A Torre do Mago

por **Maelstrom** Seg Jul 05, 2021 6:53 pm

21 de Sarenith, 4655

Era uma noite de céu aberto em Tamran, uma das primeiras úmidas e quentes que se seguiriam pelos próximos meses.

Com o estouro de uma garrafa, um meio-elfo de cabelos castanhos com uma barba por fazer e olhos gentis chamou a atenção da multidão reunida.

Temos sofrido uma noite longa e escura nos últimos sete anos... — o sujeito começou, com sua voz melodiosa espalhando-se por todo salão. Era Irgal Nirmath. — Diariamente nossos inimigos cavalgavam contra nós. Diariamente eles marchavam por nossas ruas e queimavam nossas casas, tudo em nome de seu império. Mas não nos rendemos. Eles podem queimar nossa carne, mas nunca podem matar nossas almas.

Sempre lutamos e, como as árvores ao nosso redor, criamos raízes e nos recusamos a ser movidos. Nós resistimos a cada tempestade. Enfrentamos nossos opressores lâmina por lâmina e os rechaçamos. Nós respondemos a cada flecha que eles dispararam com uma centena de nossas próprias. O preço tem sido alto, é verdade. Perdemos muitos ao longo do caminho. Seus corpos estão embaixo de nós, alimentando a floresta que nos protegeu todo esse tempo.

Lamentamos suas mortes ao mesmo tempo em que celebramos nosso triunfo. Por hoje, não enfrentamos mais opressão. Hoje, não nos curvamos mais sob grilhões. Hoje, somos livres!

A maior parte dos festejadores seguiu o exemplo do meio-elfo ao erguer os copos de bebida seguidos de um longo gole alcoólico que molhava as barbas de alguns. Uma grande saudação local acompanhou a maioria dos caçadores que estavam no palanque ao lado de Irgal.

Recompensa da Floresta era um grande salão de festas, feito de madeira e alvenaria como a maior parte das construções de Tamran, reconstruída após o último ano em que fora incendiada por completo por forças molthunesas. As vigas eram toras de madeira que sustentavam o teto de sapê. Os bancos e cadeiras de madeira espalhavam-se pelo tablado principal e uma grande fogueira centrada no meio do salão assava a carne suculenta, espalhando seu cheiro pelo ambiente. O lugar estava abarrotado de pessoas, camponeses, fazendeiros, comerciantes e outros visitantes de terras distantes, vindos pelo porto, ou pelas estradas do norte florestal e do oeste montanhoso. Eles se amontoavam comendo e bebendo de pé ou sentados, rindo e contando histórias.

No palanque principal, Irgal comia à mesa com uma mulher de cabelos prateados e pele pálida com tatuagens esverdeadas pelo rosto. Tinha um ar solene quando começou a falar e todos pararam para ouvir:

Estamos aqui para celebrar esse momento de felicidade para uma nova comunidade a ser construída em conjunto com os druidas. Hoje também marca o solstício, o início do verão. Vamos aproveitar o período para fortalecer laços e criar amizades.

Suas palavras emanavam formalidade. Irgal a abraçou de lado, animado:

Esta é Luminita Folhaverde, a druida do nosso santuário. É, ou não é uma pessoa entusiasmada?

Sua extroversão deixava Luminita um pouco constrangida. Assim, quatro bardos começaram uma apresentação animada, logo em frente ao palanque. A banda era formada por um casal de gnomos com flauta e harpa, e um casal de humanos com um bandolim e o outro com sua voz.

Senhoras e senhores, o verão.

Após sua saudação, o homem começou uma melodia animada com o bandolim, sendo acompanhado pela flauta e a harpa.

O outro humano, então, cantou:

É como um sol de verão queimando no peito
Nasce um novo desejo em meu coração
É uma nova canção rolando no vento
Sinto a magia do amor na palma da mão

É verão, bom sinal, já é tempo
De abrir o coração e sonhar
É verão, bom sinal, já é tempo
De abrir o coração e sonhar

E sonhar..

As pessoas no salão cantavam junto, se abraçavam felizes. Haviam outros sujeitos notáveis para quem conhecia Tamran e outros comerciantes de fora, facilmente identificáveis por suas vestes, diferentes das roupas puídas ou de pano dos camponeses humildes da cidade.

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Alden conhecia brevemente Ethel Tamall o dono da melhor hospedaria da cidade (segundo o próprio), a "Última Refeição de Gar", onde o bruxo estava hospedado. Ele era um sujeito alto, vestia um colete vermelho sobre uma camisa branca de linho com o peito aberto. Ele era um homem orgulhoso que gostava de receber aventureiros de outros lugares e conhecia praticamente todos os moradores de Tamran. Ali ele comia um prato com tomates, cebolas e batatas, enquanto batia o pé ao ritmo da música.

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Grianna via Dalen Oggersmith, um homem de muitos verões, de pé sozinho com uma caneca de cerveja a mão. A anã recebeu a indicação, logo que chegara a Tamran, de que Dalen era o melhor carpinteiro da cidade, embora sua principal ocupação fosse cuidar da Lamento do Patrulheiro, sua simples taverna. A anã teve uma pequena decepção ao descobrir que não havia ferreiros na cidade. A maior parte da produção se baseava em materiais de madeira e objetos metálicos como armas e armaduras só eram comercializados no mercado sobre as rampas de madeira.

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Além de Irgal Nirmath, Drako conhecia Cosmin Vatatze, o caçador considerado braço direito do meio-elfo. Era um sujeito esguio e parecia ser mais jovem do que realmente era. Fora ele quem o contratara para lutar em uma guerrilha contra as forças molthunesas, semanas atrás, que culminou no recuo das tropas e armistício. Cosmin era calmo e sério, tinha uma filha que o acompanhava no momento, Astella. No momento ele observava sua filha dançar com rapazes, trocando de par ao ritmo da canção.

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Variel chegara a pouco a Tamran, vindo em um navio mercante com Sohan Yantur e sua acompanhante Mirelinda. Sohan era um comerciante vudrani no ramo das especiarias de Garunde, enquanto Merelinda era uma varisiana cartomante viajante que o acompanhava. O elfo saciou a curiosidade do mercador sobre a cultura élfica de Tian Xian, o suficiente para se conhecerem brevemente. Mirelinda fazia truques com seu leque e dançava com outras pessoas, trocando de par no ritmo da banda.

Havia outras pessoas pelo salão de Recompensa da Floresta, uns mais animados que outros, mas todos aparentemente abertos para conversarem com estranhos, estreitarem laços anteriormente ainda pouco desenvolvidos.

Após algum tempo, a banda terminou sua canção e se misturou à multidão com comes e bebes, também estando aptos para conversarem. Além disso, o próprio Irgal e Luminita desceram do palanque e falavam com as pessoas. Ele, animado, ela, com sorrisos solenes.

Grid da Recompensa da Floresta:

Notas do Mestre:
Próxima Atualização: 08/07, quinta-feira.

Começamos nossa campanha com a primeira aventura, A Torre do Mago. Neste primeiro post, como de praxe nos meus outros pbfs, façam uma boa apresentação e introdução de seus personagens. Conforme vocês puderam notar, eu deixei pequenos ganchos com outros PdMs para facilitar o início. Sintam-se a vontade para criar novos envolvimentos com PdMs inventados por vocês, ou com estes presentes na atualização. Caso tenham dúvidas se podem ou não fazer algo, pergunte a mim no telegram.

No grid vocês notarão que não está totalmente cheio. Considerem que o lugar está lotado, como terreno difícil para circular por ele. Os espaços vazios no grid servem tanto para vocês inventarem abordagens, como para simplificar a visualização.

Vocês não estão no grid, propositalmente. Pois vocês escolherão as coordenadas de onde estão, combinando com o que têm em mente para sua ação.

Se todos fizerem boas introduções, receberão recompensação em XP.

PS: Alden e Variel devem escolher suas magias preparadas em um quote ao final de seus posts.

Status dos Aventureiros

Alden (Humano, Bruxo 1, ON):
Drako (Meio-orc, Patrulheiro 1, N):
Grianna (Anã, Guerreira 1, ON):
Variel (Elfo, Clérigo 1, ON):

por **Aldenor** Ter Jul 06, 2021 9:43 pm

O navio aportou em Tamran em um dia ensolarado. Alden pisou na rampa de madeira com suas botas gastas, apoiando-se no cajado. Em seu ombro uma figura mítica que chamava olhares curiosos. Com olhar cansado, o bruxo perambulou pela cidade, curioso sobre como os druidas e a comunidade se relacionavam. Por sua experiência, sabia que nem sempre os interesses de lenhadores combinavam com o zelo dos protetores da floresta.

Porém, este seria um assunto menor em Tamran naquela época. Alden chegara poucos dias antes dos caçadores e seu líder Irgal Nirmath e se acolhera na hospedaria "Última Refeição de Gar" seja lá o que isso significasse.

Nevlin

Apostaria moedas de ouro que o nome se deve ao fato de Gar ter tido sua última refeição ali.

Alden

Não poderia ser mais sagaz, Nevlin. Agora fique quieto, pois atrai bastante atenção...

Depois da chegada dos caçadores, os festejos foram anunciados. Alden estava por fora do conflito, embora não fosse de total desconhecimento que Molthune, uma antiga colônia chelaxiana, conseguiu independência anos atrás. Pelo jeito, os lenhadores e camponeses do norte decidiram ter sua própria independência e lutaram por anos para conseguir sair do domínio de Canorate.

Pelo jeito, conseguiram.

Alden era um jovem de barba fina crescente, olhos castanhos curiosos e cabelos bem cuidados em um castanho brilhoso. Sua pele era branca, mas amorenada pelo sol. Era um chelaxiano, mas o sangue varisiano corria em suas veias. Tinha um porte altivo como um homem de melhores modos e educação superior. Mas suas roupas refletiam sua condição errante: uma roupa de explorador com botas gastas, capa manchada nas pontas e algumas costuras desencontradas nas mangas.

Mesmo sendo um viajante de aparência distante, fora bem recebido pelos locais de Tamran e não teve objeções em ser convidado para a festa. Tamran e a região conseguira independência de Molthune, depois de sete anos de batalha.

***

Durante o festejo, ele viu Irgal Nirmath ao lado de Luminira em um discurso imponente e esperançoso. Contaminado pelas boas notícias, Alden que geralmente era bastante controlado e observador, resolveu baixar suas defesas e aceitou uma cerveja oferecida a esmo por aquelas pessoas felizes.

Os bardos cantavam animados, numa melodia que trazia lembranças das boas tavernas de Kintargo, uma cidade colorida e mercante, que nem parecia estar em Cheliax.

Nevlin

O que vamos fazer, Alden?

Algumas pessoas riam e apontavam para o dragão-fada empoleirado em seu ombro. Ele era diminuto, do tamanho de um palmo de mão, com escamas amarelas, asas de borboleta e uma olhos azuis grandes, numa expressão cômica ou boba. A bebida fazia o povo se divertir e rir, ao invés de comentarem aos sussurros assustados.

Alden

Dizem que Ethel conhece todas as pessoas de Tamran. Pode me introduzir aos druidas da cidade...

Comentou distraidamente, procurando pelo homem de colete e de um olho leitoso.

Nevlin

Druidas?

Alden

Sim, lembra? Eu vim aqui para estudar herbalismo com eles. Eles têm um santuário na cidade.

Nevlin

Achei que ia relaxar nesta noite, Alden.

O bruxo ergueu a bebida e piscou o olho para o familiar.

Alden

Estou me divertido.

Ao encontrar Ethel, se dirigiu até ele, passando pelas pessoas que se amontoavam em dança ou conversando animadas. Ao lado da fogueira que emanava um cheiro de carne suculenta, Alden parou e pegou um pedaço para si, oferecido por um sujeito que cuidava das carnes.

Chegou até o dono da hospedaria terminando de engolir a carne, sugando a gordura dos dedos. Pensava em repetir logo depois.

Alden

Saudações, senhor Ethel Tamall. Festejo bonito, me sinto felizardo em estar em Tamran nesse momento alegre.

Saudações... hã... Alden, não é? Realmente, você e outros chegaram em boa hora. Mas eu não ficaria tão feliz assim.

Alden fez uma reverência simples.

Alden

Como não, senhor? Soube de algo...?

Nevlin se ajeitou em sua capa no ombro, enrolando-se para ficar mais confortável.

Hum? Não, nada demais. Nosso povo não está acostumado a festejar por muito tempo. Logo alguma coisa ruim acontece.

Ele certamente não queria conversar sobre aquilo com o bruxo. Não podia julgá-lo, afinal não o conhecia. Mas Alden não seria indelicado a troco de nada. Apenas, pigarreou para mudar o assunto.

Alden

Veja, meu caro, como falei para você, vim aqui para conversar e conhecer melhor os druidas da região, quem sabe do santuário de Tamran. Sou um herbalista e quem sabe você não pode me apresentar a alguém?

Hum? Bom, a druidisa de Tamran é Luminita Folhaverde, a única. Ela tem algumas discípulas, a Mare e a Tessara estão ali, mas não foram iniciadas ainda.

Ele apontou para o outro lado da fogueira, onde duas moças dançantes estavam rodeavam de jovens. Alden dedicou um olhar singelo para elas, mas voltou sua atenção a Luminira.

Alden

Luminira parece ocupada, mas era com ela quem eu queria falar mesmo. Será que não seria indelicado?

Não sei, rapaz. Ela discursou para serem amigos de todos, não é? Pois é sua chance.

Alden balançou a cabeça concordando. Então, com um aceno depois de um tempo pensando, se dirigiu até a druidisa ao lado de Irgal.

Alden

Saudações, senhores. Eu sou Alden Magnan, de Kintargo. Parabéns pelo sucesso em sua independência.

Nevlin observava curioso, mas em silêncio, o rosto do meio-elfo e da mulher de tatuagens no rosto.

Obrigado, Alden. Oh, o que é isso? É uma fada?

O meio-elfo olhava o dragão-fada com assombro, depois virou o rosto para Luminira.

É seu familiar, Irgal. Uma criatura mágica feita pelo patrono que lhe empresta poderes mágicos. Estou certo, meu senhor?

Alden

Sim, perfeitamente, senhora Luminira Folhaverde. Este é Nevlin, um dragão-fada. Apesar de ser aparentado com outros tipos que são fadas e dragões ao mesmo tempo, este é especial, ligado a mim por sangue e magia.

Nevlin

Sou como um primo distante.

Disse a criaturinha em seu ombro.

Alden

Bem, senhores, desculpe interrompê-los, eu queria também apresentar meu interesse sobre o santuário druídico. Sou um herbalista e tenho interesse em aprimorar meus conhecimentos. Acredito que aqui posso aprender mais. Principalmente em uma cidade deste porte, na relação da comunidade com os druidas, imagino que deva haver alguma adaptação no tratamento com a flora.

O meio-elfo sorriu para alguém e saiu de perto, deixando Alden e Luminira. A mulher tinha uma expressão solene e formal.

Será bem-vindo, senhor. Amanhã pela manhã nos reuniremos no santuário. Com o início do solstício de verão, vamos estudar as plantas como gerânio, dálias, lírios, girassóis...

Alden

Entendo. A base do estudo é importante, claro. Espero contribuir de alguma maneira.

Ele fez um meneio com a cabeça.

Ação de Alden
Coordenada: R-11. Depois movo para Q-18.

Magias preparadas:
Truques: detectar magia, escudo místico, emaranhapé, luz, produzir chama.
Nível 1: armadura mística, convocar animal.

por **Aquila** Qua Jul 07, 2021 2:08 pm

Grianna

Grianna ergueu seu caneco de cerveja em honra ao brinde que a grande multidão presente no Recompensa da Floresta ergueu após as palavras inflamadas de Irgal Nirmath, o carismático líder rebelde do declarado reino independente de Molthune do Norte, mas permaneceu apenas em silêncio, observando tudo com um olhar frio como ferro.

"Somos livres!" e "Liberdade!" bradavam todos os presentes, ecoando as palavras de seu líder, fazendo tremer as paredes do grande salão, mas para a guerreira anão aquilo parecia prematuro. Por mais que quisesse acreditar naquelas palavras, ela sabia que os nobres de Canorate e Korholm não abririam mão facilmente de Molthune do Norte e da Floresta de Matafiada, tão ricas em recursos, não depois do risco que haviam assumido ao declararem sua própria independência de Cheliax.

O esbarrão de um dos rebeldes, mais animado do que os demais por causa da cerveja, despertou a anã de seus pensamentos. Talvez ela estivesse sendo paranoica demais naquele momento, mas o fato é que ela só se sentia segura em um lugar cercado por muros de pedra grossos como montanhas, o que definitivamente não era o caso de Tamran.

Os charcos que cercavam Tamran criavam uma barreira natural para o avanço de tropas inimigas, mas também impediam a construção de edifícios pesados e muralhas. Tamran era uma cidade flutuante feita de madeira, e sofrera muito por causa disso na guerra contra Molthune do Sul. A cidade queimara quase que completamente depois da última grande batalha, e agora começava a se erguer lentamente. Felizmente, madeira era abundante naquela região, e qualquer um que soubesse lidar com ela era bem-vindo.

Grianna sabia lidar com madeira muito bem. Não era seu material de trabalho preferido, ela gostava mais de pedra e ferro, mas o material também tinha grandes vantagens, entre eles a leveza. Assim, ela viu, na reconstrução, a chance de começar a reparar o estrago que tinha feito ao ajudar a construir as máquinas de cerco que arruinaram a cidade.

A primeira coisa que Grianna fez quando chegou em Tamran foi procurar Dalen Oggersmith, que todos diziam ser o melhor carpinteiro da cidade, para oferecer seus serviços, mas mudou de ideia ao descobri que a cidade não contava com ferreiros e armeiros próprios, uma grande desvantagem para uma cidade em guerra. Ela chegou a encontrar Oggersmith na taverna Lamento do Patrulheiro, propriedade do carpinteiro, mas os dois não tiveram tempo para conversar.

Enquanto a multidão bradava e bebia em honra a Irgal Nirmath e à liberdade, Grianna perscrutou o salão atrás do velho carpinteiro, que vira há pouco instantes reunido com um grupo de aldeões. Até então, ele sempre estava acompanhado, mas naquele momento ele estava sozinho, assistindo a comemoração atrás da multidão. Era a oportunidade perfeita para falar com ele.

Tomando um grande gole de cerveja, ela partiu a toda velocidade na direção do velho, abrindo caminho entre a multidão com sua sutileza de aríete.

- Senhor Oggersmith, lembra-se de mim? - ela disse, assim que se aproximou. - Grianna. Nos encontramos rapidamente, mais cedo, no Lamento do Patrulheiro....

Ele está de pé sozinho tomando sua cerveja, enquanto outros passavam se acotovelando em divertimento ao seu redor. Ele termina um longo gole e seus olhos descem até sua altura.

- Lembro - disse. - Anões são um tanto raros por aqui.

- Bem, talvez isso mude, agora a região está em paz, não? - Grianna respondeu, sorrindo. - Nosso povo não se envolve diretamente na guerra dos humanos, mas gostamos de construir, e Tamran parece estar precisando de toda ajuda que puder nesse momento...

- Talvez - disse o velho, com desconfiança. - Tamran faria bem em ter ajuda de fora, mas é preciso ser cuidadoso. Nem todos querem apenas "ajudar". Muitos tem interesses próprios...

- Sim, entendo o que quer dizer, por isso acredito que atos valem mais do que palavras - Grianna respondeu. Ela já imaginava que seria difícil ganhar a confiança daquele povo, mas estava disposta a tentar. - Quero mostrar que posso ajudar, se me derem uma chance.

- Ouvi dizer que a cidade não conta com muitos ferreiro, um problema grave para uma região que precisa reconstruir. Talvez possamos nos ajudar... Eu procuro um lugar para trabalhar, mostrar o que sei fazer e aprimorar minha arte, e Tamran se beneficiaria de ferramentas e armas produzidas na cidade, imagino...

O velho afasta o olhar e toma outro longo gole da cerveja, pensativo.

- Você é uma artesã, não é? Huh... posso falar com Irgal, ver o que ele pode pensar para você. As lendas dizem que anões são bons artesãos e ferreiros.

- Agradeço, mestre. Tudo que peço é uma oportunidade - Grianna respondeu, e então se afastou, deixando o carpinteiro com seu pensamentos.

Ações
Termino a cena em C17.

por **John Lessard** Qua Jul 07, 2021 10:18 pm

Drako preferiu ficar num canto mais afastado quando as comemorações se iniciaram, já com o caneco de cerveja em sua mão. Aquela gente merecia aquilo, depois da vitória que tinha conquistado. Ele respeitava a determinação deles a maneira como escolheram lutar, mas ainda assim não se importava de fato.Havia sido contratado por ouro para ajudar na última batalha, que havia ocorrido há pouco tempo e assim fizera. Não era como se tivesse raízes ali, na realidade, não o tinha em lugar nenhum. Ainda assim, mantinha um certo senso de lealdade para com seus contratantes.

Olhou ao redor, observado enquanto os camponeses dispersavam e uma cantoria começava. Era uma bela canção e Drako se deixou levar por ela durante pouco tempo, entre goles em sua cerveja. A figura era um meio-orc de pele esverdeada, cabelos curtos e escuros e um corpo levemente musculoso. Seus braços era atléticos, talvez devido a atividade de puxar e puxar a corda do arco que trazia nas coisas, para disparar as flechas que trazia em suas aljavas. Ele mesmo se vestia com couro leve e roupas puídas de viajante. Bem, aquela cidade parecia não nutrir nenhum preconceito para com ele por sua ancestralidade.

Sentiu Percival, seu filhote de lobo negro, bater a cabeça em sua perna. Procurou em uma das mesas e apanhou um naco de carne deu para para o animal, que abocanhou a comida com vontade. Seus olhos percorreram o salão novamente. Não tinha vontade de falar com druidas, na verdade. Foi quando encontrou Cosmin e resolveu se aproximar.

— Uma festa depois de um trabalho é sempre bom, no meu caso, é sempre depois de uma luta também.

Significa que venceu a luta para poder festejar, de fato...

Ele parecia aéreo, olhando a filha com preocupação.

— Algo o preocupa, Cosmin?

Ele olha pra você pela primeira vez:

Hum? oh nada, nada. É só estranho. Mudanças. Mudanças são difíceis de assimilar quando veem rápidas...

— Entendo, e concordo. Você acha que agora as lutas acabaram na região? Eu digo, acha que não sofrerão mais nenhuma retaliação?

Dificilmente... Irgal está feliz, ele acredita que teremos um período de paz. Eu duvido, você sabe. Acho que Molthune vai mudar de estratégia, apenas.

— A paz é difícil para quem está acostumado com a guerra. Sábio aquele que não almeja a guerra, mas está sempre preparado para ela.

Concordo com você, Drako. Concordo... mas vamos ver o que vai acontecer. Acredito que Irgal vai... bom, deixa pra lá.

O caçador não tinha motivos para forçar ainda mais aquela conversa, então preferiu por descobrir depois o que o homem escondia, se fosse o caso.

— Meu arco e minhas flechas estarão aqui, caso precisem — terminou levantando a caneca em brinde ao outro.

Ele meneava a cabeça respeitosamente e voltava a olhar sua filha dançante.

Posição M24, Percival em N24, embaixo da mesa

por **Astirax** Qui Jul 08, 2021 8:28 am

O sol era estranho depois de tanto tempo, a luz agredia a pele e os olhos, mas vinha um calor reconfortante e o cheiro de maresia trazia lembranças de quando Variel estava numa cidade Portuária.

Nessa cidade conseguiu uma carona com o Mercador Sohan, que estava levando especiarias para Tamran.

Durante a viagem, Sohan se mostrou bem curioso com a cultura de Jinin.

Variel

... e isso é o que pude lembrar de Jinin.
Ainda teremos alguns dias de viagem sobre o que gostaria de conversar amanhã?

Variel manteve o mercador entretido com as histórias que o Elfo pode lembrar durante toda a viagem.

Elfos que vivem em Tian Xia. E você viveu em cavernas durante toda sua vida?

Variel

Grande Parte, 80 anos mais ou menos. O Subterrâneo é bem silencioso e bom para meditação.

Mas Jinin não é subterrâneo, não é? Você falou que é uma região florestal perto de montanhas.

Variel

E essas montanhas descem ao subterrâneo, para uma rede de Cavernas usadas para mineração. Devido as distâncias, há uma vila mineradora, templos, quase uma nova cidade, porém para não confundir é considerado Jinin.

Entendo, e foi ali que você encontrou um templo de Irori?

Variel

Já existia o templo, fundado por meu... Avô.
Local para aperfeiçoamento e recuperação.

Sohan estava satisfeito por hora

***

Agora estavam em terra, Tamran, levaria algum tempo para poder capturar os rumores locais.

Haveria uma celebração à noite, marcando o início do verão e algo mais, era o momento de se preparar.

Meditou entrando em comunhão com Irori, pensando sobre o futuro, o escudo místico era uma defesa pessoal sempre deveria estar presente, precisava limpar seu equipamento e a si mesmo, por isso prestidigitação, devido a história de conflitos em Tamran avisar, comunicação era essencial, por isso mensagem , precisaria talvez lidar com bêbados ou agressores do outro lado, Pasmar resolveria sem matar, por fim ajudaria a si mesmo e outros com Orientação..Os Truques estavam escolhidos.

Agora as Dádivas mais poderosas,.... ainda era um dia de paz por isso criará Santuários para proteger quem precisar.

Durante a Meditação tambem relembra toda a boa educação de se falar e portar perante outros, seria um Diplomata hoje.

Limpou seu equipamento e a si mesmo com Prestidigitação, passou parte da tarde ouvindo rumores e antes que notasse, estava na Recompensa da Floresta.

Todos eram interessantes, mas para um Elfo somente outro Elfo pode ser um aliado/inimigo para toda a vida.

Muitos dizem que a primeira impressão é a que importa, e nesse ambiente lotado mover-se além de difícil seria bem patético considerando o fisico de Variel.

Ao invés disso preferiu levantar da mesa para poder ser visto, Sohan conversando com locais.

Variel lançou duas mensagens em direção à Elfa.

Variel

Sou Variel de Jinin, Clérigo de Irori e busco aliados.

Uma apresentação formal e educada.

Variel

Podemos conversar?

Palavras pensadas.

Hã... eu sou Tessara... sou apenas uma aprendiz de Luminita. Acho que é com ela que você deve conversar.

Variel

Mesmo uma aprendiz pode ter muito o que dizer, ensinar e demonstrar. Seja mais confiante.
Seguirei sua indicação e outro momento falaremos pois o que nós Elfos mais temos, é tempo.

Está bem... hã... nós estamos dançando, se quiser...

Variel

O Salão está bem cheio, por isso estou usando mensagens. Outro dia talvez possamos dançar, quando voce estiver mais confortável.

Está bem... então.

Algo estava estranho, as palavras, comportamento, Tessara realmente parecia querer dançar.

Atenderia esse desejo.

Aproximou-se e a encontra dançando com alguns jovens humanos, sendo observados por um meio-elfo e um halfling.

Achei que viria outro dia - ela diz com um sorriso, esticando as mãos - venha.

Ela é uma elfa um pouco mais alta que vc, esguia, de olhos totalmente esverdeados. Vestia roupas q claramente não são elficas: pano branco com bordados de flores

Variel

Sua voz, seus gestos, seu olhar, tudo indicava que queria isso. Vamos aproveitar o momento.

Variel dançou com ela até que ficasse satisfeita ou alguém aparecesse para troca de parceiros.

AÇÕES:

por **Maelstrom** Qui Jul 08, 2021 8:53 pm

21 de Sarenith, 4655

O salão de Recompensa da Floresta era quente, não apenas pelo início do verão, mas também pela fogueira central que assava mais um animal preparado nos espetos, anunciando que a noite festiva não tinha um fim em vista. Os aventureiros começavam sua jornada em Tamran cada um com seus interesses pessoais, embora alguns convergissem. Enquanto Alden queria se aproximar dos druidas, Grianna queria se tornar a primeira ferreira da cidade. Mesmo o jovem Drako sentia que mesmo com a guerra finda, haveria oportunidade para seu arco trabalhar. Variel tinha sua peregrinação, seu intento para levar a palavra de Irori às mais distantes terras.

Um dos bardos humanos de pele pálida e cabelos louros se ergueu na cadeira e espalhou sua melodiosa voz pelo salão, chamando atenção de muitos (a maioria que não estava bêbada ainda).

Eu sou Selb, ao vosso dispor. Somos a banda Adepto das Cores, podemos cantar e tocar em sua estalagem, taverna e levar a felicidade feérica, resquícios do Primeiro Mundo, aos seus ouvidos. Quem quer ouvir mais uma canção?

Muito gritaram erguendo os copos. O casal de gnomos se pôs em cima da mesa com seus instrumentos. O sujeito com a flauta começou a tocar e era possível ver a música em um miríade de cores fortes em verde, lilás e azul. A gnoma com a harpa não ficou atrás e mesclou sua melodia, trazendo cores amarelo, laranja e rosa.

Seus olhos brilhantes
Eu os vi chorar
É para isso que os heróis vivem
Amor abraça a dor
Destino imprevisível
Uma sombra entre eu e você

Começou suavemente. Então, o outro humano subiu à mesa ao lado de Selb e tocou com seu bandolim, trazendo uma cadência de ritmo mais acelerada. As pessoas começaram a dançar e rodopiar agitadas.

Eu serei o vento para acariciar sua pele
Eu serei a chuva para encerrar suas lágrimas
Eu serei a lua para iluminar sua noite mais escura
Então você não estará sozinho.

E ele acariciou com ternura o rosto do outro.

Durante a canção, Alden viu que Irgal se afastava de todos com sorrisos e tapinhas nas costas, indo em direção ao palanque.

Amanhã o encontro no santuário? Com sua licença, senhor Alden.

Disse singelamente, fazendo um meneio solene com a cabeça, antes de se afastar.

Algum tempo depois de ter com Dalen Oggersmith, Grianna estava sentada com sua caneca de cerveja terminando. Sabia que deveria ir até os diversos barris empilhados sem muita cautela na lateral norte do salão, onde podia ver até mesmo um sujeito dormindo sujo com vômito em seu pescoço e peito. Distraída com seus pensamentos, ela não viu o halfling se aproximar.

Uma grande noite, senhorita. Eu sou Bellis. Fiquei sabendo que quer abrir uma ferraria, não é? Minhas mãos não são para o arado, será que poderia me ter como ajudante? Aprendo rápido!

Disse animado, sentando-se à sua frente, com as mãos apoiadas na mesa, com a cabeça quase sumindo pela altura da mesa.

Animado também estava a dança em que Variel estava incluído. Ele rodopiava com as mãos entrelaçadas com a elfa Tessara, discípula da druidisa Luminita. A julgar pelos outros que dançavam trocando de pares, percebeu "perder a vez" em alguns passos, sendo mantido pela aprendiz de druidisa. Por um instante, então, ela soltou suas mãos e o movimento natural da dança o lançou para o próximo parceiro: uma jovem humana de cabelos volumosos e rosto esbelto.

Achei que Tessara não ia te soltar nunca. Astella, encantada.

Disse com trejeitos de quem comandava a situação. Então, após o rodopio, não largou as mãos de Variel.

Um ruído com a língua foi o que Drako ouvira de Cosmin ao ver sua filha dançando com um elfo. A que tudo indicava, ele não era nativo e talvez nem fosse da região. De repente de Kyonin? Elfos não eram exatamente raros, muitos druidas da Floresta da Matafiada eram elfos, mas certamente não se vestiam daquele jeito. O meio-orc sentiu a atenção de seu filhote de lobo, ao erguer a cabeça para a mulher que se sentava à sua mesa.

Posso me juntar a você? Sou Nina Oberan. É um dos Machados de Irgal, eu suponho.

Drako já ouvira alguns mercenários falarem sobre os Machados de Irgal. Era um grupo de caçadores que andavam o tempo todo com o meio-elfo e, se lembrava bem, alguns estavam nos festejos comemorando.

Recompensa da Floresta:

Notas do Mestre:
Próxima Atualização: 12/07, segunda-feira.
Interações com PdMs devem ser feitas no telegram. Além das introduções, descobertas da trama também renderão XP. Ademais, podem interagir com PdMs criados por vocês mesmos, como um dos festejadores, para servir a apresentar melhor o seu PJ.

Status dos Aventureiros

Alden (Humano, Bruxo 1, ON):
Drako (Meio-orc, Patrulheiro 1, N):
Grianna (Anã, Guerreira 1, ON):
Variel (Elfo, Clérigo 1, ON):

por **Aldenor** Sex Jul 09, 2021 6:34 pm

Estava quente para uma noite daquelas. Acostumado aos ventos frios do Mar Fumegante, Alden sentia seu rosto rubro, contrastando com sua pele alva de sangue chelaxiano. Enquanto Nevlin mordiscava um pedaço de carne, o bruxo via Luminita se afastar calmamente e educadamente, para uma direção que parecia ser a mesma de Irgal.

Alden

Cuidado para não manchar minha capa com gordura.

Disse azedo pela dispensa da druidisa.

Nevlin

Sou um dragão-fada, tenho mãos hábeis.

Gabou-se esticando a sua pata dianteira com as ágeis articulações dos dedos.

Alden se afastou do calor da fogueira espalhada e da fumaça que certamente impregnaria suas vestes por dias. Enquanto andava na direção contrária de Irgal e Luminita, Alden ouviu a canção do bardo e sua banda. Ele se virou brevemente para ver uma apresentação cheia de traços mágicos, luzes e cores. Impressionava, de fato.

Alden

"Adepto das Cores", não é? Uma boa escolha de nome, já que gnomos são seres feéricos do chamado Primeiro Mundo, e manipuladores das cores. O casal de gnomos deve ter escolhido o nome e essa origem.

Comentou com Nevlin, que ao terminar a comida, ajeitava-se em seu ombro preparado para descansar.

O bruxo viu um mercador de pele escura e turbante e imaginou ser um vudrani. Muito longe de sua terra, com certeza. Ele se aproximou e sentou-se à mesa com ele.

Alden

Imagino que esteja aqui para criar laços com a comunidade, como orientou a druidisa, não é? Alden Magnan, herbalista. É um prazer conhecer alguém de mais longe que eu mesmo.

Criar laços? É. Laços. Abrir um bazar, quem sabe? Sou Sohan Yantur, trago especiarias de Katapesh. Tenho algumas ervas de Garunde, talvez esteja interessado.

Alden

Bem, quem sabe? Vim para Tamran para aprender com os druidas, sua relação com a comunidade. Sou de Kintargo, noroeste de Cheliax.

Nevlin se espreguiçou em seu ombro e abriu um longo bocejo.

Isso seria uma fada?

Alden sorriu.

Alden

É Nevlin, um dragão-fada para ser mais acurado. Meu familiar quem me proporciona poderes arcanos.

Disse despretensiosamente.

Sei, sei...

O homem parecia olhar para algo atrás dele. Alden virou o rosto o máximo que a discrição permitia. Seus olhos fixaram em uma jovem varisiana que dançava com graça e beleza, bem diferente dos camponeses locais e seus abraços e giros. Com movimentos do quadril e gestos graciosos com os braços, a varisiana era estonteante e ninguém dançava junto com ela. Todos olhavam para ela, porém, como se hipnotizados por mágica. Porém, Alden conhecia aquela magia do desejo por luxúria.

O bruxo voltou-se para Sohan.

Alden

É uma bela mulher, de fato. Todos parecem admirá-la e ela não parece ser daqui também.

Comentou despretensioso. Alden estava em paz, procurando conexões com as pessoas.

Hum? - Era como se percebesse Alden novamente. - Esta é Mirelinda, minha acompanhante de viagem. Gosta dela, rapaz? - Dizia com um olhar diferente ao bruxo.

Alden estreitou os olhos.

Alden

Eu? Acho uma bela mulher. Mas para gostar de alguém eu precisava conhecê-la. Nunca falei com ela, senhor Yantur.

Todos os homens que têm olhos conseguem ver sua beleza. Todos olham para ela, como lobos famintos.

Disse com aspereza. Alden o olhou com estranheza.

Alden

Ela é sua... hã... acompanhante, certo. Mas incomoda que ela seja olhada?

Mirelinda é livre, se é isso que está pensando. Mas...

Ele se interrompeu, pois a própria sentou-se à mesa com ambos. A canção havia acabado mais uma vez. Alden não a viu se aproximar pelas costas, então tomou um breve susto. Sorriu educado para ela.

Olá senhor, como vai? Eu sou Mirelinda e... oh, quem é esse seu animal de estimação?

O bruxo meneou a cabeça.

Alden

Alden Magnan. Este é Nevlin, meu familiar. Não é bem um animal de estimação...

Nevlin

Sou muito diferente de um animal de estimação. Não sou nem um animal, nem de estimação. Sou eu quem empresto os poderes mágicos de nosso criador para Alden.

Alden

Eu sou um herbalista, estava contando aqui para seu... hã... acompanhante.

Todos se impressionavam quando viam Nevlin e mais ainda quando o ouviam falar. Afinal, ele não era uma criatura comum em centros urbanos, mesmo no interior dos reinos. E não foi diferente com Mirelinda. Porém, algo em sua expressão mudou quando Alden revelou como ela fora apresentada por Sohan.

Eu sou uma cartomante, senhor Magnan. Esse nome... de onde o senhor é?

Alden tamborilou os dedos na mesa, dedicando um rápido olhar para Sohan, antes de voltar sua atenção à ela.

Alden

Sou de Kintargo, Cheliax. Como os dois se conheceram?

Estava interessado em entender se havia mesmo algo estranho entre os dois.

Cheliax...

Antes que ela comentasse algo, Sohan a interrompeu em um gesto bruto para os padrões de Alden.

Nos conhecemos em Magnimar, faz alguns meses. Ela leu minha sorte e viu fortuna. Segui suas palavras e, quando percebi, estava rico.

Alden arregalou os olhos brevemente, surpreso. Uma maga? Uma oráculo? Mirelinda sorria com as palavras do mercador e logo emendou:

Cheliax é um lugar de grandes guerras civis. Um lugar complicado que perdeu muito de seu esplendor antigo desde a Era dos Presságios... Muitos foram os destinos encontrados nas cartas para os chelaxianos. Gostaria que eu lesse sua fortuna?

Alden recostou na cadeira, juntando as mãos no colo. Nevlin cochichou em seu ouvido algo. O bruxo sorriu educadamente.

Alden

Vou recusar, senhorita. Prefiro descobrir a surpresa do meu destino.

Sohan ia falar algo, mas Mirelinda se levantou imediatamente.

Com sua licença, eu preciso ir ao lavabo.

Enquanto ela se afastava, Sohan chamou atenção de Alden.

Sábias palavras, rapaz. Sábias. Seu patrono deve ter orgulho de suas escolhas. Não são todos capazes de lidar com o destino desvendado.

Alden mantinha os olhos nela por uns momentos, antes de voltar a olhar para Sohan.

Alden

Não... não conheço meu patrono. É uma força mística antiga de antes da Queda de Terra. Bom, meu senhor, acredito ter tomado bastante do seu tempo. Obrigado pelas palavras e quem sabe amanhã eu o encontre para ver suas ervas de Katapesh?

Ele apenas meneou a cabeça enrugando o rosto com um sorriso largo. Alden sorriu educado e se levantou. Ao lhe dar as costas, tirou o sorriso de súbito e foi para outra mesa, onde abasteceria uma caneca com cerveja para talvez o último gole antes de se retirar ao descanso.

Ação de Alden
Move-se para S-14.

por **Astirax** Sáb Jul 10, 2021 7:50 pm

A dança era animada e de muita proximidade, ocasião perfeita para conversar, pois a concentração para os passos, parceiro, evitar esbarrar em outros deixa pouco raciocínio para mentir.

Variel

Fale mais sobre você.

Variel tinha a intenção de fazer Tessara perceber o que tinha de bom, faze-la mais confiante, assim como prega Irori.

Como assim?

Ela dizia sorrindo.

Sorriu de volta e explica.

Variel

Você é aprendiz de Luminita.
Mas não é apenas isso, voce tem sonhos, objetivos.
É isso que pergunto.

Hum... Ser uma druidisa, acho. Quero conhecer o Bosque de Cristal também. E você??

Nesse momento os dedos deles se entrelaçam, cada um sentindo o outro, Variel tinha as mãos relativamente macias pois não tinha treino marcial.

Variel

Meu sonho é conhecer o mundo e deixar as pessoas nele melhores.
O que a impede de ir no Bosque?

Não sabia nada do Bosque, porém suspeitava que ela diria em breve.

Oh, o Bosque de Cristal não é para todo mundo. Poucos sabem sua localização...

Então ela não sabe, buscarei sobre isso depois na minha biblioteca mental.

Variel

Eu não me lembro sobre nada desse bosque agora irei pesquisar depois.

Notou que "perderam" uma troca de parceiros.
Mas não percebeu nada além daquele desejo de que algo não acabe, Tessara o queria perto. Terá sido afetada pelo ritmo humano de relacionamentos?
De qualquer modo Variel se manteve perto, atendendo esse desejo.

Porém a situação não durou muito mais, e a troca de parceria ocorreu.

A Humana se apresentou como Astella, e a dança começou.

Variel

Conversamos. Variel, igualmente.
Local ou Viajando?

Deu um leve beijo em sua mão, uma tradição humana que na Cultura Elfica só ocorre com mais tempo de convivência.

Sou de Tamran mesmo, mas nesse momento, viajando... hahaha

Ela parecia bastante solta.

Variel fechou os olhos e sentiu o ambiente, indo com a dança, Astella não parecia afetada por bebida. Bom.

Variel

Viajando também, vim com o mercador de especiarias Sohan. Pretendo ficar e ajudar Tamran no que for possível, e você?

Eu? Eu não sei. Agora que a guerra acabou, quero aproveitar a paz. Você vem de Kyonin? Dizem que é o reino dos elfos.

É bem informada, glória à Irori.

Variel

Esse Reino é Vizinho de Tamran. Sou de Jinin, próximo a Tian Xia.
Então vai se fixar aqui? Ensinar as crianças, contribuir como puder à comunidade e a Luminita?

Talvez ela possa me dizer mais que a Aprendiz sobre o local.

Hum? Sim? Talvez... não sei, o amanhã à Desna pertence.

Variel reconhece um nome divino, era importante, e então lembrou que Desna era deusa da enganaçao, luxuria e da vingança. Uma deusa elfica, mas com alcance em toda Avistania. Seus "templos" sao como bordeis, esconderijos, mansoes e tavernas, mas tambémm igrejas tradicionais. Seus adoradores sao geralmente amantes desprezados em busca de vingança, artistas, elfos, hedonistas e ladroes. Seu simbolo sao tres adagas afiadas

O nome de Desna causa um arrepio em Variel, essa Deusa é bem contra os Éditos de Irori, apesar de não ser uma inimiga.

Variel

Isso é uma frase de Devoto? - a parte de vingança ainda permaneceu no pensamento - Conheço uma também: "O Futuro é incerto, o Passado já foi, mas o agora é uma Dádiva, por isso se chama presente".

Estava preocupado e dançando com uma possível Devota da Enganação, Luxúria e Vingança.

Ela ergueu uma sobrancelha.

Hum? Frase de devoto? Não entendi... você é clérigo?

Estava sendo enganado, ou julgou prematuramente?
Quanto tempo falta para a troca de parceiros.

Variel

Sou Clérigo de Irori. Você é Devota de Desna?

Mesmo que não pareça estar sendo enganado, preciso checar meus bolsos depois.

Eu presto homenagens a Desna, sim. É uma das deusas cultuadas em Tamran. Erastil também. E Iomedae. Nunca ouvi falar de Irori...

Mas ela parecia perder o interesse e logo trocou de parceiro em um giro dançante.

Variel notou um senhor que resmungava muito enquanto ele dançava com Astella e pensa "Vingança chegando, ficar atento com esse"

Moveu-se de volta para a mesa que estava Sohan, conferiu seus pertences - estavam todos lá - e descansou.

AÇÕES:

por **John Lessard** Dom Jul 11, 2021 6:07 pm

O olhar de Drako passou dos bardos até a filha de Cosmin e então para o próprio sujeito, que parecia incomodado com o outro, que certamente era um estrangeiro. Bebeu outro gole de cerveja e comeu um pedaço de queijo. As pessoas estavam bastante animadas e claro, bêbadas. Quando percebeu o alerta de Percival, mirou em frente, para a mulher que se encontrava ali.

— Drako, prazer — fez um aceno com a cabeça — Na realidade não, talvez um membro honorário, que ajuda enquanto estiver sendo pago.

Um homem pragmático, então. Gosto de pensar assim também. Sem pagamento, é difícil manter a motivação, não acha?

— Bem, não cresci no meio da "civilização", por assim dizer, para aprender seus rodeios — ele deu um riso seco — Gosto pensar que esse é um emprego, como qualquer outro.

Como um artesão — ela sugeriu — que precisa das moedas para ter boas ferramentas e fazer o serviço direito. Escute, talvez você possa me apresentar à algumas pessoas que conheça? Também tenho interesse em fazer o que você faz.

— Ora, não sei se sou tão bem relacionado assim. Bom, posso falar com Cosmin depois, agora ele parece um pouco... Incomodado. De qualquer forma, são tempos incertos na região.alguns acreditam que a guerra acabou, outros, nem tanto.

Tanto faz, certo? — Ela sorriu espalmando as mãos. — O que importa é que lugares assim têm muito trabalho pra gente como nós.

Drako estreitou os olhos.

— Gente como nós... Você não é daqui, não é?

Oh não, não sou da região.

O meio-orc reparou então na mulher, mais precisamente, em suas armas.

— Entendo. Bem, falarei com Cosmin assim que possível.

E continuou a comer, dando sempre comida para Percival embaixo da mesa. Aquela mulher era um pouco estranha, bem ficaria de olho, não que fosse de fato problema dele, a menos que tentasse o apunhalar pelas costas.

por **Aquila** Dom Jul 11, 2021 10:22 pm

Grianna

Grianna se concentrou em comer e beber depois de voltar à mesa, indiferente a comemoração que se desenrolava no Recompensa da Floresta. Ela estava cansada, estava acordada desde antes do sol nascer, e queria apenas aproveitar a bebida e comida farta antes de sair para procurar um lugar para passar a noite.

Enquanto devorava com calma uma suculenta coxa de frango temperada com especiarias, e se deliciava com uma boa caneca de cerveja, ela ficou pensando na conversa que tivera com o velho carpinteiro. Esperava que Irgal Nirmath pelo menos considerasse sua oferta, mas sabia que os rebeldes não confiavam facilmente em estranhos, uma atitude sábia em tempos de guerra, e não se espantaria se ele recusasse. Independente da resposta, ela estava disposta a mostrar que queria ajudar, e se a ideia da forja não desse certo, procuraria outra forma.

A cerveja terminava mais rapidamente do que a guerreira gostaria. "", pensou, enquanto se levantada e subia um pouco no banco para olhar ao redor, procurando os barris de cerveja. Os encontrou empilhados na parede norte, cercados por alguns bêbados desmaiados e outros perto de tombar.

"Puxa, e a festa nem começou", considerou, sorrindo, enquanto se virava para pegar uma jarra vazia que estava por perto, dando de cara com um halfling que estava sentado no outro lado da mesa, olhando para ela com um sorriso.

- Uma grande noite, senhorita - disse o halfling, antes que Grianna pudesse dizer, "Mas que raios...?" - Eu sou Bellis. Fiquei sabendo que quer abrir uma ferraria, não é? Minhas mãos não são para o arado, será que poderia me ter como ajudante? Aprendo rápido!

- As notícias voam nessa cidade, não é mesmo? - Grianna respondeu, olhando para os lados para ver se achava o velho Oggersmith, que pelo menos não perdera tempo em espalhar a notícia, como um verdadeiro taverneiro, mas não conseguiu encontrá-lo por causa da aglomeração. - Bem, não é nenhum segredo no fim das contas. Quero mesmo abrir uma oficina, se as coisas derem certo...

— Excelente, sabia que aqui não tem nenhum ferreiro? - continuou o halfling. - Acho que eles têm medo dos charcos e das rampas cederem ao calor de uma forja.

- Pode ser, mas acredito que seja mais uma questão de tática - Grianna respondeu, percebendo alegremente que naquele momento alguém deixava um jarro de cerveja sobre a mesa. - Dá para construir uma forja em qualquer lugar - ela continuou, esticando o braço para pegar a cerveja quase ao mesmo tempo de um caçador que tinha uma barba bem atraente. - Da mesma forma que dá pua construir essas lareiras; mas, se for preciso, dá para ser em outro lugar, uma vila com solo firme, longe dos charcos, talvez. O importante é ter uma ferraria na região para fazer equipamentos e ferramentas...

- "Além de armas", pensou, mas não disse nada. Naquele momento, ela realmente gostaria de criar ferramentas para ajudar aquelas pessoas a reconstruir mais do que fazer mais armas, mas sabia que talvez fosse inevitável.

- Ainda é apenas um plano, mas se a coisa der certo, posso mesmo precisar de ajuda, Bellis, não é mesmo? - continuou, olhando para o halfling enquanto se servia. - Disse que foi fazendeiro? Por que desistiu, se me permite a pergunta? Cultivar alimentos é uma tarefa muito nobre...

— Não sou fazendeiro, não - diz o halfling, pegando uma caneca de metal que trazia presa a tiracolo e começando a encher de cerveja. - Se fosse, eu ia ficar o dia inteiro com os pés em cima da mesa só mandando nos capatazes. Eu trabalhava na roça sim, mas cansei do trabalho da enxada. Eu queria ficar em Tamran agora. É uma cidade mais segura depois que foi reconstruída... Doce cevada fermentada! concluiu, fazendo um brinde.

- {Saúde!}- Grianna respondeu, em enânico.

- Não é fácil deixar uma vida pacata e segura para trás e arriscar tudo em uma cidade nova, ainda mais em uma época como essa - a guerreira disse, depois que ambos tomaram um longo gole de cerveja, limpando a espuma dos lábios com a manga da roupa. - É preciso muita coragem para fazer isso, um espírito aventureiro, eu diria...

— Pacata sim, segura? Oh-oh, nem tanto, minha senhora — disse o halfling, tomando outro gole de cerveja. — Aqui as cidades são mais seguras que o campo, com certeza. A guerra chegou aqui, verdade, mas agora tem muito chão de distância entre Tamran e as tropas molthunesas agora... se os canalhas quiserem invadir, vão ter que passar pelos guerrilheiros primeiro.

- Isso é verdade - Grianna respondeu, observando o halfling com mais atenção.

Viver nas cidades era bem mais seguro do que nos campos, realmente, ainda mais quando uma das primeiras táticas usadas pelas forças de ambos os lados de qualquer conflito era atacar os campos e fazendas que abastecem os inimigos, mas ela imaginava se teria sido apenas a autopreservação que levara o jovem a procurar o abrigo da cidade.

- Diga, Bellis, vive aqui a muito tempo? - ela disse, depois de um momento. - O que tem feito desde que deixou de ser um fazendeiro?

— Eu vivo aqui desde muito criança, meus pais são de um clã nômade, mas morreram na guerra quando eu era pequeno - disse o halfling. - Então comecei a trabalhar na fazenda do senhor Osvol Gandonero. Mas não aguento mais ver algodão na minha frente. Assim que paguei minhas contas, vim para Tamran.... desde então, ajudei na cozinha na guerra. Agora preciso de trabalho novo - continuou, depois de tomar outro gole, sorrindo. - Algo diferente. Gosto de metal, madeira, acho que tenho boas mãos...

- Bem, gostar de metal já é um bom começo para ser um ferreiro - Grianna respondeu, também sorrindo. - Pode ser que possamos trabalhar juntos, se as coisas derem certo, mas não posso prometer nada agora - concluiu.

- Mas me diga, Bellis, conhece algum lugar bom para um viajante ficar hospedado na cidade? Algum lugar limpo e barato onde posso ficar até ver se as coisas vão se acertar?

- Lá no Última Refeição de Gar - disse o halfling. - É a melhor hospedaria de Tamran, tudo muito limpo, mas o cheiro de peixe é bem forte.

- Tudo bem o cheiro se a cama for limpa e confortável e a água do banho for bem quente - disse Grianna, sorrindo, bebendo os últimos goles de cerveja.

- Bem, agora vou indo - ela continuou, depois de beber o último gole de cerveja. - A festa esta animada, mas não estou no clima...

Grianna olhou ao redor para observar as pessoas reunidas no grande salão uma última vez, muitas cantando animadamente, outras dançando, flertando ou simplesmente conversando em meio aos gritos de "viva a liberdade" que ainda ecoavam, mas ela estranhamente se sentia um pouco irritada com aquilo. Talvez fosse o cansaço dos dias de viagem finalmente sobrepujando seu resistência, mas aquela comemoração lhe parecia um tanto quanto exagerada, e as intrigar e conversas não lhe chamavam a atenção.

Não era muito boa nisso.

- Obrigada pela dica sobre a taverna - disse para o halfling enquanto pegava suas coisas, que deixara escoradas embaixo da mesa, perto de onde estava, sempre ao alcance da vista. - Não vou esquecer da oferta que me fez, meu amigo, pode ter certeza, mas precisamos esperar para ver se vai dar certo. De qualquer forma, acho que nos vemos por aí, não? Bem, boa noite, então.

Com a mochila a tiracolo e o machado em mãos, Grianna começo a ir para a saída do salão, abrindo caminho pela multidão, mas não antes de passar a mão em uma garrafa de vinho coberta com uma cesta de vime que encontrou pelo caminho, sem falar que também levou a caneca de cerveja que usara durante a comemoração...

Ações

Vou deixar o salão e ir para a taverna A Última refeição de Gar... se algo não chamar a minha atenção antes de sair.

por **Maelstrom** Ter Jul 13, 2021 2:42 pm

21 de Sarenith, 4655

Enquanto Alden conversava com o mercador vudrani Sohan Yantur e sua acompanhante, a cartomante Mirelinda, Variel apreciava a festa de outra maneira. O elfo dançava, rodeado de moças sorridentes, trocando de par com a aprendiz de druidisa Tessara para Astella uma jovem que despertou sua desconfiança.

Drako servia-se da carne suculenta em uma cumbuca, servido vez ou outra pedaços para Percival embaixo da mesa. Após trocar palavras com Nina Oberan, a mesma se levantou satisfeita e se misturou ao meio das pessoas alegres e dançantes. Ele parecia ser o único em alerta com uma pessoa estrangeira armada, nem mesmo caçadores estavam em prontidão.

Grianna já estava com tudo pronto para se recolher ao Última Refeição de Gar, a hospedaria indicada pelo solícito halfling Bellis, quando um caçador passou por ela trôpego, escorando-se em uma das mesas antes das pernas fraquejarem e ele tombar no chão.

...

Outros ao entorno, alcoolizados, riram. Não era o primeiro a cair bêbado e certamente não seria o único. Porém, os olhos da anã não estavam nublados pela cerveja. Ela viu claramente a protuberância de um cabo de adaga enfiada na lombar.

Antes que pudesse reagir, um grito agudo se elevou acima das cantorias, dos gritos felizes, das risadas embriagadas. Um grito de terror.

O burburinho festivo logo deu lugar a um silêncio incerto. Alguns caçadores se agitaram de suas cadeiras no palanque com as atenções voltadas para o quarto ao lado. A porta se escancarou e Mirelinda, a cartomante, vinha gritando assustada:

Mataram ele! Mataram Irgal!

Houve um misto de incredulidade e tristeza imediatas no rosto das pessoas. Aqueles mais eufóricos e embriagados não conseguiam entender. Outros já mostravam os sinais de lágrimas. Não podiam acreditar, não podiam aceitar. Todos começaram a se mover para todos os lados, confusos, desnorteados.

Nesta confusão, no meio da multidão, uma mulher gritou alarmada:

Oh não, meu marido!

Em outro canto da multidão, era a vez de um sujeito gritar em pavor.

Estão entre nós... argh!

Encerrou suas palavras abruptamente e um círculo de pessoas se abriu quando ele tombou ensanguentado. Gritos desesperados se sucederam.

A ameaça oculta no salão era o que faltava para provocar o caos no salão. Quem estaria realizando ataques? Irgal Nirmath teria mesmo morrido? Todos os presentes começavam a correr para todos os lados. As pessoas gritavam, saltavam as mesas e cadeiras, derrubando copos, pratos e a comida no chão e uns aos outros. Uma pessoa caiu na fogueira e se levantou em chamas em desespero.

UAAAaaargh!!!!

Alguns tentavam correr em direção à saída, mas outros, revoltados, tentavam ir ao palanque onde Mirelinda estava.

Iniciativa
Grianna 19
Variel 14
Ameaça
Alden 11
Drako 10

Recompensa da Floresta:

Notas do Mestre:
Próxima Atualização: Modo Encontro - 24h para o jogador postar seu turno.

Todos podem agir da maneira que quiserem, seja ajudando quem está ferido, tentando acalmar as pessoas, procurando um caçador para ajudar, seja procurando a ameaça gastando 1 ação de Buscar:

Caso use a ação Buscar, o jogador deve me pedir para rolar o dado secretamente no telegram e eu informarei o resultado para ser postado pelo jogador.

Outras ações também podem ser feitas. Conversas com PdMs ainda podem acontecer, rapidamente, devido à dinâmica do modo encontro.

Recompensa da Floresta é considerado terreno difícil (cada quadrado custa +1,5m) devido ao grande número de pessoas correndo.

Status dos Aventureiros

Alden (Humano, Bruxo 1, ON):
Drako (Meio-orc, Patrulheiro 1, N):
Grianna (Anã, Guerreira 1, ON):
Variel (Elfo, Clérigo 1, ON):

por **Aquila** Ter Jul 13, 2021 6:31 pm

Grianna

Grianna fixou os pés no chão e assumiu uma postura defensiva antes mesmo do caos dominar o grande salão comunal de Tamran, sacou suas armas e se preparou para o pior, os músculos tensos e os sentidos concentrados em apenas uma coisa: sobreviver.

Ela seguia para a saída do salão quando a primeira vítima praticamente trombara contra ela, em meios aos riso da multidão que lotava o lugar, que assim como ela o tomara como um beberrão atrapalhado, mas bastou ver a adaga calada nas costas do homem para os sentidos da anã assumirem o controle.

- Mas que raios...? - Grianna gritou assim que viu o homem desabar aos seus pés, mas o ignorou enquanto olhava ao redor atrás do atacante, "Um aldeão exaltado que resolveu tirar satisfação com o outro por causa de uma mulher ou algo qualquer...", ela pensou, a princípio, até que um grito de terror calou a multidão.

- Mataram ele... - disse uma mulher sobre o palanque, a voz entrecortada pelo medo e terror, fazendo o salão ficar quieto por um mero instante... antes de explodir como um furacão. - Mataram Irgal!

O medo e o terror tomaram a multidão ao mesmo tempo em que os gritos de dor irrompiam de todos os lados, transformando a comemoração em um pesadelo hediondo. As pessoas começaram a correr para todos os lados, gritando e se acotovelando para se salvarem, sem se importarem com aqueles que há pouco dividiam sua alegria.

- Fiquem calmos, seus malditos! Fiquem calmos... - Grianna tentou gritar, mas foi envolvida pela torrente de pessoas aterrorizadas que arremeteu contra a porta de saída naquele momento, levando tudo pelo caminho como uma represa rompida.

"Malditos sejam todos eles por sua estupidez", a anã pensava, com raiva, enquanto tentava resistir a pressão esmagadora da turba como uma rocha em meio às ondas de um vagalhão. "Malditos sejam por sua ingenuidade..." Ingenuidade era o mínimo que ela podia dizer sobre aquela comemoração, onde não havia nenhuma forma de segurança, um convite irrecusável para um assassino.

Com um urro de fúria, Grianna dispersou a multidão que a cercava e imediatamente começou a preparar o escudo que trazia preso às costas, ao mesmo tempo em que soltava a proteção de couro do machado de batalha, girando defensivamente para ver o que a cercava, pronta para qualquer surpresa...

- E eis o assassino - ela gritou ao ver um homem encapuzado com uma faca ensanguentada na mão, a dois passos de distância, longe da turba em pânico. - Desista agora, maldito, e talvez saia vivo daqui...

Ações

Ação Única: Interagir, para sacar meu escudo.
Ação Única: Interagir, para preparar meu machado.
Ação Única: Buscar, para olhar ao redor em um raio de 4,5 metros. Percebeu um homem com uma faca ensanguentada na posição G24.

por **Astirax** Qua Jul 14, 2021 9:41 am

A noite calma, de bebidas, dança, cantoria e comida teve a confusão que Variel esperava, mas não eram bêbados, e sim matadores.

Diante da situaçao tensa, a voz Mirelinda estava longe, e a Cartomante era alguma coisa importante para o Mercador.

Variel

Sohan, o que vai fazer?

O homem parecia abalado.

O que? Eu?

Tsc. Ele esta em choque. Me preocupo com Tessara porem ela esta longe tambem, espero que saiba se defender.

Variel se concentrou, olhando ao redor em busca desses assassinos e alguem se destaca da multidão. Um sujeito andando calmamente, no arredor de um grupo de pessoas caidas, atropeladas. Outras tentam ajudar essas pessoas caidas, formando um paredao de gente, o que provoca um empurra-empurra mais forte de outras.

Esse sujeito usa um capuz verde sobre uma armadura alcochoada, mas carrega uma adaga na mao que pinga sangue.

Tsc. Avisar Sohan só vai torná-lo um alvo.
Preciso me proteger e ver quem vai lutar.

Variel puxou e ergueu seu escudo, ciente da presença de um inimigo. E pronto para Bloquear.

AÇÕES:

por **Maelstrom** Qua Jul 14, 2021 3:15 pm

21 de Sarenith, 4655

Durante a confusão, Grianna sentiu o peso das pessoas passando por ela. Mas sem se abalar, a anã identificou um homem suspeito com uma adaga ensanguentada. Urrando, fez as pessoas momentaneamente evitarem seu arredor, mas não durou muito. O salão estava lotado e os camponeses agitados. Após seu grito, o homem encapuzado virou-se pra ela. Sentado, casualmente, com uma caneca de cerâmica na mão.

Idiota...

Resmungou. E num rompante de agilidade, arremessou a caneca sobre Grianna, mas esbarrou em seu escudo, molhando o aço com a cerveja. Quando voltou a prestar atenção no sujeito, ele não estava mais ali. No meio da multidão em movimento, o viu sumir de vista. Antes que ela pudesse reagir, ouviu outro grito de dor próximo. Virando o rosto, viu uma moça cambalear até uma mesa próxima.

Aquele homem tem uma faca!

Gritou com a voz trêmula. Mas Grianna não conseguia ver o agressor ainda.

Perto dali, Variel tentou saber o que Sohan faria, mas ele estava atônito, de pé em frente a mesa, olhando para os lados com os olhos bem abertos, claramente incerto do que fazer. O clérigo viu uma pessoa de capuz manejando uma adaga ensanguentada tentando mantê-la oculta das vistas das pessoas desesperadas demais para prestar atenção O elfo pegou seu escudo e o equipou no braço, colocando-se atrás dele para evitar ser atacado. Porém, o sujeito não foi até ele. O viu calmamente banhar sua adaga com o sangue de outra pessoa. Alden, ali perto, acabou vendo também.

AAAAAAaaahhh...

Uma mulher gritou e desabou imediatamente. O sujeito rapidamente seguiu de perto, saindo da vistas daqueles desesperados demais para perceberem que ele era o atacante.

Na confusão, Drako viu Cosmin pegando na mão de uma bela moça com lágrimas nos olhos. Era sua filha, uma moça que vira algumas poucas vezes antes e que na festa chamava atenção de outros rapazes e havia dançado com um elfo estrangeiro. O caçador descobriu Drako no meio da multidão.

Drako! Nos ajude a encontrar quem está fazendo isso... vou levar Astella para um lugar seguro!

Gritou para sua voz sobressair aos gritos. O meio-orc também viu um senhor de idade se aproximar do homem que pegava fogo por ter caído na fogueira. Além disso, uma elfa de vestido florido passou desesperada por cima da mesa e quase caiu quando outros tiveram a mesma ideia de cortar caminho pela mesa.

Além do ataque, Alden viu Ethel passar por ele, correndo atrás de uma moça com uma coroa de flores. Além disso, percebeu o casal de gnomos correndo de mãos juntas, seguindo o fluxo com facilidade e ganhando grande distância. Em poucos segundos estariam na porta dupla que daria para a rua.

A porta dupla de madeira grossa com rebites metálicos foi escancarada e um amontoado de pessoas caiu para o lado de fora. O ar fresco logo entrou pelo grande salão de Recompensa da Floresta e logo as pessoas começariam a se levantar e sair dali.

Iniciativa
RODADA 01

Grianna 19
Variel 14
Ameaça e PdMs
Alden 11
Drako 10

Recompensa da Floresta:

Notas do Mestre:
Próxima Atualização: Modo Encontro - 24h para o jogador postar seu turno.

Os PJs podem:
a) Ajudar quem está ferido, bastando se aproximar e utilizar as perícias ou magias para isso.
b) Tentar acalmar as pessoas realizando teste de Diplomacia.
c) Se movimentar no terreno difícil custa 1,5m extra por quadrado. Porém, com um teste de Sociedade CD 13 é possível mover-se normalmente "seguindo o fluxo". Também pode ser usado Acrobatismo para desviar ou Atletismo para empurrar com CD 15.
c) Procurando um caçador gastando 1 ação de Buscar para encontrá-lo.
d) Procurando os esfaqueadores gastando 1 ação de Buscar para revelar sua posição.

Caso use a ação Buscar, o jogador deve me pedir para rolar o dado secretamente no telegram e eu informarei o resultado para ser postado pelo jogador. É possível gastar mais ações de Buscar no mesmo turno.

Outras ações também podem ser feitas. Conversas com PdMs ainda podem acontecer, rapidamente, devido à dinâmica do modo encontro.

Os PdMs com uma marca preta estão feridos (inconscientes, mortos ou apenas feridos).

Status dos Aventureiros

Alden (Humano, Bruxo 1, ON):
Drako (Meio-orc, Patrulheiro 1, N):
Grianna (Anã, Guerreira 1, ON):
Variel (Elfo, Clérigo 1, ON):

por **Aldenor** Qui Jul 15, 2021 11:49 am

Alden apoiou-se de costas na mesa, com as mãos na madeira, tentando evitar ser levado pelo maremoto de gente, de lá para cá. A confusão, a gritaria, as pessoas sofriam tanto pela suposta morte de um símbolo quanto pelo ataque misterioso que sofriam em Recompensa da Floresta.

Alden

Mirelinda... não acha isso estranho, Nevlin?

Nevlin

Ela realmente saiu apressada para a mesma direção que Luminita e Irgal, Alden. Parece mesmo estranho.

Alden

Precisamos entender o que está acontecendo. Onde está...

Suas palavras se perderam no turbilhão de gritaria. Ele acaba de ver uma pessoa encapuzada esfaqueando uma mulher. Alden franziu a testa indignado. Suas mãos foram ágeis enquanto sussurrava...

Alden

Ibafarshan...

Sua mão espalmada e estendida produziu chamas ardentes que iluminou o ambiente em um instante. As chamas tomaram a forma de uma esfera e Alden a arremessou sobre o esfaqueador.

A esfera explodiu em pequenas chamas, mas que foram o suficiente para queimar parte de suas vestes na altura do abdômen e deixá-lo chamuscado. Alden saiu de perto da mesa, circulando outra.

Alden

Afastem-se dele! É um assassino disfarçado! Não o percam de vista!

Gritou apontando o dedo para ele. Lidaria com aquela ameaça primeiro, depois iria procurar os caçadores, quem deveriam estar cuidando da segurança daquela festa.

Ação de Alden
>> Conjurar uma Magia: produzir chama atacando o alvo em T-19. Ataque 18, dano 8
> Andar: deslocar para Q-14.

por **John Lessard** Sex Jul 16, 2021 11:39 am

Drako inicialmente arqueou uma sobrancelha quando a gritaria começou. Confusões começavam sempre daquela forma, com gritos isolados e palavras desencontradas. Pelo menos era daquela forma nos centros mais civilizados que já estivera. Ele sempre demorava para entender, mas por fim, conforme olhava ao redor, começou a compreender mais ou menos o que acontecia, e não era nada bom. Assassinos entre os convidados. Cosmin passou correndo por ele e Percival, segurando a mão da filha. Ainda sentado o meio-orc abriu as mãos sobre o tampo da mesa, virou sua cabeça em uma direção, tentando distinguir algum dos assassinos, mas só viu pessoas feridas e desesperadas. Continuou, perscrutando o salão, até que a viu. Uma mulher que poderia muito bem ser uma aprendiz dos druidas, mas ele conhecia cada detalhe do tipo e logo, claro, percebeu a adaga ensanguentada em suas mãos. Semicerrou os olhos, marcando cada detalhe possível dela.

— Você... — disse entre os dentes.

> Buscar, falha (oeste)
> Buscar, sucesso (sudoeste)
> Caçar Presa

por **Aquila** Sex Jul 16, 2021 5:02 pm

Grianna

- Ali está um dos malditos assassinos! - Grianna gritou ao ver o homem encapuzado com a faca manchada de sangue surgir do meio da multidão, mas ninguém lhe deu atenção. Os gritos de dor e medo que tomavam o grande salão comunal sufocavam sua voz como um vagalhão.

O que a irritou, mais do que qualquer coisa, no entanto, foi a forma como o homem a olhou, com uma expressão de deboche e zombaria, rindo de seus esforço para avisar aquela turba patética sobre o perigo.

"Maldito seja, Irgal Normath, por ter facilitado tanto para seus assassinos", seus pensamentos gritavam, "e agora seus seguidores pagavam por sua estupidez..."

Desde que chegara a Tamran e descobrira que o líder rebelde estava na cidade, Grianna estranhou a falta de segurança do lugar, principalmente dentro do salão comunal. Como estrangeira e uma total estranha, ela imaginou que não escaparia do escrutínio das forças de segurança rebeldes até provar que era de confiança, então não pode deixar de se surpreender com a forma como conseguiu entrar no salão com todas as suas armas e equipamentos, sendo recebida com música e abraços ao invés de algemas de ferro.

Por um breve instante, ela imaginou que estava sendo paranoica demais, que Normath certamente teria outras formas de segurança, mas estava claro agora que não passava de um tolo ingênuo.

Uma pessoa passou aos tropeços perto de Grianna, obrigando-a a se proteger com o escudo.

- Sai da frente, animal! - ela gritou, empurrando o miserável para o lado, mas o instante de distração fora suficiente para o assassino desaparecer.

Com um grito de guerra, Grianna se lanço à frente, na direção de onde vira o assassino pela última vez, disposta a não deixar que escapasse, mas uma nova onda de pessoas impediu que conseguisse avançar rapidamente.

- Praga do inferno! - ela gritou mais uma vez, usando todas as suas forças para abrir caminho por entre a multidão, até que emergiu subitamente do meio da turba e viu o miserável a poucos passos de distância... perto do halfling chamado Bellis.

- Bellis, cuidado! - Grianna gritou a plenos pulmões, praticamente sem pensar, pronta para se lançar contra o assassino.

Ações

Ação Única: Movimento, de H26 para H24.
Ação Única: Movimento, de H24 para H22.
Ação Única: Buscar, para olhar ao redor em um raio de 4,5 metros. Detecto o mesmo assassino de antes, mas desta vez na posição F22.

por **Astirax** Sáb Jul 17, 2021 2:36 pm

Os atacantes apenas continuaram esfaqueando as pessoas. Alem disso, era possivel que nem todos estivessem revelados, de fato quando percebeu que o esfaqueador tinha sido envolto por chamas mas permanecia vivo, garantiria que estivesse vivo, assim poderia interrogar depois.

Variel recitou palavras e gestos magicos, que deram um solavanco poderoso no assassino, o nocauteando.

Agora que derrubou um, era provavel de ser um alvo, ergueu seu escudo, encarando o outro esfaqueador proximo.

Variel

Voce - olhando rapido para o conjurador do fogo - Fique Proximo.

AÇÕES:

por **Maelstrom** Seg Jul 19, 2021 6:47 pm

21 de Sarenith, 4655

As chamas de Alden irromperam pelo salão. Uma esfera de fogo atingiu um homem encapuzado, deixando uma marca enegrecida por seu pescoço e rosto e roupas em brasas. As pessoas no entorno gritaram assustadas, mas seguiam a sair pela porta dupla de Recompensa da Floresta. Perto dele, o elfo Variel conjurou suas preces para afetar a mente do homem, fazendo-o ter um solavanco pesado. Revirando os olhos, o homem desabou mole, inconsciente. Além disso, chamou o bruxo para ficar próximo, enquanto preparava seu escudo contra o outro possível criminoso.

Drako estava sentado, perscrutando cada lugarejo, cada espaço em potencial para encontrar alguma pessoa suspeita... até que a encontrou. Uma mulher de suspensórios de couro sobre uma roupa branca florida. Parecia uma das aprendizes de Lumenita, mas a adaga em sua mão não enganava. Revelada pelas palavras de Drako, que buscava minuciosamente por alguma brecha, ela o encarou diretamente.

...

Vista, ela não se prendeu ao meio-orc e atacou Selb em sua frente. O bardo arregalou os olhos e gritou mais pelo susto que pelo ferimento. A adaga abriu um corte em seu braço, mas superficial. A mulher tentou se esconder, mas não conseguiu, atrapalhada por outros camponeses que passavam por ela.

Ao norte do salão, Grianna descobria-se com paciência limitada, empurrando as pessoas, preparada com seu machado e seu escudo, pronta para enfrentar a ameaça. Ela viu o possível criminoso próximo de Bellis, o halfling e o avisou com celeridade.

Hã? O que?

O halfling mostrou uma incrível sorte, pois o seu agressor acabou tropeçando na cadeira ao lado e seu movimento de esfaquear acabou passando muito longe de sua cabeça. O criminoso arregalou os olhos e deu um passo para trás, mas era tarde demais para se esconder no momento.

Enquanto isso, os demais camponeses começavam a sair de Recompensa da Floresta, mas um bandido foi visto esfaqueando outra pessoa e sumindo entre os outros, mesclando-se inadvertido aos outros.

Oh...

Exclamou a elfa, com as duas mãos pingando sangue.

Os gnomos passavam por espaços menores, adequados a pessoas de seu tamanho e logo saíram do salão. Drako viu um senhor de idade arrastando um camponês de capuz que apresentava as mãos vermelhas e roupas levemente chamuscadas, lembrando o clarão de luz no sul de Recompensa da Floresta. Porém, sua atenção foi atraída para o casal de bardos. Após um deles ter sido esfaqueado, o outro interrompeu sua fuga e tentou atacar a mulher encapuzada, mas não conseguiu desferir um soco decente.

Alden viu Ethel se afastar ainda mais, atrás da aprendiz de Luminita com sua coroa florida, mas acabou parando próximo demais de uma das suspeitas que atacara um bardo. Além do comerciante vudrani Sohar, Variel percebera que nenhum dos feridos saia do lugar. Um comerciante mais velho de chapéu vermelho e roupas caras também estava paralisado, sentado com uma expressão confusa.

Bellis saltou sobre a mesa e depois mergulhou na multidão, sumindo da vista de Grianna. Já o meio-elfo bêbado que estava perto dele, tropeçou caindo no chão.

Oh, deuses...

Iniciativa
RODADA 02

Grianna 19
Variel 14
Ameaça e PdMs
Alden 11
Drako 10

Recompensa da Floresta:

Notas do Mestre:
Próxima Atualização: Modo Encontro - 24h para o jogador postar seu turno.

Os PJs podem:
a) Ajudar quem está ferido, bastando se aproximar e utilizar as perícias ou magias para isso.
b) Tentar acalmar as pessoas realizando teste de Diplomacia (turno inteiro, permite diminuir espaços de terreno difícil).
c) Se movimentar no terreno difícil custa 1,5m extra por quadrado. Porém, com um teste de Sociedade CD 13 é possível mover-se normalmente "seguindo o fluxo". Também pode ser usado Acrobatismo para desviar ou Atletismo para empurrar com CD 15.
c) Procurando um caçador gastando 1 ação de Buscar para encontrá-lo.
d) Procurando os esfaqueadores gastando 1 ação de Buscar para revelar sua posição.

Caso use a ação Buscar, o jogador deve me pedir para rolar o dado secretamente no telegram e eu informarei o resultado para ser postado pelo jogador. É possível gastar mais ações de Buscar no mesmo turno.

Outras ações também podem ser feitas. Conversas com PdMs ainda podem acontecer, rapidamente, devido à dinâmica do modo encontro.

Os PdMs com uma marca preta estão feridos (inconscientes, mortos ou apenas feridos).

Status dos Aventureiros

Alden (Humano, Bruxo 1, ON):
Drako (Meio-orc, Patrulheiro 1, N):
Grianna (Anã, Guerreira 1, ON):
Variel (Elfo, Clérigo 1, ON):

por **Aldenor** Ter Jul 20, 2021 2:59 pm

Alden viu o elfo que provavelmente não era um local conjurar uma mágica a fim de afetar a mente do bandido. Após sua derrotada, Alden observou o homem para ver se não se mexia mesmo. Então, seus olhos ergueram-se lentamente para o elfo que o chamara.

Alden

Alden Magnan. Temos que ajudar essas pessoas feridas.

Disse na rapidez.

Variel

Variel, e a ameaça tem que ser detida antes, ou sera tampar o sol com peneira.

O bruxo balançou a cabeça concordando. Já Nevlin, que estava em seu ombro o tempo todo com as garras afiadas a fim de se prender na capa de Alden, tinha outro pensamento.

Nevlin

Devia ajudar os outros, Alden, acho que outros podem cuidar dos bandidos...

Alden

Não sei, Nevlin, no momento é melhor...

Suas mãos encheram-se de fumaça e logo, fogo.

Alden

... manipular as energias arcanas.

Ele via ali perto da fogueira a mulher que atacara um dos bardos. Alden se aproximou o máximo que pôde, passando pelos dois feridos perto dele.

Alden

Parem de correr! Cuidaremos dos bandidos, mas vocês precisam olhar para os feridos!

Disse o bruxo para as pessoas que se acotovelavam tentando sair de Recompensa da Floresta. Não sabia quem ele estava se referindo que iria combater a ameaça, mas considerava o elfo e os caçadores, pelo menos.

Nevlin

E se houver mais bandidos escondidos?

Alden havia se deixado levar. A esfera de fogo perdeu força e ele se viu perto de Variel com os olhos franzidos.

Ação de Alden
> Andar: se desloca para S-16.
> Andar: se desloca para R-18.
> Andar: se desloca para Q-19.

por **John Lessard** Ter Jul 20, 2021 9:21 pm

A confusão ainda corria e depois de vista, a mulher pouco se importou em esconder suas intenções, cortando um dos bardos no braço. No caos, não conseguiu voltar a se esconder, então Drako puxou seu arco, rapidamente puxando duas flechas, fazendo uma mira rápida, tentando evitar as pessoas que corriam por suas vidas. A situação, porém, e o fato de ainda estar sentando, fez com que suas flechas voassem ao largo, errando seu alvo. Soltou um grunhido, por falhar em derrubar a pessoa que feria os aldeões, então apenas rosnou para Percival, que estava alerta embaixo da mesa.

— Pega...

O lobo avançou em frente, abriu sua boca e afundando suas presas na coxa da mulher. O sangue verteu farto e impassível, Drako julgou que havia perfurado uma artéria quando a mulher ficou pálida em instantes e revirou os olhos, caindo de costas no piso de tábua.

> Interagir para sacar o arco
> Tiro a Caça, (5) + 7 = 12, erro e (9) + 2 = 11, erro
> Comandar Animal, Percival Anda até O23 e Golpeia a mulher em O22, (20) + 5 = 25, 12 de dano (crítico)

por **Aquila** Qua Jul 21, 2021 1:35 pm

Grianna

Grianna avançou contra o assassino antes que ele pudesse fugir para o meio da multidão mais uma vez depois de ter tentado atacar Bellis, que agilmente conseguira escapar do ataque mortal graças ao seu grito de aviso.

- Não vai escapar, desta vez, maldito... - a guerreira gritou quando saltou sobre o homem, o escudo erguido em uma posição de defesa perfeita, o machado pronto para atacar qualquer ponto fraco na defesa do oponente.

O choque de aço contra aço se misturou ao caos quando a adaga, o machado e o escudo se cruzaram furiosamente no meio do salão, mas poucos perceberam o que acontecera pois tudo terminou tão subitamente como começara, e até mesmo Grianna só percebeu o que fizera quando o inimigo já caia aos seus pés, jorrando uma torrente de sangue, fulminado por um golpe devastador.

- Rá! - Grianna gritou, extravasando todos os sentimentos que explodiram em seu peito naquele momento, quando percebeu que matara seu primeiro oponente em batalha.

A luta fora rápida e feroz, o homem era um guerreiro habilidoso e experiente, mas Grianna treinara tanto para aquele momento que seus movimentos seguiam seus pensamentos de modo tão natural e instintivo, e antes mesmo que ela percebesse, seu golpe baixo atingira o tronco do homem com força para destruir uma árvore, pondo fim aos seus dias de assassinato.

"Queime no inferno, maldito", ela pensou, ao ver o corpo do homem tombar, sentindo o coração pulsar de júbilo e glória, raiva e medo, mas ainda assim ela não seu deixou levar pela euforia, pois sabia que mais inimigos podiam estar por perto, espalhando o caos entre os inocentes.

Ações

Ação Única: Movimento, de H22 para G22.
Ação Única: Erguer Escudo.
Ação Única: Ataque com Machado de Batalha no inimigo em F22, resultado 25, dano 11 (crítico!)

por **Maelstrom** Qui Jul 22, 2021 3:16 pm

21 de Sarenith, 4655

Os aventureiros perceberam que o salão estava ficando finalmente vazio quando pararam de ser acotovelados constantemente e os gritos passaram a ser esporádicos. Havia alguns feridos e poucos ajudando de fato, uma vez que nem todo camponês ou comerciante era um benfeitor a ponto de arriscar sua própria vida quando assassinos ocultos esfaqueavam indiscriminadamente.

Alden e Variel foram os dois primeiros aventureiros daquele lugar a conversarem entre si. Enquanto o bruxo e seu familiar debatiam sobre o que deveriam fazer, o elfo observava impassível o desenrolar dos eventos de Recompensa da Floresta ao lado de Sohan Yantur. O vudrani estava paralisado também, embora por motivos diferentes. Era um misto de espanto, curiosidade mórbida refletido em um sorriso estranho.

Próximo à fogueira e seu crepitar incessante em que a carne de porco já começara a dar sinais de passar do ponto, as flechas de Drako passaram pela assassina incólume, indo cravar perigosamente próxima de Variel. A mulher se surpreendeu com o ataque, como se não tivesse notado a presença do meio-orc armado antes. Não houve tempo de reação, porém, pois Percival, atendendo ao rosnado do patrulheiro, avançou sobre a assassina mordendo-lhe a coxa. A mulher gritou em desespero, mas quanto mais tentava afastar a cabeça do lobo, mais ele aprofundava suas presas. A mulher empalideceu e desabou mole.

Ao norte do salão, Grianna digladiava com outro assassino. Bastou um golpe preciso e firme para derrubar o inimigo. O homem jazia caído com o rosto retorcido de dor e surpresa endurecida, o tronco aberto em um corte que revelava uma costela. Estava morto. O meio-elfo tinha os olhos arregalados encarando o cadáver e, quando espiou a anã, tremeu ainda mais. Saiu correndo dali empurrando duas outras pessoas antes de encontrar um caminho livre para a porta.

Grianna percebeu o espaço que se fazia e os gritos de desespero cessando, dando lugar às lamúrias dos feridos que pouco se moviam, como o caçador bêbado anteriormente visto por ela. Uma elfa se aproximou dela com o rosto em dor. Tinha longos cabelos loiros e vestido verde com motivos floridos, onde a alça e o cinto lembravam folhas entrelaçadas. Um óbvio trabalho élfico.

A-alguém me esfaqueou... não sei onde está...

Ela não conseguia falar muito, mas olhava com pavor para a porta dupla escancarada que levava os camponeses para a suposta segurança do céu aberto. A brisa de frescor logo invadiu Recompensa da Floresta, esvaziada pelo atentado. Restava saber o que os aventureiros que se envolveram naquela situação fariam.

Notas do Mestre:
Próxima Atualização: Modo Exploração - 27/07, terça-feira

XP: +60 pelos inimigos derrotados, +10 conquista menor

Os PJs devem decidir o que farão. Podem conversar entre si pelo telegram, podem interagir com PdMs que já foram citados e mostrados ao longo do PbF, podem ir para fora de Recompensa da Floresta (e receber novas informações minhas no telegram para serem incluídas no post), ou fazer qualquer outra coisa. Lembrem-se dos eventos ocorridos ao longo da história para se basearem no que fazer.

PdMs Feridos:

PdMs Não Feridos:

Status dos Aventureiros

Alden (Humano, Bruxo 1, ON):
Drako (Meio-orc, Patrulheiro 1, N):
Grianna (Anã, Guerreira 1, ON):
Variel (Elfo, Clérigo 1, ON):

por **Aquila** Qui Jul 22, 2021 6:38 pm

Grianna

Grianna assumiu uma posição de defesa depois de ter derrubado o assassino com que lutara e imediatamente passou a olhar ao redor, para ver se identificava outros agressores em meio à turba, mas naquele momento a maioria das pessoas já havia fugido do Recompensa da Floresta, restando no lugar apenas aqueles que haviam sido feridos durante o ataque de terror, os esquecidos e todos que haviam superado o medo e tentado defender a multidão.

- Bellis? - ela gritou, olhando ao redor atrás do halflings, mas não conseguiu vê-lo em meio as pessoas que haviam sobrevivido ao caos, feridos e atordoados pelo medo.

"Na certa, conseguiu fugir", ela pensou, apertando o machado com firmeza e se preparando para sair do salão, mas parou ao ver que uma mulher se aproximava, uma elfa, na verdade, uma das vítimas daquele ataque covarde.

Grianna não pensou duas vezes

- Aqui! Alguém ajude! - ela gritou enquanto corria na direção da mulher-elfo, cravava seu machado com violência no piso de madeira, para então amparar a garota com um aperto firme, mas gentil, para evitar que caísse.

- Pare, não se mexa, ou vai piorar o ferimento - ela disse para a elfa enquanto a ajudava a se deitar sobre um dos bancos, tomando cuidado com o ferimento.

Quando a elfa deitou, Grianna rasgou com um gesto um tanto ríspido uma parte do vestido da garota, e colocou o trapo sobre o ferimento.

- Aqui, pressione bem aqui... - ela disse para a elfa, ajudando-a a segurar o trapo, que ficou imediatamente encharcado de sangue, e então olhou ao redor, procurando por ajuda.

- Alguém ajude, aqui - a guerreira gritou mais uma vez, se preparando para se levantar e ver se alguém podia ajudar a garota, mas parou ao ver a forma como ela olhava para a saída do salão, o rosto branco de medo. - O que foi? - ela perguntou, olhando para a porta como se esperasse ver um grupo de inimigos surgir por ela a qualquer momento. - Os assassinos saíram? Há mais deles entre as pessoas? O que você viu...?

— Eu vi um homem... parecia normal... passou por mim e tentou me matar! - disse a elfa, a voz trêmula de medo e surpresa.

- Você viu como ele era? - Grianna perguntou antes mesmo da elfa terminar de falar, o sangue voltando a arder em suas veias.

— Ele... tinha pele branca, barba e o cabelo longo castanho com uma mexa branca... - continuou a elfa, a voz embargada pelo medo.

Aquilo já bastava para Grianna.

- Descanse, agora - ela disse para a elfa enquanto pegava seu machado, cravado no piso, e se voltava para a saída do salão.

por **Astirax** Sáb Jul 24, 2021 11:19 am

A Multidao tinha se disperçado, e junto com ela os atacantes que deixaram apenas feridos no caminho.

Qual a intençao do ataque? Testar os defensores, atrair os lideres para fora? Causar medo e insegurança no povo? Nao sabia ao certo, o que sabia era que muitos agressores fugiram e havia nocauteado um, o unico que poderia dar respostas.

Porem ainda tinha Sohan, precisava faze-lo despertar e talvez melhorar o relacionamento dele com os locais.

Variel

Sohan, Foco ... recomponha-se. Precisamos agir, mova os feridos para perto de mim enquanto eu amarro esse agressor.

As palavras atingiram em cheio o Mercador, o levando a balançar a cabeça concordando e se aproximou de dois feridos caídos ao chão e começou a puxá-los ao mesmo tempo pegando uma mão de cada e os arrastando até onde Variel está.

Variel olhou se ficaram feridos de fora, enquanto amarra ambas as maos do agressor em seus pes, para causar desconforto e economizar corda, e deixar um bom pedaço para amordaçar, separando bem a lingua da mandibula, evitando suicidio.

Variel tocou seu simbolo sagrado e Fonte Divina, emanando energia positiva que fechava ferimentos e diminuia as dores. Alguns despertam, outros suspiram de alivio, nenhum morto... de Tamran.

Virou-se para Sohan.

Variel

Pode ir ate Mirelinda, apenas fique atento. - vira-se para Tessara - Voce esta bem?

Foi uma breve conversa e dança, ela e agradavel, bonita ... Variel percebeu que estava interessado. Notou que uma Anã de Armadura ia em direçao a saida, de machado na mao. Variel percebeu o vestido de Tessara escandalosamente rasgado e um pedaço dele sobre o ferimento. Praticou o autocontrole e focaria a visao apenas sobre seus olhos.

Estou muito bem, Variel, obrigada. — Ela o abraçou.

Variel a abraça, ate mesmo esquecendo o prisioneiro. No campo afetivo, Elfos para nao sofrerem evitam relacionamentos com seres que vivem apenas 1 seculo ou menos, Tessara como Elfa, podia ser companheira para toda a vida com sorte.

Variel

Eu nao sei quem sao eles, mas por segurança acredito que voce nao deva passar a noite sozinha, tem companhia?

Quando Variel notou o que disse, ja era tarde demais.

E-eu moro com as outras discípulas e com a druidisa Luminita.

Ela parecia confusa.

Variel

Ah sim, claro claro - mudava o foco da conversa enquanto soltava o abraço e ia ate o prisioneiro - pode me levar ate Luminita? Acredito que ela ira querer interrogar esse sujeito.

Variel ergue o corpo do bandido e sente as pernas arquearem, conseguiria levar, mas estava sobrecarregado.

Tessara ajuda balançando a cabeça, olhando com receio para o bandido apagado.

Variel

Alden, voce vem tambem?

O Humano lutou a favor do povo, ja o considerava um companheiro.

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