu San • PV 21/23 PM 1/3 Condição Nenhuma.

Max • PV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.

Max acompanhava Gaston ao seu lado enquanto caminhava sobre o tablado do chão do ambiente quente e aconchegante. Parecia uma taverna, mas apenas para aventureiros. Seus olhos deslizaram sobre os equipamentos, principalmente armas e as armaduras dos presentes, sempre comparando-as com os suas próprias.

Estalando os dedos e esticando os braços como se espreguiçasse, Max mostrava certo desdém, um olhar debochado e um sorriso canto de boca malemolente. Era de média estatura, nem alto, mas não baixo. Seus braços eram grossos e musculosos e seu peito largo. Tinha o rosto escanhoado, cabelos revoltosos. Puxou uma cadeira ignorando os aventureiros de gema rosada como o dele, quando Gaston os apresentava.

— E então, como funciona essa bodega? Ouvi dizer que pagam bem. Mas antes eu preciso de uma informação... na verdade, duas informações cruciais: onde fica a taverna com a cerveja mais gostosa de Yuvalin e onde fica o bordel da elfa mais bonita? Sabe como é, dizem que elas saíram de moda, que perdem para as qareens, mas no meu coração as elfas são as mais belas ainda.

E sorriu para os dois, dando um tapão no ombro de Garcia. Um tapa forte, mas não espalhafatoso e nem danoso, um tapa que não queria dizer nada pelo sorriso de Max, mas queria dizer tudo nas entrelinhas.

O ambiente era acolhedor, apesar de estranho. Não estava acostumada a tantos espaços em um prédio, e não deixava de sentir certo temor por quedas eventuais.

Chamado divino.

A fé na deusa da magia era absoluta, se Akura fosse uma clériga provavelmente usaria uma armadura em vez de vestes simples de Feiticeira.

Wynna surgiu em um sonho e me deu uma missão, entrar em sua guilda fazia parte dessa incumbência, acredito que ela deseja que meu dom seja usado da melhor forma e fazendo parte de vocês deve ser seu desejo para eu adquirir experiência.

Não havia malícias e nem mentiras naquelas palavras, havia uma parte do sonho que ela não compreendia e seria na guilda que teria respostas.

Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Ava

Cinco guardas vigiavam o salão de entrada da sede da companhia, observando atentamente os viajantes que entravam e saíam pelas portas duplas, cumprimentando com leves acenos de cabeça os aventureiros que passavam pelas duas portas internas que davam no interior do edifício.

Eram guardas da cidade, Ava percebeu, embora estivem melhor equipados do que aqueles que a yudeniana vira patrulhando as ruas. Todos vestiam capas cor de laranja sobre cotas de malha, elmos de aço com proteção para o nariz, e carregavam espadas longas, punhais e escudos triangulares com o símbolo da companhia.

- Precisa de ajuda, senhorita? - disse um dos guardas, bloqueando o caminho quando Ava se aproximou de uma das portas internas, por onde um trio de aventureiros acabara de entrar. - Sinto muito, mas o acesso é permitido apenas aos associados e pessoal autorizado. Mas se está aqui para se inscrever, pode falar com a moça no balcão...

O guarda fez um sinal para a parede no fundo do salão, onde três mulheres atendiam em um balcão em forma de meia-lua, que dava para uma pequena espaço com algumas mesas e prateleiras cheias de pergaminhos, pastas de couro e instrumentos de escrita.


- Bem-vinda ao Dragão de Ouro - disse uma das atendentes, quando Ava se aproximou. - No que posso ajudá-la? Está procurando por Helena? Ah, sim, ela chegou há pouco. Precisa ser apenas com ela, ou posso ajudá-la? Ah, vocês já se conhecem? Sim, entendo. Por favor, aguarde um momento, enquanto peço para alguém chamá-la...

- Alguém está procurando pela Helena? - disse uma voz masculina vinda da porta no outro lado do pequeno espaço da recepção, antes que a atendente se afastasse, e um instante depois Ava viu a quem ela pertencia: um aventureiro alto, de porte atlético, cabelos castanhos e barba rala, vestindo uma capa da companhia sobre uma meia-armadura, uma espada longa feita de um estranho metal azulado, e um cinturão cheio de algibeiras.

- Olá. É você que está procurando pela Helena? - disse o homem, se aproximando do balcão pelo lado de dentro. - Talvez eu possa ajudá-la. Sou Gaston. Trabalho junto com Helena...

Personagens da Aventura

Ava • PV 21/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.
Akura • PV 10/10 PM 8/10 Condição Nenhuma.
Garcia • PV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.
Juu San • PV 21/23 PM 1/3 Condição Nenhuma.

Max • PV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.

Garcia ficou feliz de ver Ju San ali, embora ainda parecesse meio perdida, ele continou tocando mais algumas cancções até Gaston chegar um novo membro, um jovem rapaz chamado Max, parecia bem energético, mas o tapa no ombro o pgou de surpresa, sua ilusão podia enganar os olhos mas não o tato. Parecia que mas não tinha notado nada de anormal, então o respondeu normalmente:

- Bom, a melhor cerveja que se tem acredito que seja a daqui, quanto aos bordel vou ficar te devendo Max, confesso que não conheço os daqui.

- Bom, recebemos bem, a organização oferece os itens básicos para as aventuras como armas e suprimentos para viagens. Também temos a questão do saques, dependendo das clausulas da missão ficamos ou não com parte dele, Gaston vai passar exatamente os detalhes da missão É você Max, de onde é?

Era bom ter sangue novo ali, se perguntava como seria aquela primeira missão dada por Gaston.

AVA

A SOLDADO EM PENITÊNCIA

A

va não retruca a abordagem dos guardas, apenas olha apra o local que apontam e segue sem falar nada, ainda com a garota a sua frente. Rápida e direta e lá informa que está atrás da Helena, aquele protocolo todo lhe trazia certas memorias de quando era recruta respirou fundo e apenas concordou ou negou com acenos de cabeça.

Após aguardar por alguns minutos um homem surge, Ava o encara por um tempo. Helena olha em volta procurando pela mulher que deveria ser alguém bastante ocupada.

- Bem, ela me fez um convite pessoalmente e ficou de ajudar com um assunto delicado.

Ava encara o homem e suas expressões, ela tentava deduzir oq eu talvez ele estivesse pensando.

- Assunto delicado? Ah, entendi. É o velho código para "não se meta em nossos assuntos, homem", não é? - ele diz, sorrindo para Ava de canto e piscando um olho, como quem havia entendo o que ela queria dizer. Bem, se é um assunto pessoal, vou pedir para alguém chama-la...

Ele olha para seu ferimento e para a garota.

- Mas isso parece bem feito. Corte de espada? Parece mais faca.... Quer cuidar disso enquanto espera? Temos um pequeno hospital com bons curandeiros, aqui. Pode esperar por Helena lá... E ela também... Também está ferida, não?

O homem aprecia preocupado porém Ava não sabia dizer se era algo real ou não.

- Estou bem, mas aceito um bálsamo se tiverem algum para vender.

Ela então olha para a garota, não tinha percebido que ela estava ferida, então lembrou do encontrão e da forma que os bandidos a trataram.

- Ela é o assunto delicado que vim tratar com Helena.

- Ah, entendi Ela é o assunto delicado, então.... Por acaso ela não é filha da Helena, é?

Ava estreita os olhos, tentava entender a razão daquele comportamento diante da situação, ela não estava rindo a garota não estava rindo, ninguém aprecia estar rindo a não ser ele. Ava suspirou impaciente.

- Mas, então, venha comigo até a enfermaria. Madame Roseanne ou uma das garotas pode ajudá-las enquanto esperam por Helena. Vou pedir para alguém avisá-la agora mesmo... Siga até aquela porta.

Ele aponta para a porta lateral à direita do balcão, e faz sinal para os guardas permitirem a passagem das duas.

- Vamos!

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Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis  

Ava  

Ava sentiu o ferimento arder como se estivesse em brasa, quando Roseanne começou a aplicar a pomada curativa, mas, aos poucos, a sensação foi passando, juntamente com a fisgada de dor que ela sentia sempre que movia o corpo, até que, depois de alguns momentos, tudo que restou foi uma leve dormência.

- Isso também vai passar logo - disse a sacerdotisa, enquanto cobria o ferimento com um pano limpo e enrolava uma faixa ao redor do torso de Ava, para segurar a compressa. - Apenas uma precaução para manter o ferimento protegido e a pomada agindo por mais algum tempo - explicou. - Pode tirar a compressa antes de dormir...

Uma das enfermeiras começou a reunir o material que Roseanne usara para limpar o ferimento de Ava, enquanto a yudeniana se levantava para pegar sua armadura, a qual retirara e deixara sobre uma mesa próxima, junto com suas armas, para facilitar o trabalho da sacerdotisa.

- Pode ficar sem a armadura, por enquanto, se quiser... - disse Helena, que estava parada perto da entrada do espaço reservado, separado do restante da enfermaria por uma longa cortina, esperando o fim do tratamento, se aproximando.

A aventureira chegara havia pouco minutos, quando Roseane estava limpando os ferimentos de Ava.  

- Que bom que veio - dissera, sorrindo. - E trouxe a garota, também...

A menina estava sentada em uma maca no outro lado do espaço reservado, perto de uma pequena lareira usada para aquecer a água e limpar os instrumentos usados nos tratamentos, sendo atendida por uma das aprendizes se Roseanne.  

- Bem, está pronto - disse a enfermeira, depois de um momento, recolhendo seu material.

- Tudo bem com ela? - Helena pergunto, quando a mulher passou.

- Sim, era apenas um pequeno corte. Limpei o ferimento e apliquei uma pomada, então ela logo vai ficar bem. Demorei um pouco mais do que devia por causa da sujeira. Ela precisa de um banho, urgente...  
 
A garota se levantou da maca e se aproximou, mas ficou um pouco distante, observando tudo com seus grandes olhos castanhos, como um animalzinho acuado...

- Pode vir - disse Helena, fazendo um sinal para a garota se aproximar. - Não precisar ter medo. Seu nome é Miriam, não é?

Fora Roseanne quem perguntara o nome da garota, assim que ela chegou. A princípio, a menina não parecia disposta a revelá-lo, mas depois de ganhar um doce, e olhar de canto de olho para Ava, ela cedeu.

- É um belo nome - continuou Helena, sorrindo para a menina, que olhava para ela sem se mexer, desconfiada.

A aventureira não insistiu, se virando então para Ava.

- Fico feliz que tenha aceitado vir aqui, para cuidar desse corte, e do machucado da menina. Essas coisas podem ficar feias, se não forem tratadas rápido, até porque não sabemos o que esses bandidos podem estar usando nas lâminas... Felizmente, Rose é muito boa no que faz. Notou como essa pomada é cheirosa em comparação com aquelas coisas que os alquimistas vendem?

O unguento curativo que Roseanne aplicara no ferimento de Ava ardia mais do que o normal, mas tinha um cheiro extremamente agradável, muito diferente dos emplastos que a yudeniana usara anteriormente.

- É uma receita de família - disse a sacerdotisa.

- Então, pensou na proposta de trabalho que te falei? - Helena continuou. - Nossa companhia está sempre atrás de pessoas com sua força e habilidade...

Ava recuperou 2 PV.

 
 

Akura  

Akura esticou seu braço, e a longa pena de grifo, para alcançar o tinteiro que estava no centro da mesa, tirou rapidamente o excesso de tinta passando a ponta sobre a borda do frasco, e então voltou a se debruçar sobre o pergaminho que estava diante dela, para escrever seu nome nos registros da guilda.

- Seja bem-vinda ao Dragão de Ouro - disse Duncan, o velho aventureiro que administrava a companhia, quando Akura concluiu, enquanto sua assistente recolhia o pergaminho e o livro de registro que a sílfide assinara.

O homem olhava para Akura com uma admiração que contratava muito com a curiosidade com que os humanos normalmente olhavam para ela, graças, talvez, ao motivo que ela dera para ingressar na guilda.

- Ficamos muito honrados por ter nos escolhido - ele dissera, depois de ouvir a justificativa de Akura, que teve a leve impressão de que o aventureiro não falava com ela naquele momento.

- E eis o símbolo de nosso grupo...

O distintivo gravado com a efígie do dragão de oito patas, segurando uma pequena gema rosada, brilhou quando o homem o ergueu de cima da mesa, para alcançar para Akura. Ela devia receber uma capa laranja, também, ela sabia, porém, ao que parecia, eles ainda não tinham algo do seu tamanho.

- Será providenciado imediatamente.

O outro aventureiro que estava na sala se aproximou da mesa enquanto Duncan entregava o distintivo para Akura. Seu nome era Gaston, um dos supervisores, junto com Helena, do grupo que Akura passaria a fazer parte imediatamente, para espanto do aventureiro.

- Seja bem-vinda - ele disse, sorrindo.

Gaston chegara pouco depois de Akura se apresentar a Duncan, procurando por Helena, quando foi informado que a sílfide estaria a disposição de seu grupo de aventureiros assim que assinasse sua licença temporária de trabalho.

- Como assim, imediatamente? - ele dissera, surpreso. - Ela não vai passar por um teste, como os demais? Não sabemos o que ela pode fazer, seu grau de experiência, habilidade em combate...

- Será seu dever avaliar suas capacidades em campo, durante as missões, como antigamente - dissera Duncan.

- Achei que a guilda tinha proibido aceitar novatos sem uma avaliação.

- Sempre foi mais uma recomendação do que uma ordem - disse Duncan. - E sabe que agora não dispomos nem de pessoal nem de tempo para os testes, com tudo que está acontecendo...

Gaston não parecia convencido, mas aceitou a ordem.

- Bem, acho que a melhor forma de começarmos imediatamente é apresentando-a ao seus companheiros de grupo - ele disse, enquanto Akura fixava o emblema em sua roupa. - Vamos?  



Garcia, Juu San e Max  

Diversos grupos de aventureiros chegaram no salão comunal depois que Max fora apresentado aos seus companheiros de grupo, e agora mais do que antes o lugar parecia uma grande taverna.

Garcia se mantinha afastado do centro do salão, sentado em um dos sofás mais distantes da luz e da balburdia, mas não longe da atenções dos aventureiros que tomavam o lugar, que pareciam ter descoberto seu talento, e que agora pediam músicas como velhos conhecidos.

- Toque outra - dizia um dos aventureiros sempre que uma canção terminava.

Juu San estava sentada perto de Garcia, escondida atrás de umas vigas do salão, aproveitando o momento de solidão agora que as atenções se voltavam para o bardo e para Max, seu novo companheiro de grupo, que conversava com outro grupo de aventureiros, pouco adiante.

- Somos praticamente uma força de combate de elite - dizia Belgram, um dos primeiros aventureiros a cumprimentar Max pelo seu ingresso na companhia, explicando alguns detalhes do trabalho. - Nossa função principal é lidar com os problemas que os guardas da cidade não conseguem resolver, o que geralmente significa cuidar de algum monstro que resolveu se esconder em uma das minas ou caverna da região, ou então expulsar alguns bandidos que se tornaram abusados demais.

- Mas isso não é uma regra - diz, Cassira, uma bela espadachim de cabelos negros que estava sentada em uma das mesas centrais. - Algumas vezes, as missões não envolvem combate, por isso precisamos estar sempre prontos para o inesperado, como bons aventureiros.

- Falou a mulher que resolve tudo com a espada - continuou Belgram, recostando-se na cadeira, bebendo uma jarra de cerveja.

- Eu não disse que não precisamos estar prontos para o combate - a espadachim respondeu, sorrindo. - Apenas que algumas vezes é preciso usar a cabeça e não os músculos...

- Alguém falou em músculos? - disse um guerreiro enorme que entrara no salão a poucos instantes, sentando na mesma mesa de Belgram.

- Falávamos de músculos sem cabeça - disse Belgram, brincando com o companheiro de grupo, que começava a se servir de cerveja e carne de porco.

O guerreiro que chegara usava uma meia-armadura, como seu companheiro de grupo, e trazia uma espada bastarda a tiracolo, junto com sua mochila de trabalho e um escudo triangular tão arranhado que pouco se via o brasão da companhia.

- Ora, mas eu também sei usar a cabeça - disse.

- Sim, mas falávamos em usar a cabeça para pensar, não como aríete - disse Belgram, provocando uma explosão de risos nos aventureiros ao redor.

O brutamontes não pareceu se importar com o comentário, rindo com os companheiro.

- Foi apenas uma vez. E eu ia bater de ombro, lembra? Só que tropecei... E a porta abriu, não abriu?

Todos riram ainda mais.

Personagens da Aventura  

Ava • PV 23/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.  
Akura • PV 10/10 PM 8/10 Condição Nenhuma.  
Garcia • PV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.  
Juu San • PV 21/23 PM 1/3 Condição Nenhuma.
Max • PV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.

Max se servia de uma caneca de cerveja quando o sujeito ossudo começava a falar.

— É, tu não tem cara de quem gosta de coisas carnais...— Falou mais pra si que para ele. — Vejamos, eu sou de Nova Malpetrim. Situação tá feia pela região, mas enfim. Vim aqui pra ganhar um bom dinheiro e me divertir.

Após essa resposta, outros aventureiros daquele grupo se aproximaram para lhes dar uma espécie de boas-vindas. Max cumprimentou todos com um aceno da cabeça, bebendo sua cerveja despreocupadamente.

Encheu uma terceira caneca seguida quando Cassira e Belgram dialogavam.

— Ah, não. Eu gosto de missões em que posso usar minha espada. Charada, enigma, bajular pessoas... não é pra mim. — Disse pensando que talvez nem mesmo usar sua espada seja preciso, uma vez que sua força era lendária para um aventureiro inexperiente. De repente poderia resolver problemas com os punhos ao invés da espada.

Max sorriu para os dois, analisando de cima abaixo a bela Cassira, quando um brutamontes apareceu. Parecia bem estúpido e logo foi alvo de risadas de todos. Max se sentia integrado e riu junto.

— Ah, eu deixo esse negócio de pensar para os magos, bardos, ladrões e outros franguinhos. Eu quero é descer a madeira. — Riu pegando um pedaço de carne de porco que Cassira estava comendo.

— Sabe o que dizem? Força bruta e agilidade astuta combinam bastante, se é que me entende. — Piscou o olho para a bela espadachim de cabelos negros.

 

Coração de Rubi  
Aventura 1: Forja de Heróis  

Max, Juu San e Garcia  

Cassira parecia ter achado o flerte de Max bem divertido. Ela riu gostosamente, se recostando na cadeira para olhar melhor para o rapaz. O guerreiro brutamontes, no entanto, não achou a mesma graça.

- Ei, pode ir parando com isso agora mesmo, moleque - diz o guerreiro, olhando para Max por sobre a caneca de cerveja que estava bebendo. - A agilidade dessa gata combina com força bruta, sim, mas com a minha força bruta... - ele diz, apontando com o polegar para si mesmo.

- Sua força bruta? - diz Cassira, virando a cabeça e suspirando, como se estivesse cansada. - Ah, me poupe! O maldito botou na cabeça que eu tenho algum interesse por ele - ela diz para Max. - Como se eu fosse querer alguma coisa com um bruto sem um mínimo de educação, como aquele...  

- Já nosso novo companheiro, aqui - ela diz, tocando levemente a mão de Max e piscando para ele, - ele sim parece ser um homem que sabe tratar bem uma dama...

Apesar do toque e das palavras da mulher, Max teve a leve impressão de que ela estava realmente atenta era na reação do brutamontes.

- Ei, pode ir tirando essa mão daí, moleque - disse o guerreiro, se levantando.

- Ora, deixe o rapaz, Jaggar, eles estão apenas conversando - disse Belgram, que ria animadamente diante daquela situação. - E você, Cassira, heim?

A mulher riu e piscou para o homem, fingindo que não tinha nada a ver com aquilo.

- Como deixar para lá? - Jaggar, que não tinha entendido nada, tentando passar pelo amigo e outros dois outros aventureiros que estavam ao redor, que pareciam mais animados do que realmente preocupados. - Ele tá pegando na mão da minha mulher, aquele fedelho!

- Eu não seria sua mulher nem se você fosse o último homem do mundo - disse Cassira, que agora deslizava os dedos pelo braço de Max e olhava para ele como uma donzela, para desespero do brutamontes.

- Agora isso já está passando dos limites!

- Ora, chega disso, meu amigo - disse Belgram, tentando conter o companheiro de grupo. - O que pretende fazer? Começar uma briga por causa de um toque de mão? Não, é claro que não, ainda mais quando há formas mais civilizadas de resolvermos as coisas, não é mesmo? Que tal uma disputa de braço de ferro, heim?

As pessoas ao redor pareceram se animar com a ideia do guerreiro.

- Sim, sim, braço de ferro, está bom para mim - disse Jaggar, sorrindo de modo bizarro quando começou a entender a ideia. - Mas talvez o moleque não queira...

- E, então, rapaz? - Belgram pergunta para Max. - Aceitaria uma disputa de braço de ferro com nosso campeão?

Os aventureiros ao redor começam a gritar, entusiasmados.

- Por favor, aceite - ele diz para Max, depois de um momento, aproveitando a balburdia que tomou os aventureiros ao redor, que impedia o bruto de ouvir. - Amanhã ele já esqueceu tudo isso, mas não vai largar do seu pé enquanto Cassira estiver provocando-o...

- E como a culpa foi dela... - ele diz em voz, desta vez aumentado a voz para que todos pudessem ouvir. - O vencedor, além da fama e de algumas moedas, ganhará um beijo bem molhado de Cassira.

"Moleque".

Max olhou de lado buscando o brutamontes que proferiu o pequeno insulto. Seu rosto foi sobreposto por uma lembrança de anos atrás, quando ainda era de fato um moleque e foi vítima de um adulto intrometido. A mão pesada sobre o ombro, a tentativa de intimidá-lo. Max sorriu de canto olhando para baixo afastando a lembrança e balançando a cabeça calmamente.

O toque da mão de Cassira foi uma surpresa, mas ele percebeu que estava apenas sendo usado para causar o destempero no sujeito. Talvez não tivessem nada, ou tivessem tido algo alguma vez. Talvez o tal Jaggar fosse uma pequena marionete a realizar as vontades de Cassira em troca de um pouco de atenção e afago.

— Ora, gigante, você não parece reconhecer uma derrota quando está diante de uma. — Disse provocando ruídos provocativos de uma plateia a se interessar pelas vozes altas que Max, Cassira e Jaggar emitiam.

Belgram ainda tentou amenizar a situação, mas Max torcia para que o brutamontes tomasse alguma atitude agressiva, para que pudesse brigar de maneira justificada. Não fosse toda a situação de novato desconhecido no meio de pretensos aventureiros, já teria batizado o nariz de Jaggar com um belo soco.

Porém, para a decepção de Max, Jaggar foi convencido a uma disputa "civilizada": o braço de ferro.

— Em Nova Malpetrim chamam de "Queda-de-Braço". Acho que os minotauros chamam de "Luta de Braço", mas o que eles entendem, não é?

Deu de ombros, sentindo o toque suave da mão de Cassira em seu braço à mostra. Belgram insistiu que ele aceitasse, mas Max não lhe deu ouvidos.

— Não preciso de moedas, nem de beijos molhados se Cassira não quiser. — Nisso, levantou-se e puxou uma cadeira para se sentar em outra mesa. As pessoas se reuniram no entorno e Max fez um gesto com o rosto para Jaggar sentar em sua frente.

Os braços se colocaram dispostos.

E Max não teve dificuldades de vencer. Começou com um arranque forte, surpreendendo Jaggar. Sua veia no muque saltou imediatamente. Tentando se recompor, o brutamontes firmou o pulso, tentando estancar a derrota. Mas apenas atrasou um pouco mais, pois Max tinha a veia da testa saltada e os dentes rilhados escondidos nos lábios comprimidos.

Por fim, as costas do punho de Jaggar tocou a mesa e houve chiados, gritinhos e até um assovio. Max vencera.

— Você foi bom. Mas enfrentou o melhor.

Enquanto eu comia alguns petiscos e aproveitava o fato que as pessoas começavam a prestar mais atenção na música que Garcia tocava que em mim houve mais uma mudança no ambiente da cantina.

Gaston apareceu, acompanhado de um homem. Era jovem e, aparentemente, forte.
Por algum motivo ele foi trazido para perto de nossa mesa. E mais surpreendentemente ainda, foi apresentado para nós.
Seu nome era Max Reilly e seria nosso mais novo companheiro da companhia. E membro do nosso grupo de missões.
Gaston também pediu para nós explicarmos para ele as regras e coisas parecidas, mas...
Garcia acabou falando, então eu não precisei dizer nada.

Ainda mais por que a duas perguntas que ele fez, eu não saberia a resposta
Apenas fiquei ali observando e mordiscando um pedacinho de salame.

E quando o clima no salão parecia estabilizar novamente, uma confusão começou.
Acho que tinha algo haver com Cassira, Max e Jaggar.
E depois Belgram se meteu no meio.
E por algum motivo Jaggar e Max acabaram num disputa de braço de ferro.
Que Max prontamente venceu deixando todos meio espantados e rindo.

Toda a agitação acabou me deixando com fome de verdade. Então me levantei e fui apanhar alguma coisa com cara de refeição.
Fui e voltei pensando em algo a dizer para o novo companheiro.

Quando finalmente voltei para a mesa me aproximei de Max e disse apenas

Juu San

- Parabéns pela vitória!

Sentei-me e comecei a comer. Sem nunca retirar a mascara. Não era fácil. Mas já tinha me acostumado.

 

Coração de Rubi  
Aventura 1: Forja de Heróis  

Max, Juu San e Garcia  

A disputa entre Max e Jaggar mudou o clima no salão comunal, até então um pouco melancólico por causa do trágico evento que abalara a companhia naquele dia. Os aventureiros riam e gritavam, cumprimentando Max pela vitória que surpreendeu a todos, mas principalmente Jaggar, que parecia não ter entendido o que acontecerá.

O guerreiro fora literalmente atordoado pela força extraordinária de Max, mas não demorou muito para a surpresa se transformasse em ira.

- Moleque maldito, filho de uma...

Do outro lado da mesa, cercado por outros aventureiros, Max viu o enorme guerreiro se levantar, encarando-o como um touro furioso prestes a investir, os punhos cerrados, os músculos tensos, o rosto vermelho de raiva e vergonha, e por um momento, passou pela cabeça do petriniano que ele talvez tivesse a briga que esperava.

E o bruto subitamente começou a rir.

- Hahahaha! Por essa eu jamais ia esperar! Derrotado por um garoto cheirando a leite! - disse, se aproximando para cumprimentar Max com um aperto de mão tão forte que mais parecia uma continuação da disputa. - Mas que força, heim, rapaz? Pelos deuses, há tempos não encontro alguém capaz de me derrotar. De onde vem, rapaz? Das montanhas? Só um filho das montanhas teria uma força como essa.

Atrás do gigante, Belgram ria de tudo aquilo enquanto recolhia o pagamento das apostas que fizera.

- Parece que encontramos mais um competidor para defender o nome do Dragão de Ouro na disputa das companhia, esse ano, heim, Jaggar?

- Talvez - disse o bruto, que apertava o ombro de Max com respeito. - O moleque é um pouco bruto, mas tem potencial. Com mais um pouco de treino, talvez possa defende o nosso nome no arremesso de peso ou no braço de ferro... Ou, como chamou mesmo, rapaz? Queda de braço...? Gostei.

- Eu diria mais do que talvez - disse Belgram. - Afinal, vimos o que ele fez com nosso campeão...

- Ei, aquilo foi sorte - disse Jaggar, rindo. - Ele me pegou de surpresa!

- Sei... - disse Belgram. - De qualquer forma, ao vencedor, o prêmio. Aqui, fique com uma parte dos ganhos, rapaz. Você mereceu.

Ele joga para Max um pequeno saquinho com algumas moedas.

- Bem, parece que também tenho que cumprir o combinado - diz Cassira, surgindo de trás dos aventureiros e se aproximando de Max.

Jaggar ficou paralisado mais uma vez vendo a mulher se aproximar de Max, segurar sua cabeça entre as mãos que pareciam delicadas, mas que eram ásperas por causa do uso da espada, olhar em seus olhos com seus belos olhos verdes, e então beijá-lo.

A multidão gritou mais uma vez, exultante, mas o beijo terminou tão rápido quanto começou.

Cassira era uma mulher bela, perfumada, cujos gestos e olhares incitavam o desejo quase naturalmente, mas quanto beijou Max, não hvia desejo.

- E eu, não ganho nada? - disse Jaggar, olhando desconsolado para a mulher.

- Quem sabe - ela disse, sorrindo para o guerreiro.

Max parecia um rapaz com impeto bem aventureiro, se enturmou bem rápido com o restante dos membros da Guilda, ouviu alguém pedindo mais uma canção, abriu um sorriso e respondeu:

- E para já, esse aqui e para aquele que não tiram o copo da mão.

Mas eu não passo mais um dia sem beber
Pois se não beber penso até que vou morrer
E na cachaça eu sou rei sou coroado
No meu bairro sou um rapaz considerado
Os taverneiros já não querem me vender
Pois a cachaça faz um homem enlouquecer

Quando eu morrer quero em minha sepultura
Uma garrafa de 2 metros de altura
E uma encanação que me leve até a boca
Para num instante eu deixar a garrafa oca

Garcia andava pelo salão cantando com seu violão animado, passando pelas pessoas, ao final da música uma mesura a todos ali, voltou para a mesa onde estava pode ver o final da disputa de braço de ferro, Max era um rapaz bem forte, deu um tapa amigável nas costas do rapaz e disse:

- Parece que temos um forte guerreiro aqui hein!

Sua história foi aceita sem muito problema, isso deixou Akura satisfeita.

Então foi apresentada a o líder do esquadrão ao qual faria parte.

Prazer, sou Akura, apóstola de Wynna.

Gostava do som quando se apresentava, mas fazia mais isso pois era complicado ver o símbolo de sua deusa em suas vestes minúsculas.

Então ouviu certa insatisfação do líder, não podia negar a preocupação.

Senhor, eu nasci e vive nas Sanguinárias, estou ciente do perigo e posso evitar a maior parte dos problemas.

Falou com um sorriso enquanto acompanhava até os demais membros.

 

Coração de Rubi  
Aventura 1: Forja de Heróis  
Parte 1: Vida de Aventureiro  

Ava, Akura, Juu San, Garcia e Max estão reunidos no pátio da companhia, preparando-se para partirem em sua primeira missão.

É a primeira hora do dia. O sol da manhã ilumina os telhados dos prédios e das as chaminés que cobrem o Distrito da Forja, no centro da cidade, distantes, de onde emanam imensas espirais de fumaça que são dissipadas lentamente pelos ventos que percorrem o imenso céu azul que cobre o mundo, no qual algumas poucas nuvens alvas como leite, lançam seus últimos flocos de neve sobre a cidade. Nos campos cobertos de névoa do Distrito do carvão, e nas ruas sombrias do Estábulo, no entanto, o frio da noite ainda ronda.

O pátio está agitado. Diversos grupos de aventureiros se reúnem no terreno, alguns aproveitando o tempo para treinarem em conjunto, aproveitando o tempo bom, outros, se preparando para partirem em missão, assim como vocês, mas apenas alguns também preparam montarias.

Cinco trobos fortes e robustos, estão amarrados diante do estábulo, sendo preparados pelos cavalariços da companhia para serem usados pelo grupo: quatro por vocês e um para Gaston, que fora escolhido para supervisionar o o grupo durante a missão.

- Não conseguimos outro trobo - disse Gaston, quando encontrou o grupo, no início da manhã. - Sinto, mas terá que acompanhar alguém, Akura.

A companhia possuía alguns cavalos, mas os trobos eram a principal montaria da ordem, sendo usados para praticamente todo tipo de função, e eram bem requisitados.

- Tive que acordei bem cedo para pegar esses - disse Gaston, - e quase precisei duelar por eles.

A princípio, Helena e Gaston deveriam acompanhar o grupo, mas a aventureira aparentemente recebera uma tarefa de última hora, e ficaria na sede.

- Vou aproveitar para falar com Mirian - ela comentou rapidamente com Ava, quando veio encontrar o grupo, para ver como estavam se saindo.

Ava fora a última a encontrar o grupo, na noite anterior, depois de Akura.

Quando Akura chegou, os aventureiros no salão comunal ainda estavam muito animados por causa da disputa entre Max e Jaggar, mas todos pararam para ver a fada que era o assunto da vez. Entre diversos cumprimentos de boas-vindas e olhares curiosos, ela foi apresentada a seus companheiros, para se conhecerem um pouco antes de sua primeira missão.

Ava chegou um pouco depois, quando muitos aventureiros já haviam deixado o salão, mas também foi muito bem recebida por todos os presentes, curiosos para conhecerem a misteriosa guerreira que portava duas espadas, que também se tornara um dos assuntos da noite.

- Pois bem, estão prontos para partirem? Precisam de alguma coisa? - Gaston pergunta, quando os trobos e o grupo parecem estar prontos, se dirigindo principalmente aos novatos, Max, Akura e Ava. - Como devem saber, a companhia disponibiliza muitos equipamentos para usarmos nas missões, como armas, armaduras e equipamentos de aventura. Não temos tanto quanto gostaríamos, mas temos muitas coisas, então, não fiquem acanhados em pedir, se quiserem algo.... O importante é sempre estarmos bem preparados, pois não sabemos com o que podemos nos deparar... como na nossa missão atual, por exemplo...

- Parece que uma das fazendas subterrâneas que fica embaixo do Distrito do Carvão foi atacada por algum tipo de criatura, está noite. Pediram para nós investigarmos e lidarmos com o que quer que seja que esteja atrapalhando a produção, mas, como acontece muitas vezes, vocês vão ver, não há muitos detalhes, então precisamos ir até lá e fazer algumas perguntas, ver o que aconteceu...

Ele aguarda um momento pela resposta.

- Então, se todos estiverem prontos, podemos partir... Akura, decidiu com quem vai?

Notas

Finalmente, o grupo está reunido para partirem em sua primeira missão.

Como viram na descrição, o encontro entre Akura e Ava com Max, Juu San e Garcia ocorreu no dia anterior, no salão comunal da companhia, mas todos estão livres para acrescentarem diálogos ocorridos durante as apresentações.

Ava assinou os documentos de registro depois de deixar a enfermaria e antes de encontrar o grupo no salão, quando recebeu sua capa e seu distintivo de aventureira profissional.

Próxima atualização: 4 de Fevereiro.

Personagens da Aventura  

Ava • PV 23/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.  
Akura • PV 10/10 PM 9/10 Condição Nenhuma.  
Garcia • PV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.  
Juu San • PV 22/23 PM 2/3 Condição Nenhuma.
Max • PV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.

Após uma noite muito divertida no salão, eles estavam prontos para a primeira missão, com exceção de Juu San e Max, os outros rostos eram novos ali, uma bela moça de cabelos prateados e uma fada, era a primiera vez que ele via uma tão de perto, conhecia apenas pelas historias. Ao encontrar todos, ja estava com seu equipamento, sua adaga, besta e seu inseparável violão, além de sua mochila com alguns pertences.

- Bom dia pessoal! - disse ele erguendo seu chapéu em cumprimento.

Ouviu sobre o que seria a missão, aparentemente uma estranha criatura estava atacando o Distrito do Carvão, precisariam levantar algumas informações sobre ele, Garcia foi até o trobo e passou a mão na sela, se lembrou de casa, não era muito bom em cavalgar mas conseguia se manter numa cela:

- Akura se quiser pode vir comigo.

Akura não entendia aquelas festividades por novos recrutas, menos ainda sabia como agir ali.

Sua vida nas sanguinárias não dava tempo para coisas coisas como aquelas.

Era divertido, não podia negar, mas também fazia se sentir deslocada ali.

Conversou um pouco com os outros, negou mostrar sua magia de forma educada, pois para ela a magia não devia ser usada de forma frívola, mas um dia aprenderia como Conjurar um banquete para agradecer.

Não bebeu, pois nenhum copo servia, mas comeu e contou histórias das Sanguinárias. De lagartos que só se viam em Galrasia e monstros nascidos nos piores pesadelos.

Essas histórias não eram delas, mas de toda a tribo ao qual pertencia e um dia tentaria reencontrar.

Obrigada a todos, espero ser útil a partir de amanhã, mas agora devo me recolher.

A sílfide se despede caindo em um sono sem sonhos, mal lembrando que ainda não sabia do que se tratava o desejo de sua deusa.

No dia seguinte foi oferecida serviços da guilda, mas foi a visão dos trobos que fez a fada ficar pálida.

Er, teria como arrumar uma carroça? Eu não acho que seria uti sobre o lombo de um animal maior que um cão de guarda.

Era medo, mas se não fosse possível arrumar qualquer alternativa aceitaria a boa vontade de Garcia.

Max ria com os demais, entrosado com o grupo da companhia. Por fim, também desenvolveu uma espécie de rivalidade amigável com Jagger e aceitou prontamente uma revanche outro dia.

Como um bom fanfarrão de Petrynia, Max contou histórias de quando morava em Nova Malpetrim, sobre heróis e vilões se enfrentando em um cenário fantástico. Monstros e outras esquisitices que atormentavam o povo petryniano. Não mencionou muito os minotauros, ou o problema recente da Tormenta em Tapista, pois mantinha o clima ameno e agradável.

E claro, Max também contou alguns de seus feitos, de como conseguia realizar grandes atos de bravura e força mesmo sendo jovem e não tendo viajando tanto.

Max bebia bastante e falava alto. Tinha uma estatura mediana, os ombros largos e os braços musculosos compridos. Sorriso fácil, olhos grandes e efusivos.

Não gostou muito de perder o foco das atenções quando uma sílfide apareceu. As achava muito estranhas, misteriosas e loucas. Comentou baixo, discretamente com Jagger sobre o que achava do povo fada.

Então, apareceu a outra, a tal Ava. Uma mulher alta e forte. Seus cabelos brancos chamavam atenção, bem como aquela cicatriz no rosto, os olhos fundos e realçados pela sombra.

Ele pensou em abordá-la imediatamente. Era uma mulher que não podia escapar de suas palavras... mas quando a viu se sentar sozinha, bebendo água, Max teve um raro lampejo de bom senso e decidiu deixá-la em paz.

Mas também sentiu o cansaço e o peso do álcool na mente e se retirou para dormir em algum dormitório qualquer, usando seu saco de dormir para descansar, como um bom bêbado sem noção de que havia uma cama para ele.


Max acordou no dia seguinte com a cabeça latejando. Levantou-se com o corpo dolorido, principalmente o muque direito, aquele usado para destruir Jagger no braço-de-ferro. Lavou o rosto com a bacia de água, se preparou e saiu com a armadura. Mas não se juntou logo ao pátio, Max ficou em um canto fazendo alongamentos, brandindo a espada como um peso para aquecer os músculos.

Logo, bagunçou os cabelos para ajeitá-los ao seu estilo e se aproximou das pessoas. Muitos aventureiros ali sabiam seu nome e Max tinha a impressão de conhecê-los. Porém, o álcool roubava certas lembranças menores como nomes e rostos. Foi com uma grata surpresa que percebeu estar no mesmo grupo de Gaston, que apresentou os demais. Ficou mais contente por ver a mulher de cabelos brancos ali, mas seu sorriso sumiu quando viu a sílfide também.

Gaston apresentou os trobos e a primeira missão, mas Max ouvia de longe, ainda lutando com o álcool em sua cabeça.

Decidiu cumprimentar a todos antes de irem até os trobos.

Max

Ossudo, mascarado. Bom dia. (Garcia e Juu)

Max Reilly, é um grande prazer. (Ava)

E aí. (Akura)

Apertou as mãos de Garcia e Juu. Apertou, mas com um beijo sorridente na mão de Ava. E um meneio da cabeça para Akura.

Ava lidava com os trobos, Akura recebia cortesia de Garcia, mas reclamava pedindo uma carroça. Max revirou os olhos, já não gostando da folgada de cara.

Max

Carroça pra que? Tu cabe dentro da mochila do Akura.

E deu uma cotovelada no bardo, sentindo seus ossos. Que sujeito magro! Depois, virou-se para Gaston.

Max

Ô, meu camarada. Eu posso ter esquecido uma ou duas coisas por causa da cerveja de ontem, então refresca minha memória. Como fica o soldo? Semanal? Por missão? Como é isso aí mesmo?

Gaston

Os dois. Todos os aventureiros registrados recebem um pequeno soldo semanal, além de uma recompensa por missão.

Suas palavras arrancaram um sorriso largo no rosto de Max.

Max

Então, vamo garantir uns tibares nessa bagaça. Se for um monstro, tanto melhor, todo mundo bate nele sem se preocupar com nada.

Sorriu fazendo um sinal de positivo para Gaston.

Coração de Rubi  
Aventura 1: Forja de Heróis  
Parte 1: Vida de Aventureiro  

- Esse é o espírito - disse Gaston, ao ver a empolgação de Max ao se preparar para a primeira missão de grupo. - Geralmente é para isso que nos chamam, mas fiquem preparados para tudo, porque nunca sabemos com o que realmente vamos lidar...

Diversos itens de aventura podiam ser vistos amarrados a sela e ao alforje do aventureiro, além de um arco curto e uma aljava de flechas, mostrando que ele seguia sua própria recomendação.

- Bem, se estão todos prontos, podemos ir, então - diz Gaston, depois de um momento, mas ele mesmo não monta imediatamente. Enquanto o grupo sobe nos trobos, ele troca algumas palavras com Helena, e então os dois se despedem com um beijo, e só então ele salta sobre a montaria.

Enquanto observava a cena casual por sobre o ombro, Max notou que alguém o observava. Era Brenda, a assistente de Duncan, o velho aventureiro que cuidava da burocracia da companhia, que o observava disfarçadamente de uma das janelas do primeiro piso, os longos cabelos castanhos desalinhados pelo vento da manhã.

- Vamos, então - disse Gaston, incitando sua montaria à frente, que logo foi seguida pelas demais.

Deixando o pátio da companhia, o grupo seguiu na direção do Portão Leste de Yuvallin, avançando a passos lentos por causa da multidão que começava a tomar as ruas do gueto. Perto do portão, o fluxo de pessoas aumentava, mas a passagem era mais ampla e organizada (porque o transito não podia deter o escoamento da produção), então não demorou muito para o grupo finalmente entrar na cidade.

Uma muralha de névoa cobria totalmente o Distrito do Carvão naquela primeira hora da manhã, impedindo que se avistasse o centro da cidade, com exceção dos prédios mais altos do Distrito da Forja, por trás da muralha central, e algumas torres do Distrito da Bigorna, que refletiam o brilho do amanhecer. A névoa, felizmente, era tênue o suficiente para que visse a região ao redor, então logo todos puderam perceber qual era a fonte do vapor.

Um imenso canal percorria toda a parte interna da muralha de Yuvallin (como se fosse um fosso ao contrário), largo o suficiente para que um sem fim de barcaças e barcos deslizassem por suas águas aquecidas, transportando bem e mercadorias de um lado a outro da cidade. Perto do portão, o canal desaparecia por baixo de uma ponte enorme, com algumas centenas de metros de largura, de onde se projetavam elevadores de carga e de transporte que levavam aos ancoradouros.

- Dá para chegar em qualquer um dos portões de qualquer uma das muralhas, usando os canais - explicou Gaston, enquanto o grupo abria caminho pela multidão que seguia pela Estrada Leste. - E às vezes, essa é a melhor opção para evitar passar pela cidade, mas, felizmente, hoje não iremos para os círculos internos... - continuou, conduzindo o grupo para o lado esquerdo da ponte, perto de uma rampa que levava da rua para os campos do distrito, que aos poucos se revelava diante de seus olhos.

O Distrito do Carvão era imenso, tomado por uma infinidade de campos e fazendas entrecortadas por pequenos vilarejos, depósitos e bosques esparsos que podiam fazer uma pessoa esquecer que estava dentro dos muros de uma cidade, não fosse o clima quente e abafado.

Gaston parou pouco antes de chegarem a rampa.

- Pessoal, recebi uma pequena tarefa, antes de sairmos da sede, e preciso que sigam na frente, sem mim - ele diz, sem rodeios. - Preciso ir até o portão intermediário resolver um assunto, então preciso que sigam na frente  e comecem a investigar qual é o problema. Não devo demorar, então logo vou encontrá-los. Acham que podem fazer isso?

Próxima atualização: 8 de Fevereiro.

Personagens da Aventura  

Ava • PV 23/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.  
Akura • PV 10/10 PM 9/10 Condição Nenhuma.  
Garcia • PV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.  
Juu San • PV 22/23 PM 2/3 Condição Nenhuma.
Max • PV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.

Ao ver Gaston preparando seu arco, Max percebeu também que tinha essa arma. O arco de haste curta dobrada pela corda retesada era uma arma pequena e frágil. Max às vezes achava que era preferível arremessar uma flecha no braço, mas só conseguia lembrar das risadas de seu pai quando pensava em voz alta essa ideia.

Com um aceno, retornou correndo para seu alojamento, buscando o baú onde suas coisas mundanas ficavam e encontrou a aljava com flechas e o arco, debaixo de uma muda de roupas. Max atirou a muda de roupas sobre sua cama e não se preocupou em arrumá-la no momento. Voltou correndo com a aljava a tira colo e o arco preso pela haste numa tira de couro da mochila. Não pensava em usá-la, mas nunca podia estar despreparado.

Montado de volta ao trobo, Max olhou novamente para Ava com um sorrisinho de canto, olhos oblíquos de malícia. Então, olhou para Gaston e Helena de relance, vendo-os se beijarem. Max limpou os dentes com a língua e seus olhos escorregaram para Brenda, olhando-o de longe. Max sorriu com os dentes e piscou um olho pra ela.


O grupo passou por um grande número de pessoas que tornava lenta a passagem para o portão leste. Max ficou entediado rápido.

Max

Abram espaço para a Dragão de Ouro. Abram! Abram!

Dizia em voz alta, mas carregada de morosidade entediada. Não soube se dera certo, mas logo estavam dentro da cidade finalmente. Max olhava as coisas em sua volta com olhos amendoados, pensando em qualquer coisa aleatória, sentindo sono. Então, virou-se para a sílfide.

Max

Akura, né? Conheci um Akuma certa vez. Um tamura brabo e feio. Por que tu tem nome de tamura?

Akura mantinha os olhos em frente, o ato de olhar para baixo parecia fazer ela tremer. Então sem mudar o foco de sua visão ela falou:

Nunca conheci nenhum tamuraniano ou Akuma. Akura é um nome tribal das sanguinárias e significa Rainha das Abelhas. Minha mãe tinha a esperança de virar a chefe da tribo antes da minha missão para Wynna.

Akura falava controlando a respiração enquanto seguia o galope. Max ergueu a sobrancelha.

Max

Missão para Wynna? Aquela deusa peladona? É de magia, né? Você é maga, então?

O guerreiro disse com certo assombro. Não que temia magos ou magia arcana, jamais admitiria isso, mas porque não gostava de confiar em coisas metafísicas, metafóricas ou metamágicas. Confiava apenas na força bruta.

Feiticeira e acho que as vestimentas dela depende de quem a representa, entre as sílfides ela se parece mais com a Rainha Thanntalla de Pôndsmania e na minha tribo era mais como a lendária Abelha Rainha. Infelizmente essa aparência lembra a Apis, A Abelha-Imperatriz e inimiga por era de nossa tribo.

Max parecia confuso. Era o que magos faziam. Primeiro negavam o que eram, fazendo classificações inúteis como feiticeiro, bruxo, arcano, depois enrolavam falando coisas complicadas que apenas eles entendiam. Max franziu a testa e resolveu não falar mais disso. Apenas balançou a cabeça em concordância.

Max

Entendi.

O grupo seguiu pelas ruas de Yuvalin. Gaston agora explicava sobre os canais, falando de como as coisas eram transportadas. Max bocejou vendo a paisagem bucólica dos campos de plantações e cultivo. Lembrava algumas fazendas que conhecera no caminho até Zakharov, com algumas coisas exóticas. Havia bosques e casebres espalhados. O lugar era abafado e se não fosse tão preguiçoso, teria tirado a armadura do torço e ficado descamisado durante a travessia. Ali era estranhamente abafado, bem diferente do lado de fora, pois Zakharov era perto das Uivantes, era fria no geral.

E então, Gaston deu uma desculpa esfarrapada pra fugir do trabalho. Jogou a missão no colo dos novatos. Max deu um olhar zombeteiro pra ele.

Max

Pequena tarefa, né? Sei... sei... pode ir lá, Gaston, a gente se encarrega disso, tenho certeza.

E virou o rosto para Ava, piscando o olho pra ela com um sorriso de malandro.