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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

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Mensagem por Aquila Qui Jan 07, 2021 12:24 pm

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) CFiwUUA

Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Ava

O sol da tarde tocava o topo das Montanha Uivantes quando a caravana finalmente avistou as torres negra da cidade de Yuvalin, após dias de viagem pelas estradas insólitas do reino de Zakharov.  

Começava a nevar mais forte naquele momento, como se a partida do sol, que lançava seus últimos raios de luz sobre as águas róseas do imenso Rio dos Deuses, do outro lado da cidade, fosse a deixa para que as nuvens cinzentas que pairavam sobre a região cobrissem o mundo de gelo e cinzas. O vento eterno que soprava das montanhas, enregelava os viajantes que desciam pela estrada leste naquele momento, fazendo com que apertassem seus mantos ao redor dos corpos, ou se encolhessem dentro das carroças que desciam a colina, mas as luzes que começavam a cintilar na silhueta negra de Yuvalin enchiam os corações com a expectativa do calor.  

Enquanto as luzes da cidade começavam a brilhar, como as brasas de uma imensa fornalha, atiçadas pelo vento, Ava observa os detalhes da imensa fortaleza se mesclarem ao entardecer tempestuoso, imaginando se haveria um limite para a cobiça dos homens.

- Mesmo depois de tantos anos, a cidade também me impressiona.

Você se vira quando ouve a voz potente de Boulos cortar o ar frio da tarde. O Mestre da Caravana está sentado logo atrás de você, no lombo do mesmo tumarkhân, uma das imensas bestas de carga que levavam as mercadorias e puxavam as carroças de sua grande caravana.

- Sim, Yuvalin é realmente impressionante, pois ela nos mostra o quanto somos fortes em relação ao mundo, mas também o quanto somos arrogantes... - continuou, olhando para a cidade com uma expressão indefinida que misturava um pouco de respeito e tristeza.

Você conhecera Boulos quando se juntou a sua caravana, quando estava passava por Zakharin, e logo ficaram amigos. O caravaneiro era um era um homem enorme e robusto, dono de uma barba negra tão densa quanto sua severidade, mas era sempre justo e honrado com aqueles que lhe prestava serviço, e sempre sorria quando a via. Havia quem dissesse que era porque você lhe lembrava alguém de seu passado, mas ele mesmo nunca falou sobre isso.

- A cidade inteira foi construída ao redor de uma colina de ferro - ele lhe explicou, enquanto a caravana descia inexoravelmente pela estrada na direção do portão leste, embora você já soubesse disso por causa das informações que coletara durante a viagem.

- Ela é formada por três distritos, cada um protegido por uma muralha circular. O primeiro distrito, aquele no topo da colina, chamado de Distrito da Forja, é onde fica a fornalha central e os palácios dos três reis... Bem, eles não são necessariamente reis, sabemos disso, mas há quem diga que isso pode mudar logo, e então veremos se a tal aliança eterna entre eles vai durar para sempre...

Imensas torres negras despontavam do Distrito da Forja, despejando um turbilhão de fumaça nas nuvens brancas como algodão que vinham das Montanhas Uivantes, formando um arremedo grotesco de tempestade.

- O segundo distrito é o Distrito da Bigorna - disse o caravaneiro, apontando para o círculo intermediário da cidade, que começava a brilhar com as luzes da tarde. - É onde ficam as casas e lojas da maioria da população. O calor ainda é forte ali, por isso o frio não abala muito as pessoas. Ali, logo abaixo, fica o Distrito do Carvão. É onde ficam as fazendas, depósitos de minérios, e até algumas minas menores, mas é um lugar mais frio, mesmo com a água aquecida dos aquedutos...

Observando a cidade de longe, era realmente difícil não admirar a habilidade dos artesões anões que participaram de sua fundação, porém, quanto mais a caravana se aproximava, mais claro ficava qual era a herança do homem sobre aquele legado.

- O Estábulo - Boulos disse, vendo a expressão em seu rosto ao olhar para as casas que tomavam a planície ao redor de Yuvalin. -Tão parte da cidade quanto aquela que fica dentro dos muros, embora alguns habitantes da cidadela possam dizer que não...

O Estábulo era uma infinidade de casas e casebres que se amontoavam além dos muros de Yuvalin, formando uma cidade própria que sobrevivia absorvendo as sobras do calor que emanava da cidadela. Antigamente, o lugar era apenas um pequeno conjunto de assentamentos que atendiam os viajantes que chegavam a Yuvalin, uma cidade que nunca foi conhecida por sua hospitalidade, porém, nos últimos anos, a aglomeração cresceu sem controle, tomada pelos viajantes e exilados de guerra que chegavam à cidade diariamente em busca de uma vida melhor.

Assim como você.

Diferente de outras grandes cidades da região central do Reinado, como Valkaria, Khanilar e Zakharin, Yuvalin nunca foi um destino muito procurado por aventureiros. A forma hostil como a cidade sempre tratou os estrangeiros, afastava os viajantes, exceto aqueles que tinham interesse em seus produtos e serviços, ou então buscavam trabalho nas inúmeras minas, forjas e siderúrgicas da região. Depois da guerra, no entanto, isso havia mudado drasticamente. Uma mudança de política na cidade começou a atrair todo tipo de especialista, e logo o lugar se tornou uma referência para aventureiros de todas as partes do mundo.

Diariamente, dezenas de viajantes e mercenários chegam a Yuvalin para tentarem ingressar em uma das companhias de aventureiros da Guilda dos Mineradores, incentivados pela promessa de uma boa remuneração e a chance de provarem suas habilidades. Apenas uma pequena parte dos que tentam ingressar nas companhias passam pelos testes de admissão, mas aqueles que conseguem podem sonhar com um futuro promissor.

Mas não fora isso que a atraiu para a cidade.

Yuvalin se tornara ainda mais poderosa do que antes depois da Guerra Artoniana, quando lucrou vendendo armas para os dois lados do conflito, e agora os rumores de que a cidade pretendia declarar sua independência reavivavam as chamas da desconfiança por todo o reino. Como se isso não bastasse, a cidade começara a se preparar abertamente para avançar na direção das Montanhas Uivantes, em busca de terras para explorar, o que tornava a região extremamente instável, atraindo toda sorte de pessoas para o lugar.

Não havia melhor lugar para você pôr a prova suas habilidades do que Yuvalin, ainda que chegar na cidade fosse apenas o primeiro passo.


É noite quando a caravana alcança os primeiros casebres da região oriental do Estábulo, espalhados ao longo da estrada principal, uma via larga que segue reta como uma flecha até o Portão Leste, que pode ser visto a pelo menos três quilômetros de distância. A estrada não é obstruída – por lei, é proibido construir perto dela – mas os inúmeros buracos e poças de lama formados pela neve dificultam a passagem dos animais e das carroças.

Boulos lhe explica que a estrada originalmente era completamente pavimentada, como era próprio das estradas dos anões, mas as pedras foram retiradas ao longo dos anos, para serem usadas na construção das casas do Estábulo, e nunca foram devidamente repostas.  

Não demora muito e você avista as primeiras tavernas do Estábulo, cercadas por cocheiras, armazéns, ferreiros e todo tipo de lojas que orbitam esses estabelecimentos formando pequenas vilas dentro da cidade, mas a caravana passa sem se deter.

- Temos um lugar próprio para acampar - Boulos lhe explica, quando o comboio chega a um caravançarai a cerca de um quilômetro do portão. - Caravanas como a nossa fazem esse trajeto regularmente, por isso é vantajoso termos o nosso próprio acampamento, mas é preciso estar atento. Há sempre alguém tentando tomar os espaços...

Enquanto as dezenas de animais de carga, carroções e montarias da caravana ocupam o caravançarai, você sobe em uma das torres de vigia do acampamento, para observar a cidade. Você imaginava que Yuvalin era grande, mas não tanto, e o imensidão do Estábulo e da grande muralha que protege a cidadela, deixam claro que a cidade não esqueceu completamente suas velhas diretrizes.

Quando praticamente toda o comboio já ocupou o caravançarai, você deixa a casamata e vai à procura de Boulos, encontrando-o supervisionando um grupo de trabalhadores que está descarregando um dos tumarkhâns. O animal parece claramente contente por se livrar do peso, ainda mais agora que sua pelagem começava a crescer. Os tumarkhân, você aprendeu durante sua breve viagem, possuíam a capacidade de se adaptar rapidamente aos ambientes, criando pelos para se protegerem do frio, por exemplo, como agora.

- Ah, Ava, minha querida, aí está você - diz o velho condutor, assim que a vê. - Queria mesmo falar-te. Chegamos a Yuvalin, o destino que havíamos combinado, mas queria que considerasse mais uma vez aquela proposta de trabalho que te fiz. Alguém com as tuas habilidades e perspicácia me seria de grande valor, e o pagamento é bom...

Boulos havia lhe convidado mais de uma vez a fazer parte integralmente da caravana, ajudando a protegê-la contra os perigos que rondavam as estradas dos reinos, como os bandidos que tentaram invadir o acampamento, duas noites atrás.

- Quando nos encontramos, em Zakharin, sabia que tu não eras uma mera espadachim, e tua ajuda contra aqueles bandoleiros mostrou que eu tinha razão. Bem, queria que ficasse conosco, mas posso ver a resposta em teus olhos. Teu destino é maior do que isso, mas lembre-se que sempre será bem-vinda no meu lar... - Ele abre os braços para mostrar o caravançarai.

- De qualquer forma, aqui está o que combinamos...

Ele então lhe passa uma pequena bolsa de couro com 5 moedas de ouro.

- As sedes das companhias de aventureiros ficam perto dos portões. Não é difícil encontrá-las, mas, se tiver algum problema, basta agarrar um desses mineiros pelo pescoço que ele o levará alegremente até uma delas. Adeus, minha cara, e que possamos nos encontrar algum dia, se o destino quiser...

• • • • •

Akura

- Mercenários malditos!  

As asas cor de prata de Zibellina tremiam enquanto ela lia mais uma vez o pergaminho desdobrado sobre a mesa, como se a mensagem que ele trazia comunicasse a sua sentença de morte, e não a aceitação de seu pedido para se juntar a mais prestigiada guilda de aventureiros de Yuvalin.  

- Eles aceitaram seu pedido de admissão, aqueles malditos filhos de putas! Mas claro que aceitariam. E por que não? Podemos fazer coisas que eles apenas sonham, os bastardos, por isso eles sempre tentaram nos pegar, mas nunca conseguiram... pelo menos até agora.  

Ela folheou mais uma vez o pergaminho, amaldiçoando o símbolo do dragão gravado na cera cor de laranja, porém, depois de um momento, jogou a folha sobre a mesa, suspirando, resignada.  

- Bem, se é realmente isso o que quer, não há muito o que fazer, não é? - disse, se virando para você, a irritação desaparecendo de seu rosto para dar lugar ao seu sorriso habitual, mas seus olhos negros ainda brilhavam. - Mas sabe que podemos conseguir algo melhor para você, Akura, se realmente quiser ficar na cidade, não? Não precisa se sujeitar a isso. Posso falar com meu pai, se quiser. Ele certamente pode ajudá-la...  

Cellerian, o pai de Zibelline, era um dos artesões mais renomados de Yuvalin, e não havia dúvida que ele poderia ajudá-la a se estabelecer na cidade, mas como fazer Zibellina entender que você não tinha outra escolha se quisesse cumprir a vontade de Wynna?  

Você ainda lembrava daquela noite como se tivesse despertado há apenas alguns momentos, mesmo tendo passado mais de três meses. Wynna, na forma de uma fada com magníficas asas de penas cor de rosa, surgira para você em um antigo círculo de pedras, lhe dando uma missão que ainda não fazia muito sentido.  

“Siga o Caminho dos Deuses, através da Tempestade, até a Cidade de Ferro”, dissera a deusa, que surgira naquele momento como um reflexo no lago cristalino do santuário, fulgurando como o sol da manhã por trás das Montanhas de Sangue. “Procure o Dragão Resplandecente, que rasteja por entre os covas e fumos, para dentro das fossas onde jaz a magia, sepultada, mas ainda viva. O sangue da Besta alimentará a semente enterrada nas profundezas do desespero...”  

Não demorou muito para você entender a primeira parte do enigma e então deixar as montanhas em busca de seu destino, e por três meses você viajou pelo Caminho dos Deuses até finalmente chegar a Yuvalin, onde tudo teria acabado se você não tivesse encontrado algo que julgava impossível em uma cidade de ferro, uma comunidade sílfide.  

Embora pequena em número, a comunidade sílfide de Yuvalin era extremamente forte, formando uma família unida pela paixão que todos mantinham pelo artesanato e trabalho com metais e pedras preciosas, e pelo amor às tradições. Não fosse pelos pixies, talvez você não conseguisse cumprir sua missão, mas agora que finalmente achava ter compreendido outra parte do enigma, você sabia que precisava enfrentar seus medos sozinha.  

O Dragão Resplandecente não podia ser outro além da fera que dava nome a Companha Dragão de Ouro, que nos últimos anos se tornara o mais renomado grupo de aventureiros de Yuvalin.  

- Bem, parece que não vou conseguir dissuadi-la - Zibellina continuou, - mas se realmente quer ir agora, então eu vou junto. O que? Achou que eu ia deixá-la ir sozinha, sabendo que prefere ficar passeando pelas ruas ao invés de voar? Você ia acabar se perdendo e parando no porto, ou pior...  

Não era totalmente mentira, você tinha que admitir. Yuvalin era uma cidade imensa, extremamente diferente do ermo onde você cresceu, e as ruas apertadas e movimentadas do Distrito da Bigorna pareceram um labirinto nos seus primeiros dias. Agora, depois de uma semana vivendo na cidade, você já consegue localizar a alfaiataria onde fica a pequena casa onde está vivendo, mas levará mais algum tempo até você se adaptar completamente.  

- E então, vamos?  

• • • • •

Garcia

O salão comunal da Lingotes estava completamente cheio naquele momento, como acontecia todos os fins de tarde, quando os últimos raios de sol desapareciam por trás das Montanhas Uivantes e o vento frio da noite voltava a dominar as ruas escuras do Estábulo. Nesses momentos, a taverna ardia com o calor das pessoas que entravam para se aquecerem diante de sua grande lareira, ou para comer e beber com os amigos, conversando sobre os boatos do dia e os problemas da vida.

Agora, no entanto, qualquer um que entrasse na taverna podia achar que estava no lugar errado. Havia conversas e muitas pessoas bebiam, mas o clima estava pesado, diferente do normal. Tudo porque um aventureiro havia morrido naquele dia, o quarto em menos de uma semana, mais um pertencente a companhia Dragão de Ouro, da qual vários membros, incluindo você, ocupavam as mesas naquele momento.

A morte não era uma desconhecida para a maioria das pessoas e mercenários que ocupavam a taverna, muitas delas mercenários, ex-soldados ou vítimas da grande guerra, mas o que tornava aquele fato particularmente pior do que os anteriores, era a idade da vítima, um jovem de apenas dezesseis anos.

- Era apenas um garoto - disse Belgram, um mercenário deheoniano que lutara na grande guerra, recostado em sua cadeira, encarando o copo de uísque em sua mão com um olhar perdido.

- Sim, era - Jaggar, um guerreiro de sangue bárbaro, disse, concordando com o amigo, servindo mais um copo para si e bebendo de um só gole. - Jovem demais para morrer assim, sem ter experimentado mais da vida. Porra, garanto que nunca fudeu...

- Não sei, ele até que era bonitinho... - disse Cassira, uma espadachim ahleniana sentada na mesa ao lado da dos guerreiros, também com um copo de uísque na mão. - As meninas suspiravam quando ele passava...

Um silêncio pesado caiu sobre o ambiente, mas Jaggar não parecia disposto a deixar que o clima o afetasse, então inclinou o corpo na direção da espadachim, agarrando e apertando a coxa da morena com sua mão grande e peluda.

- Bem, eu posso te fazer suspirar... - ele disse, sorrindo para ela.

A reação da espadachim foi tão rápida que o bárbaro não esboçou nenhuma defesa. Em um instante, ela havia afastado a mão do homem com um golpe rápido, jogado o uísque em seu rosto, e então o esbofeteado com as costas da mão de modo tão forte que o estalo com certeza foi ouvido do outro lado da cidade.

- Nunca mais faça isso, seu filho da puta! - a mulher disse, irritada, mas os demais riram, inclusive Jaggar, que parecia realmente divertido. Mas logo o riso morreu mais uma vez, conforme cada um lembrava do jovem rapaz que havia passado pela companhia como uma estrela cadente.

- Era tão jovem... - disse o bárbaro, por fim, que topara com o rapaz apenas uma vez, durante um treinamento.

- Sim, ele era jovem - uma voz se ergueu acima das lamentações, atraindo a atenção de todos. - Mas ele sabia o que estava fazendo. Eu mesmo o testei e o indiquei para sua unidade. Ele era capaz, e sabia dos riscos.

Gaston, um dos líderes da companhia (e da sua unidade), entrava na taverna nesse momento. Seu manto laranja estava molhado por causa da neve que começara a cair, a gema azul em seu distintivo brilhava opaca, e sua expressão era de poucos amigos.

- Ele tinha potencial, mas habilidade de treino não e o mesmo que habilidade de combate - disse um mercenário que você não conhecia, sentado no outro lado do salão. - Ele não estava pronto. Devia ter sido indicado para a guarda...

- Ficar na guarda teria sido um desperdício de suas habilidades. - Gaston respondeu, enquanto retirava as luvas de couro e atravessava o salão na direção do balcão. - Mas é fácil para mim dizer isso, não é mesmo? Escolher quem vai viver trabalhando por um soldo ridículo, ou quem vai morrer como herói, não é mesmo? Como se qualquer um aqui pudesse decidir...

Gaston encarou o mercenário, esperando que ele dissesse algo, mas o homem apenas voltou à sua bebida, embora seu olhar, e o de várias outras pessoas no salão, deixassem clara sua opinião. O espadachim então se voltou para o balcão, onde o viu, sentado no canto mais afastado, denunciado apenas pelo reflexo da gema rosada em seu distintivo.

- Quem...? Garcia? Ora, não achei que o veria aqui algum dia, menestrel. Mas talvez não seja uma surpresa, no fim das contas, não?

Não, não era uma surpresa considerando o quanto aquele ambiente parecia fazer sentido para você naquele momento, mais do que em qualquer outro dia, mas era no mínimo inusitado porque desde que ingressara na companhia, você havia evitado ao máximo fazer parte do grupo, temendo se expor e comprometer seu disfarce. Agora, no entanto, depois do que tinha acontecido, você sentia que não podia continuar escondido, não se quisesse descobrir o responsável por trás das mortes de seus velhos amigos e evitar novas tragédias.

As últimas palavras de Jack voltaram à sua mente mais uma vez naquele momento. Elas assombravam seus pensamentos desde o dia em que você voltou para Smokestone, a cerca de meio ano, e descobriu que vário de seus velhos companheiros haviam sido assassinados por causa de uma disputa por direitos de mineração. O mandante dos assassinatos, segundo as investigações de Jack, era uma autoridade de Yuvalin, porém, ele nunca teve tempo para confirmar suas suspeitas, pois fora mortalmente ferido por pistoleiros durante uma emboscada, morrendo em seus braços.  

Com o sangue de Jack ainda em suas mãos, você jurou que descobriria a verdade por trás de tudo e vingaria seu mentor. Assim, partiu para Yuvalin no mesmo dia, em uma viagem que durou vários meses. Durante esse tempo, você aperfeiçoou o encanto que mascara sua nova natureza, permitindo que possa se deslocar pela cidade sem chamar muita atenção, mas isso exige muito de sua concentração.

Mas chegar em Yuvalin era apenas parte de sua missão. Uma vez na cidade, você descobriu que não conseguiria investigar os fatos por trás da morte de Jack sem mergulhar fundo na política da cidade, e por isso decidiu se juntar a uma das companhias de aventureiros da Guilda dos Mineradores. Isso lhe daria liberdade para agir dentro da cidade sem levantar muitas suspeitas.

Foi assim que você acabou no Dragão de Ouro.

Infelizmente, durante seu tempo na cidade, você acabou descobrindo o preço que pagara por sua própria natureza, e isso quase custou tudo, até o incidente de hoje o despertar de suas próprias lamentações. Valian, o rapaz que causara tanta comoção, fora morto por pistoleiros durante uma emboscada.

As memórias se dissipam quando você percebe que Gaston se aproximava.

- Bem, parece que você não está morto, no fim das contas - ele diz, lhe passando um copo de licor e erguendo o seu para a multidão, para fazer um brinde.

- Ao jovem Valian - ele diz.

Enquanto todos bebiam e repetiam o brinde, um aventureiro da guilda entra correndo na taverna, agitado.

- Mestre Gaston? Pelos deuses, ainda bem que o encontrei! Por favor, senhor, venha rápido, antes que algo terrível aconteça!

- O que foi, homem? O que aconteceu?

- Uma briga, meu senhor. Nossos homens encontraram alguns mercenários do Punho de Ferro, e começaram a brigar. A guarda chegou e a coisa perdeu o controle...

- Pelos deuses! Justo agora? Malditos sejam todos eles! Pois bem, quem ainda estiver sóbrio, me siga...

Ele então se vira para você.

- Venha, Garcia. Acho que sua música pode nos ajudar...

• • • • •

Juu San

Nevava forte naquele momento, e o vento gelado do fim da tarde lançava os flocos cinzentos sobre os dois lutadores que se encaravam no centro da Rua das Poças, mas nenhum deles parecia se importar com o frio e a umidade pegajosa que grudava em suas roupas e corpos, concentrados totalmente no combate.

Os aventureiros das companhias do Dragão de Ouro e do Punho de Ferro, misturados a multidão que ocupava o cruzamento e o terreno baldio ao lado da muralha, gritavam para os dois combatentes, incentivando seu lutador e zombando do adversário, enquanto um destacamento dos Enferrujados mantinha os dois grupos separados, algo que talvez só fosse possível porque vários deles estavam muito feridos.

A animosidade entre as duas companhias sempre fora intensa, mas até hoje nunca havia chegado ao ponto de uma disputa aberta. Bastou um comentário ofensivo de um grupo de Punhos de Ferro sobre o rapaz doo Dragão de ouro que havia morrido naquele dia, para que a raiva explodisse. Ofensas e palavras ríspidas foram trocadas pelos dois grupos, espadas foram desembainhadas e sangue foi derramado antes que a guarda chegasse para intervir, mas ninguém se metia na briga que continuava no centro da rua, resumindo todo o conflito.  

Duelos eram proibidos em Yuvalin (embora eles acontecessem frequentemente nas ruas sombrias do Estábulo, principalmente entre os grupos de aventureiros), mas não havia nada na legislação da cidade que proibisse as lutas, que no último ano haviam se tornado a principal forma de resolução de disputas entre as companhias (e se tornaram um negócio crescente no submundo).

Lutar no meio da rua também não era permitido. Qualquer um que fosse pego brigando, era preso por desordem. Porém, naquele momento, os Enferrujados não faziam nada para interferir, seguindo a ordem de seu comandante.

Malagar, o comandante da guarda nos Estábulos, observava, impassível, de cima de seu cavalo, a luta que se desenrolava no centro da via, acompanhado por uma guarnição de seus tenentes. A inflexibilidade e total comprometimento que ele tinha pelas leias eram conhecidas por todas as pessoas do Estábulo, o que tornava sua ação ainda mais intrigante.  

Ele chegara pouco depois do conflito começar, e sua presença de certo modo ajudou a guarda a conter o conflito, mas quando os Enferrujados tentaram separar você e seu adversário, ele ordenou que parassem.

-Deixe que lutem! - disse, e imediatamente a calorosa disputa entre as companhias se concentrou no combate entre você e Bataar.

-Vamos, Juu San, você pode derrotá-lo! - gritavam os mercenários do Dragão de Ouro, atrás de você, ao mesmo tempo em que os Punhos de Ferro urravam para Bataar, seu lutador, cujo nome, diziam, significava ferro em um idioma bárbaro qualquer.

E os punhos dele pareciam ser realmente feitos de ferro, você pensou na hora em que trocaram os primeiros socos, quando o bate-boca já havia se transformado em uma batalha campal e vocês se encontraram por simples acaso, no centro da rua, enquanto você tentava apartar a luta. Aquilo devia ser um exemplo do que as pessoas diziam sobre “estar no lugar errado, na hora errada”.  

Você estava apenas passando pelo cruzamento, voltando para companhia, quando o tumulto começou, e antes que percebesse, já trocava socos com o brutamonte.  

Bataar trabalhara para um grupo de bandidos que tentou se estabelecer na cidade, há alguns anos, você ouviu alguém dizer, no alojamento da companhia, uma noite, mas ao que parece ele se uniu ao Punho de Ferro quando a quadrilha foi desmantelada e ele ficou sem empregador, e agora rachava cabeças em nome da Guilda dos Mineradores. Estava longe de seu auge, mas ainda era rápido, como a rachadura em sua máscara e o sangue que escorria pelo seu queixo deixavam claro.

- Não sei como cê conseguiu se esquivar do meu golpe, moleque - diz o brutamonte, que se movia de um lado para o outro, tentando desconcentrá-lo, - mas meu próximo soco vai afundar essa cara de boneca que cê tá usando, então é melhor desistir agora e voltar para casa, como aquele putinho que morreu devia ter feito...

O comentário incendeia mais uma vez os Dragões de Ouro e atiça os Punhos de Ferro, que fazem menção de avançarem uns contra os outros, até que sentem o olhar frio do comandante da guarda, e recuam.

- Ele devia ter fugido enquanto podia, aquele garoto. Essa vida não é para qualquer um, rapaz, essa é a verdade. Aventura e glória? Aqui tá toda a glória que cê vai ter na vida... pelo menos até eu te pegar. Vem pra cima, garoto, vamo acabar logo com isso...

Próxima atualização, dia 11/01.

Personagens da Aventura

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Ya5ooIT AvaPV 23/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 89WuT1FAkuraPV 10/10 PM 11/11 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 2E0OujR GarciaPV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) P5FrFrn Juu SanPV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) YHBJmOh

Notas Sobre a Introdução

E assim iniciamos a primeira parte de nossa jornada, começando com uma rápida descrição de onde cada aventureiro está e qual é a sua situação atual. Cada cena contém aspectos particulares da busca de cada um, mas todas possuem informações importantes para todos. Ainda assim, algumas coisas não foram explicadas nas cenas.

Ava está indo para Yuvalin pela mesma razão que a maioria dos viajantes nesses últimos tempos, tentar ingressar em uma das companhias de aventureiros da cidade. A promessa de um bom salário e um teto para morar são incentivos suficientes para a maioria dos jovens aventureiros, mas ela procurou a cidade porque acredita que ali sus habilidades serão de grande utilidade.  

Yubalin atualmente se prepara para começar uma incursão para as Montanhas Uivantes, fato que tem causado uma certa instabilidade na região e atraído muita gente esperançosa para conseguir trabalho nas novas minas e tropas. Além disso, há quem diga que a cidade se prepara para declarar sua independência, algo que não foi bem recebido pelo governo do reino.

Akura já está em Yuvalin há mais tempo. Ela chegou na cidade há uma semana, tempo em que ficou sob os cuidados da comunidade sílfide que encontrou (artesão, ferreiros, joelheiros e diplomatas do Reino das Fadas), mas agora decidiu que não pode mais ficar se escondendo, então fez um pedido para se unir à companhia de aventureiros do Dragão de Ouro, pedido esse que foi prontamente aceito.

Ela está vivendo em uma pequena casa no Distrito da Bigorna, um lugar pequeno (nada mais do que um sótão adaptado para as necessidades de uma sílfide), mas muito confortável.

Garcia chegou na cidade há mais tempo, há cerca de duas semanas, em busca de vingança, mas até agora ainda não fez nenhum progresso. Isso porque para agir na cidade ele precisou se manter discreto quanto a sua natureza atual. Ele já faz parte da Companhia do Dragão de Ouro há uma semana, mas nunca atuou integralmente, o que fez com que sua entrada fosse muito questionada.

A morte de um jovem aventureiro da mesma forma que seu antigo mentor, pode ter sido o motivador para que o osteon começasse a se entregar a sua nova carreira mais seriamente, pelo menos para manter a liberdade de ação que precisa para investigar os fatos por trás do ataque aos mineiros de Smokestone.

Juu San está na cidade há apenas alguns dias, mas já conseguiu ingressar na companhia Dragão de Ouro (e arranjar algumas inimizades pelo estábulo). Ele foi para Yuvalin decidido a investigar um estranho artefato que recebeu de herança, mas assim que chegou na cidade, começou a questionar sua decisão. Ele ingressou na companhia mais para se manter em forma e ocupado, mas logo viu que talvez aquela vida realmente o ajudasse a entender pelo que havia passado e o que se tornara... se conseguisse sobreviver.

As Companhias de Aventureiros

Como todos os negócios em Yuvalin, as companhias de aventureiros são controladas pela Guilda dos Mineradores, uma das organizações mais poderosas do mundo. São as companhias que lidam com os problemas que a guarda e outros especialistas da guilda não conseguem. Incialmente, as companhias eram extensões da guarda, tanto que a maioria das missões envia questões de segurança, mas com o tempo isso foi mudando, e hoje elas gozam de uma grande autonomia para escolherem seus membros e tarefas.

Existem quatro grandes companhias de aventureiros em Yuvallin, três delas, entre elas a Punho de Ferro, são patrocinadas pelas famílias fundadoras da cidade, mas a última, a Dragões de Ouro, é patrocinada pelos membros do guilda de forma geral - o que explica porque suas missões são muito variadas, e o prêmio geralmente é menor.

Inicialmente, houve uma tentativa de individualizar as cores de cada companhia, porém, até hoje, isso nunc aconteceu, e todas usam os mesmos mantos e capas laranja, a mesma cor do uniforme da guarda e do emblema da cidade, sendo distinguidas somente pelos distintivos que carregam.

No início da aventura, Garcia e Juu San já fazem parte da Companhia Dragão Dourado como aventureiros em avaliação. Cada um deles recebeu um distintivo de sua companhia e uma capa ou manto (a sua escolha), para usarem constantemente. Anotem isso em suas fichas:
  • Uma capa, 1 kg. Uma capa surrada, com capuz ou não, de cor laranja, com o símbolo do dragão de oito patas e sem asas da companhia, estilizado. É um símbolo, mas concede um bônus de +1 em testes de Fortitude para resistir ao efeito de Calor ou Frio.
  • Um distintivo, peso desprezível.

Além desses itens, Garcia e Juu San tiveram acesso ao arsenal da companhia para escolherem equipamentos. Em termos de regras, cada um de vocês pode escolher uma arma no valor de até 20 T$ e uma armadura de até 50 T$, isso antes de aplicarmos o desconto básico de Yuvalin.

Graças à grande quantidade de recursos e profissionais que vivem em Yuvalin, qualquer item de ferro ou aço custa metade do preço na cidade. Isso vale para praticamente todas as armas e armaduras presentes no Módulo Básico. Itens com apenas algumas partes de metal, como bestas e meio-armaduras, custam 2/3 do preço listado no Módulo Básico.

Por fim, eis um mapa de Yuvalin. O Estábulo, onde os personagens estão, são aqueles assentamentos fora das muralhas da cidade. Considerem apenas que ele é mais denso do que aparece na imagem.

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Última edição por Aquila em Dom Mar 17, 2024 10:50 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por 0_Sol Sex Jan 08, 2021 4:28 pm

A estrada é longa. Então tenho que andar.
---

Eu dia como qualquer outro. Eu acordo em meu pequeno espaço. Abro os olhos para a escuridão e aguardo.
Mas hoje, algo diferente. O careca não aparece. E nem o ruivo.

Continuo a aguardar. Ouço uma explosão e a porta é aberta. Não tem ninguém lá fora. Mas gritos ao longe.
Me levanto, caminho para a saída.

---

faz algum tempo desde que eu comecei a caminhar. encontrei outras pessoas. Algumas foram boas, outras nem tanto. Mas todas se assustaram com a minha cara. Não sei por que. Mas percebi que quando não olham para o meu rosto, a comida é mais fácil.
Passei perto de umas crianças brincando. Elas se assustaram e saíram correndo. Uma máscara ficou. Era bonita. Talvez devesse usar.
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---

A estrada é longa, e eu não tenho um destino. Meus punhos me defendem dos perigos e ocasionalmente de rendem algum alimento.

Ouvi dizer que existe uma cidade em que entendem de minérios e jóias e afins... Talvez eu possa encontrar respostas lá.

---

Essa cidade é enorme. Não sei se vou conseguir respostas aqui. Não sei se vou conseguir coisa que seja aqui. Tanta gente, Tantos perigos...

Uma pessoa pareceu se interessar por mim. Não entendi muito bem. Mas agora eu faço parte da guilda de aventureiros Cia Dragão Dourado. Parecem boas pessoas. Acho que agora eu tenho onde ficar.
Mas não pretendo tirar minha máscara.

---

Aquela tarde eu tinha saído para levar uma encomenda. Coisa simples eles disseram. não me perdi. Mas no caminho de volta me envolvi numa confusão.
Ou, a confusão se envolveu comigo, não sei dizer.

Quando percebi estava lá, no meio da rua. no centro de um circulo de espectadores. Até gente importante estava observando.

Talvez por isso acabei levando um soco na cara. A mascara foi ferida. Ninguém mexe com a minha máscara.

O outro, um cara grande, que falava um monte de coisas provocativas. O tipo de pessoa que luta com os punhos ao mesmo tempo que ataca com as palavras.

Não era meu estilo. Nem algo que eu poderia fazer se quisesse. Comunicação, positiva ou negativa, certamente não estava nos meus pontos positivos. A única coisa que eu sabia fazer era usar meus punhos. Não que eu gostasse de resolver problemas com eles mas... As vezes era... inevitável?

A neve caia forte. E me preparava para avançar. Um instante. Era o que seria necessário para resolver aquilo. Com sorte o cara cairia depois de um ataque. Não queria que o combate durasse mais do que o extremamente necessário. Todas as pessoas em volta... geravam um incomodo....

Uma lufada de vento trouxe um punhado de neve, e assim que o brutamontes piscou eu aproveitei minha chance.

Abaixando meu centro de equilíbrio e dando passos rápido em direção a ele. Levantei o punho direito que acertou com força o baço!!
O ataque fez com que ele ficasse um pouco curvado, e com velocidade e um pouco de energia extra de meu corpo, um segundo golpe em sequencia. Acertei o rosto dele com meu punho esquerdo.

Ele não caiu.
Voltei pra minha posição de guarda. Esperando o contra ataque.

A neve acumulava na capa laranja da Cia. Ela me mantinha protegida do frio.
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Mensagem por Aquila Sex Jan 08, 2021 6:29 pm

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Juu San

Turno 1

Bataar era maior, mais forte e muito mais experiente do que você, mas, naquele momento, pagava o preço por subestimá-la.

Seu movimento rápido pegou o brutamontes de surpresa, e quando ele percebeu, você já estava sobre ele, golpeando-o com uma velocidade impressionante. Ele tentou bloquear seus primeiros socos, mas quando percebeu que não conseguiria, se fechou em uma postura de guarda, enrijecendo os músculos para absorver os golpes, os olhos brilhando de raiva por trás dos punhos cerrados.

Os gritos da multidão se perdiam em meio ao som de seus golpes, até que tudo ficou em silêncio quando você atingiu o bruto com um soco fortíssimo na barriga, e imediatamente o lançou para trás com um soco devastador no rosto.

Seus golpes teriam derrubado qualquer outro homem, mas Bataar não apenas não caiu como se projetou para a frente com uma velocidade incrível, urrando, sangue escorrendo pelo seu nariz e canto da boca, os braços estendidos para tentar envolver o seu corpo.

Por puro reflexo, você conseguiu se afastar do brutamonte antes dele a envolver em um abraço do qual poucos oponentes já haviam conseguido se livrar.

- Cê é rapido, garoto - urrou o brutamontes, irritado, - mas não vai poder correr pra sempre...

É a vez de Juu San


Última edição por Aquila em Sáb Jan 09, 2021 3:16 pm, editado 1 vez(es)
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por 0_Sol Sex Jan 08, 2021 7:35 pm

Eu desviei antes mesmo de perceber que estava desviando.
Nessas horas, quando o combate aquece meu sangue, meu corpo as vezes parece se mover por conta própria.

Ele disse mais desaforos, tentando me provocar. Querendo que eu perdesse o foco e errasse. Pra ele bastaria um erro meu.

Mas antes que eu pudesse tentar me agarrar com aquele abraço violento de novo eu me aproximei e soquei. Colocando todo o corpo no movimento.

Meu punho conecta e depois o outro.
Quero acabar logo com isso.
Estou tentando com todas as minhas forças.

ação
Ataque:18
dano: 8
Ataque 2 (golpe relâmpago -1PM): 22
dano: 8

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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Coração de Rubi T20 - Aventura 1: Forja de Heróis

Mensagem por Aquila Sáb Jan 09, 2021 5:13 pm

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 5K2nb2B

Juu San

Turno 2

Bataar se encolheu mais uma vez quando você avançou e começou a atacá-lo com seus golpes rápidos, porém, desta vez, você percebeu que a postura do brutamonte havia mudado. Se antes ele havia sido surpreendido por sua velocidade, tentando apenas suportar seus golpes enquanto tentava mantê-la à distância, agora ele começava a revidar.

Não que fizesse alguma diferença. Os socos do Bataar eram pesados e lentos, e cada vez que ele atacava, abria a guarda para os seus ataques velozes. Depois de uma sequência rápida de golpes, você aproveitou um descuido do brutamontes para atingi-lo com dois socos fortes, percebendo tarde demais que abrira sua própria guarda.

O soco de Bataar atingiu seu rosto com a força de um aríete, jogando sua cabeça para trás, e uma dor imensa inundou seus sentido quando seu nariz jorrou sangue - mas a máscara permanecia inteira.

Diante de você, Bataar voltava a assumir sua postura de defesa, resfolegando como um touro, a neve que caía sobre a rua derretia em seu torso nu, o sangue que escorria pelo seu nariz e boca manchavam seu peito, mas algo havia mudado em seu olhar.

- Garoto...?

Juu San perdeu 7 PV.


Última edição por Aquila em Seg Jan 11, 2021 10:20 am, editado 1 vez(es)
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por Lord Seph Dom Jan 10, 2021 9:29 am

Akura tinha apenas uma certeza, Wynna queria que ela cumprisse uma missão Divina.

Observou a amiga por uns instantes, uma pessoa de fora provavelmente acharia estranho ver uma borboleta e uma abelha conversarem, mas esse era um mundo estranho por si só.

- Eu voo baixo.

Foi a resposta da Feiticeira minúscula que havia criado um trauma após ser sequestrada por uma ave e cair junto com a mesma quando ela foi abatida.

Akura sabia que enquanto estivesse consciente nada precisava temer, mas não era assim que os medos funcionavam.

- Eu estou em uma missão para Wynna, Zi, não é como se eu pudesse evitar.

Talvez fosse apenas uma alucinação da pequena fada após ter sido abençoada por seu bem feitor após ele partir.

Mas não era esse o problema, Akura tinha o desejo genuíno de ajudar os outros com sua magia.

- Não vou te impedir, mas devo alertar que é algo perigoso, mais do que a vez que fui sequestrada por aquele pássaro maldito.

Akura passou a detestar aves desde aquele dia, sentia saudades das Sanguinárias, mas só voltaria para sua comunidade quando tivesse poder para proteger a todos e não ter que viver se escondendo e fugindo a cada novo predador.

- Eu já arrumei minhas coisas, parto em breve. Até breve.

Akura falava agora com todos, não gostava de despedidas. Também não agradeceu por toda ajuda, pois ainda voltaria a rever a todos.

Sim, era estranho e perturbador uma comunidade feérica, pois um simples obrigado podia acabar em uma guerra ou um casamento.
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por Kairazen Dom Jan 10, 2021 1:51 pm

Garcia observava em silêncio o lamento de seus companheiros, se perguntava se teria chance do rapaz voltar como ele, mas não sabia nem mesmo como havia ressuscitado, aceitou o copo de licor de Gaston e repetiu após ele:

- Em honra a Valian! - com o copo erguido.

Não bebeu de imediato, sabia que não podia, desde que havia voltado não sabia mais o que era o sabor de um bom licor, ou o sabor de uma carne suculenta, ainda era difícil se acostumar ao fato de que não precisava mais de comida. Após o brinde respondeu a Gaston:

- Depois tanto tempo de estrada se aprende como escapar da morte algumas vezes.

Olhou para os outros ali, o cliam estava tenso, a morte trazia isso, piadas e comentários fora de hora, mas todoa ali pareciam sofrer. Garcia tinha decidido tirar uma dia de folga da investigação em luto ao jovem Valian, mas um homem chegou correndo quebrando totalmente o clima mórbido que circulava ali. Parace que uma grande briga estava acontecendo, Gaston o chamou para a ajudar, ele pegou seu violão e respondeu:

- O que seria uma boa briga sem uma música para acompanhar, vamos lá!
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Mensagem por DragonKing Seg Jan 11, 2021 11:44 am


AVA
A SOLDADO EM PENITÊNCIA
S
angue, morte, odio e intolerancia. Ava se via em meio a uma piscina de corpos, caminhando sobre eles e matando todos que apareciam em sua frente, então se viu presa, espancada, alguém puxava sua mão, ela não via o rosto, mas sabia queme ra. Ele ergue a espada e desce com fúria pesada sobre a mão esquerda da mulher que grita de dor e então abre os olhos sentindo o frio cortante atingi-los.

O corpo da paladina balançava seguindo o ritmo do caminhar do tumarkhân, ela respira fundo e ergue a face, encarando a imensa cidade que surgia a sua frente. Era como se estivesse seguindo para uma Arton totalmente diferente, mais avançada ou próximo a isso. Zhkarov era um reino especializado em forja então, fazia sentido que sua sociedade fosse totalmente moldada pela criação de armas e equipamentos e o impacto que isso teria em seu dia a dia.

Então seus pensamentos foram interrompidos pela voz do mestre da caravana, Ava era calada, respondia apenas com poucos gestos ou reagia com micro expressões, flava apenas quando realmente necessário ou quando não tinha outra opção. Sua voz era carregada de muito peso e tristeza, mas não apenas isso, era uma forma de garantir sua sobrevivência pois sua voz poderia trazer morte para ela e quem estivesse ao seu lado.

Ela respondeu a Boulos com um aceno sutil de cabeça e continuou a ouvi-lo enquanto observava a cidade e tentava em sua mente, imaginar sua formação, mas ao adentrar os portões percebeu que era muito diferente do que sua imaginação era capaz de criar.

Ava aguardava as ordens do mestre da caravana enquanto pegava sua mochila, e se preparava para parar, a caravana tinhas eu próprio lugar para montar acampamento e quando pararam, deslizou pelo lombo do animal , jogou a mochila nas costas, com certa dificuldade, acariciou a criatura e olhou em volta, viu uma torre e seguiu até ela, subir escadas era um desafio maior para ela do que enfrentar demônios e outras criaturas.

Quando finalmente chegou ao topo, respirou fundo e se inclinou se apoiando nos cotovelos, observou o local e a cidade, o vai e vem das pessoas e a caravana trabalhando duro para erguer o acampamento a tempo para não serem pegos de surpresa pelos ventos da noite, a cidade ra realmente grande e menos fira do que achava que fosse, as fornalhas acabavam criando uma estufa e o vento carregava o calor por entre as vias próximas.

Ao identificar Boulos, desconfiou que ele a procurava e desceu as escadas da forma que podia e se aproximou enquanto ajeitava a manopla do braço esquerdo. O frio causava uma dor fantasma em sua mão esquerda que a incomodava, mas não ao ponto de atrapalhar. O mestre da caravana insistia em que ela ficasse e cuidasse da segurança da caravana, era um trablaaho justo e honesto porém Ava sabia que seu destino e sua missão era outra.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J- Perdão, mas novamente terei que recusar. Tenho uma missão a cumprir e ela demanda que eu esteja livre para completa-la.

Apesar de suas palavras honestas, Ava sabia que sua missão nunca teria fim e seu destino era morrer como heroína para assim pagar por todo mal que causou. E sua fala acabou ali, encarou Boulos que parecia desapontado, porém compreensivo. Ava acenou e cumprimentou o homem que a recebia como uma filha e seguiu seu rumo pelas ruas da cidade, ele a indicava um lugar para ir, um lugar que pudesse lhe colocar em movimento.

Sede de alguma companhia de aventureiros, era um risco que precisava correr, apenas tinha a confiança de que ninguém a reconheceria ali.




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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Coração de Rubi T20 - Aventura 1: Forja de Heróis

Mensagem por Aquila Seg Jan 11, 2021 6:11 pm

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Aventura 1: Forja de Heróis

Akura

Akura atraia olhares curiosos enquanto descia a Rua das Agulhas na direção do aqueduto que levava ao portão leste de Yuvallin. Não era comum que fadas fossem vistas voando perto do solo, ainda mais passeando pelas ruas - mesmo quando visitavam as lojas do Distrito da Bigorna, elas quase sempre entravam pelas janelas, e se mantinham distantes, bem acima de todos.

Havia quem dissesse que as fadas faziam isso porque eram naturalmente arrogantes (talvez houvesse um pouco de verdade nisso), mas o real motivo era a praticidade. Era muito mais fácil voar sobre as ruas movimentadas do que passar pelo meio delas, como Akura havia descoberto quando chegou na cidade.

A vantagem de viajar tão perto da rua era o calor.  

Yuvallin era uma cidade fria, assolada constantemente pelos ventos gelados das Montanhas Uivantes (que haviam aumentado de intensidade, depois do surgimento da Área de Tormenta, ao norte, segundo diziam), mas os Distritos da Forja e da Bigorna possuíam uma temperatura amena praticamente o ano inteiro, graças ao sistema de aquecimento criado pelos anões na época da fundação da cidade. O único problema era que, quando nevava, o calor deixava o Distrito da Bigorna parecendo uma sauna...

O movimento de pessoas aumenta perto do aqueduto: um imenso canal de água aquecida, ladeado por duas grandes avenidas, que vai do portão leste da muralha intermediária até a Forja Central, no coração do Distrito da Forja. Diversos barcos e barcaças percorrem o largo canal, transportando pessoas e mercadorias de um lado para outro da cidade, mas Akura não pegou nenhum, porque sabia que o canal termina na muralha intermediária, e seu destino era o portão leste do Estábulo. Seria possível ir de barco até o portão fazendo alguns desvios ao redor das muralhas, mas o caminho é mais romântico do que prático.

Assim que Akura atravessa a muralha intermediária, sente o clima do interior da cidade mudar drasticamente. Um vento frio percorre o Distrito do Carvão, menos aquecido que os círculos internos, trazendo o cheio dos pomares, pequenas plantações, e até mesmo alguns pequenos bosques, que cobrem os campos.

Diversos mercados e depósitos de frutas e verduras ocupam os dois lados da parte da via leste que atravessa o Distrito do Carvão, bastante movimentados a qualquer hora do dia, mas Akura não tem dificuldade em passar por eles e finalmente chegar no portão leste da cidade. Os guardas barram Akura quando ela se aproxima do portão, curiosos com sua presença, mas deixam que ela continue depois de verem o convite da companhia.

Atravessar o portão externo de Yuvallin é como cruzar um portal para outro reino, tamanha a diferença entre a organização da cidade e o caos do assentamento formado ao seu redor. O Estábulo fez com que Akura lembre-se de algumas das cidades por onde passou, como Khershandallas,  e Fross, mas ali a sensação de decadência era maior.

Assim que passa pelo portão, Akura pega a estrada para o sul e começa a procurar pelo edifício da companhia, mas não vai muito longe antes de uma confusão em uma viela próxima chamar sua atenção: uma humana de cabelos branco parecia encurralada por três indivíduos sinistros, um deles segurando uma menina humana pelos cabelos, enquanto ela gritava por ajuda.

• • • • •


Ava

Ava deixou o caravançarai de Boulos para trás e seguiu pela estrada na direção do portão leste de Yuvallin, apertando o manto ao redor do corpo para se proteger do vento e da neve repugnante da cidade, mas também para ocultar seu rosto.

Yuvallin atraia viajantes de todas as partes do mundo, sobretudo das terras centrais do Reinado, mas principalmente de Yuden. Depois da guerra, companhias inteiras de mercenários e soldados foram abandonadas à própria sorte pelos dois lados do conflito, mas as tropas yudenianas foram as mais sofreram com as baixas e deserções. Alguns dos soldados simplesmente abandonaram o reino em busca de novos conflitos, outros se uniram para formar grupos de bandoleiros que agora aterrorizavam as estradas e vilas das Terras Centrais, mas muitos partiram para Yuvallin para tentar recomeçar.  

Ava reconhecera alguns de seus compatriotas em meio às pessoas que passavam, incluindo alguns guardas, mas felizmente o movimento na estrada era grande, e ninguém pareceu lhe dar atenção.

Depois de alguns minutos andando nas sombras de alguns turmakhâns, Ava chegou no imenso portão leste de Yuvallin, ladeado por gigantescas estátuas de pedra de velhos ferreiros. O movimento na entrada da cidade é intenso e caótico, forçando Ava a tomar uma pequena rua lateral para alcançar o caminho sul. A travessa não é longa, e pouco depois Ava avista as luzes da via principal, mas antes que posso alcançá-la, alguém surge subitamente de uma viela escura e se choca violentamente com ela.

A pessoa sofre o pior do impacto, e cai, atordoada, mas Ava consegue se manter em pé a tempo de ver o que motivou tamanha correria. Três indivíduos mal-encarados surgem correndo da mesma viela de onde a pessoa apareceu, cansados e irritados.

- Agora te pegamos, sua filha da puta - diz um deles, segurando a garota pelos cabelos antes que ela pudesse fugir, ignorando Ava como se não a tivesse visto. - Quase conseguiu desta vez, sua putinha. Faltava tão pouco. Mas agora cê vai pagar o que deve...  

- Eu paguei tudo, não tenho nada...

- Ah, tem sim - o homem continua, levantando a garota pelos cabelos. - Sabemos que tem uma joia escondida na roupa. Queria nos passar a perna, é? Nós vamos procurar essa pedrinha, e se não acharmos, vamos pensar em outra forma de pagamento...

Os dois outros homens riem do comentário do companheiro, e um deles olha com cara feia para Ava.

- E essa aqui, Barto, o que fazemos com ela?.

- Ela vai embora, agora, se não quiser pagar também - diz o primeiro, arrastando a garota para a viela, que olha Ava com uma expressão suplicante.

- Por favor, me ajude.

• • • • •

Juu San e Garcia

Juu San sentia o sangue escorrer por sua garganta e pelo lado de dentro de sua máscara, respirando com dificuldades por causa do nariz quebrado, mas ainda assim ela continuava atenta ao combate, observando seu oponente com atenção, pronta para atacar mais uma vez se seu adversário avançasse.

Mas ele não avançou.

Aquele era o momento perfeito para ele ataca. O nariz quebrado nublara os sentidos de Juu San por alguns instantes, e um lutador experiente não teria problemas para aproveitar o momento, mas algo havia mudado na luta.

Bataar suportara um castigo que poucas pessoas poderiam, e apesar de aparentemente estar cansado, não dava sinais de que iria cair, mas algo em sua postura havia mudado. Não havia mais a intenção do combate, e a resposta para aquela atitude era surpreendente, considerando a reputação do homem.

- Vamos, Bataar, continue atacando! - gritavam os aventureiros da Companhia do Punho de Ferro, entusiasmados pelo golpe que o brutamontes acertara. - Vamos, acabe com ele!

- Mas não é ele... É ela - balbuciou o bruto, desconcertado.  

- Mas que diferença faz? Vamos, acabe com isso.

- Não consigo...

Bataar estava paralisado no centro da poça lamacenta que era a rua, olhando para Juu San sem saber o que fazer, vulnerável, mas a lefou não atacou. Ao invés disso, recou um passo, e a multidão e a companhia explodiram em gritos e maldições, tentando entender o que estava acontecendo.

- Chega - disse o capitão da guarda, que assistia ao combate de cima de seu cavalo, e os Enferrujados invadiram a arena improvisada, encerrado a luta...

Garcia seguia atrás de seus companheiros, correndo na retaguarda do grupo para evitar que alguém notasse o que era evidente, que enquanto todos arfavam por causa do ar frio e do esforço, ele não exalava um suspiro ou demonstrava cansaço.  

Felizmente, Tenebra já lançara seu manto sobre o mundo (apenas algumas manchas púrpuras marcavam o céu sobre as Montanhas Uivantes), e a atenção de todos estava voltada para multidão reunida no centro do cruzamento, iluminada pelas luzes das tochas e das casas ao redor.

- Saiam do caminho - Gaston gritou, bem antes de se aproximar, e a multidão abriu espaço para a passagem do aventureiros e seus companheiros.  

Rapidamente, todos ficara a par do que havia acontecido enquanto o aventureiro correra para pedir ajuda na taverna, de como Malagar havia praticamente obrigado Juu San a lutar contra o brutamontes dos Punhos de Ferro. Gaston foi direto até Juu San quando soube do que acontecera, se abaixando diante dela para ver se ela estava bem.

- Leve-a para a companhia e a ajude no que precisar - Gaston disse para Garcia, se levantando e indo ao encontro do capitão da guarda.

-Malagar!  

O cavaleiro apenas olhou para o homem, sem demonstrar reação.

- Controle seus aventureiros, Gaston - disse, quanto virava sua montaria e dava ordem para que os demais cavaleiros o seguissem. - Deixarei esta confusão passar em respeito ao seu luto, porém, na próxima vez, não serei tão tolerante...

Nota

  • Gaston deu ordem para que Garcia levasse Juu San para a sede da companhia e a ajudasse no que precisasse, criando o gancho para a primeira conversa entre os dois. Garcia e Juu San já viram um ao outro na companhia, mas não haviam conversado até agora.
  • Considerei que Juu San não tirou a máscara até esse momento, mesmo com a maioria dos aventureiros da companhia pedindo, mas fica a teu critério, Sol.

Próxima atualização: 14/01.
Personagens da Aventura

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Ya5ooIT AvaPV 23/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 89WuT1FAkuraPV 10/10 PM 11/11 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 2E0OujR GarciaPV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) P5FrFrn Juu SanPV 16/23 PM 1/3 Condição Nenhuma.


Última edição por Aquila em Qua Jan 13, 2021 11:51 am, editado 3 vez(es)
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por DragonKing Seg Jan 11, 2021 7:41 pm


AVA
A SOLDADO EM PENITÊNCIA
A
va caminhava com cautela, tentando esconder sua identidade enquanto andava pelas ruas e vielas da cidade rumo ao portão leste. Mesmo no frio a cidade era viva e havia muito movimento o que foçava a paladina a encontrar caminhos alternativos para evitar o congestionamento e para evitar ser vista por quem não queria.

Em uma dessas rotas alternativas, seguiu por uma viela sem movimento, até que sentiu um tranco sobre seu corpo. Virou o rosto, seu punho direito logo fechou pronto para reagir a qualquer tentativa de assalto, olhou para a garota no chão e tateou seu corpo para verificar que todos os seus pertences estavam consigo.

Instantes depois três homens surgem e avançam sobre a garota, um deles puxando-a pelos cabelos. O rosto de Ava muda para uma feição fria e passa a controlar sua respiração para não mostrar qualquer tipo de sentimentos. Observou os homens, principalmente o que estava com a garota, as palavras deles eram fracas, como todos aqueles que extorquiam gente de bem para conseguir mais dinheiro.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J -Ela já falou que pagou tudo, o que me parece é que estão tentando conseguir mais dinheiro do que deveriam. Peguem o que possuem e deixem a garota em paz!

Bandido escreveu:
- Não, nosso assunto com essa ratinha não terminou- diz o bandido que está segurando a garota pelos cabelos. - Ela roubou algo de nós e nós queremos de volta...

Os homens estavam cientes do que estavam fazendo e convictos de que sairiam daquela situação vitoriosos, Ava apenas suspira diante da resposta do homem, ela já desconfiava de suas intenções e claramente manteriam a mentira. A garota tentava se defender, mas naquele ponto Ava não se importava com a verdade quando a atitude daquelas pessoas não condizia com a verdade.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J -Vocês mentem, eu não falarei novamente, solte a garota e deixem ela em paz!

Ava leva sua mão direita até o cabo de sua espada bastarda e a remove da bainha, o homem que segurava a garota a solta e recua diante de Ava, mas os outros dois não pareciam querer ceder, Ava não queria lutar, mas seria necessário. Fez um sinal para a garota se afastar e encarou os dois a sua frente.

Bandido escreveu:- Acha que isso nos assusta? Somos três contra uma mulher.

Ava ergue o rosto e o encara nos olhos.


T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J -Fui treinada na antiga Yuden, eu valho por três!!

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Mensagem por Lord Seph Seg Jan 11, 2021 8:28 pm

Altura voava, baixo, pelas ruas movimentadas. Não era difícil passar entre passos e corpos, olhares eram porém a Sílfide podia sumir entre um transeunte ou outro.

Uma cidade não era diferente de uma floresta ou as montanhas, exceto que pessoas podiam revidar.

Mas tudo aquilo não importava, seu foco se perdeu diante de uma briga próxima de sua missão.

Observando as ações dos briguentos era fácil ver quem era o alvo.

Erick, o clérigo que o ensinou os caminhos da deusa havia ensinado que a magia devia ser usada para o bem daqueles que eram oprimidos e Akura via opressão naquele momento.

- Uma prece peço a ti, minha patrona, leve ao mundo dos sonhos esses homens violentos

Uma prece em élfico, com um canto de lamúria e movimentos simples Akura faz explodir sobre os rufiões, dois caem em um sono pesado enquanto outro fica claramente cansado.

- Garota, derrube esse último!

Grita Akura esperando o próximo movimento.



Conjurar Sono, CD 14.

Falha caem inconsciente pela cena, sucesso ficam fatigado por uma rodada.

Gasto de 2 PMs.

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Mensagem por Aquila Ter Jan 12, 2021 1:36 pm

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Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Ava e Akura

Os homens recuaram um passo quando Ava sacou sua espada, mas apenas para puxarem rapidamente suas armas. Dois deles apontaram suas facas longas para a yudeniana, enquanto o último sacara uma espada curta com um guarda mão estreito e uma lâmina afiada que brilhava na meia-luz do beco. Todos usavam coletes de couro sob o manto.

- Acha que isso me assusta? - disso o homem que estava mais à frente, o que empunhava a espada curta, mantendo uma postura de luta até que descente diante de Ava. - Vou te ensinar a não se meter no que não lhe diz respeito vadia...

O homem da espada curta deu um pequeno passo à frente, sem tirar os olhos de Ava, enquanto seus companheiros se moviam lentamente para os lados da yudeniana, procurando flanqueá-la, mas antes que pudessem se afastar, ambos caíram desacordados.

Perto da entrada da travessa, Akura gesticulava na direção dos homens enquanto murmurava as palavras do encanto de sono que lançava sobre eles. Os dois homens que sucumbiram caíram no chão enlameado como se tivessem sido atordoado, mas o último deles, o sujeito com a espada, conseguira resistir.

- Mas o quê...? O que aconteceu? - ele homem balbuciou, olhando para seus companheiros caídos e então para Akura como se não acreditasse no que visse.

Ava viu os olhos do homem brilharem de medo quando ele percebeu que estava sozinho, mas mesmo assim ele não recuou, continuando a apontar sua espada para ela.

- Vai pagar por isso, vadia... - ele disse, ofegante, segurando a espada com as duas mãos e apontando a lâmina para a yudeniana, antes de se jogar contra ela.

O homem parecia cansado e amedrontado, mas ainda assim atacava com uma brutalidade que pegou Ava de surpresa. Os primeiros ataques foram contidos por Ava, mas a forma como o homem avançava acabou forçando a yudeniana para trás, até que um descuido permitiu que ele a atingisse no flanco esquerdo.

Notas

  • Ava foi atingida e perdeu 2 PV.
  • É a vez de Ava.

Personagens da Aventura

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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por DragonKing Ter Jan 12, 2021 2:46 pm


AVA
A SOLDADO EM PENITÊNCIA
A
va encara os homens que começam a se mover de forma covarde, estava em desvantagem numérica isso era fato, mas estar em desvantagem nunca a impediu de prosseguir com sua missão.

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-Meu objetivo é que pensem duas vezes antes de fazer a estupidez que estão prestes a fazer e se alguém está se aproveitando de inocentes, então passa a ser da minha conta.

Eles não apreciam recuar, de fato estar em vantagem dava confiança, porém Ava mantinha a sua mesmo que em uma situação ruim. Se mantinha firme em sua posição sem mostrar medo ou relutância. Era assim que foi trinada, nada nem ninguém poderia lhe abalar facilmente.

Então, antes que algo fosse feito dois deles caiam quando uma espécie de cortina de luzes caiu sobre eles. Magia? Pensou Ava, alguém estava lhe ajudando, poderia tentar procurar a origem daquela manifestação, mas precisava manter o foco no homem a sua frente que não demonstrava desistir de conseguir o que queria, Ava franze a testa, o que aquela garota tinha de especial para que se arriscassem tanto?

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-É o ultimo aviso, eu não quero machucar você, mas farei se você insistir nisso.

O homem pareceu relutar, o medo era claro em seu rsoto, mas mesmo assim o medo não o fez abandonar a luta e avançou mostrando raiva em seus ataques. Ava se surpreende com a força de vontade do homem e o subestimou, fazendo com que nãos e preocupasse muito com sua guarda a berta o qeu fez com que a lamina da arma dele perfurasse seus músculos.

Ela olha pra o ferimento e em seguida para o homem...

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- Se esta é a sua escolha...

Ava foi rápida na reação, segurou o cabo da sua espada com firmeza, e mesmo sua espada bastarda sendo uma arma pesada ela conseguia segura-la com uma única mão com maestria como se estivesse segurando uma simples espada curta, o ataque foi veloz e preciso, algo inesperado para esse tipo de arama. Ava foi treinada desde criança, por mais que tenha escolhido o caminho do heroísmo e não das armas, ela ainda era uma guerreira exemplar.

A espada passou por baixo do braço do homem e cortou o colete de couro que usava e subiu, seguindo o corte pela lateral do corpo dele.

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-Este foi só um golpe de aviso, se fugir agora, poderá viver mais um ida.

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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Coração de Rubi T20 - Aventura 1: Forja de Heróis

Mensagem por Aquila Qua Jan 13, 2021 2:29 pm

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Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Ava e Akura

Ava fora surpreendida pela ferocidade do bandido, que chegou a atingi-la no flanco com um de seus golpes desesperados, mas rapidamente a yudeniana controlou a situação e, com um ataque preciso, pôs fim aquele breve duelo. O homem caiu imediatamente, tentando conter o sangue que escorria profusamente do ferimento e manchava suas roupas e armadura.

- Sua... vagabunda... Vai pagar caro por isso... - ele disse, olhando pra Ava com raiva e medo, ainda segurando a espada com força.

Ele ainda parecia disposto a fazer algo, olhando de Ava para a garota, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, um grupo de guardas surgiu da entrada norte da viela, correndo na direção do tumulto, que aparentemente havia atraído a atenção de várias pessoas.

- Fiquem onde estão? - o guarda que vinha à frente gritou, olhando para todos os lados procurando entender o que estava acontecendo. - Pare aí mesmo, moça - ele disse para Ava, que ainda segurava a espada, um filete de sangue escorrendo pela lâmina. - O que aconteceu aqui? Explique-se, ou vamos levar todos presos...

Enquanto o primeiro guarda questionava Ava, os demais se aproximaram dos bandidos para averiguar seu estado.

- Foi ela, ela nos atacou, senhor - disse o bandido da espada curta, gemendo e arfando por causa da dor e do cansaço, enquanto os guardas retiravam a espada de sus mãos e o erguiam a força. - Ela tentou nos roubar, ela e aquela coisa...

Ele apontou para Akura, que estava no outro lado da travessa, e até então havia sido ignorada pelos guardas, mas não pelas pessoas que haviam se reunido ao redor tanto para ver o que tinha acontecido quanto para olhar para ela.

- Uma fada, aqui...? - disse o primeiro guarda, olhando confusamente para Akura. - Por favor, venha até aqui e nos conte o que aconteceu, senhora...

- Eu vi o que aconteceu - disse além logo atrás de Akura, antes que ela pudesse avançar, e um instante depois uma mulher surgiu do meio das pessoas.

Ela vestia uma capa surrada com a mesma cor laranja da túnica dos guardas, mas com um dragão de oito patas, sem asas, estilizado, cobrindo o ombro direito, além de um distintivo de ferro com a forma do mesmo dragão, mas este segurando uma gema azulada que brilhava tenuamente na penumbra. Akura notou que o símbolo no manto e no distintivo da mulher eram iguais ao do selo da carta que havia recebido mais cedo.

Ela era uma aventureira do Dragão de Ouro.

- Eu vi tudo que aconteceu - a mulher continuou, indo até os guardas e parando diante deles com altivez. - Esses patifes estavam assaltando aquela garota, mas essas duas interviram e salvaram a coitada...

A garota havia se agarrado ao manto de Ava assim que a luta terminara, e agora que todos olhavam para ela, chorava, as lágrimas escorrendo por suas bochechas manchadas.

- Sim, esses malvados queriam pegar o dinheirinho que eu ganhei trabalhando duro, para ajudar minha podre mamãe doente, seu guarda, mas essa guerreira e a senhora fada me salvaram. Se não fosse por elas, eu não sei o que eles teriam feito comigo...

Ela olhou para os guardas com uma expressão que teria feito Mestre Arsenal compadecer, e só então Ava notou que uma mancha de sangue escorria dos cabelos castanhos da garota, manchando sua orelha direita e pescoço.

- Foi isso que aconteceu? - perguntou o guarda, olhando para Ava e Akura.

Personagens da Aventura

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Última edição por Aquila em Sex Jan 15, 2021 10:33 am, editado 1 vez(es)
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por Kairazen Qua Jan 13, 2021 6:25 pm

O combate parecia ter acabado, mas Gaston estava furioso com aquilo, só tornava o clima de luto ainda pior. Ele foi ate Juu San como ele pediu:

- Ei Juu San certo? Vamos para a companhia, podemos cuidar desses ferimentos e tomar umas, parece que você está precisando.

Garcia tentava ser o mais gentil que podia, não conhecia bem ela, mas esperava que ela voltasse com ele para a companhia, estava pouco a frente e aguardava a resposta dela.
Juu San
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- Isso.
- Ok
Seguia atrás do homem em silêncio. Garcia abriu um sorriso para ela, depois de uma confusão daquela precisava descansar um pouco.
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Mensagem por 0_Sol Qui Jan 14, 2021 7:40 am

Da mesma forma que a luta começou, acabou. Quando percebi o grandalhão não tinha mais vontade de lutar. Estava só lá, com as mãos em postura, mas sem nenhuma intenção.

Eu podia ter partido pra cima e golpeado mais vezes... Mas não pareceu o certo a se fazer. Ele tinha perdido a motivação para lutar. E eu nem queria ter começado.

Além do mais o desgaste já havia tomado conta de mim, junto com a ferida que ele me deu.
Não que eu nunca tivesse me machucado, muito pelo contrário. É só que o costume não torna mais fácil a dor.

E então, o chefe da guilda apareceu. Falando alto e dando ordens.
Dias atrás esse mesmo homem tinha feito minha inscrição. "Fazer parte será mais seguro." ele dizia. "Será como uma grande família."

Até agora não tinha visto nem uma coisa nem outra.
Mas talvez ainda desse tempo de ser real...

Gaston pediu a um senhor chamado Garcia, que me acompanhasse até a sede. Eu já o tinha visto. Mas nunca falado com ele. Eu não era muito de falar com as pessoas, na verdade. Preferia só ouvir, e agir.

De qualquer modo, fui com ele.
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por Lord Seph Qui Jan 14, 2021 10:13 am

Tudo havia se resolvido, aparentemente, sem maiores problemas.

Fora questionada e a milícia exigia respostas, até alguém explicar a situação.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 1648045-darkstalkers3qbee-1

Sim, eu estava em meu caminho para a Guilda quando vi a confusão com os 3 marmanjos contra duas garotas.

E como Wynna nunca me perdoaria deixar uma injustiça passar em vão eu coloquei dois para dormir.


Akura fala de forma simples, e não levantava a voz.
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Mensagem por DragonKing Sex Jan 15, 2021 12:53 pm


AVA
A SOLDADO EM PENITÊNCIA
A
paladina encara o homem, ela não se move apenas observa o desperedo e raiva em seu olhar, seu golpe não foi letal o suficiente o que indicava que aqueles homens não estavam acostumados com o combate de verdade, talvez apenas algumas brigas de bar.

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- Vocês foram avisados, não deviam ter insistido nisso.

Então ouviu passos, guardas se aproximavam rapidamente, Ava da um passo para trás e apenas observa e ouve as acusações sem fundamento do homem ferido. Ava respira fundo e limpa a lamina da sua espada enquanto os guardas a questionam sobre o ocorrido, ela olha para o lado e vê finalmente de onde aquela magia tinha surgido, uma sylfide.

Ava cerra os olhos e respira fundo, um suspiro de angustia, mas abaixa o rosto ocultando-o sob o capuz para não ser notado. Ela guarda sua espada e pega a pequena bolsa de couro com as moedas de ouro que Bolos lhe deu.

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-Aqui garota, há moedas ai suficientes para sustentar você e sua mãe, leve-a até o templo mais próximo, não deve custar mais do que uma moeda de ouro.

Ava encara a mulher que intervina ao seu favor e se dirige aos guardas.

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- Eu apenas me defendi, tentei resolver isso sem violência, mas fui atacada e tive que me defender. Eles roubaram a garota, provavelmente o dinheiro ainda está com um deles, se investigarem mais provavelmente descobrirão que eles trabalham para alguém ligados a atividades criminosas já que me ameaçaram constantemente.

Ava olha para a garota e novamente para os guardas e suspira.

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-A garota e sua mãe podem sofrer retaliações, elas devem ser protegidas.

Ignorando a presença dos guardas Ava se aproxima calmamente do homem ferido.

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- Eu espero que isso não aconteça ou irei atrás de todos, um por um, arrancar seu pau, suas mãos e suas pernas e deixar que os deuses decidam se merecem viver, pois a morte é um destino misericordioso demais para gente como você.

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Mensagem por Aquila Sex Jan 15, 2021 3:32 pm

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Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Juu San e Garcia

Garcia e Juu San obedeceram a ordem de Gaston e seguiram direto para a sede do Dragão de Ouro depois de deixarem o local do tumulto. Alguns aventureiros da companhia seguiram pelo mesmo caminho que eles por algum tempo, mas logo debandaram ou ficaram para trás, deixando Garcia e Juu San seguindo em silêncio pela estrada escura e coberta de névoa que levava ao Portão Leste.

Quando nevava, o calor dos distritos centrais de Yuvallin transformava a cidade em uma caldeira gigantesca, e o vento oeste jogava a névoa sobre a região leste do Estábulo.

A rua voltou a ficar movimenta e iluminada quando Garcia e Juu San chegaram na região leste do Estábulo, e pouco depois ambos chegavam diante do portão da sede da companhia, um edifício longo que mais perece um pequeno forte, erguido no lado oposto ao da muralha, com diversas bandeiras laranja exibindo o símbolo do Drolem de Ouro que dera nome ao grupo, tremulando diante das paredes externas e ameias.

Os guardas saúdam Garcia e Juu San quando eles passam pelo portão, mas a dupla não se detém, seguindo dali para o pátio de treinamento e então para a enfermaria.

É a própria chefe da enfermaria, Roseanne, uma sacerdotisa de Lena, quem atende Juu San quando ela e Garcia chegam.

- Pela Dama Branca, o que ouve? - a mulher exclama, ao ver o estado em que Juu San está.

Roseanne está na companha desde a sua fundação, há mais de cinco anos, segundo Garcia ouvira. Ela começou trabalhando em hospitais de campanha durante a guerra, quando tinha apenas treze anos, e depois ficou algum tempo no Santa Tallia, um dos hospitais de Lena que atendem a população do Estábulo, mas depois optou por trabalhar na companhia. Diziam que ela tinha uma veia aventureira, embora agora raramente fosse à campo, dedicando seu tempo ao cuidado dos feridos e ao treinamento de médicos e curandeiros do grupo, além de alguns trabalhos voluntários.

Ela era muito compreensiva e calma, mas agora estava irritada.

- Em nome de Lena, tire isso para que eu possa ajudá-la, garota! - ela dizia para Juu San, que não estava disposta a tirar sua máscara. - Preciso limpar o ferimento, ver se não ouve alguma dano grave...

Mas apesar de suas palavras, o tom e os gestos da sacerdotisa enquanto limpava o pescoço e os cabelos de Juu San, eram muito suaves.

- Não precisa ter medo - ela disse, depois de um momento, percebendo a forma como Juu San reagia aos toques. - Ninguém aqui vai machucá-la...

Juu San havia cedido, a muito custo, retirar seu manto, que estava pendurado ao lado, a gema rosada do distintivo refletindo vivamente o brilho da luz mágica que iluminava o cubículo, mas estava irredutível quanto a máscara.

- Pois bem, vou deixar que faça isso sozinha, se prefere assim - a sacerdotisa diz, deixando uma bacia de água e alguns panos limpos perto de Juu San. - Mas preciso que limpe seu rosto e o ferimento, e depois aplique esse unguento. - Ela coloca um pequeno pote com um cheiro pungente e doce, sobre a mesa. - Use este espelho, se precisar...

- Seu amigo pode ajudá-la, se quiser... - ela diz, antes de sair do cubículo e fechar a cortina que isolava o ambiente.

Garcia demora um instante para perceber que Roseanne se referira a ele, pois a mulher sempre ignorara sua presença nas raras vezes em que se encontraram, como se ele fosse um tipo de aparição que ninguém conseguia ver, embora ele tivesse quase certeza que ela era uma das poucas pessoas que o viam como realmente era.

• • • • •
Ava e Akura

Os guardas olham surpresos para Akura e então para os homem caídos, quando ela diz o que fez. Cada um deles era pelo menos quatro vezes maior do que a fada, mas seu poder subjugou a todos.

- Nos prestou um grande serviço, senhora - disse o sargento da guarda, igualmente impressionado, enquanto seus homens sacudiam os bandidos caídos, que despertavam lentamente apenas para se verem presos por grilhões.

- Tirem esses malditos daqui, e levem aquele traste para o hospital, antes que sangre até a morte... - ele continua, antes de se voltar para Akura novamente. - A senhora disse que estava inda para a guilda? Se refere a guilda de aventureiros? Que coincidência...

O sargento olha para a mulher de cabelos negros que surgira depois da confusão, que se adianta quando percebe a deixa.

- Eu diria mais do que isso - ela diz. - Eu sou Helena, da Companhia do Dragão de Ouro, e a senhora deve ser a sílfide de quem todos estão falando, a que fez a petição para se juntar ao nosso grupo, não? Isso deixou todos muito surpresos, pode acreditar...

Perto dali, Ava dava um ultimato aos bandidos, e entregava para a garota as moedas que ganhara protegendo a caravana, pedindo que ela usasse o dinheiro para ajudar sua mãe doente.

- Eu vou... - ela diz, olhando para Ava como se não acreditasse no que estava acontecendo.

- Ajudar a mãe? Que mãe? - um dos bandidos diz, enquanto os guardas o erguiam. - Essa ratinha não tem mãe! Ela não tem ninguém além de nós, essa vadia...

- Tenho sim! - a garota diz, olhando para o homem com os olhos subitamente cheios de lágrimas, apertando a bolsinha de couro contra o peito. - Eu tenho uma mãe, sim... ela...

- Não tem nada - o homem continuou. É apenas uma órfã qualquer que vive de roubos, e nós somos a única família que tem, e pode ter certeza que vamos te achar quando sairmos da jaula, sua ladrazinha...

- Eu tenho uma mãe, sim - a garota disse, olhando para Ava enquanto os guardas levavam os bandidos. - A senhora tem que acreditar em mim...

- Sua habilidade é incrível - a mulher chamada Helena diz para Ava, interrompendo aquele pequeno drama. - Se estiver em busca de trabalho, comida e um teto para ficar, sua espada seria muito útil na nossa companhia. Venha, nos acompanhe até nossa sede, para falarmos sobre isso. É aqui perto..

Próxima atualização: 18 de Janeiro.
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Última edição por Aquila em Seg Jan 18, 2021 3:32 pm, editado 2 vez(es)
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por 0_Sol Sáb Jan 16, 2021 2:15 am

Depois que Roseanne sai, alguns instantes de silêncio até que:
Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Ela não é má pessoa... Só.... tenta demais.

Garcia
- Realmente, ela parece uma mãe que quer proteger demais seus filhos, mas no fundo ela deve estar bem preocupada. Esta se sentido melhor?

um pequeno levantar de ombros
Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Não... Mas... Não estava, .... mal, ou algo assim.... É..... indiferente...

Garcia
- Bom, parece que você teve uma boa briga, mas que bom que não estava tão mal. Alias, porque estava brigando? Pode ficar tranquila, essa conversa não sai daqui.

Um pouco mais de silêncio, até que uma resposta
Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Na verdade, eu.. não sei... Houve uma confusão... e.... quando percebi... estava lá. Todos pareciam querer que eu lutasse.... Até o sr. Bataar... Então, eu... lutei. Até que pareceu que eu não devia mais...

Garcia
- Entendi, então os malditos te provocaram. Você realmente não parece ser do tipo de pessoa que sai puxando briga por aí.

Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- ... Acho que... Os do nosso lado... esperavam que eu lutasse....

Garcia vai fazer uma cara de confuso:
Garcia
- E por acha isso? Pela reação de Gaston era provavelmente a ultima coisa que ele iria querer.

Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Eles gritavam... "Vamos, Juu Sa, você pode derrotá-lo!"... Achei que... deveria...

Garcia vai balançar a cabeça em negação:
Garcia
- Parece que se deixaram levar pelo clima de briga, mas se a coisa tivesse saído do controle só quem ia sofrer com as consequência e você. Não e vergonha recusar uma briga Juu San, vai por mim, nunca se sabe quando as coisas vão fugir do controle.

Mais silêncio...
Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Sim,... Entendo.... Vou.... pensar mais.... na próxima vez....

Garcia sorriu para ela, ela ainda parecia meio perdida ali:
Garcia
- Isso é bom Juu San, e seu rosto, está bem mesmo? Não da nem para saber com essa mascara.

Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Ahn? Ah... Sim... está... Eu vou... limpar e ... passar esse negócio depois... quando, puder...
Um tom de surpresa podia ser ouvido na fala da pessoa por trás da máscara

Garcia sentia estar conseguindo se aproximar dela, não pediria para ela remover a máscara, afinal ele próprio usava uma:
Garcia
- Certo Juu San, e agora o pretende fazer? Se ainda quiser beber o convite está de pé.

Juu San
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 13
- Ahh... Não sei... Vou esperar você sair para poder me limpar... E depois... eu... não costumo beber... mas... posso... comer...

Garcia vai assentir com a cabeça e responder:
Garcia
- Tudo bem, nos encontramos mais tarde então na taverna, podemos pedir alguma coisa para comer e  continuar a conversa.
Garcia vai fazer uma mesura e deixar Juu San a sós consigo mesma.

---

Quando Garcia deixou a sala apanhou o unguento e as gazes, tirou a máscara, apoiando-a com cuidado na mesa. Limpou o rosto, sentiu o local onde o soco havia conectado. Estava dolorido, mas nada que fosse novidade. O nariz não parecia ter quebrado, como era o medo de Roseanne. Passou o unguento, ardia um pouco. Mas era uma sensação boa.

Esperou um pouco, pensou sobre o que havia acontecido.
Porque Bataar desistira da luta? Estava tão impolgado até acertar o primeiro golpe, ser acertado quatro vezes não o fez desistir, mas acertar Juu San uma só vez fez a determinação vacilar.
Por que insistiam em tirar-lhe a máscara? Quando não a usava ninguém era bom. E agora, mais de uma pessoa tinha se preocupado e demonstrado interesse.

Com tais pensamentos na mente, colocou de volta a máscara e o manto e foi encontrar com Garcia na cantina.
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por Lord Seph Seg Jan 18, 2021 11:47 am

Akura demorou para entender que estavam falando para ela, achava estranho aquele tipo de linguajar.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 1648045-darkstalkers3qbee-1

Apenas honrei os desígnios de Wynna.


Falou a fada ao miliciano, se dirigindo então para a mulher que afirmava fazer parte da guilda.


T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 1648045-darkstalkers3qbee-1

Essa sou eu, Akura.


A fada se apresenta e houve as palavras da criança.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 1648045-darkstalkers3qbee-1

Apesar de querer me apresentar, não podemos deixar a criança sobre a ameaça dos companheiros dessa corja.

A guilda pode prestar algum auxílio, Helena?


Era uma preocupação genuína, mas Akura sabia que não podia salvar o mundo com o poder que possuía no momento.
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por DragonKing Seg Jan 18, 2021 3:47 pm


AVA
A SOLDADO EM PENITÊNCIA
A
va ouve o que a tal Helena falava, ela era membro de uma guilda de aventureiros e isso poderia ser uma oportunidade de trabalho e sair da atenção das pessoas por um tempo, mas logo sua atenção se voltou novamente para os bandidos, o rosto de Ava ficou serio e frio, os homens estavam presos e indefesos, por mais que houvesse bondade do coração da a paladina e ela se esforçasse para agir de forma misericordiosa, ainda havia um monstro dentro dela e vez ou outra ele despertava.

Ignorando os guardas Ava se aproxima do homem e soca a boca dele com toda a força que tinha no braço direito e claro com o metal da manopla que usava.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J
- Você tem o direito de permanecer calado.

Porém, talvez eles estivessem falando algo real, talvez ela seja só uma orfã tentando sobreviver na cidade e se for, cuidar dela era mais importante ainda. Ergueu a cabeça, olhou para a sylfide chamada Akura e para Helena. Ajeitou suas manoplas como dava e se aproximou delas se dirigindo a Akura primeiro.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J
-Obrigada pela ajuda e em relação ao convite, fico grata, mas primeiro irei escoltar a menina até sua mãe. Poder haver outros a espreita só esperando uma oportunidade de atacar.

Ava olha para a Akura, se a guilda puder cuidar da criança isso seria bom para todos a tiraria da rua se fosse realmente uma orfã, ou lhe daria um emprego digno para evitar estar se arriscando.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DTEo-FJz-UQAAaiu-J
- Vou ver como a mãe dela está e prestar auxilio. Caso ela seja mesmo orfã, ela precisa de um lugar para ficar, se puder mantê-la na guilda pagarei pela estadia dela até ela conseguir manter-se sozinha.

Então olhou de volta para a menina.

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-Se a mãe dela estiver doente, ela ainda precisará de ajuda para se manter longe de encrenca. As pessoas tendem a medidas desesperadas quando se veem sozinhas.


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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Coração de Rubi T20 - Aventura 1: Forja de Heróis

Mensagem por Aquila Seg Jan 18, 2021 9:13 pm

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) DHVmAtE

Coração de Rubi
Aventura 1: Forja de Heróis

Juu San e Garcia

Garcia seguiu para o salão comunal da sede da companhia depois de deixar a enfermaria, para esperar por Juu San, que ficara na enfermaria para cuidar de seus ferimentos. Diversos aventureiros ocupavam as mesas e sofás do grande salão, mas o lugar não estava cheio, o que permitiu que Garcia pudesse escolher um canto afastado das mesas centrais e da lareira que iluminava o lugar.

Um jarro de vinho e uma travessa com alguns pedaços de queijo e salame foram deixados sobre a mesa que Garcia escolheu. As duas mesas centrais do salão estavam sempre abastecidas com vinho, cerveja, pão, queijo, frutas e outros tipos de alimentos, mas era comum que os grupos levassem uma parte para as mesas menores quando queriam um pouco de privacidade.

O salão também estava mais silencioso do que de costume, mas o clima não chegava a ser tão melancólico quanto o da Lingotes, e alguns aventureiros riam e conversavam mais animadamente sobre seus feitos do dia.

Cassira, a espadachim bronzeada que Garcia viu na taverna, mais cedo, também estava no salão, bebericando alguma coisa enquanto conversava com seus companheiros de grupo, todos bem a vontade, descansando. Todos riram de alguma coisa que alguém contou, e então ela se virou para Garcia como se tivesse percebi seu olhar do outro lado do salão.

Garcia talvez esperasse que ela parasse de rir assim que percebesse quem a observava, como acontecia sempre que alguém notava seu olhar, porém, desta vez, algo diferente aconteceu. A mulher olhou para Garcia por um longo momento, o rosto indecifrável, até que acenou para ele com o copo na mão, cumprimentando-o com um sorriso.

- Pode tocar algo para nós?

Alguns olhares se voltaram para Garcia quando ela falou, mas havia apenas curiosidade em cada um deles.

Juu San demorou um momento procurando por Garcia quando entrou no salão comunal, mas logo o viu sentado em uma das mesas no fundo do salão, dedilhando seu violão. O bardo não a viu imediatamente assim que ela entrou, mas o mesmo não aconteceu com os demais aventureiros que ocupavam o salão. Praticamente todos eles se viram para Juu San quando ela entrou, olhando para ela intensamente.

Por um longo momento, Juu San sentiu a intensidade de todos aqueles olhares sobre si sem entender o que estava acontecendo, até que os gritos, assobios e palmas explodiram por todo o salão. Todos os aventureiros a cumprimentavam pelo que ela havia feito mais cedo, alguns sorrindo, outros acenando com seus copos e canecas de modo mas reservado, mas todos a aceitando como uma deles, embora ainda se mantivessem um pouco distante.

- Aquilo foi impressionante - disse um aventureiro, quando ela passou. - Nunca tinha visto alguém se mover tão rápido - disse outro. - Deu uma lição naqueles malditos. Onde aprendeu a lutar desse jeito? Por que não tira a máscara?

Quando Juu San chegou na mesa onde Garcia estava, o clima no salão comunal já havia mudado, e o canto até então esquecido era agora o foco de todos os olhares.

Juu San recuperou 5 PV por causa do bálsamo curativo.
• • • • •
Ava e Akura

O soco de Ava pegou o bandido de surpresa, jogando-o ao chão, o nariz e a boca sangrando.

- Isso deve ensiná-lo a ficar quieto - disse Helena, que observava os guardas levantarem o sujeito do chão, enquanto o mesmo olhava para Ava com raiva e espanto, aparentemente sem ter aprendido a lição.

- Isso não vai ficar assim - disse o bandido, enquanto os guardas o arrastavam pelos braços e a multidão se dispersava ao seu redor. - Nós vamos te achar e te pegar, cabelo branco, pode ter certeza...

- Uma ameaça vã - continuou a aventureira. - Ele deve ficar preso por algum tempo, mas infelizmente há muitos outros como ele nesse lado da muralha, e nos últimos tempos, eles estão ficando mais ousados...

Helena então se volta para Akura, que havia perguntado se ela podia fazer algo pela garota.

- Podemos achar um lugar para ela ficar por algum tempo, achar algo para ela se ocupar, mas não temos como fazer mais que isso - ela diz. - Não podemos protegê-la desse tipo de gente, se era isso que queria dizer. Isso é atribuição da guarda, e os aventureiros não têm autorização para agir se não forem contratados para isso. Aqueles que tentam, são presos ou expulsos do reino imediatamente...

- Mas isso não quer dizer que não podemos fazer o que vocês fizeram aqui hoje, ajudar quem precisa simplesmente estando no lugar certo e na hora certa - ela continua, depois de um momento. - Só em ficar andando por aí, de olho nas coisas, já ajuda muito, embora hoje em dia apenas alguns poucos de nós continuem fazendo isso...

Havia um leve tom de inconformidade na voz da aventureira ao falar sobre isso, mas ela logo disfarça.

- Vou insistir para que reconsidere - ela diz para Ava, quando a yudeniana recusa o convite para ir até a sede da guilda. - Ela poderia ficar conosco esta noite, e então amanhã eu pediria para alguém levá-la para casa, mas se quer ir hoje, não posso impedi-la...

- Não! - a garota grita, olhando para Ava, surpresa, mas logo parece se dar conta que se excedeu. - Quero dizer, sim! Não precisamos ir para minha casa, agora, senhora, não. Minha casa é muito longe, e eu adoraria ficar na companhia por essa noite, se puder. Por favor, senhora, diga que sim.

- E a sua mãe? Ela não vai sentir sua falta? - Helena pergunta, olhando para a garota com uma expressão divertida.

- Não, ela não vai. Quero dizer, sim, ela vai, mas ela vai ficar melhor se eu não for agora, se a senhora entende. Eu só não posso ir agora. Por favor, não me manda agora...

- Bem, a decisão é sua, Ava - diz a aventureira. - Podemos fazer isso amanhã, quando ela estiver mais calma e alimentada - e os seus ferimentos estiverem tratados, o seu e o dela - mas entendo se quiser ir agora. Gostaria de acompanhá-la, mas tenho trabalho na companhia...

Ela então se vira para Akura.

- Vamos?

• • • • •
Max Reilly

Max molhou rapidamente a caneta de pena de grifo no tinteiro de prata que estava ao lado do livro aberto à sua frente, e então assinou seu nome no lugar marcado, no fim da página, colocando-se oficialmente à serviço da Guilda de Mineradores de Yuvallin.

Bem, talvez ainda não oficialmente, ele não pode deixar de pensar enquanto observava o excesso de tinta que parecia fazer parte de sua assinatura deslizar um pouco pela página, sendo lentamente absorvido pelo grosso pergaminho do livro. Aquele ainda não era um contrato de trabalho oficial para a guilda, apenas uma autorização temporária de serviço em uma de suas companhias de aventureiros, mas, no fim, tinha o mesmo significado.

Ele agora era um aventureiro profissional.

- Agora assine este documento - disse Duncan, enquanto pegava o livro de registros e passava para Max um pergaminho que ele também deveria assinar, este um registro para os arquivos da própria guilda, segundo disse o administrador.

- Muito bem - o homem continuou, olhando rapidamente para o pergaminho que Max assinara por último, selado com os brasões da Guilda dos Minerador e da Companhia Dragão de Ouro, sorrindo, satisfeito, por baixo de sua barba negra. - E com isto, você agora oficialmente é um de nós, Max. Seja bem-vindo ao Dragão de Ouro.

O aventureiro apertou a mão de Max com a força que só um homem de armas veterano possui, cumprimentando-o pelo seu ingresso na companhia, enquanto sua assistente, Brenda, se aproximava da mesa trazendo uma capa dobrada e um distintivo de aventureiro.

- Os símbolos que o identificam como um de nós - disse Duncan, pegando o distintivo, enquanto a assistente desdobrava a capa cor de laranja da companhia e exibia seu símbolo para Max: um dragão de oito patas e sem asas, bordado em fios dourados no ombro direito, o drolem de ouro que dera nome à companhia.

- Meus parabéns, mais uma vez - o homem continuou, entregando o distintivo para Max, um emblema de ferro com a forma do dragão em relevo sobre uma pequena gema, enquanto Brenda ajudava Max a vestir a capa, um gesto gentil para um momento que não tinha formalidades.

A pequena gema rosada do distintivo brilhava intensamente mesmo sob a luz distante da lareira, mas ainda parecia esmaecida diante da gema dourada que brilhava no distintivo do velho aventureiro.

- É apenas o primeiro passo - disse o homem, sorrindo, ao perceber o olhar de Max. - Todos começamos com um pequeno quartzo, depois passamos para o topázio, então para a safira dourada... - Ele fez um pequeno sinal para a gema no seu distintivo. - E, finalmente, diamante.

Uma batida na porta do escritório interrompe os cumprimentos, e um instante depois um homem alto, de cabelos castanho-claros, trajando o manto laranja da companhia, usando um distintivo com uma gema azulada, entra na sala.

- Desculpe o atraso, Duncan - diz o homem, se aproximando a passos largos da mesa, sua capa ainda pingando por causa da neve cinza de Yuvallin. - Houve um pequeno tumulto perto do portão sul, uma discussão entre os nossos e o pessoal do Punho de Ferro, mas está tudo resolvido...

- Graças a um de seus aventureiros, pelo que ouvi - disse Duncan, cumprimentando o homem. - Mas você chegou bem a tempo para cumprimentar o novo membro do seu grupo - ele continua, fazendo um sinal para Max. - Este é...

- Max Reilly - diz o aventureiro topázio, se adiantando para cumprimentar Max, olhando-o nos olhos. - Vi sua luta no pátio de treinamento, esta tarde...

A luta de que Gaston falava fora apenas um combate com armas de madeira que Max participara mais cedo, um teste feito pela companhia para descobrir se ele realmente possuía habilidades de combate e não era apenas alguém querendo comida e um lugar quente para dormir, como acontecia muito nos últimos tempos, mas havia sido um dos combates mais difíceis que ele participara em muito tempo.

- Sua força é tão impressionante quanto sua técnica - Gaston continuou, intrigado. - Onde aprendeu a lutar? De qualquer forma, podemos falar mais sobre isso no salão comunal, quando eu lhe apresentar seus companheiros de unidade. Então, está pronto para começar sua vida de aventureiro?

Próxima atualização: 21 de Janeiro.

Personagens da Aventura

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Ya5ooIT AvaPV 21/23 PM 6/6 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 89WuT1FAkuraPV 10/10 PM 9/11 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 2E0OujR GarciaPV 13/13 PM 8/8 Condição Nenhuma.
T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) P5FrFrn Juu SanPV 21/23 PM 1/3 Condição Nenhuma.

MaxPV 23/23 PM 3/3 Condição Nenhuma.


Última edição por Aquila em Qui Jan 21, 2021 12:51 pm, editado 4 vez(es)
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T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) Empty Re: T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada)

Mensagem por Lord Seph Ter Jan 19, 2021 1:33 pm

Akura não podia sentir meio decepcionada com suas limitações, mas aceita o destino naquele instante.

Mas então ouviu o grito da criança e não pode deixar um certo pensamento no ar, mas iria ignorar.

T20 Coração de Rubi - Aventura 1: Forja de Heróis (Fechada) 1648045-darkstalkers3qbee-1

Sim, podemos ir.


Se limitou a falar acompanhando Helena.
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Mensagem por Aldenor Ter Jan 19, 2021 9:05 pm

Foram algumas semanas de viagem.

Max sentia o cheiro de carvão há quilômetros de distância. O Coração da Forja, a cidade que tinha a fama de reunir toda a produção de armas e armaduras de Zakharov cumpria suas expectativas.

Um lugar gigantesco, circular, separado por muralhas em formato de anéis. Trilho onde enormes carroças levavam mineiros e traziam minérios funcionava dia e noite. Max pôde constatar a maravilha arquitetônica do topo de uma colina e demorou um dia inteiro gastando suas botas compradas em Valkaria para atravessar o descampado até chegar às muralhas de Yuvalin vista no horizonte. Foi através de um camponês sujismundo que descobriu aonde deveria seguir.

Do lado de fora das muralhas, praticamente uma outra cidade espalhava-se pela campina, cheia de casebres e barracões. Gente pobre, pedintes, mendigos e vendedores de qualquer coisa, desde lascas de pedras coloridas, até braceletes antigos e espetinhos de lagarto assado. Uma situação pobre e miserável de gente que se sujeitava por pouco. Até o momento, Max não entendia por que ficavam ali.

Ao se aproximar da primeira muralha, entretanto, percebeu o por quê.

— Caralho!

O jovem guerreiro se admirou com o calor. Era forte, se comparado ao resto do caminho que fizera. Yuvalin ficava próximo das Montanhas Uivantes, o lugar mais frio do mundo conhecido, por isso aquela gente preferia morar naquelas condições somente para ficar próxima do calor da muralha.

Impedido de adentrar o Distrito do Carvão, o jovem guerreiro viu enormes e massivas plantações, com estufas estranhas através do portão sul. Algumas casas daquela região de dentro da cidade, dessa vez de pedra e madeira, podiam ser visas aqui e acolá. Max não lhes deu importância, seguiu adiante, ladeando a muralha externa, pois sabia seu destino.

Foram longos minutos de caminhada displicente com sua montante nas costas pelo lado externo da muralha, admirando sua enormidade e ansioso para adentrar. Pensou se seria muito difícil escalar, ou entrar escamoteado em alguma caravana na cidade. Ponderou mais um pouco e decidiu que isso seria contraproducente. Seu destino era outro e se fizesse tudo certo - e acreditava que faria - logo estaria se banqueteando com os aristocratas de Yuvalin.

— Engenhoso, engenhoso... coisa de mago. — Permitiu-se dizer a si mesmo, ouvindo o barulho constante do martelo sobre a bigorna, sentindo o ar mais pesado pela fuligem eterna que vez ou outra caía do céu como se fosse uma neve cinza.

Após algum tempo, Max passou a ver pessoas armadas por todos os lados. Sim, essa era a primeira característica que Max percebeu ao entrar pelo reino de Zakharov: as pessoas armadas. Todas elas, seja com armas de verdade, seja com imitações. Armas eram peças artísticas, algo que eles cultuavam. Era um traço curioso, Max era um guerreiro e teoricamente tinha tudo para gostar dessa cultura.

Então, distraído, esbarrou em um sujeito magro com um florete cumprido, de empunhadura cheia de arabescos dourados, com uma pedra azul brilhante em seu pomo.

— Ora, olhe por onde anda, estrangeiro. — Sua voz tinha tons de arrogância. Max o encarou de lado e lhe empurrou dessa vez com dolo, fazendo-o cair sentado.

— Você sabe se defender com essa espada aí? Ou é só enfeite bonito? — Diante da ausência de respostas do sujeito, que se levantou humilhado, Max continuou. — Então olhe por onde EU ando e não esbarre mais em mim. — E se retirou olhando de lado para o homem, com um sorriso fanfarrão.

A cultura da devoção às armas não significava uma cultura guerreira. Por isso, Max tinha desprezo geral por aqueles que usavam as peças como objetos de arte sem saber usá-las.

Encontrar a sede da Companhia Dragão de Ouro não foi difícil. Era algo bem visível e qualquer um que perguntasse sabia apontar. Era um local de distinção e aberto a inscrição de aventureiros. E por isso, Max havia feito todo esse caminho até Yuvalin, uma terra distante e fria. A região oeste de Arton estava em constante conflito, uma verdadeira zona de guerra e seu pai fizera questão que ele buscasse fortuna em outro lugar. Valkaria, ou Bielefeld na terra dos cavaleiros. Mas Max acabou indo para um lugar que lhe daria uma assinatura formal de aventureiro. Perto dos puristas e da Tormenta.

— Do fogo pra frigideira, velho. Heh.

Depois dos testes, assinou seu contrato e recebera sua licença. Max se decepcionou um pouco com o processo, pois mais parecia um treino preguiçoso , embora sua falta de interesse tenha tornado as coisas um pouco difíceis. Fazia tempo que não suava de verdade em uma luta sem intenção de matar. Porém, na ordem de manter seu orgulho, apenas soprou as unhas num gesto desrespeitoso de supremacia. Não ligava para os ruídos de desagrado depois.

Max recebeu a capa laranja com o símbolo do esquisito dragão de oito patas e sem asas. Mais parecia uma cobra de patas, porém preferiu guardar o comentário para si. Brenda, a bela jovem que acompanhava administrador Duncan, o vestiu e ele deixou com um sorriso galanteador para o cumprimento.

— Espero que esteja livre hoje a noite, Brenda. Como sabe, cheguei hoje mesmo de viagem e não conheço absolutamente nada daqui. Se puder me apresentar uma taverna aconchegante com uma boa cerveja... agradeço se for minha companhia. — Piscou-lhe o olho.

O distintivo ficou preso em suas peles de couro grosso, na altura do peito. Como um xerife do interior de algumas cidades do oeste. A gema que figurava no distintivo era feinha, se fosse perguntado. Duncan continuou solícito apresentando um pouco da hierarquia dos aventureiros e como fazer para galgá-la. Aí estava o que Max queria.

— Não sou um homem devoto, mas aprendi a respeitar Valkaria e Arsenal. Então, já viu... o céu é o limite. — Sorriu para o homem esfregando as mãos enluvadas e estalando os dedos.

A batida na porta nem chamou sua atenção. Max voltou-se para Brenda enquanto Duncan falava com um sujeito que parecia ser membro da companhia. Porém, a notícia de uma outra companhia, talvez rival, chamou sua atenção. Se havia algo que prendia sua atenção mais do que uma bela jovem é a oportunidade de escaramuças e aventuras.

— Ma... — O guerreiro interrompeu Duncan para ser interrompido em seguida, numa cena meio cômica e constrangedora. O outro sujeito recém chegado com sua gema de cor ainda mais feia sabia quem ele era. Max olhou para ela tentando lembrar seu nome e sua hierarquia. Não devia ser tão melhor que a pobre gema que ele mesmo usava no distintivo, pois lembrava que os graus mais altos eram gemas bonitas. E tinha o diamante, o supremo.

— Minha luta?

O tal sujeito se chamava Gaston e dizia ter visto aquela brincadeira de criança mais cedo. Max sentiu o rosto enrubescer e uma vontade de se justificar imensa. Não tinha dado nem metade de sua atenção para aquele duelo e agora estava envergonhado por ter aparentado um lutador desleixado e vulgar.

Para sua surpresa, Gaston apenas ofereceu elogios e um tom intrigante. Max ergueu uma sobrancelha. Estaria brincando com ele? Ou estaria realmente impressionado com aquele baixo nível de apresentação? Max havia se empenhado mais para quebrar pernas de devedores quando trabalhava para Marcellus.

— Bem, se aquilo o impressionou... devo dizer que não me empenhei muito. Posso fazer muito mais. Desde pequeno eu enfrentava ... hum... "problemas", vamos dizer assim, maiores. De repente essa medalhinha aqui vai logo mudar de cor. — Disse rindo de canto.

— Então, me mostre o tal salão comunal. E Brenda, não esqueça! — piscou o olho para ela e seguiu Gaston para conhecer o restante dos companheiros da unidade.

_________________

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Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N10)

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