T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Max piscou os olhos e franziu a testa, incomodado com a luminosidade nublada de Yuvalin. Viu uma mulher se aproximar deles, com roupas diferentes, uma máscara estranha e olhos vermelhos à mostra. Max a olhou de cima abaixo.

Max

Perdeu alguma coisa?

Foi só então que reconheceu Juu San. Então, o mascarado era uma mulher. Surpreso além do que gostaria, Max ficou emburrado pela manhã, somando ao desconforto da leve ressaca.

***

Sem embaraços, Max cavalgava em seu trobo ao longo do dia, bebendo bastante água até chegarem à torre daquele lugarejo qualquer. Era o último entreposto antes de chegarem a um lugar mais ermo ainda para ajudar uma tal de Adina Astor.

Max

Cartógrafa.

Repetiu lentamente a palavra, inédita em sua boca.

Haviam chegado ao meio dia e a estrutura lembrava uma taverna. Max apenas amarrou seu trobo e fez um gesto para seguirem-no taverna adentro, após Juu perguntar sobre uma possível parada.

O dia a amanhecia tão rápido quanto caia a noite.

Akura preferiu simplesmente descansar para se recuperar, seu repertório mágico era minúsculo considerando outros arcanistas, então curar devia ser sua prioridade.

Não esperava falhar em negociar essência de mana, pior ainda deixou o alquimista irritado.

Desculpe, vou saindo e espero que me permita voltar.

A feiticeira se retira com um comerciante muito ofendido.

Sem mais nada para fazer apenas volta para se reunir com os demais e partir.

A Sílfide escolheu ir com Ava dessa vez, mas o medo a deixou muda em toda a viagem.

Frio, já sei que magia aprender.

Apenas fala esperando a partida.

Teste de Diplomacia 8, falha total.

Garcia se retirou, saiu mais feliz da sala, ainda estava sob seu disfarce, mas agora sabendo que aquele lugar não o expulsaria pela sua real forma. Se retirou para seus aposentos e foi relaxar um pouco antes da próxima missão.  No dia seguinte partiu com os demais, pegou apenas o necessário como seu violão, armas, é levando sua esfera, esperava aprender mais sobre ela.

***

Viu que seus amigos estavam sofrendo com o frio daquela cidade que haviam chegado, ele nem mesmo se lembrava de como era isso, mas seus companheiros pareciam precisar se esquentar:

Eu posso te ajudar a Juu San.

Saiu com a garota para ajudá-la a achar um lugar onde poderiam se esquentar.

 

Parte 2: Trabalho Duro  

Juu San arregala os olhos quando Ava pede que ela lide com a questão das roupas de frio, uma necessidade para o grupo resistir ao clima gélido das estepes zakharovianas, muito mais hostil do que já fora no passado por causa das mudanças causadas pela proximidade da Tempestade Rubra.

- E-eu? - a garota balbucia com sua voz insegura, olhando espantada para a paladina, o rosto ficando rubro por trás da máscara negra, o corpo tenso. - N-não sei se sou a melhor para lidar com isso, Ava, eu... Talvez fosse melhor alguém mais...

As últimas palavras da garota são praticamente inaudíveis, mas o olhar dela recai sobre Max, antes dela ficar ainda mais vermelha.

A chegada do grupo atraíra a atenção de alguns garotos que aparentemente moram no entreposto, curiosos para verem os aventureiros da cidade, mas, ao se aproximarem, Juu San olha para eles, de lado, de uma forma tão brusca e intensa que eles pensam melhor e recuam. A garota nota o que aconteceu e parece se arrepender de imediato, a tensão dissipada pela respiração acelerada, mas ela só parece relaxar quando Garcia se oferece para ajudá-la.

- Não... Eu... Eu posso tentar... - ela diz, olhando para o bardo com um brilho no olhar.- Eu vou, se quiser ir... - para a taverna, ela nõ diz, mas deixa claro pelo olhar.


Ficava claro para qualquer um que entrava na taverna de Tuska que o edifício era muito antigo do que parecia, dada a forma como fora construído, um estilo um tanto incomum nos dias atuais. Enormes pilares e vigas de madeira escura, cortadas de forma elegantemente grosseira, sustentavam o teto alto e os andares superiores da estalagem, cujas paredes de pedra davam ao lugar o aspecto de uma fortaleza.

Na parede leste, uma grande lareira ocupa o ambiente, iluminando e aquecendo o salão amplo, ocupado por uma dúzia de mesas, cada uma cercada por cadeiras confortáveis e poltronas, onde diversos viajantes conversavam e bebiam animados, ouvindo o som suave de um menestrel, que tocava concentrado um alaúde.

Para Max, o lugar lembrava algumas hospedaria que ele vira em Petrynia, construídas na época da conquista do reino, lugares que haviam sido palco de inúmeras aventuras, mas que haviam sido domados pela civilidade.

- Bem-vindos a hospedaria de Tuska, viajantes... - disse uma garota que surgiu do meio das mesas, carregando uma bandeja, saudando Ava e Max assim que eles entraram no salão e sentiram o calor e o cheiro agradável do ambiente

- Puxa vida, vocês são aventureiros da companhia Dragão de Ouro? exclamou a garota, admirando-se ao ver os trajes de Ava e Max. - Que legal! Há tempos não recebemos aventureiros da cidade... O que os trazem até nossa hospedaria, caros aventureiros? Alguma aventura? Puxa, você têm duas espadas...

- Vilka! Não seja indiscreta - disse um homem que estava atrás do balcão, no lado oeste do salão, fazendo um sinal para a garota enquanto servia um grupo de viajantes, que olhavam para os aventureiros e riam da animação da garota.

- Mas, pai, eles são aventureiros da cidade...

- Sim, estamos vendo - disse o homem, sorrindo. - Mas deixe que entrem e se acomodem, sossegados, sem assustá-los com tantas perguntas, minha querida.

- Desculpem - diz a garota, que devia ter uns treze ou quatorze anos, fazendo uma leve reverência para Max e Ava. - Não queria incomodá-los... Venham, vou levá-los até uma mesa...

Notas  

• Todos receberam três rações de viagem antes de partirem de Yuvallin (se não possuíam nenhuma). Anotem em seus registros.
  
• O lugarejo de Tuska é o último lugar para o grupo comprar alguma coisa que precise antes de seguir para a vila de Brenca, nas Colinas Centrais. O lugar é uma simples parada de viajantes, mas tem uma estalagem ampla e confortável, um armazém bem sortido, um estábulo e um ferreiro (a quem não falta trabalho, restaurando as ferraduras das montarias e concertando as carroças e carruagens dos viajantes).
  
  
• Próxima atualização: 03 de Maio.
  

Personagens da Aventura    

Ava • Defesa 17 PV 31/31 PM 9/9 Condição +2 Percepção (Elmo do Vigilante).  
Akura • Defesa 13 PV 14/14 PM 17/17 Condição Nenhuma Itens: 17 virotes.  
Garcia • Defesa 15 PV 17/17 PM 11/12 Condição Nenhuma Itens: 19 virotes.    
Max • Defesa 16 PV 31/31 PM 6/6 Condição Nenhuma.  

Equipamentos  
Ava • Defesa 17 PV 31/31 PM 9/9
Condição +2 Percepção (Elmo do Vigilante).
Equipamentos: manopla (1), espada bastarda (3), espada longa (2), brunea (15), elmo do vigilante (1,5), mochila (1), saco de dormir (2,5), traje de viajante (2), odre (2), lampião (ilumina 9m) (1), 1 óleo para lampião (dura 6h) (0,5), capa da companhia de aventureiro (1), distintivo de aventureira. Peso Total:  
Riquezas: 8 TO, 20 T$.

Akura • Defesa 13 PV 14/14 PM 17/17
Condição Nenhuma  
Equipamentos: besta leve (1,5), aljava com 17 virotes (0,5), mochila (0,5), saco de dormir (1,5), ração de viagem para 7 dias (3,5), odre (0,5), algibeira (0,25), símbolo sagrado de Wynna, traje de viajante (1), traje de sacerdote (1), distintivo de aventureira, capa da companhia de aventureiro (0,5). Peso Total
Riquezas: 8 TO, 29 T$ e 5 TC.

Garcia • Defesa 15 PV 17/17 PM 11/12
Condição Nenhuma Itens: 19 virotes.    
Equipamentos: vilão (2,5), chapéu (0,5), adaga (0,5), besta pesada (4), aljava com 19 virotes (1), mohila (1), saco de dormir (2,5), traje de viajante (2), couro batido (10), capa do Dragão de Ouro (1), bola de cristal (3,5). Peso Total: Riquezas: 8 PO, 25 T$.

Max • Defesa 16 PV 31/31 PM 6/6
Condição Nenhuma.  
Equipamentos: arco curto (1), aljava com 20 flechas (1,5), escudo leve (3), manopla (1), montante (4), gibão de peles (12), mochila (1), saco de dormir (2,5), odre (2), pederneira, 4 tochas (2), ração de viagem para 5 dias (2,5), traje de viajante (2), capa do Dragão de Ouro (1), distintivo de aventureiro (1). Peso Total:  
Riquezas: 23 TO 22 T$, anel de prata com rubi, anel de ouro, anel de prata com esmeralda.
Carga: 34 kg (leve, máximo: 60 kg).

Max olhou para Juu San por um instante, antes de retornar a observar a estalagem. Parecia familiar, mas o guerreiro não era dado a relembrar o passado a qualquer coisa. Andou com passos firmes e decididos. Uma criança começou a falar com eles, interrompendo seu movimento. Ele olhou para a menina com pouca paciência, mas forçou um sorriso.

Max

Somos do Dragão de Ouro. Sou Max Reilly, o Destruidor. Esta é Ava, aquele é Garcia, Akura e... Juu.

Dizia apontando com o dedo para cada um.

Max

Queremos coisas básicas como roupas de frio e bebida quente. Bote na conta da companhia, por favor. E se tiver uma aguardente forte, põe na dar aquela calorada, certo? Ava, fique à vontade.

Ele sorriu dando um tapa no ombro da mulher e se sentou na cadeira, tirando a mochila pesada das costas, jogando-a ao chão e erguendo as pernas sobre a mesa, cruzando as botas sobre ela. Ele respirou fundo.

Max

Não tem uma lareira? Tá frio pra Ragnar aqui.

Disse segurando um bocejo.

Haviam achado um lugar que poderiam passar a noite, era uma bela hospedaria, estava cheia e ainda contava com um menestrel tocando, logo foram abordados pelo dono e uma criança muito simpática, Garcia fez uma mesura a eles quando Max o apresentou, o guerreiro não perdeu tempo e logo pegou uma mesa, Garcia se virou para o dono da hospedaria e disse:

Tudo bem, crianças são curiosas por natureza, são ótimas ouvintes de historias. Vi que a um menestrel se apresentando, existe alguma regra para poder se apresentar?

Um lugar tão frio como aquele precisava de algo quente além do fogo, esperava poder se apresentar lá, como fazia na guilda.

Antes de partirem Akura pediu por umas bolsa de couro onde ela conseguisse entrar e ficar confortável fosse amarrado no Trobo de Ava, dessa forma não incomodaria a companheira que podia se concentrar na viagem e Sílfide podia ignorar a altura.

Logo chegou até a cidade e uma criança curiosa aparecia diante dela.

Olá, sou Akura e estamos aqui em uma missão.

Quando terminar podemos contar sobre nossa aventura.

Falou após o corte de Max. Podia entender tal atitude, nem todos suportavam essa quantidade quase mágica de curiosidade infantil, por isso Sílfides eram consideradas eternas, pois elas próprias eram como crianças.

E eu gostaria de um mapa da região se não for pedir muito.

A feiticeira declara.

AVA

A SOLDADO EM PENITÊNCIA

A

va encarou Juu enquanto ela falava, era claro que ela não tinha trato com as pessoas , mas se esforçava. A paladina apenas fez um gesto singelo para ela afirmando que estava tudo bem, quando entraram na taverna foram recebidos por uma jovem agitada e muito bem educada. Ava deixa escapar um sorriso de lado enquanto a garota apontava sua admiração pelo grupo.

-Três

Respondeu, apontando para a espada curta em sua bota. Foi quando sentiu a mão pesada de Max em seu ombro e o olhou de lado, seu reflexo da guerra ainda permanecia e seu punho direito relaxou lentamente depois de fechar pronta para socar quem fosse. Então sentou-se e olhou a volta, era um local humilde, mas aconchegante

-Não chegamos ainda nem na metade do dia, vamos descansar por uma hora e partimos.

Ava se acomoda e respira o ar quente do lugar, desobstruindo suas narinas.

- Pode trazer cinco macarronadas de Yuvalin. Temos muito chão e isso deve nos garantir energia suficiente.

Ava olha para Akura e abre um sorriso, foi bem lembrando sobre o mapa, mas duvidaria que alguém ali possuía algo preciso o suficiente para ser útil. Se recostou na cadeira e encarou a mesa, pensativa.

OFF:

▲

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Parte 2: Trabalho Duro  

Depois das apresentações, Vilka conduziu o grupo até uma mesa perto da lareira.

- Fiquem à vontade - disse a garota, olhando admirada para o grupo, mas principalmente para Akura, que também atraia os olhares curiosos dos inúmeros viajantes ali presentes.

Max também chamava a atenção das pessoas ao redor, embora nem todos pareciam compartilhar a admiração da garota, incluindo o próprio taverneiro, que não conseguiu esconder o desagrado ao ver o o guerreiro colocar os pés sobre a mesa, sujando a toalha de mesa bordada.

- Sinto muito, mas infelizmente não temos uma conta para as companhias, nobre senhor - disse o homem, cujo dever parecia ter suplantado qualquer desagrado, sorrindo de modo educado. - Mas, por favor, podem pedir o que quiserem, por conta da casa... Macarrão de Yuvallin? Um excelente pedido, minha senhora. É uma das especialidade da casa. Ficará prontos em poucos minutos... Enquanto esperam, por favor, aceitem um pouco de vinho...

Enquanto o homem falava, Vilka já trazia à mesa do grupo uma jarra de vinho tinto, além de uma pequena bandeja com fatias de pão, salame, queijo e azeitonas.

- Estamos esgotando um barril, por isso podem beber à vontade... - disse a garota, sorrindo.

- Não há regras para se apresentar, contanto que a habilidade esteja a altura - diz um homem, surgindo por trás da garota, o menestrel que estava tocando até então, todos notam, um sujeito bem apessoado, de cabelos castanhos e olhos verdes, vestindo um traje fino, embora um tanto surrado pelo tempo, botas de viajem desgastadas, trazendo um alaúde a tiracolo, sorrindo maliciosamente, se aproximando da mesa do grupo.

- Não, por favor, não entenda isso como um desafio, meu caro amigo - o homem continua, levantando os braços em sinal de paz, sorrindo. - Não, muito pelo contrário. Digo mais por curiosidade. Não se vê muitos violões por essas bandas, devo dizer, e menos ainda quem sabe tocá-los... Mas, ora, perdoem minha falta de educação. Sou Dejan, poeta e menestrel errante, ao seu dispor - ele diz, fazendo uma mesura tão exagerada que chega a arrastar a pena do chapéu no chão.

- Peço perdão também pela minha indiscrição, talvez algo natural de minha profissão, podemos dizer. Não pude deixar de ouvir que são aventureiro em missão, não? Espero que não estejam pensando em pegar a estrada das colinas, meus amigos. Um dragão tem sido visto sobrevoando aquela região, e parece que ele ataca qualquer um que veja seguindo por aquela estrada...

Notas  

• Próxima atualização: 10 de Maio.
  

Personagens da Aventura    

Ava • Defesa 17 PV 31/31 PM 9/9 Condição +2 Percepção (Elmo do Vigilante).  
Akura • Defesa 13 PV 14/14 PM 17/17 Condição Nenhuma Itens: 17 virotes.  
Garcia • Defesa 15 PV 17/17 PM 11/12 Condição Nenhuma Itens: 19 virotes.    
Max • Defesa 16 PV 31/31 PM 6/6 Condição Nenhuma.  

Personagens da Aventura - Equipamentos:

Max ergueu a sobrancelha quando o homem disse que não tinha conta com as companhias. E ainda por cima, ofereceu comida de graça!

Max

Não, não, isso está errado. Ninguém deve trabalhar de graça. Se a companhia faz miséria pra vocês, eu não faço, eu pago pelo que precisar. Meus colegas também.

Ele disse olhando azedo para os demais, pensando que talvez algum espertinho pudesse se aproveitar da hospitalidade daquela gente pacífica como bois castrados.

Max

Vinho está bom, aquece o suficiente. Mas aí vou precisar de uma bela moça e... é, não, deixa. Tenho um trabalho a fazer. É como Ava disse: comer e partir. Obrigado.

Ele sorriu tirando os pés da mesa e limpando rapidamente onde estava para que a comida futuramente pudesse ser repousada ali.

Um sujeito se apresentou ao grupo. Era obviamente um bardo metido a sabichão, a engraçadinho. Max estreitou os olhos mirando suas roupas, seus equipamentos e sua cara sorridente. Ele tratou logo de não se colocar como um desafio, se abaixou para que Max o enxergasse de cima. Deu certo, pois o guerreiro repousou as costas na cadeira, após um breve momento de empertigo.

Então, ele trouxe notícias, mas Max não acreditava que não soubesse o destino deles. Ele pegou o vinho e bebeu de uma vez, sentindo o calor no peito.

Max

Meu camarada, nós não tememos nada. Cumpriremos a ordem e acabou. Que dragão é esse? Você o viu pessoalmente?

- Um aventureiro sem coragem não dura muito na profissão, não é o que dizem? - diz o bardo, sorrindo enquanto observava Max com uma expressão curiosa. - Ou seria o contrário...?

Ele  coçou o queixo, parecendo realmente intrigado. Max o encarava com a mesma expressão.

- Bem, de qualquer forma, eu mesmo ainda não vi o bicho. Cheguei há pouco na estalagem, vindo do sul, e ouvi apenas os primeiros boatos, suficientes para me deixarem intrigados, sem dúvida. Um dragão não é algo que se vê todo dia, ainda mais nos dias de hoje, quando todos vivem disfarçados, por aí... Mas, bem, se estiverem interessados, os guardas da estalagem avistaram o bicho, pelo que dizem...

Max

Você só ouviu histórias, então. Obrigado pelo aviso. Mas quem te mandou aqui?

Olhou desconfiado para o sujeitinho.

- Ora, tudo começa com uma história, não é mesmo? - diz o bardo, sorrindo. - E o meu trabalho gira ao redor de contar histórias (geralmente acrescentando alguma dramaticidade e um pouco de música, para tornar as coisas mais atraentes...) - conclui, se recostando em um cadeira enquanto dedilha algumas notas no alaúde.

- Quem me mandou? A oportunidade, podemos dizer. Que melhor lugar para ouvir boas histórias do que em uma cidade fervilhando de aventureiros, não é mesmo? Ainda mais agora, com todos esses boatos sobre independência e expansão, eu diria que não há melhor lugar para um contador de histórias do que Yuvallin...

Max

Petrynia é melhor. Malpetrim. Devia conhecer.

Disse o guerreiro antes de se virar para seus amigos. Sentia certa antipatia pelo sujeito folgado.

Max

Vou falar com os guardas e perguntar sobre esse dragão. Já volto.

Porém, antes que se levantasse, o cheiro do macarrão o prendeu na cadeira. Ele abriu um sorriso enorme, como se esquecesse o desagrado com o bardo Dejan e esfregou as mãos.

Max

Comer primeiro, claro. Saco vazio não para em pé. Ou algo assim. Depois, vou falar com os guardas. Se façam úteis também ehehe.

Ele riu, agraciado quando viu os pratos de macarrão chegando.

Akura sempre via com estranheza aquelas porções enormes de comida e ter que pagar por ter consumido o mínimo, aquilo teria alimentado sua aldeia nas sanguinárias por uma semana, mas nada disse.

Preferiu ouvir e observar o local enquanto aguardava os demais.

Não nós reportaram nada sobre dragões, acho que antes de partir contra um desafio desconhecido perguntar a Guilda se podemos nos envolver.

A feiticeira responde após comer sua porção minúscula de macarrão.

Temos um prazo a cumprir afinal.

Fala ao terminar a refeição.

Garcia ficou feliz com a resposta do bardo, o homem parecia ser simpático, se apresentando como Dejan, trazia mais informações sobre a região, até mesmo a presença de um dragão na região, o que o supreendeu bastante, retirou o chapéu em cumprimento ao homem:

Muito prazer, me chamo Garcia. Realmente, a ameaça de um dragão é algo que precisaríamos nos preparar melhor.

Ele ja tinha sua missão, mas se a criatura ainda estivesse lá quando estivessem retornado, poderia avisar a guilda, lidar com um monstro como aquele poderia trazer uma boa visão a eles. Havia recebido um prato de comida também, havia se esquecido de dizer que não queria, mas agora era tarde, olhou para os demais da mesa e disse:

Me desculpe, deveria ter avisado que estava sem fome, mas se algum de meus companheiros quiser minha parte pode ficar a vontade.

Achou que era de tocar um pouco, pegou seu violão e se dirigiu  ao local das apresentações:

Saudações, me chamo Garcia, tenho algumas canções para aquecer vocês hoje.

Após a canção, continuou tocando mais algumas melodias animadas em seu violão.

 

Parte 2: Trabalho Duro  

A risada de pura surpresa e contentamento de Dejan representava o contraponto perfeito para o clima que tomou a taverna da estalagem de Tuska quando Garcia começou a tocar sua intensa e vibrante balada de pistoleiros. Os murmúrios de expectativa que percorriam as mesas enquanto o bardo se dirigia para o tablado silenciaram imediatamente quando a canção começou.

- Hahahaha! Eu sabia que tu vinhas daquela vila de "pedra de fumaça", meu amigo - ria o bardo, acompanhando animadamente a canção de Garcia com seu alaúde - fazendo um trabalho bem interessante. - O sotaque é muito marcante, vamos dizer. É parecido com o de nosso caro amigo petriniano, aqui, mas temperado com um pouco mais de audácia, se entende o que quero dizer...

Vilka também parecia bem animada, ao contrário do pai, que olhava para o bardo com irritação, embora se alguém reparasse atentamente, podia imaginar que ele estava se divertindo.

Depois de alguns momentos, algumas pessoas começaram a deixar a taverna, irritadas, fidalgos e mercadores, a julgar pelas roupas caras que vestiam, mas elas logo eram substituídas por outras pessoas que vinham da rua ou dos andares superiores, curiosas para ver o que estava acontecendo. O burburinho, no entanto, deixava claro que a apresentação de Garcia não fora tão bem aceita quanto a que o bardo fizera na o salão comunal da companhia, poucos dias atrás.

- Não leve para o lado pessoal, meu amigo - Dejan disse para Garcia quando algumas pessoas começaram a resmungar. - Não é a sua habilidade que eles estão questionando, mas a letra da música. Alguns anos atrás, dificilmente alguém aqui saberia o significado de "chumbo grosso", mas a expressão está se tornando mais comuns no reino do que qualquer um gostaria, principalmente perto de Yuvallin... Que tal outra canção, mas desta vez algo mais alegre?

Notas  

• Próxima atualização: 20 de Maio.
  

Personagens da Aventura    

Ava • Defesa 17 PV 36/36* PM 9/9 Condição +2 Percepção (Elmo do Vigilante), +5 PV temporários*.  
Akura • Defesa 13 PV 19/19* PM 17/17 Condição +5 PV temporários* Itens: 17 virotes.  
Garcia • Defesa 15 PV 17/17 PM 11/12 Condição Nenhuma Itens: 19 virotes.    
Max • Defesa 16 PV 36/36* PM 6/6 Condição +5 PV temporários*.  

Personagens da Aventura - Equipamentos:

Garcia não esparava aquela reação das pessoas, aquela era uma canção que sempre fez sucesso de onde vinha, mas parece que ali os ânimos eram outros, viu alguns fregueses irem embora, até mesmo o taverneiro parecia irritado, as palavras descompromissadas de Dejan tiraram um pouco o peso:

Sim, vim de Smokestone, essas músicas sempre animaram a cidade e a guilda, não imaginei que fosse ter essa recepção.

Decidiu seguir o conselho de Dejan, buscou pela mente e se lembrou de uma música mais animada:

Certo, acho que o pessoal vai gostar dessa.

Se virou para o público e disse:

Pelo que vejo as canções de Smokestone não são muito famosas por aqui, mas não se preocupem, temos mais do que pólvora em nossas músicas.

Começou a tocar e se lembrou de Jack, o mais próximo de um pai que havia tido na vida, o homem que havia lhe ensinado aquele oficio, depois daquela missão precisaria retornar a sua investigção, não poderia deixar que sua morte fosse em vão.



Ao final da canção, fez uma mesura ao público em despedida é retornou a mesa junto com seus companheiros.

Max comia com gosto seu macarrão. Se havia algo que o deixava feliz além de lutar contra inimigos desafiadores ou estar com mulheres, era comer. Nem precisava ser uma refeição elaborada ou requintada: um prato com sopa de frango já lhe deixava feliz.

Então, com Garcia cantando, Max balançou a cabeça sorrindo e bateu palmas acompanhando o ritmo. Ele não comeria seu macarrão, claro, porque era um osteon. Então, ele segurou a mão do atendente que iria recolher o prato.

Max

Eu vou comer, pode deixar. Obrigado.

Sorriu.

Então, algumas pessoas de "maior nível" saíram do estabelecimento desagradadas, mas outras mais animadas e mais simples entraram. A segunda música de Garcia era uma história cantada. Max puxou uma donzela qualquer para dançar e ensaiou alguns passos com ela.

Depois, estendeu a mão para Ava.

Max

Me concede, milady guerreira?

Disse com um sorriso sacana à companheira de guilda.

Akura apenas comia sua parte, deixando o resto para Max.

Boa comida e música, mas pouca informação sobre o que temos que fazer.

A feiticeira limpava as mãos.

Devíamos nós preparar para a viagem, principalmente se formos enfrentar um dragão.

Aquilo realmente preocupava Akura, dragões eram ameaças supremas nas sanguinárias.

   

Parte 2: Trabalho Duro  

A nova canção de Garcia atenuou o clima pesado que tomara a taverna da estalagem depois da primeira música que o bardo tocou. Talvez fosse o sentimento que Garcia imbuiu nas notas daquela nova canção, mais do que sua habilidade, que fez com que todos os presentes esquecessem da ira causada pela música anterior e se voltassem, aos poucos, para as memórias evocadas pela melodia, memória de aventuras antigas, alegrias e tristezas passada, e saudades que nunca seriam esquecidas.

Algumas pessoas ainda olhavam de soslaio para o bardo enquanto deixavam o salão, mas a maioria daqueles que foram atraídos pela canção anterior não pareciam se importar com o que havia acontecido, e aos poucos a taverna voltou a se encher de risos e conversas.

Sentada em uma das poltronas que cercavam o salão comunal, Akura observava o movimento na taverna com uma leve indiferença, a mente voltada para o perigo que se colocava no caminho do grupo, uma ameaça cuja mera sombra significava medo para os povos das Montanhas Sanguinárias.

- Boa comida e música, mas pouca informação sobre o que temos que fazer - a sílfide falou para Ava, a única do grupo que permanecera na mesa junto com ela, cujo semblante concentrado deixava clara suas preocupações. - Devíamos nós preparar para a viagem, principalmente se formos enfrentar um dragão...

Enquanto as duas aventureiras conversavam, Max dançava com uma atendente da taverna no meio do salão comunal, para divertimento dos viajantes que haviam sido atraídos pela agitação de momentos antes, que riam da performance do jovem aventureiro, que girava por entre as mesas com a garota nos braços, conduzindo-a sem nenhum esforço.

- Seu amigo não perde tempo, heim? - Dejan comentou com Garcia, enquanto observava, divertido, a dupla de dançarinos rodopiar pelo salão. - E olha que o ritmo não é bom para dançar...

Quando a música terminou, a garota se apoiou nos braços de Max, para recuperar o fôlego, o brilho em seus olhos e o rubor em sua face denunciando seus pensamentos, mas o aventureiro parecia tê-la esquecido completamente, o olhar agora voltado para um desafio muito maior.

- Me concede, milady guerreira?

A resposta de Ava foi interrompida por uma nova comoção, desta vez no lado de fora da estalagem.

- O que está acontecendo? - perguntou o estalajadeiro, indo até a janela onde sua filha, Vilka, observava a movimentação no pátio do entreposto.

- Não sei, papai, mas algo está acontecendo perto do portão das colinas... Veja, Miro está correndo para cá! Na certa para nos dar notícias...

O estalajadeiro já seguia para a porta quando a mesma abriu e um dos servos da estalagem entrou, apressado.

- É o grupo de Sillas, meu senhor - disse o homem, esbaforido. - Eles retornaram, e parece que encontraram a fera, o tal dragão, mestre...

Um burburinho se ergueu entre os viajantes quando ouviram a notícia do atendente. O estalajadeiro, ao ver aquilo, olhou para o homem com tanta intensidade que pareceu, por um breve momento, que ele preferiria enfrentar o dragão do que a ira de seu mestre, cujo semblante preocupado imediatamente desapareceu para dar lugar a um sorriso reconfortante.

- Bem, parece que os boatos eram verdadeiros, no fim das contas, não é mesmo? - disse o estalajadeiro, em tom descontraído, para que todos ouvissem. - Mas não temos nada a temer, não é mesmo? Estamos seguros dentro dos muros do forte...

O estalajadeiro trocou mais algumas palavras com o cavalariço, em voz baixa, mas sua expressão deixou claro que as notícias não eram animadoras.

- Ferida...? - ele deixou escapar, antes de trocar um rápido olhar com Vilka, que parecia confusa, e sair apressado da estalagem.

Notas  

• Próxima atualização: 03 de Junho.
  

Personagens da Aventura    

Ava • Defesa 17 PV 36/36* PM 9/9 Condição +2 Percepção (Elmo do Vigilante), +5 PV temporários*.  
Akura • Defesa 13 PV 19/19* PM 17/17 Condição +5 PV temporários* Itens: 17 virotes.  
Garcia • Defesa 15 PV 17/17 PM 11/12 Condição Nenhuma Itens: 19 virotes.    
Max • Defesa 16 PV 36/36* PM 6/6 Condição +5 PV temporários*.  

Personagens da Aventura - Equipamentos:

Aquele ambiente parecia ficar mais agradável conforme o tempo passava até as notícias aparecerem.

Más notícias voam em asas de grifo mesmo.

Era um ditado popular nas Sanguinárias.

Falem mais sobre os feridos, e exatamente o que está acontecendo.

Não queria lutar com dragões, principalmente por serem criaturas mágicas e não poderia combater ele, mas não podia também negar o dom de Wynna e não ajudar quem necessitava.

Garcia ficou feliz pela nova canção ter aliviado os ânimos da estalagem, mas foi uma boa lição saber que nem todos tinha clima para canções sobre combate, a guerra provavelmente ainda era uma lembrança péssima para o povo. Abriu um sorrido ao ver Max convidando Ava, mas a canção acabou sendo interrompida por um grito vindo de fora, Garcia rapidamente se juntou aos demais, um homem que falava sobre o ataque do dragão, Ava tentava buscar mais informações sobre ele, é Garcia estava ao seu lado:

Se souber pelo menos a cor do dragão, já pode nos ajudar para levantamos mais informações sobre ele.

Max ignorou os gritos do fundo, olhando para Ava, numa tentativa vã de passar por cima da realidade concreta. Mas não podia. Ava não desconectaria do mundo para embarcar nessa ilusão.

Então, como uma bolha de sabão no ar, a música parou, o clima mudou e as pessoas ficaram apreensivas. Max voltou à sua postura relaxada e suspirou. A lareira aquecia o lugar, mas o frio de seu temperamento era inconsolável. O guerreiro se aproximou vagarosamente com um bico nos lábios e olhos semi abertos para demonstrar seu desinteresse.

"Oh, viram o dragão? Grandes coisas, as histórias de Yuvalin são as mais fracas de todo o Reinado. Se fosse em Petrynia haveria muito mais divertimento nisso." Pensou enquanto esticava os braços vagarosamente. Ouvia Ava, Akura e Garcia e também o tolo estalajadeiro e sua filha apreensiva.

Max

Eu aposto dez moedas que seu dragão não passa de uma galinha escamosa.

Olhou para Dejan falando em voz alta pra ele, sendo ouvido pela taverna toda e fazendo pouco caso do itinerário.

Max

Bem, senhor pai de Vilka, nossa missão não é matar o "dragão", mas por um preço camarada matamos pra você. Como Ava disse, é meio inevitável que passemos por ele para cumprir nossa missão pra guilda, mas podemos só evitá-lo e deixar o problema ser contínuo para este lugar. Então... umas moedinhas ajudam para terminar o problema em definitivo.

Disse com um sorriso franco. Porém, Max sabia em seu íntimo, a imensa vontade de enfrentar uma criatura poderosa, testar sua força até seu limite e superá-la. Segurou a ansiedade dentro de si sob uma casca de desinteresse e distanciamento.

   

Parte 2: Trabalho Duro  

Narsha cerrava os dentes com força para abafar os gemidos que deixava escapar involuntariamente cada vez que respirava, mas as lágrimas que escorriam por seu rosto austero denunciavam o quão difícil era suportar a dor causada pelos ferimentos que dilaceravam seu corpo. Quem conhecia a guerreira sabia que a dor não era nada comparada a raiva que ela devia estar sentindo de si mesma por parecer tão fraca. Porém, naquele momento, as aparências pouco importavam.

Uma luz clara iluminou o pequeno quarto para onde a guerreira havia sido levada quando Akura entoou sua prece curativa, inundando a mulher-orc com energia pura, com as bênçãos da Deusa da Magia.

A magia de Akura agiu imediatamente, dissipando a dor do rosto da guerreira da mesma forma que a brisa fria, que entrava por uma das exíguas janelas da casa da guarda, atenuava o cheiro de sangue e carne queimada que impregnava o ambiente. Uma última lágrima escorreu pelo rosto da meio-orc, mas desta vez de alívio.

- Obrigada - disse a mulher-orc, se virando para olhar para Akura, que estava em pé ao seu lado, parecendo ainda mais diminuta perto da grande guerreira. - Jamais vou esquecer o que fez por mim enquanto eu viver, pequena senhora...

Akura usou Curar Ferimentos, restaurando 10 PVs em Narsha, ao custo de 1 PM.

A guerreira meio-orc ainda estava debilitada por causa dos ferimentos que sofrera na luta contra o dragão, mas a magia de Akura havia afastado a véu de morte que já cobria seu corpo quando ela chegou. A curandeira da estalagem, devota de Lena, a julgar pelo colar que usava, olhava para Akura com clara admiração, mas a silfíde sabia que sua magia talvez só tivesse obtido êxito graças a pomada que a mulher havia administrado, pouco antes dela chagar, e a poção que a guerreira bebera pouco depois da batalha.


No lado de fora da enfermaria, Ava, Garcia e Max conversavam com os demais guerreiros que haviam lutado contra o dragão, cujos ferimentos eram pequenos em comparação com o da valente meio-orc, que arriscara a vida para salvar um dos batedores, quando este foi atacado pela fera.

- Nunca tinha visto tanta coragem - dizia Sillas, o líder dos caçadores da estalagem, sentado em um banco, enquanto uma jovem atendente da enfermaria enfaixava sua cabeça.  

- Ela saltou do cavalo se colocou entre o rapaz e o dragão, quando a garganta da fera já estava brilhando como uma fornalha, pronto para soprar sobre o coitado. Só deu para ver quando ela empurrou o rapaz para o lado e ergueu o escudo, para se proteger do fogo, e então foi engolida pelas chamas...

- Quando o brilho do fogo baixou, vimos que ela estava atracada com a coisa, tentando se defender com o escudo e a espada, de costas para uma ruína ou algo assim, onde tinha jogado o rapaz, mas sua roupa estava queimando e sangue escorria como uma vertente de um grande corte no ombro direito... Pelos deuses, deu para ver que ela lutava com tudo que tinha, mas o couro do mostro era forte como uma cota de malha, sabe? E os golpes só arranhavam o miserável... Foi então que corremos para ajudá-la, aproveitando a fumaça que o bicho tinha feito, rezando para que ele também não visse muita coisa, e, graças aos deuses, acho que ele não via, porque, depois de um tempo, ele sumiu...

- Talvez tenhamos conseguido feri-lo, ou assustá-lo, mas a verdade é que não paramos para pensar no que tinha acontecido, apenas pegamos Narsha e os feridos e saímos de lá o mais rápido que pudemos, esperando que os deuses ainda estivessem olhando por nós; e felizmente estavam... Apenas quando estávamos longe foi que olhamos para trás e vimos o bicho rondando a torre que usa como covil, encoberta pela fumaça do bosque...

-No fim, a coisa podia ter sido bem pior, mas agradeço aos deuses por termos conseguimos escapar, e mais ainda por termos conseguido trazer Narsha a tempo, embora se fosse qualquer outro de nós, talvez não tivesse conseguido, não com aqueles ferimentos...

-Só temo, agora, ao pensar no destino do pobre coitado que estava preso na torre, que era quem queríamos resgatar...

- Tinha alguém preso na torre do dragão? - exclamou Dejan, que até então estivera em silêncio ouvindo o relato, olhando para o homem com um estranho brilho no olhar e um sorriso ansioso.

O menestrel seguira o grupo quando todos deixaram a estalagem, ansioso para ouvir o relato dos caçadores.

- Há aí uma grande história - disse, enquanto o grupo atravessava o pátio do cruzamento e seguia para a casa da guarda. - E eu nunca me perdoaria se não ouvisse o relato em primeira mão...

- Sim, temos certeza que havia alguém preso na torre - continuou Sillas, olhando para o menestrel com uma expressão estranha. - Liam, o rapaz, foi ele quem ouviu os gritos de socorro, e, para minha vergonha, não acreditei nele, até ser tarde demais...

Um cansaço enorme parece se abater sobre o caçador ao lembrar daquele momento.

- Deuses, se eu tivesse escutado o rapaz, talvez pudéssemos ter bolado um plano melhor, mas quando percebemos que ele havia desaparecido, para tentar resgatar o sujeito sozinho, era tarde demais. Só conseguimos chegar a tempo de salvá-lo do ataque da fera, e isso quase custou a vida de Narsha...


- Fabuloso, simplesmente fabuloso... - Dejan comenta, depois de um momento, os olhos brilhando de entusiasmo.

- Me refiro a história, ao conto que isso dará, não a sorte do pobre coitado, não me entendam mal - ele completa, ao ver a expressão do caçador e das pessoas ao redor. - É uma boa história, é preciso admitir, e olha que o fim ainda está em aberto...

- Isso não é uma mera história - o caçador responde, irritado. - Quem dera fosse, mas não é. Quase perdemos a vida enfrentando aquela coisa, pessoas que gosto e prezo muito, então não venha me falar de histórias ou o que quer que seja...

- Não quero que se ofenda, meu bom homem - diz o menestrel, erguendo as mãos em sinal de paz, como fizera na taverna. - O meu trabalho é contar histórias, assim como o seu é lidar com ameaças de qualquer tipo...

- Não desse tipo - diz o homem, olhando duro para o bardo. - Como disse, se tivéssemos mais tempo, talvez pudéssemos ter lidado com aquilo de uma forma melhor, mas dificilmente o risco seria menor. E olha que ele nem era tão grande...

- Não era grande? - diz o bardo, interrompendo o caçador. - Qual é o tamanho dele...?

- Não, não era grande, como um desses das suas histórias - o caçador continua, ainda mais irritado. - Mas acha que faz alguma diferença o tamanho do bicho? Que isso o deixa menos perigoso...?

- Não, eu não disse isso - diz o bardo, deixando de lado o sorriso e olhando para o homem com seriedade. - Dragões são perigosos em qualquer forma e tamanho, e mesmo os pequenos podem causar um bom estrago. E não é vergonha nenhuma evitar enfrentar essas coisas sem necessidade...

- Pois sim - diz o caçador, olhando desconfiado para o bardo. - Não é muito grande, não como os das histórias. É do tamanho de um boi, eu diria, talvez um pouco maior, com um corpo magro e asas grandes, mas com força para levantar facilmente um cavalo...

- E ele chegou a dizer algo? - o bardo continua. - Fez alguma ameaça? Exigiu alguma coisa?

- Essa é a parte mais estranha de tudo isso - diz o caçador, parecendo se acalmar. - Não acho que ele seja inteligente, não como os das histórias. Não, esse parecia mais um animal do que qualquer outra coisa, se entende o que quero dizer, e talvez só por isso tenhamos conseguido escapar daquele inferno...

Notas  

• Próxima atualização: 10 de Junho.
  

Personagens da Aventura    

Ava • Defesa 17 PV 36/36* PM 9/9 Condição +2 Percepção (Elmo do Vigilante), +5 PV temporários*.  
Akura • Defesa 13 PV 19/19* PM 16/17 Condição +5 PV temporários* Itens: 17 virotes.  
Garcia • Defesa 15 PV 17/17 PM 11/12 Condição Nenhuma Itens: 19 virotes.    
Max • Defesa 16 PV 36/36* PM 6/6 Condição +5 PV temporários*.  

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Personagens da Aventura - Equipamentos:

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