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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

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Mensagem por Maelstrom Sex Jan 05, 2024 9:25 am


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KaCt4VU

Preâmbulo

Em meio à intricada tapeçaria do multiverso, cujas dimensões escapam à compreensão dos mortais, a realidade se apresenta em contornos poéticos: um fruto titânico, onde a casca abriga a Esfera Externa, o Plano Astral forma a suculenta carne, e os demais planos desdobram-se como pétalas em torno de uma semente misteriosa.

No epicentro inatingível repousa o Plano de Energia Positiva, tecendo as almas que, ao assumirem formas efêmeras no Plano Material, despertam para a consciência. Fluem, então, no Rio das Almas em direção aos Planos Externos, onde, por fim, são reabsorvidas, alimentando a vitalidade do cosmos.

No entanto, uma sombra ancestral ascende das profundezas da Esfera Externa, compelindo os atores do plano material e do Grande Além a dançarem ao seu ritmo. Uma energia insondável, como uma melodia proibida, ameaça romper o ciclo da existência.

Nesse cenário de penumbras, uma figura ancestral empreendeu uma jornada de dor e agonia, transformando-se em uma entidade que transcende os limites da compreensão. O preço desse renascimento ressoa como uma canção melancólica nas estrelas.

Enquanto isso, almas inadvertidamente seduzidas pelas artimanhas de uma força malévola, nascida do próprio mal absoluto, acolhem o desespero como conselheiro. Ignoram que, ao fazê-lo, contribuem para a expansão da sombra que ameaça devorar a essência mesma da criação.

Persiste uma esperança, entretanto. À medida que uma força avança em uma direção, encontra resistência no outro caminho. Esses heróis, mesmo em sua juventude, foram designados a desempenhar papéis cruciais. Será que possuem a habilidade não apenas de solucionar os dilemas do mundo, mas também os que permeiam suas próprias vidas?



Introdução

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância ClwIi68

As águas do Mar Interior acolheram o navio Estrela Vespertina, enquanto Ash e Alderos embarcaram na aventura que os conduziria ao coração de Taldor. Sob o estandarte da Casa Morilla de Absalom, cuja linhagem longa se estendia por afeto, ou por dever pelas terras de Taldor, a dupla ansiosa por escrever seus nomes nas histórias dos grandes heróis partiu para a Prefeitura de Porthmos. Muitos aventureiros embarcaram nessa jornada e muitos ainda desistiram no caminho, enquanto atravessavam o Rio Porthmos que entrava pela baía de Oppara e seguia interior adentro de Taldor.

No convés, a cena desdobrou-se com a entrada graciosa de uma kitsune em um quimono tianês, suas mãos habilidosas manipulando um instrumento de madeira e corda. Uma melodia ancestral ecoava, uma língua desconhecida para muitos, mas cuja beleza transcendia barreiras linguísticas. Era Hamako, a enigmática barda, lançando suas notas no vento salgado.

Ash e Alderos, embora talvez desejando desvendar o mistério da kitsune, encontraram-na arredia. A trama se desenrolou quando Hamako marcou encontros com o charme do sorriso. Os dois, humano e meio-elfo, não se conheciam ainda. Os encantos de Hamako, lançados aos dois, entretanto, evitavam proximidade demasiada. Em fragmentos sob forte sotaque, ela compartilhou sua saga, uma busca por novos horizontes no continente Avistânia. Sua música narrava um mundo de beleza ameaçado por forças sobrenaturais manipuladas por entidades misteriosas, onde muitos eram marionetes no jogo dos grandes, cada vez maiores e maiores.

No transcorrer da viagem no Estrela Vespertina, as noites foram marcadas pelo eco das canções de Hamako. Mesmo sem compreender o idioma, os passageiros rendiam-se ao magnetismo da melodia, tecendo laços efêmeros com o desconhecido.

Ao se aproximar do destino final, Hamako convocou Ash e Alderos para a proa, no mesmo local e finalmente, os dois aventureiros principiantes se conheceram. No encontro, os dois estranhos, agora conectados pelo fio das canções, seguiram-na até a Casa de Banhos de Eliomar Costerius. O palco estava montado, e as páginas do destino ainda guardavam mistérios a serem desvelados nas terras de Taldor.
Dicas para interpretação:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância XZQLRaF

Dai-Su, herdeiro de um dojo pacífico e descendente de oni, viu-se envolvido numa jornada sinuosa movida por vingança. A decisão de abandonar os ensinamentos do Shira Jujutsu Ryu fora impulsionada pelo ato atroz de Kuro, irmão da esposa de seu mestre. O dojô consumido pelas chamas, e um artefato ancestral roubado, motivaram Dai-Su a abrir mão de sua paz interior.

O sangue maligno corria em suas veias, uma herança indesejada que se manifestava em sua busca por retaliação. A pergunta inquietante pairava: ao ceder à vingança, estaria Dai-Su se conectando a um "eu maligno" que tanto desprezava?

A saga de Dai-Su começou em Kasai, capital de Minkai, onde obteve uma pista crucial sobre o paradeiro de Kuro. Seguindo para Goka, a cidade-estado multicultural do oeste de Tian Xia, ele planejava antecipar o encontro ao cortar caminho numa peregrinação pelo norte até a Coroa-do-Mundo.

Na Coroa-do-Mundo, Dai-Su deparou-se com a Tribo Scarlata, uma aliança improvável de orcs e humanos que, diante das adversidades gélidas da região, forjaram uma união baseada em força e solidariedade. Conhecendo suas práticas marciais, Dai-Su, então, embarcou na peregrinação do guerreiro.

Ao cruzar destinos, Dai-Su encontrou a enigmática kitsune Hamako com seu shamisen. Sob seu encanto, ela revelou os intricados desígnios que envolviam sua busca, enredando-o numa trama de ameaças obscuras e poder avassalador. Persuadido, ele seguiu viagem para o sul, com Hamako a guiar seus passos. Ela desaparecia e ressurgia, uma sombra misteriosa que o acompanhava através das vastas terras e reinos.

Meses se passaram, com Dai-Su percorrendo os domínios dos Senhores Mamutes, interagindo com os orcs de Belkzen, explorando as profundezas das florestas e enfrentando os rebeldes de Nirmathas. A viagem atravessou terras diversas, desde o reino militarista de Molthune até as riquezas do reino de Druma e as densas florestas de Viridante.

Foi em Karakuru, a Cidade das Cem Fontes, em Taldor, que Dai-Su e Hamako se reencontraram após um mês e meio de separação. A Casa de Banhos de Eliomar Costerius na cidade de Karakuru abria suas portas para mais um capítulo na jornada de Dai-Su, onde o destino se desenhava com contornos imprevisíveis e o eco da vingança ressoava no horizonte.
Dicas para interpretação:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TiCSUzz

Mazhev, uma alma aprisionada nos grilhões da escravidão, percorreu a trilha da vida, marcada pela opressão de senhores cruéis e a ausência de um lar amoroso. Sua linhagem, entrelaçada com sombras sinistras, revelava uma mãe estriga, uma bruxa cujos propósitos permaneciam envoltos em mistério, e um pai taldano, cuja ambição o levou a vender o próprio filho ao mal. Em sua desventura, não era claro quem, entre os progenitores, carregava o fardo da maldade com mais vigor.

A tragédia de Mazhev desdobrava-se em atos sombrios, impulsionado por sua sina cruel. O assassinato de várias vidas, inocentes ou não, compunha o seu macabro legado, exceto pela sua "dona", uma jovem de idade semelhante à sua chamada Petra Gaspare. Estranhamente, ela o tratava com uma forma peculiar de compaixão, ou talvez fosse uma ilusão forjada pelo desejo inato de encontrar abrigo em um mundo tão implacável.

A revelação de seus poderes aconteceu ao ouvir o chamado da bruxa, uma conexão poderosa com o elemento do ar que o lançou em busca de liberdade na alforria forçada e manchada de sangue. Andoran, a terra da tão sonhada emancipação, rapidamente se mostrou uma miragem, dissipada quando leu o contrato de propriedade assinado pela família Gaspare. Descobriu, amargamente, que seu pai se chamava Ardan Darvel e sua mãe, a estriga Eudokia.

Foi na estrada que Hamako, uma kitsune em um quimono tianês, entrou em cena, tocando um instrumento musical de cordas misterioso nas terras de Avistânia. Com canções serenas e envolventes, ela persuadiu Mazhev a acompanhá-la em uma jornada até Taldor. Uma jornada guiada tanto pela busca de seu pai quanto por forças cósmicas que o envolviam.  Durante essa viagem de navio, Mazhev viu Hamako ficar na cidade portuária de Escadar, na Ilha de Kortos, deixando apenas o contato de sua estadia em Karakuru, na Casa de Banhos de Eliomar Costerius, e a promessa de um próximo encontro. O destino do cambiante era lá. No entanto, diante do enigma que era Ardan Darvel, ficava a indagação: o que Mazhev faria ao finalmente encontrá-lo?
Dicas para interpretação:



Capítulo 1

Karakuru, Desnus 21 de 4719

Manhã


O sol nascente banhava a cidade portuária de Karakuru em tons quentes de dourado, refletindo-se nas águas que jorravam das cem fontes que davam nome à cidade. Alderos, Ash, Dai-Su e Mazhev, quatro viajantes recém-chegados, deparavam-se com a visão pitoresca da região portuária.

As fontes jorravam suas águas com um murmúrio constante, criando uma melodia suave que se misturava aos sons da movimentada atividade portuária. A cidade exalava uma atmosfera acolhedora, onde nobres e plebeus compartilhavam os benefícios dos banhos de água mineral que fluíam sob alta pressão. As ruas agitadas testemunhavam uma rara harmonia social, com as estratificações sociais e as pretensões temporariamente deixadas de lado. Do pouco que conheceram de Taldor, aqui parecia ser muito diferente, onde nobres e plebeus dividiam os mesmos espaços em conversas de todos os tons.

Ao caminharem pelas vielas de pedra, os viajantes ouviam o som das falcatas cortando o ar e dos broquéis sendo habilmente manejados enchia a brisa, proporcionando uma trilha sonora singular à cidade. Nas proximidades do caminho que os aventureiros eventualmente tomaram para seu destino, encontraram a Escola Rondelero, uma pequena academia de artes marciais taldanas. Além disso, os quatro viam também alguns templos em dedicação à Abadar, Cayden Cailean, Calístria e Shelyn, com menções honrosas a um altar de Torag em uma viela enânica.

À medida que a manhã avançava, os aventureiros seguiram seus desígnios na direção da Casa de Banhos de Eliomar Costerius. No trajeto, o som de diversas casas de banho podia ser ouvido. A promessa de encontros e mistérios pairava no ar, especialmente agora que se dirigiam à Casa de Banhos, onde a misteriosa kitsune Hamako os aguardava submersa na água fresca, convidando com os olhos para se juntarem a ela nesse dia ensolarado de primavera.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância E9XyTLc
Hamako

Dicas para interpretação:

Próxima Atualização: 19/01, sexta


Grupo Azlante

ALDEROS, MONGE 1, CB:
ASH, BARDO 1, CB:
DAI-SU, ESPADACHIM 1, NB:
MAZHEV, KINETICIST 1, ON:


Última edição por Maelstrom em Qui Jan 18, 2024 6:54 pm, editado 1 vez(es)

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Aldenor Qua Jan 17, 2024 6:44 pm

Alderos tinha motivos para sorrir e acenava para ninguém em especial.

Tinha se formado no Instituto, tinha recebido de seu mestre o presente de despedida, sua katana - ainda sem nome - e estava no Estrela Vespertina, vendo Absalom ficar para trás.

Via as docas ficando cada vez menores e o alívio espalhava por seu corpo, ao se dar conta que fazia um bom tempo que a assombração da Rainha Eterna não o incomodava. Ajeitava sua jaqueta de couro, que nada mais era do que aquele usado no Instituto Distrito Urbano de Absalom, mas com modificações pessoais (sem o símbolo bordado da escola). Por baixo da jaqueta personalizada, usava as roupas cerimoniais do Ryu Kai, inspiradas nos andrajos de lutadores tianeses com modificações chelixes.

Alderos também tinha percalços. A lembrança do desaparecimento e presumível morte de seu pai ainda era recente, fresca na memória. A Rainha Eterna, como uma criança fantasma que o incomodava com seus comentários arrogantes e manipuladores, fazia visitas indesejadas ocasionalmente. Ela não desistira de seus planos e Alderos suspeitava que não havia muito o que fazer para não ser um joguete neles.

Nada disso, porém, o impediam de sorrir enquanto afastava-se mais e mais de Absalom, rumo a Taldor. Estava tomando seu rumo, longe da proteção de sua mãe Thereze, longe dos confortos materiais de sua família, longe do convívio de tios e primos Iomedis e longe da rotina de treinos no Ryu Kai.

Ele havia conseguido a indicação de seu próprio mestre, Odmund Sander, para embargar no Estrela Vespertina. Alderos aprendeu rápido como a família Morilla se interessava por ajudar os seus parentes em Taldor enviando aventureiros. Ele mesmo ficou pensando se viajar pelo mundo atrás de seus parentes. Desde os ex-infernais Saxa da família parte de avó materna em Andoran, aos desconhecidos e distantes Maelyx em Brevoy, por parte de avô paterno. Ou os bruxos de gelo na inóspita Irrisen, por parte de avó paterna, ou mesmo a exótica Alkenstrela, onde seus tios paternos viviam atualmente administrando as Indústrias Maderic.

Alderos balançou a cabeça, afastando os pensamentos e teorizando que eles povoavam sua mente agora porque viajar atrás de parentes distantes não era uma história nova em sua família. Essa marcou a estreia de seu pai e tio Gilibertus, ambos jovens na época. Partiram de Alkenstrela com a intenção de visitar os parentes Maelyx em Brevoy, desafiando assim a autoridade de seu pai, com quem mantinham relações pouco esclarecidas. No entanto, a viagem era, na verdade, um pretexto para explorar novos lugares.

Alderos deixou Andoran para sua irmã Mariannia, que pegou outra embarcação, um frete comercial. As lembranças dela e da despedida com um abraço constrangedor, marcando o início de suas jornadas pela aventura. Ela queria arte e mistérios, Alderos queria fama e poder. Ele lembrou do último diálogo com ela:
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Tá indo virar vendedora em Almas, né.
Disse com um sorriso besta, dando um tapa no ombro dela.
Mariannia
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância FmJeAgG
Seu mané. Pelo menos em Almas tem muita opção, muitos comerciantes ricos para pagar boas escoltas... E você, que tá indo ser escudeiro de cavaleiro pobre. Vai ganhar merrecas...
Riu de volta. Alderos balançou a cabeça e ambos se abraçaram de novo.

Se separaram.




Muitos aventureiros haviam atendido ao chamado da Casa Morilla. Todos desejosos por trabalho e espalhar suas marcas pelas terras do continente. Alderos pensou, em um momento de insegurança besta, que talvez Taldor, supostamente decadente, não tivesse muito dinheiro para pagar toda essa gente.

Alderos era um jovem simpático, gostava de falar com as pessoas, mas não tinha um tino especial para começar conversas. Observava mais as pessoas, vendo muitos aventureiros pretensos heróis solitários e alguns formando grupos. Ou de grupos já formados. Ele ficava próximo dos solitários, pensando que era mais fácil juntar em um grupo formado e oferecer propostas mais vantajosas para contratantes. Como estavam indo para Taldor, pensou em evitar aqueles tipos mais simples, ou menos limpos... os taldanos eram conhecidos por sua sofisticação e apego pela beleza.

No primeiro dia no Estrela Vespertina, já com Absalom invisível aos seus olhos, Alderos não teve paciência para começar nenhuma conversa com estranhos. Estava atolado de memórias e pensamentos passados, começando aos poucos a traçar seu futuro. Porém, a noite, se sentiu preenchido pela bela música de uma barda mulher-raposa cantando em tianês. Alderos conhecia um pouco da cultura tianesa, devido ao Ryu Kai e seus rivais de Tian Xia no Quarteirão Estrangeiro de Absalom. Paralisado, observou a bela mulher.

Não tinha como ignorar. Alderos aproximou-se dela, mas arredia, esquivava-se no meio de alguns possíveis admiradores. Pelo menos, soube o nome dela: Hamako.

Hamako. Alderos sorriu e dormiu tranquilo, com os pensamentos acalmados.

No dia seguinte e nos próximos, Alderos não conseguiu trocar muitas palavras com ela. Não queria segui-la o tempo todo para não ser um esquisito aos olhos dos outros, aceitando o pouco que ela proporcionava com aquele forte sotaque. Focado, então, em seu plano de montar uma equipe, Alderos falou com algumas pessoas finalmente.

Primeiro, abordou um homem alto, vestindo uma armadura escamada esmaltada em amarelo. Além de mochila e esteira enrolada de dormir como o próprio Alderos carregava, o homem tinha uma comprida espada de lâmina grossa nas costas.
Royce Madeiraverde:
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Falaí, meu caro. Tudo bom? Sou Alderos e tal, tá sozinho?
Disse ao sujeito apoiado em uma amurada enquanto bebia um gole de cerveja.
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
Hum? É, tô. Sou Royce Madeiraverde. Tá procurando formar uma gangue, não é?
Alderos sentiu-se desprevenido com a perspicácia do homem. E então, sorriu balançando a cabeça quando a compreensão o atingiu: todos os contato no Estrela Vespertina deviam ter o mesmo objetivo. Melhor em grupo do que solitário.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Basicamente, sim. Hehe. Não diria uma gangue, mas algo mais próximo de uma guilda de aventureiros. Ter um nome, um objetivo, buscar contratos mais lucrativos etc.
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
Legal. E você... por que usa uma espada tianesa? Katana, não é? Você não me parece vir de Minkai.
Alderos sorriu, adorava contar essa anedota.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Sou absalomiano mesmo, lá a gente mistura tudo das culturas do mundo todo, né? Tu veio de lá, pelo menos esteve no porto. Tu sabe. Então, a katana foi presente do meu mestre, Odmund Sander...
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
Apropriação cultural.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Que?
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
Eu sou de Vidrian, meu caro. Sabe onde fica? Em Mwangi. Digo, meus pais são de lá, eu sou nascido em Augustana mesmo. Eu sei como os taldanos, cheliaxianos e outros povos imperiais para apagar os outros povos: eles primeiro usam a nossa cultura como um elogio e, quando nos damos conta, nós não temos mais acesso. Ficamos de fora...
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Ué, mas não... digo, sim, concordo que acontece isso, mas não podemos ignorar as histórias individuais das pessoas. Meu mestre é um ex-mercenário, trabalhava para cavaleiros infernais e quando morou em Tian Xia...
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
"Tian Xia", você nem sabe em que lugar, não é? Para você, existe um grande país chamado Tian Xia.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Ele não me falou! Não falava muito, ele achava tudo igual... mas isso era ele! Ele é cheliaxiano!
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
Esqueça, meu caro... Alderos. Você devia lutar com uma espada como a minha.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Mas tu não diz que é de Vidrian? Devia usar armas dos vidrianos. Eu sei que Vidrian chamava-se Sargava e fica na costa oeste da expansão Mwangi, ex-colônia de Cheliax, independente com ajuda dos piratas livres...
Royce
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KkeqPah
"Com ajuda"... para você, nós não conseguimos fazer nada sem ajuda, não é? Esqueça, Alderos... não vou andar com um colonizador como você.
Alderos cerrou a testa e ficou muito irritado. Royce o fazia se sentir um vilão tirânico que ele jurou combater. Mas na hora, a raiva tomou seus argumentos, que ele ficou remoendo na rede durante a noite antes de dormir.

Nos outro dia, Alderos estava mais escaldado com suas abordagens. Viu um elfo conversando com uma humana e decidiu se aproximar, meneando a cabeça. Estava sem sua jaqueta e sem sua katana, guardadas no baú individual no dormitório do Estrela Vespertina.
Valyrastra:
Helene Stardust:
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Hey... sou Alderos, tudo certinho? Então, vocês estão dispostos a formar um grupo? Ajuda na hora de negociar contratos, sabe como é.
Valyrastra
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância L2d8Ngd
Hunf... Conceda-me a indulgência de exteriorizar minha perplexidade, nobre Alderos, visto que me encontro imerse numa incerteza quanto aos proveitos que poderiam derivar da minha eventual associação convosco.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
?
Helene
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância HmQ3BfD
Oi, eu sou Helene... o que meu amigue Valyrastra quis dizer é que não sabe qual ganho a receber se nos associarmos... hehe
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Ah... bom, juntos, nós podemos negociar um contrato... bom, eu já disse isso. Mas as vantagens são boas, podemos encarecer nosso pedido devido às nossas habilidades somadas. Sozinhos, oferecemos só o que sabemos. Juntos, oferecemos muitas coisas, muitas habilidades. Eu, por exemplo, sei lutar.
Helene
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância HmQ3BfD
Dá pra ver. Digo, é, que bom? Eu sou boa no arco.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
É mesmo? Maneiro, eu tenho uma mira péssima, prefiro armas... tenho uma katana e tal.
Os dois trocaram olhares mais libidinosos e ê elfe revirou os olhos.
Valyrastra
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância L2d8Ngd
Ergo-me como ume mague empenhado na busca incansável pelo apogeu da magia arcana, de tal forma que ainda não logro vislumbrar como a incorporação de vigor físico tosco seria imperativa para auferir proventos monetários em minhe trajetória.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Hora, você precisaria de alguém para proteger sua retaguarda. Impedir que o aço do inimigo atinja seu corpo...
Valyrastra
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância L2d8Ngd
Impossível. É com elevada confiança e indisputável certeza que afirmo que minhe prodigiosa maestria mágica transcende todas as demandas inerentes a uma missão exploratória ou bélica, sobretudo no que tange ao domínio intelectual.
Helene
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância HmQ3BfD
Ah, Valyrastra, deixa disso... bom, acho que isso é um não, Alderos, desculpa. Eu ando com elu e então devo recusar. Mas hey, você ouviu a Hamako ontem a noite? Entende a língua dela?
Assim, aos poucos, Helene e Alderos continuaram a conversar, enquanto Valyrastra seguia sua leitura em um grimório pesado.

Nos dias seguintes, Alderos não se preocupou em procurar novos aliados. Helene ocupou seu tempo, seja trocando experiências em conversas agradáveis, seja dividindo a rede no dormitório. Era um romance efêmero, de navio, pois quando chegaram a Oppara, a capital de Taldor, ambos desceram da Estrela Vespertina para não voltarem mais. Alderos havia perdido algumas canções de Hamako, mas ela seguia a rotina de cantar todas as noites, atraindo a todos. Novos aventureiros embarcaram no navio em Oppara e Alderos pensou que seria uma boa oportunidade. Viu um anão recém chegado usando uma armadura com o símbolo religioso de Torag cravado no peito e pensou que seria útil ter um clérigo para curar as feridas de batalhas vindouras.
Durgrim Coração de Tempestade:
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Boa tarde, senhor, tudo bom? Sou Alderos, de Absalom... escuta, tá afim de formar um grupo? Ter aliados é bom pra negociar preços com contratantes, né. Aposto que um clérigo como o senhor poderia dar um ar de legitimidade e boa causa ao grupo.
Ele tentou ser mais formal, já que estava falando com um anão e sacerdote do deus dos anões.
Durgrim
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 66GfwHM
Bah, guri. Uma bigorna não é nada sem o fogo. Sou Durgrim Coração de Tempestade, humilde servo de Torag, pode parar de me chamar de senhor. Infelizmente, não tenho interesse, meu guri. Tens algo em mente, outros aventureiros?
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Pô, não tenho. Tá difícil, parece que todo mundo prefere seguir caminhos separados, ou eu tive azar mesmo. Tu não tem interesse por que mesmo?
Durgrim
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 66GfwHM
Eu já tenho coisas a resolver em Elsekulp, lamento.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Eu tô sem nada. Se puder, posso ir com você.
Sorriu, amarelo.
Durgrim
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 66GfwHM
Não dá. Primeiro que acabei de conhecer a ti, humano Alderos, segundo que é algo de ordem pessoal. Não te preocupes, irás encontrar um bom grupo. Passar bem.
E descontinuou a conversa, se afastando rápido.

Naquela tarde, Alderos ficou desanimado, pensando em descer em Elsekulp mesmo, mas durante a noite, Hamako cantou mais uma bela canção que o deixou com saudades de Helene. Ao tentar substituí-la pela mulher-raposa, Alderos conseguiu encontrá-la sozinha no convés.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Muitos admiradores, não é? Sou Alderos.
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Eu sei quem é você, Alderos Castius Maderic.
Ele parecia surpreso.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Será que sou eu mesmo? Meu pai e meu avô se chamavam assim também...
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Eu só me interesso pelos vivos...
Alderos fez uma careta. Ela tentava ser enigmática, como nas canções e suas explicações de antes.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Eu bem que achei que tua música falava diretamente comigo. Tá afim de montar um grupo? Eu tentei já várias vezes e o povo parece desinteressado...
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Minha música fala sobre o destino de pessoas notáveis... sobre as mazelas do mundo e dos presságios de sangue. Você é um herói, Alderos Maderic?
Alderos sentia-se inseguro após tantas recusas. Não sabia se conseguiria montar um grupo de aventureiros, ou se devia mesmo ser um aventureiro. A Rainha Eterna não o incomodava mais, podia ser um sinal de que se ele quisesse, poderia levar uma vida tranquila e pacífica. Sem alardes, sem aventura. Mas a pergunta de Hamako aqueceu o seu peito. E ele respondeu como um dragão de ouro soprando fogo.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Eu sou.
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Então, apenas siga no navio. Até. Sua. Última. Parada.
Ela dizia pausadamente, alisando o dedo no rosto do monge. E então, se afastou rápida e, antes que Alderos pudesse fazer algo, ela se perdia no meio dos passageiros.



Karakuru era o porto final do trajeto do Estrela Vespertina. Alderos viu Hamako passando durante o dia e com um dedo, o chamou. Alderos não duvidava que talvez estivesse sob efeito de encantamento, pois a seguiu sem pestanejar. A proa do navio era um lugar pouco visitado por ele. Quando chegou, viu um sujeito meio-elfo ali. Alderos não gostou de vê-lo, pois esmagou sua ilusão de ter um momento a sós com a mulher-raposa.

Mesmo assim, Alderos sorriu em cumprimento ao meio-elfo.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TCdWudm
Hey, certinho? Sou Alderos.
E estendeu a mão pra um cumprimento.



Finalmente o porto de Karakuru estava sob seus pés. Alderos ganhou suas ruas e perambulou até a tal Casa de Banhos de Eliomar Costerius. A cidade não era nada demais em si, mas as pessoas sim. O contraste entre nobres e plebeus era visível, mas eles não provocava divisão de espaços. Havia um livre circulação de pessoas entre as inúmeras casas de banho espalhadas por toda cidade. As cem fontes faziam com que nobres e plebeus misturassem.

Alderos esticou-se preguiçosamente, andando com sua jaqueta pendurada no ombro. Tinha fome e parou em uma taverna.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Dia... me vê um desjejum aí, meu bom.
Após isso, sentou-se em uma mesa, enquanto observava as pessoas. Era manhã, algumas pessoas já frequentavam a taverna. Alderos pôde notar como gente de Taldor era bem vestida, mesmo os plebeus, com roupas mais extravagantes. Eles dialogavam dividindo mesas, jogando dados e carteado.

Uma jovem atendente deixou, alguns minutos depois, uma travessa com um mingau e cerveja aguada sobre sua mesa. Alderos, depois de agradecer, brindou com um grupo do que pareciam ser de tecelões. Eles falavam alto e discutiam sobre seus trabalhos no tear. Alderos se aproximou depois de comer seu mingau, levando sua cerveja para fazer perguntas sobre Karakuru.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Então, "prefeito" é tribuno. E o tribuno de Karakuru é Lyndon Fontenero... certo, certo.
Alderos se interessava pela história do lugar, e como ele se organizava. O jovem monge acabou descobrindo que Taldor era dividido em territórios conhecidos como Prefeituras. Karakuru estava na prefeitura de Porthmos, administrada pelo Grão-Duque Thestro Briarsmith, um homem severo conhecido por ser sádico e implacável. Alguém que Alderos já desprezava só pelos comentário velados.

A prefeitura de Porthmos, por ser isolada, permitia que os nobres atuassem sem muito controle ou peso das influências palacianas das regiões costeiras. Além disso, devido à abundância das fontes, não fazia sentido restringir seu acesso. Portanto, nobres e plebeus dividiam as mesmas casas de banhos e se relacionavam sem muita diferenciação.

Satisfeito e de barriga forrada, era a hora de ir à Casa de Banhos de Eliomar Costerius.



Alderos adentrou a estrutura da Casa de Banho, onde o constante barulho da fonte permeava todo o ambiente. As águas faziam as luzes bruxulear pelas paredes. Seguindo a uma saleta seleta, Alderos viu-se diante de outros sujeitos. Além do meio-elfo conhecido no Estrela Vespertina, havia outros dois homens.

Quem mais chamava atenção, entretanto, era Hamako, desnuda, imersa na água. Alderos suspirou olhando para os outros.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
É, caras... ela me trouxe aqui também. Sinto que este não é um encontro amoroso. Espero que não, pelo menos.
Dizia, enquanto mirava as águas e suas roupas. Segurava sua jaqueta no ombro e não sabia ao certo se era para entrar com ela, atendendo àquele chamado de olhos astutos.

_________________

O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 5, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 4, Nobre Zakharoviano)
Fim dos Tempos (T20): Sargak Thra'krobe (Hobgoblin, Místico 1, Minerador)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 2, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por John Lessard Qui Jan 18, 2024 2:54 pm

Ash era um misto de entusiasmo e nervosismo. Estar no Estrela Vespertina era deixar tudo o que ele conhecia para trás. Era certamente algo que desejava, mas não sob aquelas circunstâncias. Fugir por dormir com a esposa de um membro do alto escalão do Consórcio Kortos? Era um problema, de verdade. O que melhor do que unir o útil ao agradável? Ash apenas lamentava ter que se despedir das meninas do Toque de Calístria. No entanto, as possibilidades que estavam diante dele eram tantas. Somente a bordo do navio, já ficava maravilhado, era verdade.

Quando Hamako surgiu, tocando suas canções, ele mesmo tentava aprender aquelas notas e aquele estranho idioma em que cantava. Se aproximar porém, era muito difícil. Ela era evasiva, sedutora e misteriosa. Bom, Ash não poderia dizer que não gostava. No entanto, outros viajantes se mostravam mais acessíveis.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância OkSwi8E
— Sim, nós chamavam de Matadores de Gigantes.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Uau, e que tipo de gigantes mataram?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância OkSwi8E
— De todos os tipos. Gigantes pequenos, gigantes médios e gigantes grandes.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ah, entendo... — não era exatamente o que esperava — e o que pretende fazer agora?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância OkSwi8E
— Estou indo conhecer esse povoado que chamam de Absalom!


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Oh, eu vim de lá. Mas... você está indo no sentido contrário, sabe disso, né?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância OkSwi8E
— É O QUE?!

***
Conforme se aproximavam de Karakuru, Ash acabou por conhecer outro aventureiro, depois de ser convidado por Hamako. Quando lhe estendeu a mão, o bardo sorriu.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ashley, mas pode me chamar apenas de Ash. Eu até prefiro, na verdade.

Tornou a virar seu olhar na direção do destino que se aproximava. Talvez tivesse finalmente a oportunidade de aprender um pouco mais daquela diferente. No entanto, pisar em terra firme novamente, era um tanto estranho e precisou se acostumar com aquilo. Sentia um pouco de alívio, pois o tal de "Alderos" era figura familiar, em comparação aos outros dois estranhos. Ainda assim, Ash dedilhou seu bandolim.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ora, caro, Alderos. O amor às vezes é superestimado. O que importa às vezes é o prazer pelo prazer.

O bardo repousou o instrumento de canto e começou a se despir na frente dos outros.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Não sei vocês, mas meu corpo pede por um banho... e o que mais houver de interessante nessas águas.




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Mensagem por Fenris Qui Jan 18, 2024 5:08 pm

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Gkcy9Gd
Pai, não deveria forçar o pobre coitado tanto. Não vê que ele já nem consegue mais se erguer?

Ah. Aquele dia. A dor de cabeça desde a manhã, o olhar frio e pálido do mestre da casa, arquiconde Gaspare. As ordens, o exercício. A sensação constante de alguém lhe chamando, de estar sendo observado. O toque e a voz de lady Petra, sua senhora - sua dona, não se esqueça Mazhev, você era uma posse, um mascote - quebravam a imersão. Ele havia recebido uma ordem de carregar cargas de bebida para lorde Gaspare, e havia derrubado a carga. Mas ele estava cansado, milady Gaspare - Petra Gaspare, trovejou sua cabeça; Não mestra, você é seu mestre agora - impedia o pai de puni-lo mais.

Chovia tanto naquele dia. Ele sempre se sentia bem na chuva. Mas não naquele dia. O vento uivava de forma ameaçadora, e parecia carregar seu nome. Mais de uma vez desde que havia acordado aquela manhã para pentear o cabelo de lad- PETRA - jurava ver uma estranha mulher o encarando nos cantos. De longe. Ela sorria de forma ameaçadora ao vê-lo, mas quando ele se virava para ver quem era... ela não estava ali. Estava ficando louco.

E então veio o primeiro tapa. "O escravo me encarou com raiva Petra. Ele tem que aprender modos. Devia tirar o olho esquisito dele. No exército nunca deixávamos inferiores nos olharem assim, ainda mais escravos!". Ela falou algo, ela o defendeu. Petra era boa com ele. Ela tinha compaixão. Ela até mesmo gostava dele?

Não. Ela ainda tinha escravos. Ela tinha ele.

Mas ele não ouvia a defesa. Não ouvia a proteção ou a discussão. Apenas a voz familiar, que ele se lembrava sem saber como de seu berço.

"Chegou a hora, meu filho"

O cheiro de ozônio preencheu o ar. Eletricidade estalou, estática arrepiando cabelos. Ele viu o clarão, o mundo se tornou branco, e quando ele recuperou consciência, paraconde Gaspare era apenas um corpo queimado ainda com espasmos elétricos, olhos explodidos. Haviam guardas. Família. Ele precisava fugir.

"Foi um acidente. FOI UM ACIDENTE."

Ele só podia dizer isso da primeira morte do dia. O resto ele teria de carregar consigo.

Mas lady Petra não merecia o que ele havia feito, merecia? Ela o encarava de cima. Seu rosto se aproximava mais e mais, até estar colado com o seu, o horror de seu massacre estampado.

__________________

Mazhev acordou. Mais um pesadelo com aquele dia. Os eventos nem sempre batiam inteiramente com suas memórias do massacre dos Gaspare, mas nem mesmo essas eram consistentes. Recentemente, havia se separado de Hamako, a kitsune; A relação dos dois era confusa, mas era provavelmente a melhor que tivera na vida sem contar com Lady Pe...

Suspirou. Era uma amiga, talvez? Certamente conhecia muito dele, mas a recíproca não era verdadeira. Ainda assim, a música era agradável, e a companhia o deixava calmo. Dias inconstantes na estrada, com aproximações súbitas vindas dela; Mas quando ele tentava se aproximar, ela se afastava, quase em uma mímica de sua própria reação. E os dois viveram aquela dança até se separarem em Kortos.

As confusões continuaram naquela ilha, quando dois capangas de um tal Senhor Locosta vieram incomodá-lo buscando um tal Ashley que havia transado com a mulher do chefe. Uma confusão de nomes, o rapaz havia fugido de barco, ele havia chegado. O problema escalou para uma briga, uma que ele teve cuidado em evitar fatalidades. Rapidamente procurou mais uma fuga, mais um barco.

Pensava no contrato de sua compra, ainda nas mãos de Petra. Será que ela o odiava? O perdoava? "Foi um acidente!"

Porque tentava se justificar? Sentiu-se vazio. Um vazio que raiva preencheu. O nome Ardan Darvel preencheu a felicidade confusa de liberdade. Ele precisava encontrar o homem. Sentia ódio, confusão. Precisava fechar aquilo.

_______________

Encarava Hamako nua na casa de banho, expressão confusa nos olhos díspares. Ali estava ele... e haviam outros. Um meio elfo que se apresentou como Ashley ("Espere um momento, esse não era...?"), um ruivo e um outro que fazia um comentário sobre não ser um encontro amoroso. Era isso o que ele esperava? Como o meio-elfo havia o chamado mesmo? Alderos...

Suspirou, cruzando os braços, sem se expor ainda.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Isso é algum tipo de piada, Hamako?

Se virou aos outros, encarando-os com olhos díspares com cuidado enquanto o tal Ashley se despia. Fechou os olhos, respirou fundo e deixou a voz se manifestar novamente.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Podem me chamar de Mazhev.
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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por DiceScarlata Sex Jan 19, 2024 1:59 am

SHIRA RYU

Syau-Ri
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1LbmnU0
-Você vai mesmo? (Hontou ni iku no?)

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Sim. (Hai).

Syau-Ri
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1LbmnU0
- Não vá. (Ikanaide)

*Dai-Su estacou. Sua trouxa de viagem, que mais parecia com um saco de pancada preso por um cordão, pesava em suas costas. Sentiu o ímpeto de olhar por cima do ombro e... Desistiu. Sabia que se visse aqueles olhos, desistiria. Sabia que se admirasse aquele corpo, fraquejaria. Sabia que se fitasse seus lábios, a beijaria.

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Eu não posso perdoar aquele homem. Por vocês e por mim. (Ano hito o yurusenai. Anata no tame ni. Soshite watashi ni tottemo.)

Syau-Ri
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1LbmnU0
- Golarion é perigoso. Você pode morrer, sabia?  (Gorarion wa kikenda. Shindemoī yo, wakaru ka?)

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Então terei pago minha divida. (Sō sureba watashi wa shakkin o hensai shita koto ni narimasu.)


Syau-Ri
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1LbmnU0
- Idiota. (Baka)

*Os braços da garota o envolveram como um sopro de verão no fim do invenro. Ele sabia: Se ela quisesse, ele não passaria da porta. A diferença de técnicas era grande demais. Ele tocou suas mãos com uma caricia e beijou as costas dos dedos. Então deu o primeiro passo. E os demais que se seguiram. Logo, havia sumido na escuridão da noite*

Syau-Ri
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1LbmnU0
- Desde o começo... Não havia divida alguma. (Saisho kara… shakkin wa issai arimasen.
)

____________________________________________

*A jornada de Dai-Su começou com um pesar. A saudade de tempos pacíficos constantemente o puxava de volta. Poderia ter vivido no dojo, treinando todos os dias, competindo para defender sua placa, se casando, tendo filhos, herdando a técnica e passando a frente. Uma vida calma e feliz*

*Mas ele viu o sofrimento nos olhos de cada membro da familia Shira. Principalmente sua amada, Syau-Ri. Não poderia perdoar. Não queria. Se armou com uma "Tsume", vestiu um quimono vermelho, que ao contrário do branco, que representava excelência da arte, demonstrava desejo por sangue e guerra e partiu. Por toda Minkai e TianXia, coletou informações sobre o paradeiro de um único homem: Kuro.*

*Mentiroso, traídor, psicopata. Um membro da família que traiu seu sangue e roubou o que lhes era precioso, além de prejudicar toda a vida da familia, devastando suas posses e riquezas. Ele tinha de pagar. Dai-Su demorou a encontrar quem realmente pudesse lhe colocar no caminho que desejava*

*Até conhecer Hamako*

*A Kitsune o colocou em diversas enrascadas... Mas a cada peripécia, ele encontrava uma peça do quebra cabeça. Até finalmente descobrir que o covarde Kuro, havia fugido de Tian Xia, como Syau-Ri suspeitava e ele secretamente não queria acreditar. Afinal, se não saísse do reino, seria sempre mais facil voltar. Mas não. Não poderia titubear. Reuniu sua determinação e partiu*

*Chegando primeiro a coroa do mundo. A tribo Scar-la-ta.*

____________________________________________


Bóris
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Dc5TPZ5
- Está apto a prosseguir, Eximio Dai-Su ?  

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Hai! Boris-san! Devo dizer que estou impressionado. Jamais imaginaria que os lutadores Scar-la-ta possuiriam uma arte marcial tão similar a do meu dojo.. Mas com uma abordagem tão diferente.

Bóris
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Dc5TPZ5
- Huhuhuhuhu!! Deveras! Fiquei extasiado com sua arte, meu caro. Desde que comecei minha peregrinação do guerreiro, não encontrei em lugar nenhum tão surpreendente arte quanto a tua... Shira Jujutsu Ryu. Comparado a nossa "Arte vermelha", parece mais refinado e menos dependente da força fisica... Há muito que posso aprender. 

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Pois vá para Tianxia!! Siga para Minkai e procure nosso dojo! Tenho certeza que combinar nossas técnicas com as suas o fará se tornar ainda mais incrível!.

Bóris
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Dc5TPZ5
- Obrigado eximio Dai-Su. E vá também para nossa tribo. Beba, treine, lute e transe!! Ficará tão forte quanto todos nós! UHUHUHUHUHUHUH!!!  

*Dai-Su não pôde deixar de gargalhar junto do meio orc. Porém, logo a risada foi cessando, conforme ambos se posicionavam aos poucos, assumindo suas posturas de luta*

Bóris
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Dc5TPZ5
-Bem... Pelejemos.  

*Então os dois avançaram. Bóris, uma avalanche de dois metros de força bruta, Dai-Su uma onda fluída impossível de ser parada. As mãos se açoitaram dezenas de vezes em segundos, um buscando apanhar o outro, buscar uma pegada firme ou imobilizar um membro ou articulação. *

*Bóris com sua força e treinamento físico, obteve a vantagem nas iniciativas, sempre liderando o ataque, mas sem conseguir completá-lo. A primeira parte do combate foi um equilíbrio tênue entre os dois lutadores, que não conseguiam obter a dominação sobre o outro. Mas esse empace logo seria rompido, quando Bóris cometeu um erro em uma investida e Dai-Su, ao se defender com maestria, causou seu deslize e uma queda. *

*Mas mesmo no chão, Bóris não foi facilmente dominado e conseguiu se por sobre suas pernas antes que o ruivo o agarrasse. O duelo retornou ao inicio. Ambos se encaravam ofegantes. Força vs técnica. Quem venceria? A resposta não tardaria a chegar*

*Avançaram um contra o outro e finalmente Bóris conseguiu prender um braço e a nuca de Dai-Su. Esse por sua vez agarrou a lapela das vestes de Bóris e sua manga*

*Novamente estavam empatados. Um prendera o outro. Sorriram, pois o embate acabaria quando um derrubasse o outro*


Bóris
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Dc5TPZ5
- Excelente. Magnifico. 

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Heh. Você também...

*Então começou. Uma disputa de puxões, trocas de pernas, empurrões, tentativas de desequilíbrio e projeções. Bóris explodia a força de seus músculos, mas Dai-Su fluía com seus movimentos, sem resistir a eles, impedindo que se completassem da maneira que o meio-orc desejava. Então, em uma ultima tentativa, Bóris puxou o ruivo por cima de seu ombro em uma técnica destruidora de arremesso. Entretanto o herdeiro do Shira-Ryu antecipou o movimento e travou o quadril de Bóris com as mãos, impedindo a alavanca. Em seguida, agarrou sua perna num abraço, passou a própria pernas por trás de seus calcanhar e esticou o membro de Bóris, tornando impossível que ele se firmasse no solo e levando o gigante vermelho a bater suas costas na neve*

*A vitória, foi de Dai-Su*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- HAHAHAHA! WOW! OBRIGADO BÓRIS!! FOI POR POUCO!

Bóris
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Dc5TPZ5
-Uhuhuhuhu!! Tenho muito o que aprender ainda. Obrigado, eximio Dai-Su! Espero que nossos caminhos se cruzem no futuro. 

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Eu também, meu amigo. Que triunfemos e nos tornemos melhores em nossas peregrinações do guerreiro!!

*E assim, com uma mesura e um abraço, ambos os artistas marciais da arte do apresamento seguiram por caminhos diferentes. Bóris permaneceu um tempo em Tian antes de seguir para uma certa fortaleza, enquanto  Dai-Su seguiu para a Tribo  Scar´la-ta antes de reencontrar Hamako novamente que o levou a viajar por toda Golarion *

____________________________________________

Hamako
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
- Ah... Mas qual o problema? Pensei que sua relação com sua amada fosse "aberta". Não é um costume dos Shira?

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Não estou dizendo que é um problema... Mas você precisa dormir nua sempre? É perigoso.

Hamako
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
- Eu. Tenho. Você.  Vai me proteger, não vai?

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Hai, Hai, Hime-sama... (Sim, sim, princesa).

*Dai-Su a envolveu em um abraço. De fato, embora seu coração pertencesse a Syau-Ri, a relação deles não prendiam seus corpos em algemas de posse ou restrição de desejos. Um ou mais parceiros diferentes, de ambos os gêneros, eram bem vindos tanto para ela, quanto para ele.*

*Hamako se aninhara em seu braços, durante aquela noite fria no acampamento improvisado. Dai-Su era grato a perspicácia dela, seu bom humor e informações. Era também uma boa amiga e confidente. Jamais o julgava e perguntava coisas desconfortáveis. Ele devolvia o favor fazendo o mesmo. Beijou-lhe os lábios e murmurou, sentindo o sono pesar*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Ja faz mais de um ano.. Conheci muitas pessoas. Muitos lutadores, criminosos... Mas nem uma pista de Kuro. Não sinto que estou mais perto dele... E nem sinto que mudei ou me aprimorei. Estou estagnado... O que me falta?  

Hamako
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
- Paciência, Dai-san. Se simplórias fossem as tramas do destino, a jornada por seus filamentos seria tediosa e insalubre. As estrelas o guiam através de mim. Por hora, só o que peço é que... Confie. Eu já o decepcionei?

*O Ruivo pensou em uma resposta esperta, mas a mulher sabia prever o ardil do homem e silenciá-lo no momento oportuno com seus lábios. Se beijaram, tocaram e exploraram até não restar forças mais para se moverem*

*Dormiram até tarde. Ate o calor de Taldor os despertar. Seguiram viagem por alguns dias, até Hamako desaparecer novamente perto de Karakuro. Estava acostumado e respeitava sua liberdade. Sabia que se reencontrariam novamente*

*Na cidade, Dai-Su se interessou em conhecer o estilo Rondelero e buscou uma de suas escolas, onde passou algumas horas a observar. Era interessante. O escudo era usado para divergir a atenção enquanto a falcata era utilizada para ataques precisos e letais. Tudo isso misturado em uma dança fluída. O ruivo não pôde deixar de sorrir, pois lembrava a vertente de seu estilo, o Kobujutsu ryu. *

*Logo após, exaurido pela jornada e pelo calor local, se dirigiu a casa de banhos. Claro que Hamako estava lá. Nua de novo. Dai-Su deu de ombros, sorrindo e acompanhou Ashley em se despir*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Nisso concordamos. Nascemos com a habilidade de sentir prazer. Por que não explorá-la? As vezes ele vem no sabor de uma bebida, no calor de uma batalha ou no toque de uma companhia...  

*Se aproximou da Kitsune e lhe ofereceu um toque de lábios, antes de se acomodar nas águas*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Respeitando o próximo, tudo é válido. Oh, desculpe eu me intrometer na conversa. Dai-Su é meu nome e... CARACA... QUE ÁGUA GOSTOSA!! PORRAAA EU PRECISAVA DISSO... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH...

*E afundou no relaxamento*

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Maelstrom Sex Jan 19, 2024 4:30 pm


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KaCt4VU

Capítulo 1

Karakuru, Desnus 21 de 4719

Manhã


Karakuru, a Cidade das Cem Fontes, destacava-se na região de Porthmos. Situada sobre uma nascente natural poderosa, Karakuru logo mostrou sua fama a Ash e Dai-Su com suas fontes termais, onde os visitantes podiam mergulhar nas águas minerais para aliviar dores e desconfortos. Como Alderos notou, a cidade atraía nobres de toda Taldor, que buscavam tratamentos terapêuticos. Os banhos de Karakuru eram conhecidos por serem lugares onde ricos e pobres interagiam, superando as barreiras sociais.

Além disso, Karakuru era o berço do estilo de luta rondelero, uma mistura única de danças camponesas e técnicas de armas nobres. A Escola Rondelero, como Dai-Su aprendeu, era uma pequena academia local, onde ensinava a arte de combate especializada, aceitando tanto os habitantes locais quanto os filhos de nobres e oficiais militares. A cidade era um ponto de encontro cultural e de treinamento para aqueles interessados nesse distinto estilo de luta.

Os quatro aventureiros, Alderos, Ash, Dai-Su e Mazhev, se reuniram na Casa de Banho de Eliomar Costerius, atendendo o chamado da misteriosa Hamako. Ao chegarem, depararam-se com a kitsune imersa nas águas, emanando um convite irresistível com um belo par de sorrisos.

Ash e Dai-Su, prontamente, decidiram despir-se e juntar-se à água. Hamako recebeu Dai-Su com um breve beijo carinhoso, instaurando uma sensação de calorosa familiaridade.

Voltando-se para Alderos e Mazhev, a kitsune piscou o olho, convidativa. Silenciosamente, ela nadou, envolta em uma aura de mistério, até mesmo evitando o olhar de Dai-Su, o qual ele aparentemente conhecia melhor que os demais.

Hamako quebrou o silêncio depois de circundar os aventureiros imersos nas frescas águas de cor ocre, que davam um alento ao calor que fazia do lado de fora da Casa de Banho.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Vejo nos seus olhos a vingança, a intriga, o desejo e a ambição. Posso dissipar esse mistério ou posso continuar a brincar.
Disse ela, rindo antes de desaparecer nas águas frescas da casa de banhos. Alguns homens apareceram na saleta privada onde os aventureiros estavam. Eram homens altos, um deles com apenas uma toalha cobrindo a cintura e o outro com um colete e bermudas com manufatura artesanal bordada.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IGt9NgS
...

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
...
Seriam visitantes distraídos? Antes que os aventureiros pudessem interpelá-los, os dois saíram por onde entraram e Hamako chamou atenção de todos emergindo completamente nua diante de todos. Séria e com os cabelos cobrindo os seios, ela prosseguiu:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Um aviso veio das estrelas, uma súplica de entidades desconhecidas, um anúncio vermelho. Os presságios de sangue, é como chamamos na Ordem dos Guardiões do Cosmos. Eu e meus pares sonhamos com vocês, e eu fui escolhida para encontrá-los e guiá-los... por hora.
Sentando-se na beirada das águas, na pedra branca de mármore úmido, Hamako apresentava agora menos tensão, cruzando as pernas diante do grupo.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Vocês têm um destino, uma jornada pela frente. Algo que os conduzirá ao heroísmo, mas também ao sangue. À possíveis glórias e sofrimento, dependendo de suas ações. Suas vidas se entrelaçarão com tudo o que está por vir... e não, vocês não têm escolha. A tragédia aguarda aqueles que fogem de seu augúrio...
Ela sorriu maliciosamente e, em seguida, bateu duas palmas despertando o devaneio dos outros.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Hora de acordar, meus amigos, meus estimados companheiros de jornada. Vejo nos olhos de vocês a confusão... posso tentar explicar algo que não entenderam, mas aviso de antemão: os sonhos dos oráculos são misteriosos, carecem de certezas e abundam interpretações.
Subitamente, todos sentiam-se leves, como se livres de alguma coisa invisível que colocava a mão em seus ombros os impulsionando. Teriam vindo até ali por obra do acaso? Por interferência direta da misteriosa kitsune e não por suas escolhas próprias?
Dicas de Interpretação:



A conversa com Hamako havia sido proveitosa, porém curta.

Os quatro aventureiros viam-se diante de uma promessa de um destino, onde a jornada era incerta. O que fariam?

À saída da acolhedora Casa de Banho de Eliomar Costerius, enquanto os aventureiros se preparavam para partir, um homem que os observara na sala privativa atravessou-lhes o caminho num corredor de mármore branco. Vestido em uma armadura completa, o brilho do aço era ligeiramente ofuscado pela umidade, revelando, no entanto, o brasão de armas em duas placas circulares sobre os ombros: um martelo e uma picareta envolvendo a cabeça de uma medusa. Com uma capa elegante e uma espada longa à cintura, o jovem agora se mostrava mais claramente aos aventureiros. Seus traços, à luz, denunciavam juventude, algo semelhante ao que Mazhev aparentaria, não fosse a dureza que a vida lhe impusera
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Saudações, aventureiros. Sou sir Eudonius Darahan, cavaleiro de Marcabranca e tenho uma proposta a fazer a vocês. Hã... Queiram me seguir para um local mais adequado...
O metálico ruído de sua armadura arrastava-se logo para fora da Casa de Banho, como se não esperasse que os aventureiros não fossem segui-lo.

Antes disso, porém, dois homens interrompem a passada de sir Eudonius. Vestiam coletes bordados com esmero, sobre uma camisa de linho e uma gravata. Cada um possuía um anel de ouro no dedo. Eles saíam de uma outra sala aberta onde uma estante cobria a parede com armários de madeira polida e outros se despiam ou recolocavam as roupas.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância CQpYRUK
Ei, Cedric, olha quem tá aqui. É o Darahan.
Cutucou o outro.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Sabia que tinha sentido o cheiro do fedor de bosta de cavalo, Oswald. O que faz na nossa Casa de Banho, moleque sem barba?
O sujeito pareceu perceber os aventureiros com certo atraso, como se fossem meros pernilongos orbitando o suado cavaleiro.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Trouxe... "esquisitos" para nossa Casa de Banho? Quem são vocês?
Sir Eudonis mantinha um silêncio indecifrável. Havia certa tensão na antessala para a saída da Casa de Banhos. Aparentemente, outras pessoas não se importavam muito com a cena, mas aventureiros desconhecidos poderiam ser uma carta selvagem e algo desagradável poderia escalonar...

Dicas de Interpretação:

Painel das notas escreveu:
+1 PH, pela dedicação aos posts e pela observação do prazo antes do dia de atualização.

Cada PJ pode realizar um teste de Recordar Conhecimento com Sociedade, Saber de Guerra, Saber de Taldor ou Saber de Heráldica para identificar o brasão. Para descobrir quem é Eudonius, Cedric e Oswald, apenas um teste de Recordar Conhecimento de Sociedade.
Cada PJ pode querer dialogar com os PdMs, então novos testes, como Diplomacia, Dissimulação, Intimidação, Furtividade, Atletismo, Acrobatismo (?) etc, podem ser solicitados dependendo da abordagem.

Próxima Atualização: 23/01 terça


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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Aldenor Sex Jan 19, 2024 10:48 pm

Alderos ansiava por um banho terapêutico, uma indulgência que, em sua residência, nunca fora motivo de preocupação. Contudo, durante a jornada no Estrela Vespertina ao lado de intrépidos aventureiros, o jovem percebeu que esses companheiros de viagem não compartilhavam do mesmo zelo pela higiene que ele.

Apesar disso, a hesitação se instalava em Alderos quando confrontado com a perspectiva de despir-se diante de desconhecidos. Estranhos, para ser mais preciso. Entre eles, um indivíduo de cabelos brancos, cujo rosto jovial permanecia parcialmente encoberto, exalando mistério com os olhos de cores díspares. Um ruivo de pele avermelhada, com mãos robustas, unhas escuras e presas discretas a ornamentar a boca. O meio-elfo, embora familiar a Alderos, não passava despercebido; afinal, este "Ash" tinha algo de notável.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TOescbm
E ai. Tudo bom? Alderos. - para Mazhev.

Beleza? - para Dai-Su.
Falava com todos, sucinto, prático. Balançou a cabeça, dando de ombros para Ash, que conhecia há mais tempo (menos de um dia).

Todos, de acordo com Hamako, eram especiais. Alderos observou a leveza em seus gestos, permeada por uma aura lúdica e brincalhona, zombeteira até.
Hamako
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Vejo nos seus olhos a vingança, a intriga, o desejo e a ambição. Posso dissipar esse mistério ou posso continuar a brincar.
Aldedos tirou a jaqueta diante daquele enigma. Estava mais quente ali, embora a água parecesse refrescante como Dai-Su havia mencionado.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Tô começando a cansar dessas charadas, Hamako... não acho que é de bom tom fazer...
O calor roubava a paciência, mas ele se interrompeu quando dois homens apareceram. Alderos balançou a cabeça, aliviado por não ter levado adiante suas palavras sem paciência, algo que poderia se arrepender depois.

Alderos não ligou para os desconhecidos, pois foram embora rápido e Hamako puxou toda a atração para si ao se erguer das águas com a nudez à vista. O jovem arregalou os olhos e bufou, balançando a cabeça vagarosamente. Admirava, de fato. As palavras da kitsune, entretanto, não eram nada sedutoras.

Eram agourentas.

Presságios de Sangue. Alderos franziu a testa, quase esquecendo que a mulher estava pelada diante deles. Ela mencionava glórias e sofrimento, destino. Heroísmo. Mas Alderos não deixou escapar a ameaça velada: não seguir o destino poderia trazer tragédia. Espremeu os olhos.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Tô confuso mesmo, mas a culpa é tua... custa falar com todas as letras? Bom, a gente tem que fazer o que, exatamente? Antes... antes disso, me diga, que tipo de tragédia nos acarretará se decidirmos seguir caminhos separados?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Oh, doce Alderos Autgabin. Falar com todas as letras, como demanda, é como tentar segurar a água entre os dedos. Se decidirem trilhar caminhos distintos, as estrelas sussurram sobre uma triste melodia, uma sinfonia de desencontros que ressoará nos corações. A tragédia se insinua quando as almas destinadas a se encontrar se dispersam, deixando um eco vazio na tessitura cósmica. Eu não aconselharia, jovem Alderos.
Ele ficou boquiaberto. Se já não entendia nada, agora entendia menos ainda.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Tá bom... eu quero saber... deixa eu ver... eu quero saber como nossas vidas se entrelaçam. Tipo, tu REALMENTE sabe quem eu sou, porque se não, jamais me chamaria de Autgabin. Então, deve saber da vida de geral aqui. De Ash, de Dai-Su, de Mazhev... mas não sabe como os tais "fios do destino" se unem, certo?
Hamako tinha um olhar penetrante e um sorriso malicioso.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Ah, Alderos, sua inquietação é como uma melodia aos meus ouvidos. Permita que o tempo revele, como uma folha ao vento, os capítulos que ainda não foram escritos.
Ele balançou a cabeça, percebendo que era inútil tentar descobrir mais. Coçando o queixo de barba rala, Alderos suspirou e pareceu finalmente dissipar a falta de paciência. Sorriu.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Galera, eu tava procurando um grupo de aventureiros no navio que me trouxe aqui. Tive incríveis quatro recusas e agora, ironicamente, fiquei atrelado a vocês... acho que o destino conspirou mesmo, eu não tenho a reclamar. Vocês parecem... gente boa.
Alderos ajeitou a jaqueta sobre o ombro.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Bom, meu sonho é ser um grande aventureiro, sou um artista marcial do Ryu Kai, um tipo de estilo misturado de estilos tianeses, chelixes, sei lá... Imagino que Dai-Su também seja um artista marcial, né, mas acho que seu estilo é mais "puro" hehehehe. Espero que não se ofenda por eu utilizar uma katana, ou lutar parecendo pretencioso em usar técnicas de algum estilo tianês. Acredite, eu já tive problemas demais com o tradicionalismo lá em Absalom.
Além do diálogo bizarro com Royce no Estrela Vespertina, Alderos teve sua cota de rivalidade com estudantes marciais de outras escolas do Quarteirão Estrangeiro, com seus dojôs tradicionalistas e puristas.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Eu tenho minha busca, que é pelo poder da Rainha Eterna. Através do treino, das lutas, da melhora das minhas técnicas, eu me aproximo do poder dela. Ela é uma...
Spoiler:
Alderos parou de falar por um instante, olhando para um canto escuro. Depois, esfregou os dedos nos olhos, voltando a olhar Ash, Dai-Su e Mazhev.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
... uma dragoa de ouro. Uma semideusa, até onde eu sei, da antiga Azlante. Diz a lenda que tenho seu sangue, que ela é ancestral da minha família por parte de pai e que eu posso desenvolver seus poderes dracônicos... é isso o que ambiciono mesmo.
A animação de antes dava lugar a palavras soturnas. E ele deva por encerrado seu assunto.

***

Alderos mal reconheceu o rapaz. De alguma forma, a armadura reforçou a juventude no rosto do cavaleiro sir Eudonius Darahan e os encantos de Hamako pouco deram a Alderos a chance de reparar no rapaz. Ele falava com imponência, mas desmedida, típica de alguém pouco seguro de suas palavras.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Calma aí, camarada. Proposta de que? Tá certo que a gente tem cara de maluco, mas não é qualquer...
Dois homens apareceram provocando Eudonius, destratando-o completamente. O fato do jovem cavaleiro não responder, reforçava a ideia de que era um sujeito inseguro.

Ele não pensou duas vezes. Empatizando com o rapaz novato, Alderos canalizou a falta de paciência para os dois supostos aristocratas (devido suas roupas).
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
"Moleque sem barba"? Tsc... já vi de tudo. Eu sou Alderos, estes são meus associados e estamos negociando com sir Darahan. Há algum problema?
Alderos cresceu diante do sujeito chamado de Cedric, cruzando os braços enquanto o encarava.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Problema? Não. Ainda.
Ele franziu a testa, dando um passo para trás.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância QyEXA3s
Seria chato a gente fechar um acordo com sir Darahan e tiver que protegê-lo, não é? Enfim...
De braços cruzados, Alderos meneou a cabeça para Ash, Dai-Su e Mazhev, buscando compreensão.

Ação de Alderos
Intimidação 17 em Cedric. Sucesso.

_________________

O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 5, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 4, Nobre Zakharoviano)
Fim dos Tempos (T20): Sargak Thra'krobe (Hobgoblin, Místico 1, Minerador)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 2, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)

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Mensagem por John Lessard Seg Jan 22, 2024 4:08 pm

Ash fazia bolhas com a boca dentro d'água. Ele estava gostando da situação, a nudez de Hamako e a possibilidade de aprender mais sobre seu estilo. No entanto, todo aquele papo esfriava um pouco o clima. Profecias? Presságios de sangue? O bardo ergueu um pouco a cabeça da água, deixando as pontas dos cabelos encharcados grudarem em sua pele.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Dragões de ouro? Pelo o que fique sabendo, faz anos que ninguém vê um... bom, eu sou só um meio-elfo de Absalom, a ascendência de Alderos parece muito mais importante e destinada à grandeza.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância An4yUQx
Nós não somos apenas aquilo que vivemos... alguns de nós, Ash, temos no passado e no futuro grandezas sob o véu, prontas para serem descobertas.

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TOescbm
Nossa diferença é que eu já sei mais ou menos meu caminho. Mas nada impede de você ser grande como um dragão, Ash, meu camarada bardo humildão...

Deu um tapa amigável nas costas do meio-elfo.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Hm... fazer parte de um grupo, não seria má ideia, eu acho.

Ash ficou pensativo sobre aquilo, até o final do breve encontro com a barda. Porém, na saída, foram novamente interpelados.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Nossa fama é, de fato, desproporcional.

A proposta de emprego, certamente, sofria uma grave interrupção.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ora, certamente eu não sou esquisito. Muito pelo contrário, sou belo e sedutor. E você, sir Eudonius, permite que falem assim com um cavaleiro de uma tão renomada família?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Eu...
O silêncio o paralisa. Os outros dois trocam sorrisos.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância CQpYRUK
Perdeu a língua?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Ele sabe o lugar de bastardo dele. Já você, meio-elfo, não sabe.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Entendo do que trata, uma questão familiar, é claro. Mas por que que isso preocupa vocês? Não há nada de mais importante para um casal fazer? Aliás, quem disse que eu sou um bastardo? Hein, diga-me, por favor.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Não somos um casal, rapazinho. Somos Corcinas da Prefeitura de Opparos. E você, é um errante, um meio-elfo de família desregulada pela mestiçagem... é um bastardo mesmo que seus pais tivessem contraído o matrimônio.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância CQpYRUK
Não seja tão duro com ele, Cedric. Escute, meio-elfo... não temos nada contra você, só não fique perto. Assim como seu negociante bastardo. Este é o lugar que frequentamos e queremos paz, longe do comum. Espero que entenda.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ah, sim, sim, claro. Peço perdão pela confusão, eu só pensei, casa de banhos, vocês dois sozinhos. Enfim, não sabia também que eram os fiscais de ascendência da cidade, além de tão puritanos. Se eu dia decidirem esquecer isso, saiba que não nada melhor que uma bela elfa.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Apenas retirem-se, então...
Comentou balançando a mão.

Ash fez uma mesura exagera.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Oh, sim, sim, grandíssimo fiscal da prefeitura de Oppara.

E se pôs a seguir o jovem cavaleiro.
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Mensagem por DiceScarlata Ter Jan 23, 2024 11:50 am

SHIRA RYU

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Alderos não é? Nem esquente muito com isso. Ela sempre fala assim.. Poucas vezes a vi descontrair. E bem.. Quando se vem de Minkai, cercado de filósofos das artes antigas, vc se acostuma com esse tipo de fala.

*Dai afundou na água e e depois emergiu. Parecia calmo e descontraído, mas o fantasma da dúvida o sondava por dentro: Teria sido manipulado para fora da rota do seu objetivo? Aquela força que o trouxe ali, o teria afastado de encontrar Kuro? Como poderia confiar em Hamako agora ?*

*Desviou o olhar dela. De seu corpo. Das lembranças de mais de um ano de momentos bons e se focou no assunto trazido por Alderos e que tanto amava*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Ryu Kai... Esse nome não me é estranho... Um estilo de artes marciais mistas com golpes e esgrimas, criado em Absalom para crianças pobres se defenderem, não é? Mas não se preocupe. Meu estilo é chamado de Shira Jujutsu Ryu. Ou só Shira Ryu. É um estilo desenhado para autodefesa e criado inclusive para combater usuários de katana...

*Deu uma piscadela brincalhona*

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância TOescbm
É... mais ou menos isso aí. Na verdade, eu ajudei meu mestre Odmund a criar esse nome "Ryu Kai". Desde criança eu aprendo as técnicas dele... e bem, não são nada usuais. Mas enfim, fico contente que tu não se importa das minhas técnicas serem todas bastardas. Vamo percorrer esse caminho aí do guerreiro, então. Pela sua cara, tu tem algum poder oculto aí nos ancestrais também né.

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e  
-  Provavel...

*Olha para as mãos de oni que possui*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e  
-  Mas não me importo e não busco esse poder. Não sei quem é meu pai ou mãe.. Só me importo com quem me acolheu e com o que me ensinaram. Eu trilho o caminho da humanidade.

*Pensou um pouco e completou*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- ... Eu também... Estou em uma peregrinação do guerreiro... Uma jornada de auto aprimoramento para aperfeiçoar minha técnica...

*Mentiu. Alderos pareceu assentir em concordância, pensativo.*

_____________________________________

* O resto da estadia foi prazeroso. Relaxou o corpo e pôde observar bem aqueles que seriam possivelmente seus companheiros: Um mais calado, um belo meio-elfo e um companheiro artista marcial. Isso o agradava.  Gostaria de se testar contra ele alguma hora*

*Estavam prestes a sair, quando foram abordados por um jovem cavaleiro. Piscou duas vezes diante do andar... ou melhor, cavalgar veloz das coisas. Darahan... Um contratante. Aquilo poderia ser útil para conseguir algum dinheiro e contatos. Decidiu segui-lo agora e perguntar depois. Mas problemas pareciam sempre encontrá-lo*

*Dois valentões os abordaram. Já vira aquele comportamento intimidador antes. Lembrava MUITO os jovens yakuza de sua terra natal.*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  É engraçado Ash... Eu atravessei o MUNDO, mas tem certas coisas que são iguais em todo lugar: Sempre tem fedelhos mimados que acreditam que o nascer aleatório dentro dessa ou daquela família é uma questão de MÉRITO e não puro acaso. Essa falta de percepção de realidade é sempre hilária... E sempre me dá pena da limitação intelectual do individuo.

*Deu um passo a frente de Darahan e ficou ao lado de Alderos*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  E se essa casa é de fato de vocês... É assim que vocês tratam clientes? Nasceram em boa família e não tiveram o mínimo de boa criação e educação para compreender como se trata aqueles que alimentam e divulgam seu comércio? Isso que acontece quando moleques brincam de ser adultos...

*Shira Ryu era um estilo defensivo, feito para proteção e paz... Mas Dai-Su, diferente do resto da família, não abraçava os princípios da arte em seu comportamento. Pelo contrário, era bocudo e briguento e adorava provocar os alvos de sua irritação*

*Dai não fazia isso por Darahan e sim por estar tão acostumado a descer a mão em yakuzas valentões, que seus instintos falaram mais alto. Brigaria, se necessário*



[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Este estabelecimento é o que frequentamos, por isso vocês não devem estar no mesmo lugar. É para nobres e não para aventureiros.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância CQpYRUK
Clientes? Vocês jamais seriam clientes nossos...

Ele deu uma breve risada.

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Olha ai... Nobres... Plebeus, aventureiros... É triste alguém achar que por teve sorte de nascer em uma casa com dinheiro, é melhor do que outras pessoas e tem direito a exclusividade. Pois eu entrei nessa casa... Me banhei nas águas e digo:  Já vi muito melhores.

*Deu de ombros*  

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Bom, se não tem mais assuntos conosco... Saiam do caminho.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Ut4o73p
Sorte? É destino.

Ele ficou parando encarando Dai-Su. Porém, o outro deu um leve empurrão nele para abrir caminho para os aventureiros. Dai-Su deu uma risada de escárnio e seguiu protegendo o flanco de Darahan


Reação: Esquiva no primeiro ataque, sempre
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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Maelstrom Ter Jan 23, 2024 4:50 pm


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KaCt4VU

Capítulo 1

Karakuru, Desnus 21 de 4719

Almoço


Hamako convocara aqueles quatro aventureiros para uma jornada que prometia ser gloriosa ou trágica, discorrendo sobre augúrios, destinos e presságios de sangue. O propósito parecia fantasioso ou distante demais para Ash, que se via apenas como um simples bardo de Absalom. Para Alderos, as palavras de Hamako ressoavam com seu desejo de poder e grandeza. Já Dai-Su, sentiu-se em dúvida se fora manipulado pela encantadora kitsune e o quanto teria desviado de seu caminho em busca de Kuro. Mazhev tinha suas próprias complexidades em sua mente atormentada por traumas, mortes e pela presença de Petra Gaspare.

O encontro com Hamako fora breve, mas promissor. Diante disso, os quatro decidiram se conhecer melhor, explorando a possibilidade de continuarem a jornada juntos.

Foi nesse momento que o jovem cavaleiro, que os havia observado ao lado de outro homem durante a intrigante conversa com Hamako, apareceu montado em sua armadura completa. Ele buscava uma negociação, desejando contratá-los como aventureiros. No entanto, nem tudo seria fácil. Dois homens elegantemente vestidos, com a típica arrogância dos nobres de Taldor, abordaram o grupo.

Os dois aristocratas da Casa Corcina revelaram como, por vezes, Karakuru não se mostrava tão acolhedora e inclusiva entre pessoas de diferentes classes sociais. Contaminados pelo desdém de sir Eudonius Darahan, os aventureiros se retiraram da Casa de Banhos de Eliomar Costerius. O jovem cavaleiro não parecia inclinado a enfrentar os primos Cedric e Oswald.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Desculpem-me por isso. O que eles falaram sobre mim é verdade. Eu sou um bastardo...
As ruas de Karakuru estavam vazias, quando o sol estava em seu topo mais alto. O cavaleiro andava à frente do grupo, ignorando interações até que, com um gesto, apontou para a taverna Cem Fontes. Era um local modesto, feito de madeira e pedra, com o balcão de bebidas feito de mármore encimado por uma madeira escura. O taverneiro era um homem baixo, mal-encarado e duas serventes jovens correram para atendê-los.

Sir Eudonius tomou à frente e pagou uma rodada de cerveja a todos, bem como um almoço com um pernil, batatas e cenouras. Um verdadeiro banquete seria preparado. Enquanto o cheiro da cozinha emanava o preparo dos alimentos, a cerveja servida em canecas de barro já estavam sobre a mesa dos aventureiros.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Eu preciso da ajuda de vocês e... espero que me ajudem, eu posso pagar. A bastardia felizmente não importa para meu pai Vallerios. Somos de Marcabranca, mas meu pai está muito doente. Viemos para cá onde a água mineral de cor ocre das fontes dizem ter poderes curativos, mas parece que ela só alivia dores e desconfortos menores.
Ele bebeu um gole de sua cerveja, os olhos baixo, procurando o líquido na caneca.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Estou diante de uma situação desafiadora, pois meu pai está à beira da morte, e não poderei herdar suas terras em Marcabranca. Para piorar, meu tio Thallios, a quem meu pai não suporta, está destinado a herdar por direito, conforme a lei. Essa perspectiva deixaria meu pai profundamente descontente em seus últimos momentos. Com isso em mente, ele me revelou uma possível solução. Minha mãe, Arabelle, uma aventureira do passado que cruzou caminhos com meu pai em seus dias gloriosos como cavaleiro do Grande Príncipe. Eles se casaram secretamente em um templo de Cayden Cailean, mas o registro de casamento ficou com ela quando se separaram, quando eu ainda era um bebê. Após minhas investigações, descobri que ela residia em uma mansão na cidade de Artumbria, no interior da Prefeitura de Porthmos, a poucos dias de viagem de Karakura.

Peço a vocês, com remuneração garantida, que resgatem esse documento de casamento. Isso será crucial para provar, em Marcabranca, que sou filho de um casamento legítimo e, portanto, o legítimo herdeiro das terras de meu pai. Embora eu mesmo desejasse realizar essa jornada, é imperativo que eu permaneça ao lado de meu pai doente, auxiliando-o a aliviar suas dores aqui, nessas fontes.
Ao terminar de falar, o jovem cavaleiro terminou de beber toda sua cerveja em um único gole. Seus olhos em momento algum buscava os aventureiros.

O saboroso odor logo materializou-se em alimento, sendo servido pelas duas serventes. Não houve uma pergunta no ar. Tudo parecia muito incerto. Cabia aos aventureiros, se interessados, tomarem as rédeas da negociação.

Painel das Regras escreveu:
Impressionar (Diplomacia) seria um bom começo, mas outros testes podem ser feitos, como Pedir (Diplomacia), Mentir (Dissimulação), Coagir (Intimidação) e outros. Testes mais físicos ou de conhecimentos (Atletismo, Furtividade, Saber, Sociedade etc) podem servir como auxílio em algum argumento, fornecendo bônus variados.

Próxima Atualização: 26/01 sexta


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MAZHEV, KINETICIST 1, ON:

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por John Lessard Qui Jan 25, 2024 12:00 pm

Após a desagradável experiência com os tais "fiscais" na saída da casa de banho, Ash caminhou com certa leveza junto dos demais, ouvindo parte da história de sir Eudonius Darahan. O garoto parecia rígido demais, tenso em demasia. Ah, os pesos das responsabilidades. De qualquer forma, o bardo também tinha de admitir que, estava mais tranquilo que o rapaz tinha se oferecido para pagar pela bebida refeição. Depois de se acomodar olhou com interesse para as duas atendentes.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Olá, querida. Que horas você e sua amiga terminam seus turnos?

Ajeitou o cabelo e ouviu mais do que Darahan dizia. Ele mesmo bebericou sua cerveja.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Vá com calma, rapaz — disse logo depois do outro terminar com sua caneca de cerveja de uma só vez. — Bom, se me permite a pergunta, porque nós exatamente?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Porque... vocês são aventureiros, ou estou enganado?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Bem, sim, mas... não construí a devida fama que almejo ainda. Ah, ainda nenhum espetáculo, nenhuma canção, nada.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Eu preciso de aventureiros... eu... não sei mais a quem recorrer.
Ele parecia desolado.

Ash o analisou... Oh, nós simplesmente fomos os primeiros que ele encontrou...


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ah, entendi exatamente o que está acontecendo aqui. O sangue de seu pai realmente corre em suas veias, seus olhos são dotados do mais puro discernimento. Quando nos viu, soube muito bem que éramos a escolha mais que certa! Ahá, e digo mais, disse que seu se chama Vallerios, não é? Oh, um nome muito parecido com um herói icônico de Golarion, se não me falha a memória. Veja veja, rapaz, heróis não morrem acamados, mas sim entre as presas de um grande dragão!

O bardo fez uma pausa.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Mas agora voltando ao assunto... então é só ir até lá e pegar o certificado? Imagino que sua mãe nos dará de bom grado.

Ele pareceu impressionado e um pouco confuso com a história. Após a pausa do bardo, balançou a cabeça positivamente, mas depois, negativamente.

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Sim, mas não... ela... ela morreu pouco depois da separação, quando eu era um bebê. A notícia devastou meu querido pai a ponto da reclusão. Mas tendo a crer deste ser o destino de quem vende sua espada por missões arriscadas... oh, desculpe, não quis ser ofensivo.


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— Ah, não se preocupe, eu sequer tenho uma espada! — riu — Uma de minhas mães não incluiu em meus pertences antes que eu saísse de casa. De qualquer forma, a quem devemos encontrar então?


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Hã? Na sua mansão? Não sei... infelizmente não tive a oportunidade de visitar eu mesmo o local, devido a... bem, eu já expliquei. Vocês terão um guia até Artumbria, meu... amigo... Gormir. A-acho que vocês nos viram, quando entramos por engano na saleta de águas onde vocês estavam.
Ele desvia o olhar para sua caneca vazia. A comida está na mesa, mas ele não a tocou ainda.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ah, claro, amigo. É o que digo sempre, "é sempre bom ter bons amigos"! Haha, ó minha refeição! Mas vamos companheiros, falem também. Você Alderos, pergunte sobre o pagamento, sim?

Somente naquele ele se dispunga a pegar uma fatia do pernil para si, com algumas batatas e cenouras. Ash tinha um sorriso leve no rosto, além de lançar alguns olhares insinuativos para as atendentes.
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Mensagem por Aldenor Qui Jan 25, 2024 3:26 pm

Alderos estava doido para dar uns tabefes na cara daqueles dois aristocratas de Oppara. Mas, ao mesmo tempo, pensou que seria — além de uma perda de tempo com adversários indignos — perigoso. Afinal, eles deveriam ter uma horda de servos, espadas contratadas e, acima de tudo, a lei a seu favor.

Suspirou sentindo-se minimamente vingado pelas palavras de Dai-Su, que foi bem em humilhá-los. Pelo menos, Alderos sentiu que houve humilhação. Enquanto iam para a tal taverna do garoto cavaleiro, ele deu um cutucão com o cotovelo no braço poderoso do ruivo.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Mandou bem, bastante eloquente na arte da ironia. Eu já tava a ponto de dar uma canelada no joelho de um, pra ficar esperto.
Esperava que o possível contratante não ouvisse suas palavras, afinal, mesmo sendo muito jovem, o rapaz ainda era um taldano e, a despeito das humilhações sofridas, ele parecia levar a lei a sério. E taldanos, além de tudo, eram muito "nacionalistas".

***

Estavam na mesa Cem Fontes, onde duas atendentes anotaram os pedidos para servi-los. Alderos acomodou-se na cadeira. Estava em um local menos abafado pelas águas das fontes, então, vestiu sua jaqueta. Até porque, era sua marca e quando fosse visto em público, ele se preocupava em manter uma aparência mais heroica.

A bebida veio rápido, assim como um olhar seu para as atendentes.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
E aí, beleza? Somos novos na cidade, conhecemos só a Casa de Banhos de Eliomar Costerius e tal... tão afim de um passeio com meu amigo Ash e eu?
Falava enquanto os copos eram servidos e Ash entretinha-se com sir garoto Darahan.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Hum...


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MhKBTHJ
Não sei...
Elas trocaram olhares desconfiados. A jovem com um arranjo de flores no cabelo olhava para o chão, já que tinha um colete encarava Alderos meio desconfiada.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Perdoe-me a abordagem súbita. Sou Alderos, ele é Ash. Como se chamam?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MhKBTHJ
Beátrice. Esta é Abgail.
Abgail sorriu e acenou olhando para Ash também.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
E vocês são de Karakuru mesmo, não é? Tem cem fontes aqui mesmo? Parece difícil acreditar num número tão grande. Nem lá de Absalom, que é de onde viemos, tem um lugar com cem fontes. E estamos falando de Absalom!
Dizia olhando diretamente para Beátrice, enquanto bebericava a cerveja.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MhKBTHJ
Sei lá, deve ser. Todos se gabam disso por aqui.
Antes que a conversa se desenrolasse, um grito veio do lugar onde o cheiro se originava.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GqySvMe
Beátrice! Abgail! O serviço as espera!
E as duas se afastaram apressadas, limpando as mãos nas vestes, em direção à cozinha.

Alderos esticou a mão, mas desistiu de impedir qualquer uma que fosse de se afastar. Olhou para sir Eudonius que o encarava com estranheza. Ash havia chamado seu nome?

Alderos ia perguntar algo, mas sentiu um arrepio na espinha imediato. Ele sabia o que era.
Somente Alderos vê:
Alderos suspirou, esquisito e deu um tremelique com o corpo, sentado na cadeira. Atento ao seu próprio comportamento estranho, ele pigarreou para se recompor.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Beleza, camarada. Sir. Bom, somos quatro, o que pensa de dez peças de ouro para cada? Metade agora, metade no retorno do pergaminho de casamento. Pode achar caro e tal, mas nós somos bastante distintos por aqui... um bardo, dois lutadores e... bem, o Mazhev. Pela faixa escondendo meio rosto deve ser alguém melindrado, né? É. E aí, sir Darahan, quer provar sua legitimidade? Jogar na cara daqueles Corcina miseráveis que bastardo são eles?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Quarenta peças de ouro? Isso... parece muito. — Ele levou as mãos à cabeça, e então engoliu seco. — Quarenta. Está bem. Mas também quero saber o que a mansão de minha mãe pode revelar sobre seu paradeiro... já estarão por lá mesmo.
A comida estava servida. Alderos havia posto um pedaço de pernil no prato (ignorando as verduras) enquanto sir garoto se confundia, pesava a cabeça e, por fim, aceitava. Coitado, estava desesperado.
Somente Alderos vê:
Alderos fez um som de desdém, um breve "tsc" escapando de seus lábios. Não era por querer se valorizar que Alderos pediu muito. Mas porque sentia-se à vontade para extorquir um futuro lorde de terras. Dinheiro não faltaria para ele. Enquanto pensava que poderia pedir cavalos e carroças, ele viu de novo as duas serventes andando pra lá e pra cá no trabalho árduo e pensou em dar a elas uma moeda de ouro cada, dessa recompensa. O restante, claro, Alderos pensava em juntar para comprar as famosas runas mágicas.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Muito bem. Estamos todos satisfeitos? Um aperto de mãos para fechar?
Ele assentiu com a cabeça, demorando um pouco, olhando para sua própria comida. Então, ele parou de comer, levantou-se não sem antes de limpar os lábios com um pano que carregava no bolso da armadura. Com a mão esticada, esperou que Alderos se levantasse também.

Prontamente, Alderos se ergueu, sorridente. O sir garoto era realmente muito travado, dado às tradições mais estapafúrdias. Ele esticou sua mão e cumprimentou o cavaleiro.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Vinte agora, vinte na volta, sim? Beleza. Bora comer e daí podemos partir amanhã de manhã, heim?
Dizia pensando em Beátrice.

Ação de Alderos
Pedir (Diplomacia) para recompensa do trabalho: 21, sucesso

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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 5, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 4, Nobre Zakharoviano)
Fim dos Tempos (T20): Sargak Thra'krobe (Hobgoblin, Místico 1, Minerador)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 2, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)

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Mensagem por Maelstrom Sex Jan 26, 2024 1:20 pm


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Capítulo 1

Karakuru, Desnus 21 de 4719

Tarde


Durante o almoço na taverna Cem Fontes, Alderos e Ash negociavam com sir Eudonius Darahan, enquanto observavam as serventes com interesse. A proposta do jovem cavaleiro, ecoava em suas mentes como uma sinfonia de oportunidades. O herdeiro bastardo, acossado pelo estigma, ansiava legitimidade para suceder seu doente pai, lorde de Marcabranca.

Enquanto Ash e Alderos vislumbravam um passeio com as serventes para explorar Karakuru após o expediente, Eudonius aceitou, de maneira desesperada, o acordo com boa recompensa.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Pretendem partir amanhã, então? — Ele parecia ansioso. — Em todo caso, será oportuno, pois preciso recolher essa quantidade de moedas. Permitam-me surgir a Estalagem do Dragão Afoito ao final da rua, onde os preços são modestos, mas os beliches decentes e o cheiro de gordura da cozinha não invade os quartos.
Após o término da refeição, sir Eudonius se ergueu rápido, inclinando o corpo à frente em uma reverência cortês e desengonçada devido ao peso de sua armadura.

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Encontro vocês ao raiar do dia em Dragão Afoito? Estarei na Casa de Banhos de Elio... — ele pigarreia — ... de Galen Falcórnio. Meu... amigo Gormir... vai guiá-los até Artumbria e mostrar onde fica a mansão de minha mãe.
Sem maiores delongas, o rapaz se afastou deixando a taverna Cem Fontes para trás, com ruídos de sua armadura de metal.

Aos aventureiros, cabia decidir o que fazer neste tempo, começo de tarde em Karakuru, onde os vapores das águas minerais flutuavam pelo ar, envolvendo-os numa atmosfera úmida e refrescante nesse final de primavera, próximo do verão.



Karakuru erguia-se sobre uma poderosa nascente natural que irriga a superfície com água sob alta pressão. Além das fontes que salpicam a cidade, Karakuru destacava-se por seus banhos terapêuticos, onde visitantes mergulhavam nas águas minerais de tonalidade ocre para aliviar dores e desconfortos. Nobres de toda Taldor buscavam refúgio em Karakuru, "tomando as águas" como tratamento para diversas enfermidades, transformando a modesta cidade turística em uma das comunidades mais opulentas de Porthmos. Essa opulência mostrava-se aos olhos de Alderos, Ash, Dai-Su e Mazhev, refletida no serviço de transporte da cidade, com carruagens pequenas, para quatro clientes, enquanto um cocheiro puxava um único cavalo.

Enquanto os jovens alunos da Escola Rondelero frequentavam a movimentada Taverna Falcata Enferrujada, envolvendo-se em disputas e rivalidades, turistas de todo o reino se encantavam com a grandiosidade do Conservatório Musical de Karakuru, um edifício de mármore que ressoava com notas encantadoras.

Contudo, contrastando com essas atrações, a Biblioteca de Karakuru, uma torre de três andares com rachaduras evidentes, refletia o desinteresse da população em mantê-la, uma vez que não era atrativa para turistas. Apesar do aparente descaso, algumas pessoas em robes carregando livros circulavam nos arredores, seja entrando, seja saindo e pagando uma pequena carruagem.

A cidade também abrigava lojas diversas, incluindo uma botânica especializada em ervas medicinais, quatro ferreiros notáveis – um anão especialista em armaduras e três humanos especializados em espadas, equipamentos de viagem e ferramentas de trabalho no campo, respectivamente.

Em praças movimentadas, três templos destacam-se dedicados a Aroden, Cayden Cailean e Abadar, enquanto um capitão-cavaleiro discursava numa praça central ao lado de três soldados lanceiros da Phalanx.

Painel das Regras escreveu:
Vocês têm o dia livre para interações com PdMs. Podem me chamar no telegram para essas interações. Coloquei algumas sugestões que possam talvez atrair os PJs, caso queiram se envolver. Lembrando que é o começo da tarde no momento e interações podem durar bastante tempo.

Próxima Atualização: 30/01, terça


Grupo Azlante

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ASH, BARDO 1, CB:
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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Aldenor Dom Jan 28, 2024 10:19 pm

Quarenta peças de ouro!

Alderos sorria satisfeito. Ao mesmo tempo em que queria viajar logo com os bolsos cheios, pensou que seria interessante passar o dia em Karakuru, conhecer melhor a cidade e, de repente, sair com as atendentes. Afinal, nem só de rastejar masmorras vivia o aventureiro. Alderos estava nessa vida também para conhecer o mundo longe dos reluzentes muros de Absalom.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Então, é isso aí. Nos vemos amanhã no Dragão Afoito, sir.
Alderos piscou o olho para Ash. Então, chamou uma das atendentes disponíveis naquele momento.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MhKBTHJ
Pois não, senhor?
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Hey, não sou nenhum senhor. Chame apenas de Alderos. Escute, sei que tu tá ocupada e tal, mas... queria saber se está com vontade de dar um passeio com esse estrangeiro de Absalom que quer conhecer Karakuru sob os olhos de uma das mais belas moradoras...
Piscou o olho para ela com um largo sorriso.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MhKBTHJ
Obrigada — seu sorriso era protocolar — mas não vou poder ajudá-lo, Alderos.
Alderos percebeu que seu sorriso largo não era o suficiente. Suspirou inclinando o rosto para o lado. Deu de ombros e respeitosamente balançou a cabeça para dispensá-la com um sorriso duro.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Bom galera, vou dar uma passeada sozinho pela cidade... quem quiser, que venha comigo. Do contrário, nos vemos no Dragão Afoito para a sopa.
Então, andando com as mãos no bolso da jaqueta de couro, Alderos ganhou as ruas de Karakuru.

***

Alderos via a opulência da cidade, fomentada pelo enorme número de nobres em suas carruagens luxuosas, bandeiras e brasões dispostos em vários lugares. Certamente, vinham de todos os lugares. O artista marcial perambulava com as mãos dentro da jaqueta, numa postura tranquila, mas com o cabo de sua katana ostensivamente disposta, como se tivesse que provar algo.

Andando por uma praça movimentada, Alderos viu o capitão-cavaleiro da Phalanx Taldana e seus subordinados discursando. Como quem não queria nada, se aproximou fingindo desinteresse, mas prestando atenção.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância X6ZdEmM
... e a partir de hoje, estaremos somando forças com a guarda da cidade de Karakuru, sob ordens de sua excelência, o Grão-Duque Thestro Briarsmith.
Alderos coçou sua barba por fazer, rala e incipiente.
Somente Alderos vê:
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Ninguém sabe quem você é, garota...
Falou sozinho. Alguns transeuntes olharam estranho e Alderos sorriu acenando, sem graça.
Somente Alderos vê:
Alderos olhou para o vazio. Parecia mirar sua sombra.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Agora você é uma criança. Haja como tal!
Sussurrou ríspido, achando graça daquela brincadeira. Então, pigarreou e aproximou-se do capitão-cavaleiro.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Saudações, nobre capitão-cavaleiro, sir. Me chamo Alderos Castius Maderic, o "Autgabin", que significa "filho do filho", na língua dos dragões! Queria cumprimentá-lo pela missão que terá por adiante, em auxiliar as tropas de Karakuru! Sou um estrangeiro, como pôde ter reparado em meu sotaque absalomiano, então não entendo como as coisas funcionam. Veja, eu sou um aventureiro e busco... situações... para poder vender meus serviços. Se uma cidade como Karakuru está recebendo reforços militares, alguma coisa está no ar, não é? É possível, se não for incômodo, partilhar um pouco do que acontece por aí? Uma dica para um camarada que deseja ajudar a grande nação taldana.
Alderos sabia que taldanos respeitavam linhagens e nobres taldanos ainda mais. Então, mostrou um pouco do seu lastro.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância X6ZdEmM
Hum? Aventureiro? Entendo... não há nada "no ar", Alderos Filho do Filho. Apenas o desejo de sua excelência, o Grão-Duque, em deixar as cidades da prefeitura de Porthmos mais seguras.
Somente Alderos vê:
Alderos franziu a testa irritado, ignorando as vozes no ouvido.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Beleza então, camarada. Passar bem.
Acenou e deu meia volta, com uma veia saltando em frustração em sua testa.

A taverna Falcata Enferrujada era feita de madeira, tinha um ar acolhedor, com lareira crepitante, mesas robustas, taverneiro sorridente e variedade de bebidas simples em garrafas de vidro gasto. Frequentada por trabalhadores cansados, muitos descamisados, quase nenhuma mulher, e animados estudantes de falcata e broquel em suas cintas, onde risadas e conversas preenchiam o ar.

Alderos apresentou-se ao balcão, diante do sorridente taverneiro.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Tarde, meu bom. Me vê um hidromel, por favor.
Ofereceu duas peças de cobre e ergueu a caneca com sua bebida de mel fermentado, observando três praticantes do Rondelero em um jogo interessante: cortavam velas disputando quem tinha a espada mais afiada, capaz de manter a chama acesa.

Alderos se aproximou calmamente, tomando a caneca de hidromel em uma mão, a outra dentro da jaqueta de couro.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
E aí.
Os três olharam para Alderos com um estranhamento inicial.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 9qGNqrI
Você é...? — Disse o único que usava uma armadura de metal com um brasão entalhado no peitoral de aço.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Alderos. Achei interessante isso aí que fazem... quem é o melhor?
Alderos tinha um meio sorriso confiante.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância UvrYQYk
Giulia.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 9qGNqrI
Giulia.
Ambos os rapazes disseram ao mesmo tempo. O outro vestia um colete de couro sobre uma camisa de linho. Giulia era uma mulher de olhar distante, olhos oblíquos de ressaca e cabelo desgrenhado. Havia uma capa desgastada nas pontas sobre suas roupas simples.

Alderos impressionou-se pela beleza da mulher. Uma das poucas na taverna, diga-se de passagem. Ele sorriu, mas antes de dar o primeiro passo, sentiu o calafrio que antecedia as intervenções dela.
Somente Alderos vê:
Alderos suspirou e pigarreou.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Encantado, Giulia... se eu tiver um corte ainda mais limpo com minha katana, você paga meu próximo hidromel. Se o seu corte for o melhor, eu pago para você... o que quer que esteja bebendo.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância RTcDpWW
Hidromel? Isso é coisa de crianças e donas de casa, rapaz. Aceito, mas terá que pagar uma ânfora de vinho para todos nós. O melhor vinho do velho Hal. Não é barato, está disposto mesmo?
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Desafio aceito.
Alderos deixou sua caneca com o hidromel sobre uma mesa, ignorando o gracejo de Giulia. Então, deu um sorriso para ela e uma reverência para que ela começasse primeiro.

E ela teve um corte rápido, regular, consistente. Mas nada demais. Alderos tirou a jaqueta, jogando-a sobre uma cadeira. Afastou as pernas, o sorriso desaparecia. Seriedade, olhos afiados. Olhava a vela. Inclinou o corpo, segurou a bainha com a mão esquerda, a mão direita sombreando o cabo.

Foi um fulgor.

A katana saiu da bainha em um ruído límpido durante a expiração, cortou o ar e a vela. A cera quente permaneceu sob a chama. Muito mais preciso e rápido. Alderos inspirou ar e o sorriso se desenhou levemente. Nem mesmo o calafrio da Rainha Eterna, sorrindo satisfeita, impediu que ele saboreasse a vitória.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Sabe, donas de casas e crianças de Taldor têm bom gosto.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância RTcDpWW
Bela espada, Alderos. Hal, trás um mel alcóolico para o admirador de donas de casa e crianças de Taldor. — Ela riu e ofereceu a mão em cumprimento.
Alderos embainhou sua espada lentamente, deixando todos darem uma bela olhada em seu fio.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Bom... no momento, eu admiro uma certa mestra cortadora de velas de Karakuru.
Ele sorriu se engraçado para a jovem, depois de receber sua caneca e erguer para brindar com ela.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância RTcDpWW
Eu não costumo me impressionar, mas você realmente tem minha curiosidade. Veio à Karakuru "tomar água", ou quer uma vaga na escola de Rondelero? Já aviso que é preciso muito mais que cortar uma vela sem apagar sua chama para impressionar os professores.
Alderos aproximou-se dela, para uma conversa mais individual. Ele lembrou rapidamente de Hamako, presságios de sangue,  sir Eudonius e tudo o mais.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Eu vim... fiz um acordo com um cavaleiro de Marcabranca. Vou buscar uns documentos em uma mansão abandonada em Artumbria, provavelmente cheia de perigos. Sou aventureiro.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância RTcDpWW
Ah sim e quando parte?
Alderos quis dizer que não iria a parte alguma se ela pedisse. Mas se recompôs.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Amanhã pela manhã... supostamente devo encontrar minha gangue no Dragão Afoito pela manhã. Conhece essa estalagem?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância RTcDpWW
Não, não frequento esses lugares. Vivo aqui só pela escola, pois venho de uma aldeia distante. Se vai embora amanhã... é uma pena. Tenha uma boa viagem e cuidado com os bandidos de estrada. — Ela ergueu a caneca.
Ela parecia escapar pelos dedos. Alderos ponderou sobre os bandidos de estrada. Ela saberia sobre a ordem do Grão-Duque de "deixar as cidades mais seguras"?
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Erm... hã... eu. Espere, tenho até amanhã de manhã. É apenas tarde do dia e estamos bebendo como se a ressaca do dia seguinte fosse brincadeira. Precisamos do corpo são, a mente afiada, como diria meu mestre, pra aguentar os treinos. O que acha de andar por aí, quem sabe você não me mostra sua casa de banho favorita? E não me venha com essa ideia de "vivo pela escola", pois com cem fontes, não é possível que tu não tenha conhecido nenhuma...
Ele deu uma risada, arriscando-se ainda mais. Nesse momento, alguns estudantes de Rondelero começaram a caçoar da situação, principalmente sobre Giulia estar flertando com um estranho. Aparentemente, ela não costumava fazer isso, o que alimentava o ego de Alderos... Mas ela estava mais acuada, parecia retroceder...

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância RTcDpWW
Hã? Não quero vadiar por aí não, tô a fim de beber hoje. Eu aguento os treinos bem. Vou ficar aqui com meus colegas... — Ela se virou indo embora, mas parou e voltou apontando o dedo no peito de Alderos — Se voltar de sua missão, venha à Falcata Enferrujada.
Era uma atitude de alguém que levava muito em consideração o que os outros pensavam. Talvez a vida dela não fosse muito fácil e precisava constantemente se provar. Alderos suspirou com aquele "vacilo", então apenas deu de ombros.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
"Se"? Eu voltarei. Guarde um barril inteiro de hidromel pra mim, beleza?
Ele pegou sua jaqueta, jogou sobre o ombro e deixou a caneca sobre o balcão de Hal.

Andaria por Karakuru até a noite, onde buscaria janta e repouso na Dragão Afoito.


Ação de Alderos
-2 pc de hidromel
Convencer Beátrice a sair com Alderos: Diplomacia (Impressionar) 9, falha
Convencer o capitão-cavaleiro a falar notícias de suas tropas: Diplomacia (Impressionar) 10, falha
Desafio com Giulia favorável a Alderos: Diplomacia (Impressionar) 11, falha
Desafio de corte na vela: Jogada de ataque 19, sucesso
Flertar com Giulia: Diplomacia (Impressionar) 17, sucesso
Flertar com Giulia: Diplomacia (Impressionar) 7, falha

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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 5, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 4, Nobre Zakharoviano)
Fim dos Tempos (T20): Sargak Thra'krobe (Hobgoblin, Místico 1, Minerador)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 2, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)

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Mensagem por John Lessard Seg Jan 29, 2024 4:27 pm

Com as negociações terminadas, o jovem bardo se voltou para outro de seus interesses.


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— Ora, belas damas, longe de mim atrapalhar atrapalhar o ganha pão de vocês. Mas realmente acredito que todos nós merecemos um pouco de diversão e prazer em algum momento do dia. Sou Ashley, ou apenas Ash, que apreciaria muito suas doces companhias, se assim desejassem.


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Ah, eu estava mesmo precisando de um passeio.


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— Nossa, que maravilha, quase como se fosse o destino. O que sugere que façamos na cidade?


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Ah, podemos ir a uma casa de banho para relaxar e, depois ao Conservatório. Alguns bardos itinerantes vão se apresentar. Oh, mas não tenho vestido adequado...


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— Oh, isso realmente parece ótimo! Mas... bem, acabei de chegar na cidade e partirei em viagem somente amanhã, a trabalho é claro. Mas temo que não haja problema, não é? Eu mesmo irei com essa roupa de viagem, se for o caso.


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Amanhã? Hum... — Ela pareceu desanimada. — as casas de banho não se importam com roupas, mas o Conservatório... temo que possamos ser barrados se formos...

Um grito interrompe suas palavras. Vem da cozinha.


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Abgail, não te pago para atender apenas um cliente!

Ela abaixou-se rapidamente até o ouvido de Ash.


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Apareça, então, no Cristal Azul, no começo da noite. É quando eu encerro por aqui.

Tendo este compromisso marcado, mas ainda sendo muito cedo, saiu em direção à biblioteca da cidade. Era uma torre de três andares com rachaduras evidentes, localizada na área central de Karakuru. Algumas pessoas em robes carregando livros circulavam nos arredores, seja entrando, seja saindo e pagando uma pequena carruagem para transportá-los para outro lugar.

Quando Ash entra na biblioteca, um velho recepcionista que escrevia com uma enorme pena diz sem parar de olhar para o pergaminho:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OZa5K2
Nome, ocupação, motivo da visita.


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— Hm? Sim, claro. Minha graça é Ashley, sou um bardo aventureiro e estou aqui a passeio.

Com uma voz monotonamente protocolar, continua:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OZa5K2
Já considerou em deixar uma doação para a biblioteca de Karakuru?


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— Não, nunca considerei tal possibilidade.

Ele ergueu as sobrancelhas e, finalmente, olhou para Ash.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OZa5K2
Gostaria de fazer uma doação? Se interessa por livros, pode ter interesse em preserva-los.


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— Oh, entendo. Eu faria, se pudesse. Posso deixar minha intenção? Volto de uma viagem lucrativa em alguns dias, então terei dinheiro para doar à cultura.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OZa5K2
Certo... se me permite perguntar, para aonde viajará Ash, o Bardo?


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— Ah, sim, claro. Estou com viagem marcada para Artumbria, meu querido escriba.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OZa5K2
Artumbria... — um momento de silêncio — boa viagem. Pode me chamar de Eliot, se assim desejar.


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— Perfeitamente e, muito obrigado, amigo Elliot.

Ele estende a mão, deixando-o passar para a porta que leva ao andar térreo. Ali existe algumas escrivaninhas inclinadas com estantes revestindo as paredes circulares da torre. Poucas pessoas estão ali lendo e fazendo cópias sob a luz de tochas. Há apenas uma janela alta, perto do teto, ao lado da escada que leva ao segundo andar. Ash passou o restante da tarde passeando pelos corredores da biblioteca, vagando pelas seções, com olhos ligeiros em títulos e páginas que chamassem sua atenção. O que poderia ser muitos tópicos.

Diplomacia [11] + 7 = 18

***

À noite, Ash encontra Abgail em frente do Cristal Azul. Sua fachada de pedra colocada tinha um portal convidativo. Era possível ver azuladas luzes bruxuleantes emanando do lado de dentro. A jovem servente estava com suas roupas de trabalho e fez uma reverência desajeitada quando viu o meio-elfo.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Minha escolta — sorriu.


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— Oh, e eu esperando que você me protegesse essa noite — riu — Mas me diga, doce Abgail, do que se trata esse lugar?


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Ah, eu acho bonito. As luzes brilhantes são devido aos cristais que mineram lá na província da Beira do Mundo. Meu sonho é ter uma joia com esse cristal azul.


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— Hm, fascinante. Como é o nome dele?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Não sei... acho que o nome é apatita, apatida, apalida azul. Algo assim.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Compreendo. De fato, uma joia dessa tonalidade combinaria com sua pele, alva e delicada.

Ela sorri abertamente e entrelaça o braço com Ash, levando-o para dentro da casa de banhos.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Oh, Ash, você sabe agradar uma dama.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Oh, doce Abgail, durante toda minha vida, minhas mães garantiram que sim. Elas me dariam uma verdadeira coça caso contrário.

Ela parece ignorar a confusão em sua mente. Os dois passam pelo portal de entrada, onde algumas pessoas estão bebericando taças de vidro, ao lado de um grande balcão de pedra. Um homem os interpela solicitando pagamento.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Olá, querido anfitrião de balcão. Hm... uma peça de ouro? Bem, vejamos... Ah, certamente hoje é o dia da incrível promoção de que todos pagam meia, não? Ah, então o dia que as damas não pagam. Sou um bardo muito viajado, que espalha a fama de estabelecimentos por muitos lugares e acabo me confundindo com as ofertas.

O homem sorri afinando os bigodes e recolhe sua única moeda de ouro, abrindo a porta atrás de si.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância HlR5n4O
Pode entrar, bardo, mas cante uma bela canção para os cliente, pode ser?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Sim, sim. Essa noite, eu espero, algo será tocado com certeza.

Ash afrouxou o colarinho, Oh, Calístria, dormirei na rua hoje.

Então, Ash entra com Abgail. O lugar é menor que a Casas de Banho do Eliomar Costerius, mas mais requintado. Homens e mulheres eram divididos por um muro de pedra que ficava no meio das águas cristalinas. Com as luzes e os cristais localizados nas paredes, tudo parecia muito azul e cristalino. O lugar era quente e relaxante, havendo um local para depositar roupas. Abgail soltou do braço de Ash e acenou para ir ao lado feminino para se trocar. Ash sorriu, indo ao seu próprio lado, triste por não ser uma suruba, orgia ou algo do tipo.

Em algum momento, o homem que o deixou entrar por 1 peça de ouro aparece e o encara de longe, cruzando os braços. Ash sorriu sem graça e pega seu instrumento, levantando um dedo indicando que se lembrou. Com uma toalha na cintura, ele procura um bom lugar para se sentar e tocar uma melodia. Não sabia muito sobre a casa de banhos, então fez uma apresentação improvisada, sobre os cristais azuis e uma bela dama que desejava tê-los em seu pescoço. O único lugar que existiam, era na casa de banhos Cristal Azul.

A canção agrada ao público, recebe aplausos. A área onde está é mista, pessoas de toalhas ou roupas mais leves bebem em taças. Abgail apareceu enrolada em uma toalha modesta.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Isso foi lindo! Era sobre mim, não era?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Ora, doce Abgail, você me descobriu. Não consigo tirá-la de minha cabeça, desde o momento em que a vi mais cedo.

Ela não diz mais nada, apenas o abraça e o beija. Ela está disposta a se entregar para uma aventura tórrida sem pensar nas consequências. Ash então aproveita mais um pouco da casa de banhos com Abgail, relaxando. E diz que será seu naquela noite e se podem ir para casa juntos. No entanto, havia um problema. Ela era filha do taverneiro e morava com ele. Ash pensou e vendo que o recepcionista já tinha se retirado, começou.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Queridos, convidados — Ash falava intimamente para os clientes da casa de banhos — espero que tenham aproveitado a apresentação. Se o coração de vocês mandar, este humilde bardo, agradece contribuições para manter a arte viva.

O bardo então encontrou 3 moedas de prata perto de seus pertences. Era algo, mas... ficou pensando no modesto dito pelo jovem cavaleiro.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Doce, Abgail, diga-me. Conhece a estalagem Dragão Afoito?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Conheço, fica no final da rua da taverna Cem Fontes de onde trabalho.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Entendo. Meu contratante me disse para encontrá-lo lá amanhã, enfim... quanto seria o preço de um quarto?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Acho que 1 moeda de prata, em quartos comunitários para viajantes. Individual acho que são 8...


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Ficarei acomodado por lá, essa noite. Gostaria que me acompanhasse.

Ela entrelaça o braço ao de Ash novamente, indicando com certa vergonha e decoro que aceitará.

Diplomacia no balcão, [17] + 7 = 24, sucesso (-1 po)
Performance, [13] + 7 = 20, sucesso (+3 pp)
Diplomacia com Abgail, [12] + 7 = 19, sucesso

***

Chegando lá, procurou ansiosamente por um de seus companheiros, encontrando Alderos em uma das mesas, esperando uma refeição. O bardo pediu que Abgail esperasse por ele em uma das mesas enquanto falava com o colega.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Olá, nobre Alderos, como foi seu dia?

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Ei, Ash. Foi instigante... andei por aí falando com os locais. Taldanos são meio metidos, né.
Dizia sentado em uma mesa, esperando sua refeição.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Oh, que bom. Bem, acho que tive sorte e não encontrei mais os tipos arrogantes, haha. Mas então, será que poderia me emprestar um pouco de dinheiro?

Alderos franziu a testa.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Nossa, e pra que? Amanhã o cavaleiro garoto vai nos dar cinco moedas de ouro cada antes de viajarmos!


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Eu preciso de um quarto privado, se é que me entende. E sim, ele nos dará. E assim que o der, eu o pagarei. Tenho Calístria como testemunha.

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Ah, pelo copo derramado de Cayden Cailean... tá, vai. De quanto precisa, seu meio-elfo surubento...


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Oh, uma única peça de ouro já é o bastante, creio. Saiba que Calístria o abençoará, tenha certeza.

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Não quero putaria não. Não como você, pelo menos. Toma. Hoje bebi de graça porque ganhei uma disputa de espada. Tu não é bardo, por que não canta na praça?
Ele pegou a moeda da algibeira e deixou sobre a mesa.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Obrigado, obrigado. Bem, eu já cantei na casa de banhos e as moedas que me renderam não pagariam a privacidade que a jovem dama certamente almeja. Mas obrigado, de verdade, nos vemos amanhã e certamente o pagarei.

Ash então retorna à mesa com a jovem dama, pede uma refeição, uma garrafa de vinho e por fim, reserva um quarto para que pudessem passar uma noite de amor juntos.

+1 po de Alderos

garrafa de vinho 1pp
refeição substancial 3 pc
quarto privado 8 pp

9 pp e 3 pc, te sobrando 3 pp e 7 pc
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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Fenris Ter Jan 30, 2024 8:38 am

Estava prestes à responder Hanako, quando a mais doce voz se projetou em seu ouvido. Um convite melódico, uma convocação para algo que era destinado.

Um Chamado.

Ele não teve escolha. Mergulhou em introspecção, deixando que outros falassem por ele como havia feito toda sua vida. Buscava de onde vinha a voz, mas parecia vir de cantos de sua mente que ele mesmo nunca havia visitado. Um incômodo quase paranoico, a mesma sensação de ser observado constantemente. "De novo não", pensou. "Não não não não não."

Mas daquela vez, nada de errado aconteceu. Sem o cheiro de ozônio seguido pelo pungente aroma de carne queimada. A névoa etérea se dissipou de seus olhos e um longo tempo havia se passado, ele apenas acompanhando outros sem reagir enquanto sua cabeça procurava forçar toda a informação que seus olhos haviam visto mas sua mente não havia processado.

Precisava se acalmar. As memórias dos sussurros o assombravam, e ele precisava fugir daquilo. Cambaleou sozinho por algum tempo, tentando aplicar ordem ao caos de sua mente. Encontrou remédio em música, doce melodia que escapava das paredes do Conservatório da cidade.

Se viu diante de um prédio de mármore, com fontes e um jardim bem cuidado, além de alguns guardas patrulhando em duplas perto dos portões. Ali, a umidade do ar não chegava tão perto, muros cuidadosamente construídos preservando a acústica local. Respirou aliviado. Música era a melhor terapia, a melhor salvação, que encontrava quando se via perdido em sua própria mente.

Junto dele, algumas poucas pessoas, vestidas em pomposos trajes taldanos.
Pensou em se aproximar da porta, pedir para entrar, deixar-se levar pela música que o retirava do incômodo que o dissociava. Mas pausou em seu caminho, vendo as poucas pessoas com trajes refinados. Algo coçou em sua mente. Tinha de questionar. Sua mente novamente travou, mergulhando em monomania. Ricos. Nobres. Talvez tivessem contatos? Nomes? Era irracional. Taldor era uma nação grande. Mas algo em sua cabeça coçava, o impulsionava à perguntar, questionar. Se aproximou de um homem mais velho, que parecia ter melhores... condições. Talvez ele soubesse algo daquele que procurava, mas podia ao menos tentar ser natural.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Sabe se a entrada é permitida ao público ou se vai ficar fechada assim mesmo? Pensava em ouvir um pouco de música antes de partir da cidade.

Tentou fazer conversa, o sotaque chelixe deslizando na língua.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GtF2bJg
A entrada é aberta ao público agora. Hoje a noite haverá uma apresentação de bardos de Sardis, este sim, com cobrança de entrada. E quem é você, rapaz?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Bom saber disso. Enric, milorde. Mazhev Enric. Sou um... hã, aventureiro. Originalmente de Egorian.

Tentou. Se auto-entitular assim ainda lhe dava um gosto estranho na boca, mesmo sabendo que a alcunha era comum para mercenários errantes.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
E o senhor seria?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GtF2bJg
Ergorian — a palavra saiu mastigada — sabia que conhecia esse sotaque. Sou lorde Renard Harrostas. Karakuru conhece sua cota de mercenários de terras distantes, mas é incomum que sejam cheliaxianos, ou que venham ao conservatório.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k  
Sou tão feliz com minhas origens quanto o senhor parece estar em conhecê-las, lorde Harrostas.  

Se deixou dizer, ombros pendendo. "Até menos." Respirou fundo.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k  
Mas aprecio música e sua capacidade de tocar a alma e aliviar dores, ao menos. Mas se é um lorde, me permitiria lhe fazer uma pergunta talvez indiscreta?

O tom de reverência forçado por anos em sua voz, tão difícil de abandonar, talvez viesse à calhar agora.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GtF2bJg
Já conheci cheliaxianos "úteis", por assim dizer. Gosto um pouco da ópera chelixe, eles possuem um gosto refinado, são referência até hoje. Alguns aqui diriam que são imitadores da arte taldana. Enfim, estou divagando. O que quer perguntar?

Ele parecia intrigado.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k  
Alguns diriam que imitação é a mais alta forma de elogio. Ou algo assim, se bem me lembro do dizer. Mas parece ser um homem de vasto conhecimento, milorde. Isso poderia ajudar. Já ouviu falar de um homem chamado Ardan Darvel? Aqui em Taldor, digo?  


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GtF2bJg
Ardan Darvel? É algum músico, lorde? O nome não me parece conhecido, não.

Vergonha imediata. Desconcerto por ansiedade social.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k  
Pelo o que me foi dito, alguém importante. Tinha a esperança que alguém de vossa estirpe pudesse conhecer, milorde. Peço perdão.

Fez uma mesura respeitosa. Sempre o criado educado. O guarda costas. O mordomo. Não era mais escravo, não precisava falar daquela forma. Então por que sempre voltava para esse tom? Ele o observou na mesura.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GtF2bJg
O que realmente faz aqui, aventureiro Mazhev Enric? Sua missão é encontrar este homem? Há meios mais... eficientes. Pode perguntar desde as inúmeras tavernas, até nas casas de banho, ou na biblioteca.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k    
A pergunta foi mero impulso. Genuinamente tenho interesse em música, milorde. Penso em retornar para a apresentação dos bardos essa noite.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância GtF2bJg
Espero que tenha sucesso em suas aventuras, pois o ingresso é uma moeda de ouro.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k    
Isso... não será um problema. Agradeço, milorde.

Fez uma mesura e se retirou das proximidades do homem. Tudo o que queria era deixar a música carregar suas preocupações e paranoias para longe por alguns momentos antes de partir em viagem. Ali, esperou, apenas apreciando a música e deixando seus temores e ansiedades irem para longe. Se pegou ansioso, até, para a apresentação, algo que não se lembrava da última vez que sentira.

Mas a realidade sempre daria um jeito de lembrá-lo de quem era.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JvIjqZM
Senhor? Não está com o traje adequado para frequentar o conservatório...

Barrado na entrada, com aquela chance de felicidade momentânea tão próxima. Raiva. Ódio, até, manifestado em seu sangue. Uma faísca entre os dedos, um breve impulso de retorno para a violência por sua imersão e pequeno desejo quebrados pela infeliz realidade hierárquica e baseada em aparências em que vivia. Mas apenas respirou fundo e deu um passo para trás.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k    
Eu... entendo.

O medo de conflito, de repetir seus erros. Se retirou, procurando o Dragão Afoito, reprimindo a própria frustração.

Precisava dormir.
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Mensagem por DiceScarlata Ter Jan 30, 2024 12:17 pm

SHIRA RYU

Antes...

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Eu te entendo cara, estava prestas a jogar um dos dois de cabeça no chão...

* Respondia Alderos ainda caminho da taverna. Lá, tiveram uma rodada de cerveja paga, mas saquê ou Soju eram as únicas bebidas alcoólicas que Dai consumia. Fora isso, preferia se manter lúcido e de corpo puro, por isso, preferiu agua. Escutou todo o drama familiar de Darahan... E ele entendia bem de drama familiar*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Como disse a eles, você ser bastardo ou nobre não é sua responsabilidade. Não está no seu controle. Acaso. Nada mais. Portanto, não me importa.

*Virou bravamente seu copo de aula, rindo das interações de Ash e Alderos com as atendentes. O ruivo por sua vez estava bem satisfeito de companhias fisicas... Pelo menos pelo momento*

*As negociações foram um sucesso e foram contratados. Dinheiro era necessário, ainda mais para uma caçada a um traídor, por isso não dispensaria. Tinham também o resto do dia livre... E dia livre era equivalente a uma coisa: Treinamento*


______________________________________________________________

*Dai-Su encontrou um espaço para realizar sua rotina de exercícios. Após correr pela cidade, realizou flexões, abdominais, abaixamentos e outras exercícios físicos. Depois praticou os katas de sua arte marcial, repetidamente até a exaustão. Finalizou só então com alongamentos e meditação*

*Isso consumiu boa parte de seu tempo, mas se sentia renovado*

*Decidiu então rumar para a escola rondelero. Uma arte marcial local sempre tinha algo a ensinar...*


______________________________________________________________

*A Escola Rondelero era uma joia discreta, aninhada em um canto tranquilo da cidade, onde a tradição e a precisão se entrelaçavam em cada movimento. Seus muros de pedra desgastada e portão de ferro forjado escondiam um mundo de disciplina e habilidade. Ao entrar sem ser incomodado, Dai-Su se deparou com os sons rítmicos de espadas se encontrando ecoam pelo pátio de treinamento, onde os alunos se dedicavam diligentemente à sua arte.*

*O estilo único de combate da escola é uma fusão elegante de técnicas camponesas e refinamento nobre, como Dai-Su pôde ouvir dos comentários de um instrutor aos pais de um potencial novo aluno. Os mestres instrutores, com suas vestes simples e olhares severos, ensinavam a dança mortal da falcata, uma lâmina curva conhecida por sua precisão letal. Enquanto isso, os alunos aprendiam a arte de equilibrar defesa e ataque, usando o pequeno broquel em suas mãos secundárias para desviar golpes e manter seus oponentes fora de equilíbrio.*


*Seguindo a formalidade marcial com a qual estava habituado, Dai-Su para em frente a entrada do espaço de treino, em uma posição de sentido, aguardando a atenção do professor. Uma vez captada, Dai fez uma mesura respeitosa*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
- Boa tarde, mestre. Sou Dai-Su, do estilo Shira de Minkai. É um honra.  

Assim que se aproxima, Dai-Su ouvia o ensinamento do professor:


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Na luta, a precisão supera a força bruta. A verdadeira maestria vem da harmonia entre mente, corpo e lâmina... Hum. Boa tarde, jovem... você realmente, é uma peça. — Ele sorriu, depois de analisar Dai-Su, deixando dúvidas se comentava sobre seu corpo poderoso ou sua face — a que devo a visita de um lutador de Minkai?

Todos os estudantes, entre os sentados e os três que acompanhava o professor no exercício, observam Dai-Su com curiosidade e outras reações diversas.

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Aprendizado. O meu estilo está sempre em evolução... Sei que não sou merecedor, mas se puder me conceder uma lição, seria um privilégio..  


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Hum — ele o fitou com os olhos sorridentes — você prefere uma lição escolástica, um dito de sabedoria... ou prefere algo prático?

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Pratico, por favor. Aprendo melhor com o corpo.  


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Thallis, por favor. Mostre ao jovem Dai-Su de Minkai a base do Rondelero.

O jovem de roupas mais gastas andou até o círculo desenhado com giz sobre a pedra e tirou a falcata da cintura. Na outra mão, o broquel erguido à altura da cabeça. Suas pernas se afastaram.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância DXkWwGF
Assim, professor Hoss?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Isso mesmo. Dai-Su, mostre-me sua postura, por gentileza. — Um sorriso confiante decorava seu rosto.

* Dai-Su assentiu e caminhou para a posiçâo. Suas mâos semi abertas foram posicionadas a frenre do corpo. Baixou o centro do equilibrio e enrijeceu absome. Uma postura de luta defensiva e pronta para submeter o oponente*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Shira Ryu... Primeiro kata..  


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Muito bem, agora vejam. Ele tem a intenção defensiva, convidando para sua armadilha. O que deve fazer, Thallis?

*O rapaz ia abrir a boca para falar. Mas o professor Hoss, ergueu a mão para calá-lo. E então, apontou para Dai-Su.*

*Thallis, então, preparou-se para o ataque. A batalha começou a com a iniciativa do rapaz. Seus ataques rápidos visaram atingir o corpo de Dai, mas ao invés de se opor a eles, fluiu junto, redirecionando a trajetória da lâmina e evadindo-se de seus golpes. O rapaz recuou, mas Dai-Su tratou de ir em seu encalço.  Travou seu pulso com uma mão e com outra segurou sua nuca. Tentou então derrubá-lo, mas o jovem foi ágil e evitou a sequência de golpes.*

*Por sua vez tentou se livrar das mãos de Dai, mas elas além de anormalmente grandes, possuíam treinamento adequado para manter a firmeza do aperto. Visto que era inutil escapar, tentou golpear o ruivo, que novamente usou a posição para redirecionar o ataque e levá-lo ao erro. Dai novamente forçou uma queda no inimigo, mas era tenaz e ágil, o que acabou causando uma vergonhosa queda no próprio Dai-Su, que sem soltar o adversário se pôs de pé, frustrado com o erro*



[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Já está bom. — Disse o professor Hoss com uma palma. — Mostrou resiliência, mas muita estranheza ao se deparar com um estilo diferente, Thallis. E você, Dai-Su, como está? Está pronto para outra?

*Dai havia se defendido e contido o oponente. Em seu estilo isso era uma vitória... Mas em seu âmago sabia que ao cair, havia perdido para o jovem. Sorriu. Faria melhor na próxima. Estava aquecido e concentrado. O nervosismo e tensão haviam o abandonado. Agradecido, realizou uma mesura ao jovem*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Hummm... Meu estilo foi feito para conter inimigos armados. Com katanas e yari. Mas suas armas são diferentes e seus movimentos também. Não consegui derrubá-lo também... Mas posso continuar.  Obrigado Thalis, aprendi muito.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Perfeito. Euron, sua vez. Mostre agora a maneira o estilo mais agressivo do Rondelero. Algo que faça seus inimigos hesitarem.

O rapaz, vestindo um colete de couro decorado por traços finos de ouro, se apresentou no círculo, após a saída de Thallis.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6eyWBkr
Euron Ferranos. Vou te mostrar do que sou capaz, seu comédia...

Ele abriu as pernas, o broquel baixo, a falcata erguida em riste como se fosse espetá-lo. Dai-Su sentiu uma veia saltar na testa. "Comédia", não é? Agressivo, não é?*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Shira Jujutsu Ryu... Quarto kata.  

*Quando a luta começou, Dai-Su foi como um touro contra Euron. Investiu agressivo e travou seu tronco em um abraço imobilizador. Quando este tentou reagir, Dai trocou a posição mantendo um de seus braços travados e com a outra mão atingiu a palma em seu maxilar, com precisão cirúrgica. Dentro do crânio, o cérebro de Euron ricocheteou, causando tontura imediata. O rapaz caiu de joelhos zonzo, amparado por Dai. Antes que continuassem, o professor interviu*


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Bom, está bem, está bem assim. Euron, você acabou cedendo à confiança exacerbada. O adversário claramente não se assustava com sua falcata em riste, e ele mesmo deu essa dica ao formalizar que seu estilo é preparado para deter armas. Há muito o que aprender. — Ele observa Dai-Su — Muito bem, estava guardando para o final, imagino. Pois... digamos que eu também. Joana Austerus é nossa joia promissora. Acha que está com fôlego para mais uma?

A jovem observava Dai-Seu de cima para baixo com seriedade.

* Dai-Su limpava o suor da testa. Estava se saindo bem. Nenhum ferimento e havia contido ambos, mesmo sem derrubá-los. Encarou a garota. Sabia que nâo podia subestimá-la. SyauRi era, afinal, muitas vezes mais forte que ele mesmo*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Por favor. Vamos continuar.  


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Fhi6Sy1
O que há com sua aparência?

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-   Eu nasci com ela. Com esse sangue. Mas eu escolho como me definir,  nâo ela.  

* Assumiu a postura. Ela mostrou um sorriso. Dai-Su a perdeu de vista por um instante. Estava um passo ao lado. Dai-Su estremeceu ante a velocidade da jovem*

Joana Austerus não precisou abaixar-se muito, ela enganchou o pé no calcanhar de Dai-Su e puxou delicadamente. Se ele não tivesse seus reflexos bastante apurados, teria caído como um boneco. Ela sorriu e desferiu um golpe com a falcata, abrindo um talho no quimono vermelho, mas apenas riscando o peito de Dai-Su. E então, se afastou com um passo para trás.



[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Fhi6Sy1
Acreditei que era desajeitado. Falha minha.

*O professor não mentira. Tão jovem. Tão insolente. Tão talentosa e letal! O ruivo assumiu uma expressão mais séria, com seu tórax ainda dolorido. Fosse uma batalha real, sangue estaria jorrando. Precisava vencê-la rápido! Então avançou novamente e lançou suas mãos. Ela desviou de uma tempestade de técnicas de apresamento, até que finalmente o ruivo agarrou a gola de sua roupa*

*Atacou com a palma visando seu plexo solar, mas a garota, com movimentos erráticos, realizou uma finta e fez Dai errar. Estava jogando nas mãos dela. E a forma como ela o menosprezava... Dai-Su se sentiu ser provocado e cedeu a seu temperamento: Usaria uma das técnicas secretas de seu estilo*


Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  ESTILO DE JUJUTSU SHIRA! ARTE SECRETA!! ARREMESSO FATAL DE GIGANTES!!

*Dai-Su girou seu corpo em alta velocidade, puxando a garota pela gola e braço por cima de seu ombro e usando seu quadril como alavanca para projetar o corpo dela! Mas como adicional, no exato tempo necessário, o lutador adicionou um salto ao movimento. Esse simples ato adicionou uma brutal potência ao arremesso, criando velocidade e violência ao movimento, somada a própria gravidade. A garota sentiu o mundo inteiro dela girar antes de ter suas costas marteladas contra o solo. Sentiu seu pulmão sendo esmagado dentro do tronco e todo ar abandonar seu corpo, além da tontura causada pelo choque. Seu corpo não se moveria por um tempo*

Ela o encarava com o rosto deformado de raiva e arfando, conseguiu dizer:


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Fhi6Sy1
Eu vou te matar... — apenas um sussurro.

Mas as palmas do professor fizeram seus músculos relaxarem quase que instantaneamente.



[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
Muito bem, por hoje chega de exercícios práticos. Caros estudantes, leiam sobre a história da batalha de Ronald Backmos contra Igan Aldori e relembrem este exercício prático, façam comparação e pratiquem. Seu adversário pode ter mãos poderosas. — O professor, então, encarou Dai-Su com seriedade — Você foi bem, realmente levou a sério o exercício. Qual seu estilo mesmo?

*O próprio ruivo estava ofegante e tentou se reestabelecer ao responder*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Se eu não levasse a sério, sinto que sairia daqui com bem mais que um quimono lacerado. Meu estilo é o caminho suave branco. Shira Jujutsu ryu. Agradeço pela liçâo. Sua aprendiz é mais forte do que eu. Nâo há dúvida nisso. Tive a sorte e o momento a meu lado. Obrigado mesmo.  


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância EljYwhp
No fundo, somos todos aprendizes até o doce sopro de Pharasma.

*Ele parecia satisfeito com suas palavras e estendeu a mão para cumprimentá-lo. Dai respondeu o gesto, satisfeito. Agradeceu a ele e a todos os alunos e deu as costas para sair, para finalmente se alimentar e ter uma bela noite de descanso. Não antes de encarar a garota por cima do ombro e sorrir zombeteiro, articulando as palavras "Quer me matar? Então teeeenta". Ela devolve meneando a cabeça, e seus olhos severos transmitiam uma determinação sombria e uma promessa silenciosa.*

______________________________________________________________

*No reencontro, Dai-Su parecia leve e sorridente. Ainda tinha uma marca vermelha riscando seu peito, mas não parecia doer. Cumprimentou então a todos*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Olá companheiros. Aproveitaram o resto do dia?  Eu garanto que sim.  


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Mensagem por Maelstrom Ter Jan 30, 2024 7:19 pm


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Capítulo 1

Karakuru, Desnus 21 de 4719

Noite

Alderos, Ash, Dai-Su e Mazhev mergulharam nas úmidas ruas de Karakuru, cada um impulsionado por desejos particulares que os levaram por caminhos desencontrados.

Enquanto Alderos percorria os recantos da cidade, após não conseguir sair com uma das serventes da taverna Cem Fontes, acabou encontrando oficiais da Phalanx taldana não muito solícitos. Sua jornada, então, o levou à taverna dos Rondeleiros. Lá, em uma disputa amigável, ele triunfou sobre uma valente adversária, provando sua destreza e capacidade.

Enquanto isso, Ash encontrava-se imerso em uma trama romântica, flertando com a servente de taverna e guiando-a pelos labirintos urbanos até uma casa de banhos requintada. Para garantir sua entrada, Ash foi compelido a entoar uma canção, um tributo à sua habilidade musical. E ao término da noite, ele a conduziu, com gestos generosos e dinheiro emprestado, para um quarto privativo onde o amor floresceria em um frenesi de paixão.

Enquanto Dai-Su buscava aperfeiçoar suas habilidades marciais com treinos diários, ele se viu envolto em desafios e confrontos com estudantes do Rondelero em sua própria escola. Com determinação implacável, ele superou até mesmo uma prodígio estudante, reafirmando sua determinação e transmitindo aos outros a fama do Shira Jujutsu ryu.

Enquanto isso, Mazhev, atormentado pelo Chamado que o assombrava desde um dos episódios mais trágico de sua já trágica vida, buscou refúgio nas melodias reconfortantes do Conservatório. No entanto, sua busca por calmaria foi interrompida quando ele foi rejeitado devido às suas vestes incomuns, quase sucumbindo à fúria que borbulhava dentro dele em estática.

No final, os quatro se reuniram no Dragão Afoito, onde compartilharam uma refeição reconfortante, uma sopa de cenoura e partes de porco, e se entregaram ao descanso merecido em beliches confortáveis. Com exceção de Ash, todos dormiram em um quarto comunitário com dois beliches e nenhuma janela.

Capítulo 2

Karakuru, Desnus 22 de 4719

Manhã

A servente Agbail estava muito quieta no dia seguinte. Não falava nada, vestira-se assim que acordara com um salto da cama. Ash suspeitava que havia arrependimento, um receio do futuro incerto daquela noite inconsequente.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R41Fzvb
Preciso trabalhar... — dizia desviando o olhar, procurando a porta.



Os aventureiros encontraram, no salão de entrada, sir Eudonius Darahan ao lado de Gormir. O cavaleiro estava em sua armadura completa, deixando-o um tanto desajeitado e o rapaz ao seu lado vestia um confortável colete, calças largas e botas resistentes, além de um cajado e uma mochila.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Saudações... vocês não devem se lembrar, mas este é Gormir.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Muito gosto. Então são estes os mercenários? — O homem respondeu com um semblante desconfiado, mas estendendo a mão para cumprimentar cada um.
Sir Eudonius acenou para ele, que se retirou para conversar algo com o estalajadeiro, no balcão de madeira ao lado. Ali era possível ver um brasão com a cabeça esqueleto de um dragão.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Consegui minha parte do compromisso. Vinte peças de ouro agora, mais vinte quando conseguir o registro do casamento de minha mãe Arabelle em sua mansão — ele encarou Alderos na sequência — e alguma pista de seu paradeiro, ou pelo menos de como ela poderia ter morrido.
Cabia agora aos aventureiros se prepararem para partir.



Enquanto Alderos, Ash, Dai-Su e Mazhev, guiados por Gormir, se afastavam de Karakuru, deixavam de ouvir o constante barulho das fontes, sob o manto da grande cadeia montanhosa em suas costas.

Gormir se esforçava para andar à frente do grupo, com seu cajado de apoio e sua pesada mochila nas costas. Ele não falava muito e parecia se esforçar em não engajar em nenhuma conversa com o grupo, mas deixava claro que suas panelas na mochila eram para servi-los como uma espécie de cozinheiro.

Os aventureiros percorriam a estrada sinuosa que serpenteava através dos campos verdejantes e rochosos. O vento era farto, dando uma sensação de isolamento. A chamada Lacuna de Porthmos era uma região irregular e bruta: uma paisagem de platôs cortados limpos e profundos.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Se subirem aquela colina, poderão ver um cânion. Mas não iremos por lá.
Apressou-se a dizer, quando decidiu parar de andar quando o sol inclemente alcançara o topo do céu. Gormir revelou não ter comida para todos, apenas suas próprias provisões, mas com temperos e ingredientes extras, como batatas, cebola, tomates e ervilhas, as quais ele oferecera aos aventureiros para incrementar suas próprias rações.

À medida que avançavam, a estrada encontrou o curso sereno de um afluente do Rio Porthmos, suas águas cintilantes refletindo timidamente os raios do sol que lutavam para penetrar a densa cobertura de nuvens.

Nas margens do rio, duas fazendas se erguiam como ilhas de esperança em meio ao desolado cenário. Uma delas era dedicada à agricultura de cevada, cujas fileiras douradas de grãos oscilavam suavemente ao sopro do vento, enquanto a outra se especializava no cultivo de frutas resistentes, como maçãs e peras, cujas árvores frondosas ofereciam uma visão reconfortante de abundância em um mar de incerteza.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Antes que me perguntem, não, não sei quem são os moradores. Acho de bom tom deixá-los em paz. O povo daqui não gosta de forasteiros. — Dizia com algum sarcasmo de quem queria dizer mais.

Lacuna de Porthmos, Desnus 22 de 4719

Noite

Os aventureiros finalmente pararam pela segunda vez naquele dia, durante o começo da noite. Gormir fez questão de deixar cair sua mochila pesada, barulhando suas panelas pelo platô onde estavam. Ele se jogou suas costas numa pequena rocha e observou os aventureiros, silencioso. Agora deviam definir as coisas, tomando as rédeas daquela parte de ser aventureiro: o acampamento durante a noite.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância AcE2bJS

Painel das Regras escreveu:
Na Dragão Afoito, podem interagir com sir Eudonius e seu amigo Gormir. Não há desjejum na estalagem, então, as rações serão contadas a partir de agora. Outras preparações podem se feitas, caso desejem.

Na viagem, Gormir não fala mais nada, sendo interações mais difíceis (embora não impossíveis). Existe a parada do almoço e depois, a parada da noite para dormir e jantar.

Próxima Atualização: 02/02, sexta


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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Aldenor Qua Jan 31, 2024 11:46 am

A noite no Dragão Afoito foi tudo, menos afoita. Alderos estava moderado, pois era uma lua-feira, um dia de trabalho.

Não que fizesse diferença para ele, uma pessoa que nunca trabalhou na vida.

Alderos era um diletante, um abastado que podia estudar desde ciências até artes marciais e ter sonhos de aventura no mundo. Não havia dificuldades em sua vida, por isso, quando tropeçou em algumas durante sua jornada de aventuras, ficou com humor meio azedo.

Ele passou o dia repensando o que acontecera, como Hamako revelando ser uma oráculo maluca falando sobre destino e presságios sangrentos; o contrato com sir Eudonius que foi bem proveitoso; o passeio solitário por Karakuru, pois seu flerte com a garçonete Beátrice deu errado; o desdém de soldados taldanos; a vitória em um joguinho bobo na taverna de rondeleiros que lhe renderam um flerte que deu certo. Pelo menos, Alderos achava que sim.

Alderos não viu Mazhev durante o dia todo. E depois que Ash pediu dinheiro para pernoitar solo na estalagem, Dai-Su apareceu. A essa altura, Alderos já se permitia beber uma caneca de cerveja.
Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e
-  Olá companheiros. Aproveitaram o resto do dia?  Eu garanto que sim.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Aproveitei pra gastar as botas, obrigado por perguntar. Quer dinheiro também?
Disse em um tom azedo, tomando uma cerveja aguada.

***

No dia seguinte, Alderos acordou sobre suas coisas. Havia dormido sobre sua espada embainhada, sua jaqueta (agora amassada), sua camisa de linho e sua mochila aberta, onde seus pacotes de ração acabaram se espalhando em meio a suas moedas. No chão, somente suas botas. Pelo menos isso. Alderos se sentou e começou a se vestir.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Bom dia. Nas próximas vezes, vamos procurar quartos com janela.
Resmungou.

Ao chegar ao salão da estalagem, viu sir Eudonius com o guia Gormir. Mas algo o incomodava. Alderos se incomodava com alguns detalhes.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Cara, essa armadura claramente te deixa meio desajeitado. Não é melhor usar algo mais leve não?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Esta armadura foi presente de meu pai, é minha única herança a qual tenho direito. Sem os papéis do casamento de minha mãe, eu só tenho isso.
Alderos suspirou balançando a cabeça, sem querer entrar nesse assunto. "Que cara mais limitado!" pensou.
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k      
Entendo seu apreço pela armadura. É mais do que muitos tem de seus pais, francamente.
Mazhev de deixou murmurar para o rapaz. Alderos olhou para o sujeito de relance, com aqueles cabelos brancos, a expressão fechada, metade do rosto tomada por uma proteção.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Eita...
Comentou apenas.

Então, o pagamento veio, tirando um sorrisão de Alderos, que logo olhou para Ash piscando o olho. Ele também foi encarado por sir Eudonius, que cobrava dele diretamente essa história do paradeiro de sua mãe.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Você disse primeiro que ela estava morta, depois disse que não sabia o paradeiro e agora quer que saibamos. Desculpa falar, mas talvez não encontremos nada.
O cavaleiro-garoto parecia inocente nisso tudo, pois bastava a palavra deles para que o trabalho fosse simplesmente resgatar o registro e ignorar qualquer coisa sobre sua mãe Arabelle.

Não que Alderos fosse do tipo. Ele tinha muita curiosidade sobre essa mãe aventureira que um dia se casou com um cavaleiro e depois foi embora para morrer logo depois do parto. História estranha.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Confio que farão o melhor possível, cavalheiros.
Respondeu em seguida. Alderos meneou a cabeça. Então, olhou para o guia Gormir.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
E ai, sou Alderos Maderic.
Fazia questão de falar seu sobrenome, para impressionar taldanos.

Depois de guardar as moedas em sua algibeira, Alderos não tinha muita vontade de comprar nada para a viagem. Já estava preparado desde Absalom para isso.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Diz aí, Gormir. Quantos dias a pé até Artumbria?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Acho que cinco, seis dias, se não houver acidentes.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Acidentes? Que tipo de acidentes podemos sofrer nessa viagem?
Alderos olhou desconfiado para o guia.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Não sei, cair de cânions? Passar mal com o sol? Comida estragada?
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Tu é engraçadinho, huh? E nada de bandidinho de estrada? Tribos de goblins, kobolds, lobos, ursos, sei lá?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Nunca ouvi falar de kobolds ou goblins nessa região. Talvez algumas coisas estranhas, mas provavelmente é mentira de viajante ambicionando extorquir proteção de gente inocente. Bandidos sempre é possível, mas com a chegada da Phalanx Taldana acho difícil alguém ter coragem, tão perto de Karakuru.
"Viajante ambicionando extorquir proteção de gente inocente" Alderos franziu a testa. Mas depois deixou-se sorrir. Esse Gormir achava que sir Eudonius havia sido extorquido.

E foi, um pouco. Alderos admitia.

Mas ele não tinha pena alguma. Eudonius podia ser bastardo, mas era um nobre e logo seria dono de terras. Podia pagar muito mais.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Ah, beleza, então. Coisas estranhas. Tá legal. Tu sabe lutar, se defender, meu camarada?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Não a ponto de não precisar gastar com aventureiros.
Alderos estava em um misto de se divertir com os comentários ácidos e de se sentir ofendido. Mas no fim, estava mais rico, então apenas sorriu, meneando a cabeça para o sujeito.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Não se preocupe, vamos protegê-lo.
E piscou o olho ironicamente.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
É pra isso...


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Boa viagem. Cuidem-se. Aguardo o retorno de vocês aqui mesmo no Dragão Afoito. Gormir, por favor... — falava apressado, tentando interromper o amigo.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Esplêndido. Vamos. — forçou um sorriso.
Alderos deu um tapa amigável no ombro de Gormir e se levantou.

***

A viagem pela manhã foi divertida para Alderos. Ele tentava falar com Gormir que, claramente, não queria conversar. Fechado, respondia com educação, mas de maneira sucinta demais para se comprometer com qualquer opinião. Em um dado momento, aproximou-se de Mazhev.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Ei... não se sentiu ofendido com minha indelicadeza com o sir garoto, né? Lá na estalagem.
Era visível como Mazhev titubeava, se demorando em pensamentos antes de responder calmamente:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Não. Apenas simpatizei com ele. Meu próprio pai me deixou... menos.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Sei como é. Acho. Meu pai morreu na batalha do Cerco Carnínfero, me deixou apenas o desejo por ser um herói como ele. Se não for um tabu perguntar... O que ele te deixou além desses olhos de cores diferentes?
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Isso veio da minha mãe. Ele me abandonou antes de nascer. Me vendeu, tecnicamente, pelo o que soube.

Olhar vago encarando a distância, sem conseguir focar, como se incomodado. Alderos engoliu seco e respondeu constrangido.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Caralho, que péssimo. Sinto muito... é... bom, se serve de algum consolo, a batalha do Cerco Carnínfero ajudou a acabar com a escravidão em Absalom, o que deve, nos próximos anos, servir pra acabar com a escravidão em Avistânia como um todo... eu pelo menos acredito nisso e lutarei para isso, se for o meu papel.
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
...Talvez. Não consigo ver isso acontecendo em Cheliax, por exemplo. Quando foi o cerco? Nunca soube muito do que acontecia fora de Cheliax.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Dois anos atrás. Isso foi um ataque mal-sucedido à Absalom por forças demoníacas e mortas-vivas sob o comando de Thurl, um filho da puta de um traidor da Sociedade Pathfinder. Enfim, deram alforria a qualquer escravo dentro de Absalom que ajudasse a defender a cidade. Após o cerco, o Grande Conselho proibiu toda forma de escravidão.
Alderos lembrou das cenas de guerra e como poderia ter ajudado na luta, mas fora proibido por seus pais e também por Odmund Sander. Balançou a cabeça.
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Isso... é bom. Isso é muito bom.

Pausou. Arregalou os olhos ao perceber o que havia dito.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k
Não o cerco. Ou a morte de seu p... Me perdoe. Você entendeu o que quis dizer. Após anos em Cheliax, nunca achei que coisas assim seriam possíveis de fato.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Relaxa. À medida que o mundo evolui, nós, os heróis, somos responsáveis por orientar essas mudanças.
A conversa se desenrolava pela manhã, até a parada para o almoço.

***

Gormir mencionou um cânion ali perto enquanto parava para a hora da refeição. Realmente, Alderos tinha fome e sentia calor. Já havia retirado a jaqueta há algum tempo.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Um cânion, né?
Alderos subiu a colina para observar. O cânion se estendia, cortando a terra com suas paredes escarpadas, esculpidas pelo tempo. O vento uivava entre as fendas rochosas, ecoando brevemente. Abaixo, escuridão, como se o sol não tocasse as profundezas. Alderos respirou fundo e em silêncio, aproveitando a imensidão descampada.

Até que o calafrio que antecedia sua interferência o tomasse. Olhou para o vazio do seu lado.
Somente Alderos vê:
Aproveitando que estava brevemente sozinho, Alderos falou como se houvesse alguém ali.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Até quando isso? Já falei que não seguirei suas orientações... o seu poder mágico agora é meu. Meu sangue é só meu.
Somente Alderos vê:
Alderos fez uma careta olhando para baixo.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
No fim estamos presos um ao outro, pelo visto. Torça para que eu não me jogue aqui no cânion.
Somente Alderos vê:
Alderos suspirou e voltou para se juntar aos demais, pegando sua ração de viagem e comendo com cebola cozida.

***

A noite chegava e Gormir ditava a hora de parar de novo. Alderos o viu com certo desdém, pois sentia que podia continuar noite adentro. Ao mesmo tempo, não discutiria isso com o homem, pois além de terem começado com o "pé esquerdo", ele conhecia o lugar mais do que qualquer um ali. Alderos olhou para Mazhev, Dai-Su... e então, Ash.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Fala aí. Ei, faz um favor? Tenta descobrir por que caralhos Gormir parece tão irônico com a gente? Eu suspeito que ele ache que extorquimos sir Eudonius, mas por que se importa tanto? Enfim... eu não falo com ele mais.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Não sei se quero, Alderos, ai, ai... também não sei ele irá querer também, não depois de meu comentário mais cedo. Ah, poucas coisas me deixam tão irritado na vida quanto alguém que não aprecia o heroísmo, ou aqueles que agridem animais silvestres. Algo considerado crime em algumas terras, você sabia?
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Animais... silvestres? Nem se eles atacam a fazenda de alguém?
O comentário o distraíu.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Sim. Você mataria uma raposa se pudesse apenas afugentá-la? Se sua resposta for sim, eu diria que é um vilão. Oh — riu — estou falando como um druida agora, aqueles velhos reclusos das florestas. Mas então... em minha opinião, Gormir é um mal amado, isso sim.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Ah sim... é... é. Mal amado. Se eu não desgostasse dele eu o indicaria algum prostíbulo. Aliás, não vi nenhum em Karakuru. Tu viu?

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Ah, acabei não precisando, amigo, se é que me entende.
Alderos franziu a testa, lembrando de seu dia.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Ah entendo sim... eu entendo. Infelizmente, Beátrice não quis minha companhia. Mas já tenho uma prometida na minha volta. A Giulia, da escola de Rondelero... conheci numa taverna e pa, foi legal. Mas no fim, ela não queria se mostrar vulnerável na frente dos amigos, então combinamos de nos encontrar no meu retorno de Artumbria...
Dizia se gabando.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Ah, sim, sim, claro, muito bom. Se precisar de ajuda na arte da sedução, não hesite em pedir alguns conselhos. Me pergunto que aventuras amorosas nos espera em Artumbria...
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Ei, estamos a trabalho! Se der tempo, beleza, mas... foco na missão! São quarenta peças de ouro!
Ele riu, cutucando Ash.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Sim, claro. Eu digo, nos momentos de folga, obviamente.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Mas então, tu não vai falar com o cara? Pô, queria entender melhor a cabeça desse cara.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
Aff, tudo bem. Apenas pois mostrou boa vontade para comigo na noite de ontem e me emprestou o dinheiro. Falarei com esse chato...
Alderos sorriu.

Mais tarde, na hora de dormir, Alderos estava deitado em sua esteira de dormir, com os braços cruzados atrás da cabeça, apoiada na mochila. Sua katana estava equilibrada sobre sua barriga.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Amigos, proponho divisão de turnos de vigia. Eu, Mazhev, Dai-Su e Ash por fim, pra acordar todo mundo. O que acham? Gormir, relaxe e durma bastante.
Dizia despreocupado.

Ação de Alderos
Exploração: Patrulhar

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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 5, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 4, Nobre Zakharoviano)
Fim dos Tempos (T20): Sargak Thra'krobe (Hobgoblin, Místico 1, Minerador)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 2, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por John Lessard Qui Fev 01, 2024 4:37 pm

Ash acordou confuso com a repentina partida de Abgail. Levantou um dedo, tentando chamá-las, mas a moça já havia partido. De qualquer forma, ele também tinha de se levantar. Por isso, esticou suas pernas e se pôs arrumar-se, leve pela noite de prazeres. Esperava que Calístria estivesse satisfeita, porque ele estava. No entanto, não por muito tempo. Quando desceu, encontrou Alderos junto de sir Eudonius e seu amigo Gormir. O desenrolar daquela conversa, no entanto, não agradava muito o bardo. Pegou suas moedas e separou uma, que arremessou com a ponta do dedão Alderos. Logo em seguida, dedilhou seu bandolim e falou cantando. Embora se dirigisse ao contratante, não tentava esconder nada dos outros.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Me diga, jovem cavaleiro
Por que não enviar seu amigo
se o caminho tão bem conhece
E perigos nele não há, ao que parece?


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Temo que Gormir seja um pouco otimista. Perigos existem, tanto na viagem, quanto... talvez na mansão. Simplesmente não sei. Não há notícias daquela região.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Um coitado iludido, então?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância JcC6jWl
Eu não diria...

Sir Eudonius estava constrangido. Gormir tomou a sua palavra rispidamente.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Mas eu devo ser mesmo um coitado. Iludido? Não, não senhor.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Não é? Há perigos ou não? Suspeito que você tenha se oferecido para buscar o certificado sozinho, caro Gormir. De graça, sabe o caminho e certamente não sofreria nenhuma mazela na viagem, já que não há com que se preocupar. No entanto, cá estamos, então nem todos partilham da mesma opinião. Acho que vou confiar na palvra de sir Eudonius, afinal, melhor chegar em nosso destino esperando uma brilha, do que andar por aí sem cuidado e acabar devorado por um gambá gigante.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Eu falei que não tem perigos? Não lembro de ter dito isso. Desculpe, aventureiro, mas minhas botas são limpas, eu não viajo como vocês. Eu não sei de tribo nenhuma, de bandido burro o suficiente para espreitar com soldados por perto... e que não acredito em monstros de contos de fadas. Só isso. Me desculpe, ó bardo, se não creio em gambás gigantes... Perdão.
Ele estava de pé e inclinou-se para frente, esticando o braço, olhando nos olhos do meio-elfo.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Não crê em gambás gigantes? Sério? Você já... saiu daqui? Haha, hilário. Muito engraçado, Gormir.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Eu nunca saí dessa região, senhor haha. — Um vislumbre de risada, mas então, expressão séria.

Ash olhou com pena para Gormir, dedilhando seu bandolim. Era realmente um coitado iludido. Em que mundo vivia? Cresceu trancado em uma caverna? Gambás gigantes era o menor dos problemas deles. A fuga de um zoológico em Absalom já era o suficiente para fazer qualquer habitante ver uma sorte variada de feras incríveis e perigosas diferentes.

De qualquer forma, Ash se pôs a marchar junto com os demais, sem puxar assunto com Gormir durante o caminho, apenas ouvindo seus comentários deprimentes. Certamente seria mais favorável seguir a viagem com um mapa do que com ele. Mais tarde, depois de aceitar seu papel na vigia e conversar com Alderos, o bardo se aproximou e dedilhou seu bandolim perto do rapaz, que deveria ter entre vinte e cinquenta anos, pelo menos, de acordo com seu julgamento.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Diga, caro, Gormir, o que faz da vida? Claro, além de servir de guia para aproveitadores como nós?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Oh, eu sou um carpinteiro em Karakuru, mas faço todo tipo de... — ele para e dá um sorriso de canto para Ash. — Boa, muito boa. Bom, sei que não irão me matar. Posso ser sincero?


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Olha, meus parabéns, fiquei surpreso agora. Te matar? Por que faríamos isso? Bom, pelo menos eu não tenho nada planejado. No entanto, se fosse para apostar em alguém, eu colocaria duas moedas de ouro no mascarado. Não acha? Opa, divaguei, peço perdão. Seja sincero.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k        
Só duas? Isso sairia mais caro.  

Tentou humor, a voz saindo ácida.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Nah, vocês estão aqui pelo dinheiro. Ainda falta a outra parte. Se me matarem, não recebem. — deu de ombros — é como  vocês funcionam. São mercenários que cobraram demais para um serviço simples. Talvez, tá, tenham que matar aranhas gigantes na mansão, se houverem. Mas fora isso? Muito caro. É o que penso. Pronto, falei. — E ajeitou o cabelo.

Ash gargalhou.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Oh, me perdoe, amigo, a grana está curta — disse, se acalmando — Mas você Gormir, ora... que engraçado! Tem razão em ter suas desconfianças, e está certo em alguns pontos. Certamente o dinheiro é importante. Você não faria seus trabalhos em madeira de graça por toda a vida, claro. Não sairia por aí, exibindo o peitoral e os braços fortes neste coletinho a troco de nada. Mas o que me move é muito mais que o dinheiro, é a aventura, as histórias, o conhecimento e o prazer carnal, é claro. Bem, como eu disse, não pretendo matá-lo, obviamente. Falando seriamente, não posso garantir nada pelos outros, afinal, os conheci ontem. Ainda assim, parece que nossos destinos estão ligados, haha. Imagina? Talvez eles tentem me matar também.

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Yon6DPc
Ninguém vai matar ninguém aqui não... que papo de maluco é esse. Hamako, pelo menos, não iria querer isso.

E piscou o olho para Ash. O bardo sorriu, o tranquilizando que era apenas uma piada com a situação.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k          
Te matar? Não, não. Mas... Você bate bem com a descrição de um homem com quem me confundiram em Kortos. Ashlen? Ashley? Se for o mesmo, teríamos uma fila pelo visto.

Se deixou dizer,  olhar ainda vago na distância, sem encará-los. Ash dedilhava o bandolim despreocupadamente.

Ash dedilhava  o bandolim despreocupadamente.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Não nego e nem afirmo — voltou o olhar para Gormir — Oh, sim, adoro histórias.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Jz9juMr
Aqui está uma para você, de graça, porque não sou bardo.

Era uma vez uma vila farta em fontes termais. Havia um carpinteiro chamado Ashley, conhecido por sua habilidade em esculpir madeira e sua gentileza. Ele mantinha um segredo profundo: seu amor pelo cavaleiro mais valente do reino, Sir Alden. Sir Alden, dedicado ao seu dever, escondia uma paixão intensa por Ashley.

Eles se encontravam secretamente, compartilhando palavras de amor. Mas Sir Alden era esperado para casar e continuar a linhagem de sua família, de outra prefeitura. Apesar das pressões, eles encontravam conforto um no outro, sabendo que seu amor era verdadeiro.

E assim, enquanto o sol se punha sobre a vila, Ashley e Alden se encontravam no segredo da noite, mantendo viva a chama de seu amor proibido.

Até que um dia, seu pai doente, disse que ele precisa se casar e herdar suas terras, pois sir Alden era bastardo. Sua família estava pobre, à mercê de um tio rico que achava sir Alden um doente por gostar de homens. Então, o ingênuo sir Alden pediu ajuda a aventureiros e acabou pagando toda sua herança para conseguir um papel que confirmasse sua própria herança. E o seu amante, Ashley, não podia fazer nada, na certeza de que um dia, teria que deixar o amado para trás.

Fim.


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— Excelente história, Gormir. Na verdade, eu suspeito que já tenha "visto" alguns de seus pedaços anteriormente — Ash se levantou. — Mas pense... Se os aventureiros nessa história encontrarem o que buscam, sir Alden não será mais pobre. Se não encontrarem, não precisará pagar o restante da recompensa. Quanto a relação do relacionamento dos dois... bem, acho que essa história merece uma continuação e então, saberemos o que acontecerá. Bem, agora eu preciso dormir, pois o último turno é meu e preciso acordar mais cedo para arrumar meus lindos cabelos. Boa noite.

Ele o observou, balançou a cabeça e então, se ajeitou em sua própria rede.
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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por DiceScarlata Sex Fev 02, 2024 9:22 am

SHIRA RYU

Antes...

Dai-Su
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-  Está... Me oferecendo dinheiro ? Por quê?  

*Respondeu a Alderos, sem compreender seu humor enquanto vertia um gole de agua*

Alderos
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É uma piada. Me conta aí, como conseguiu esse corte no quimono? Não me fala que brigou com os soldados lá na praça...

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e  
-  Uma espadachim da escola rondelero. Rápida como uma andorinha, com humor de um abutre...

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Nossa, que coincidência... eu também me envolvi com uma espadachim rondelera, só que na taverna. Foi uma disputa mais de quem era mais hábil com a espada. Nada parecido com uma luta. Pelo menos, acho que ela gostou de mim. Porque, que Cayden encha meu copo sempre, eu vou voltar de Artumbria para vê-la.

*Ergueu uma caneca para Dai-Su, que riu cansado em resposta*

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e  
-  Oh... Eu arremessei a minha contra o chão. Fiquei com medo que não fosse mais levantar. Sinto agora que ela que quer me ver... E não de forma agradável.  

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Heheheh achou uma rival, então. Tô de boa de rivais, quero só curtir.

Dai-Su
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e  
-  Eu gostaria de conhecer o máximo de estilos e escolas possíveis. Conheci um artista marcial chamado Bóris e uma tribo de lutadores. Eles viajam o mundo, incorporam técnicas ao próprio estilo, depois trazem de volta a tribo e as compartilham... Achei o conceito intrigante. O estilo rondelero mesmo... Usar um escudo junto com fintas. Interessante...

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Te dizer que também acho interessante, viu. Ryu Kai o qual pratico é uma bagunça de misturas da cabeça de um maluco lá em Absalom. Mistura um tal de "kenjutsu" com caneladas, cotoveladas... incorporar novas técnicas é maneiro mesmo. Fico pensando na dificuldade da postura abarcar um golpe diferente. Eu tenho muita dificuldade de aliar uma canelada a um golpe de katana, por exemplo. Enfim... curto umas enganadas no oponente também. Fintas. E me portar agressivamente também, induzir o adversário ao erro e tal. Adoro essa parte da luta, ficar provocando e tal. Espero por em prática contra pessoas, gente. Se a gente pegar uns monstros no caminho meio que perde o ponto, tenho que dar espadada e canelada e é isso. Daí fica meio chato.

*Dai demonstrava empolgação sobre o assunto arte marciais e sorriu ao responder*

Dai-Su  
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e  
- Kenjutsu nasceu em minha terra natal. Significa "técnica da espada".  Em Minkai não existe apenas um estilo de kenjutsu e sim várias formas espalhadas entre famílias e dojos. Me pergunto qual deles deu origem ao seu Ryu Kai... E chutes na canela são bem complicados de se lidar realmente.

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Daí não faço ideia. Tem que perguntar ao Odmund. A história do cara é bem louca. Eu conheci ele bêbado, caindo pelos cantos em um beco saindo do Irorium. Uns caras vieram me assaltar e tal, esbarraram nele, derrubaram o goró dele no chão. O cara ficou puto. Me salvou, mas não porque queria me salvar, foi porque derrubaram a parada dele. Foi foda. Ai ficamos amigos. Eu tinha o que? Uns 14 anos. Sei lá, faz tempo. O cara era um mercenário chelixe em uma missão em Tian-Xia quando foram atacados por samurais doidões que raptaram ele e pá. Daí no cativeiro ele ficou mais humilde e renegou os diabo lá de Cheliax e tal e aprendeu as coisas em Minkai. Só que deu merda, ele não queria casar, parada séria e tal. Daí fugiu e vagou por Tian-Xia quando conheceu o mestre dele, que ensinou a arte das caneladas e cotoveladas. Só que o cara era um bruxão fudido, voltaram para Absalom pra dominar as paradas, sabe? Aí Odmund se revoltou, derrotou o mestre dele e ficou de bêbado pelas ruas, até me encontrar. Eu que incentivei ele abrir um dojo e ensinar as lutas dele. Eu que dei o nome Ryu Kai ahahahaha.

E pediu outra cerveja ao estalajadeiro.

Dai-Su  
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e    
- AHAHAHAHAHAH E por que escolheo o nome RYU KAI ? Conhece o idioma?

Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
PORRA NENHUMA! AHAHAHAHAHAH

Deu uma risada, mas se engasgou, olhando para Dai-Su.

Alderos
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Ih, foi mal, sem ofensa. Sei que tu é de lá e tal, mesmo sendo diferente. Eu sei umas palavras soltas. Sei que Ryu é dragão e Kai é reunião, gangue, sei lá. Nem Odmund sabe o idioma direito, o cara quando fala algo para parecer sábio, fala igual um pato. AHAHAHAHAH...

*Dai explodiu em uma risada em seguida e então se resumiu a terminar sua refeição e aproveitar o breve o descanso*

________________________________________________-

*Gormir era completamente ignorável. Seguiram por um bom tempo de viagem e Dai-Su se concentrava em colaborar com a jornada, fazendo sua parte e trocar palavras com os companheiros, mas o jeito do rapaz o faria perder a linha e ser sarcástico nas respostas. Preferiu ficar longe*

*Quando o assunto chegou em "matá-lo" e cada um deu sua resposta, Dai se resumiu a clarificar a todos:


Dai-Su  
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- Eu não mato. Meu estilo segue a filosofia do "punho da vida", o katsujinken. Não matamos. Fique tranquilo. Sou um bom demônio.

*E sorriu, diabólico*

_________________________________

*Em algum momento, durante a viagem, Dai-Su perguntou a Mazhev*

Dai-Su  
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e    
- Você é um Shinobi?  Nunca vi um... Mas bate com as descrições das lendas..

Olhou o rapaz, confuso:

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 6OnDE3k          
O que é um shinobi?

Dai-Su  
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e    
- Hum... São... Infiltradores. Usam máscaras, se vestem de preto.. Furtivos. Cheios de técnicas sombrias e folclóricas.

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Hmmm... entendo. Não sei se possuo tais "técnicas sombrias" , mas sou um infiltrador decente, ao menos. O que são essas... técnicas?  

Dai-Su  
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância VVIpx3e    
- Usuários de artes secretas, Ninjutsu... Eles somem nas trevas.. Trocam de posições com objetos, utilizam venenos e caminha em superfícies impossíveis como paredes e água. Pelo menos é o que ouvi.,

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Não consigo fazer muito disso. Não que eu saiba, ao menos. Mas gostaria.

*Dai-Su acenou, resignado*

___________________________________

*No acampamento, cuidou de ajudar a armar a fogueira e cuidar dos pormenores necessários ao mínimo de eficiência e conforto. Aceitou qualquer fase dos turnos e se entregou ao descanso meditativo*

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Maelstrom Sex Fev 02, 2024 8:03 pm


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Capítulo 2

Lacuna de Porthmos, Desnus 22 de 4719

Noite

Os aventureiros, Alderos e Ash principalmente, lançavam comentários afiados em direção a Gormir, cuja idade parecia indefinida ao meio-elfo. Mazhev, mantendo-se em seu habitual distanciamento, ainda assim contribuía com seu peculiar senso de humor. Enquanto isso, Dai-Su optava por evitar completamente qualquer interação com o guia, sem paciência para lidar com sua língua áspera.

À medida que a noite avançava sobre o platô, próximo ao imponente cânion, o céu se transformava em um espetáculo de estrelas cintilantes. O vento soprava ocasionalmente, enviando rajadas que faziam a vegetação gramínea ondular em resposta, enquanto as horas se desenrolavam sob a vastidão do firmamento estrelado.



Alderos teve um turno bastante tranquilo, ainda sentindo a quentura do chão rochoso, o segundo, Mazhev, também não encontrou percalços. A solidão da noite era sua companhia quieta. Já estava um pouco frio quando Dai-Su ergueu-se de sua esteira para a vigia noturna.

Mas ela não durou muito.

O tremor da terra irrompeu subitamente, sacudindo todos os aventureiros de seus cochilos noturnos. Gormir, com os olhos arregalados de pavor, buscou refúgio em uma pedra próxima, suas palavras tornando-se uma torrente incoerente de alarme. Enquanto isso, uma fissura profunda serpenteou rapidamente pelo chão, dividindo o grupo em dois. O solo arenoso e rochoso cedeu sob o peso do tremor, desmoronando em grandes pedaços e engolindo tudo o que encontrava em seu caminho. Gormir perdeu sua mochila com suas panelas, sua esteira de dormir e quase a vida.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância SuW8if5

Enquanto os aventureiros ainda tentavam se recuperar do tremor, uma atmosfera de tensão pairava no ar, alimentada pelo som distante de rochas se deslocando e o eco de vozes nervosas. De repente, um estrondo ensurdecedor ecoou pelas profundezas da fenda recém-formada, fazendo com que todos se encolhessem em antecipação.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância M354LIn

Uma monstruosidade sinistra emergiu das sombras da rachadura, movendo-se com agilidade e silêncio entre os destroços. Uma aberração de corpo verminoso e com pele escura, apareceu diante dos aventureiros, pronto para caçar na escuridão recém-aberta. Com um farfalhar sinistro, ele avançou, seus tentáculos flexíveis ondulando à sua volta, enquanto os aventureiros se preparavam para o confronto iminente com a criatura subterrânea.

Painel de Batalha escreveu:
Rodada: 01
Iniciativa:
Aldred 17
Ash 16
Criatura
Dai-Su 12
Mazhev 5
Gormir

Danos sofridos:
-

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KFsFLpQ

Painel das Regras escreveu:
Todos os PJs começam seus turnos Prostrados após o terremoto e abertura da fissura, exceto se obtiverem sucesso nem um teste de Reflexos CD 15 [1 Reação].

A iluminação é de Luz Fraca, pela luz das estrelas e da lua cheia. Portanto, criaturas e objetos sob luz fraca possuem a condição Ocultado, exceto se possuírem visão na penumbra ou visão no escuro, ou um sentido preciso diferente de visão.

Atravessar a fissura no ponto FG89 requer um sucesso em um teste de Atletismo CD 15 para Salto em Distância [2 ações]. Em caso de falha, o PJ aterrissa no buraco e deverá usar a reação Segurar-se numa Beirada. Em nova falha, bem, acontecerá algo chato. Lembre-se que é necessário ter andado 3m antes desse salto para pegar impulso, conforme regras do livro básico p. 243. Em outros pontos da fissura, a CD é 10, mas em caso de falha, o PJ ainda consegue atravessar, somente em falha crítica que ele atravessa e termina prostrado.

Próxima Atualização: Turnos de 24h


Grupo Azlante

ALDEROS, MONGE 1, CB:
ASH, BARDO 1, CB:
DAI-SU, ESPADACHIM 1, NB:
MAZHEV, KINETICIST 1, ON:

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por Aldenor Sáb Fev 03, 2024 1:24 am

Enquanto Alderos caminhava silenciosamente entre as esteiras onde os outros dormiam, observou-os tranquilamente. Um olhar de desdém cruzou-se com Gormir, e brevemente considerou a ideia de acordá-lo com uma desculpa inocente, apenas para se divertir. No entanto, abandonou a ideia, reconhecendo-a como uma brincadeira sem graça. Após ouvir a história que o homem compartilhou com Ash, Alderos sentiu certo pesar por Gormir. Mas apenas por ele. Não tinha compaixão por Eudonius, o cavaleiro-garoto.

O silêncio da noite não foi interrompido. Alderos acreditou que a Rainha Eterna pudesse acordar para incomodá-lo, mas não foi o caso. Suspirou tranquilo e sentou-se numa pedra, esperando o tempo passar.

Quase dormiu algumas vezes.

Quando se deu conta, Alderos despertou Mazhev com um leve cutucão.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Acorda aí, ô ninja.
Disse com um riso contido, recordando da conversa entre ele e Dai-Su, da qual tinha ouvido de soslaio.

Deitou de jaqueta mesmo, abraçando a si mesmo, com a katana embainhada ao seu lado.

E sonhou.
Sonho de Alderos:
Acordou com um tremor terrível sob a terra rochosa. Alderos agarrou-se no chão, confuso, atordoado demais com o sonho mais estranho de toda sua vida. O solo rasgou de maneira inacreditável. Uma fissura se abriu como uma ferida, ramificando em rachaduras menores. Alderos tentou manter o equilíbrio, mas acabou caindo de costas perto da fissura.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Caralhoooooooooooo que porra é essa??
Então, a criatura horripilante saiu da fissura profunda. Um misto de cobra com tentáculos de polvo e presas horríveis. Uma aberração vinda dos confins da imaginação. Para piorar, Gormir estava acuado sobre uma pedra, com medo da morte. Precisava ser protegido.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Porra! Isso é... puta que pariu.
Alderos estava prestes a zombar de Gormir por suas palavras sobre a ausência de perigos, ridicularizando sua visão de que os monstros eram meros contos para assustar crianças. No entanto, ele decidiu não seguir adiante, percebendo que começava a sentir certa compaixão pelo homem.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Ajudem o Gormir! Levem-no para segurança!
Alderos ergueu-se com calma, separando os pés para equilibrar o peso entre eles. Com movimentos fluidos e serenos, retirou sua katana como parte de um ritual. Estava pronto para o confronto.
Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância IhkWAbQ
Será que tá na hora de por um nome em você?
Sussurrou para si mesmo, referindo-se à espada.

Ação de Alderos
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância SWt3rSJ Reflexos 13, falha
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MFXmgNQ Levantar
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MFXmgNQ Postura do Dragão
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância MFXmgNQ Interagir: sacar a katana

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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 5, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 4, Nobre Zakharoviano)
Fim dos Tempos (T20): Sargak Thra'krobe (Hobgoblin, Místico 1, Minerador)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 2, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)

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[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância Empty Re: [Azlante] Entre as Cinzas da Ganância

Mensagem por John Lessard Seg Fev 05, 2024 12:24 pm

Ash esperava muitas coisas da vida, ser acordado daquela forma, não era uma delas. O chão tremeu e rachou. Com a perturbação, ele tinha se colocado de pé, mas em um instante tinha caído sentado. Ainda assim, sorria, principalmente por ver a situação de Gormir. Enquanto se levantava, no entanto, puxava na memória o que tinha lido sobre criaturas daquele tipo.


[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância R4Zo6DZ
— Ah, que bicho horrível que está a vir
Por sorte, as estradas são seguras, não é Gormir?
Nenhuma fraqueza possui o monstro vil
E o corpo resistente, está distante de seu covil

As palavras de Ash, no entanto, eram mais que rimas provocativas. Elas tinham informações. Mais do que isso, ela puxavam e remexiam com as forças ocultas das profundezas do universo. Com elas, seus companheiros sentiam suas mentes inundavas por um tipo de coragem diferente, vinda das mais épicas histórias.

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância KVmptYV Reflexos, [7] + 4 = 11, falha

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1lnVULx Levantar
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1lnVULx Recordar Conhecimento
[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância 1lnVULx Inspirar Coragem (+1 de bônus de estado em rolagens de ataque, rolagens de dano e em salvamentos contra efeitos de medo)
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Mensagem por Maelstrom Seg Fev 05, 2024 2:45 pm


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Capítulo 2

Lacuna de Porthmos, Desnus 22 de 4719

Noite

[Azlante] Entre as Cinzas da Ganância SuW8if5

Inicialmente, Alderos e Ash mal conseguiram se manter de pé diante do violento tremor que agitava o solo sob seus pés. Com esforço, reuniram suas forças e ergueram-se, cada um preparando-se à sua maneira para o confronto iminente. Alderos, um guerreiro treinado, ajustou sua postura, empunhando sua katana com determinação e confiança. Seus movimentos eram fluidos e precisos, uma manifestação de anos de treinamento dedicado às artes marciais. Ao seu lado, Ash, um diletante do oculto, mergulhava em suas leituras proibidas em busca de coragem e sabedoria. Ele recitava antigas palavras de poder, canalizando a energia esotérica ao redor de seus aliados para fortalecer seus espíritos e preparar-se para o combate que se aproximava. O bardo, em sua arte, informou e espezinhou de Gormir, paralisado pelo medo.

Enquanto isso, o monstro avançava implacavelmente em direção a Mazhev, cujo corpo era o primeiro alvo em sua visão distorcida pela fúria. Sua forma repugnante arrastava-se pelo chão, uma massa verminosa e sinistra, sua mandíbula grotescas pronta para dilacerar qualquer coisa em seu caminho. Num instante aterrorizante, o monstro alcançou Mazhev, cravando a mandíbula cortante em seu ombro com uma força cruel e desumana.

Painel de Batalha escreveu:
Rodada: 01

Iniciativa:
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Gormir

Danos sofridos:
Mazhev 10 cortante

Efeitos:
Todos inspirar coragem.*

*+1 de bônus de estado em rolagens de ataque, rolagens de dano e em salvamentos contra efeitos de medo.

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A iluminação é de Luz Fraca, pela luz das estrelas e da lua cheia. Portanto, criaturas e objetos sob luz fraca possuem a condição Ocultado, exceto se possuírem visão na penumbra ou visão no escuro, ou um sentido preciso diferente de visão.

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