Re: O Pecado de Um [T20]: ON

por **Aldenor** Qui Jul 23, 2020 2:46 pm

Hadriannus tentava esconder seu temor. Não gostava de magia, pois não gostava do que não entendia. O conceito de "viajar no tempo" e não no espaço era inconcebível.

Até não ser mais.

Ao atravessar a membrana, sentiu um peso nas costas, um embrulho no estômago e um aperto no peito, um instante de imagem quando se viu na Arena de Tiberius mais uma vez.

Quando deu por si, estava em um lugar diferente. Aos poucos, sua mente foi colhendo familiaridades e logo Hadriannus percebeu estar no mesmo lugar, só que mais arrumado.

Hadriannus

Que doideira.

Disse puxando sua espada das costas.

Cássia estava meio ousada, como se quisesse provar algo. E então, abriu a porta sem pestanejar. Hadriannus ainda tentou puxá-la pelo ombro, mas foi mais lento. Saindo de lá, o minotauro viu-se numa vila comum, com um sol mágico no teto da caverna. Era impressionante e um arrepio percorreu suas costas até a cabeça. Ele guardou a espada imediatamente, ao ver as pessoas andando de lá para cá.

Havia um homem perto, em uma outra cabana próxima. Mais a frente, um homem pescava na ponte que separava a casa do lago do resto da vila. Hadriannus estava ansioso e se aproximou do homem vestindo trapos, que comia algo com suas mãos imundas.

Hadriannus

Tem um lago aí, devia lavar as mãos antes de comer. Existem inimigos invisíveis que podem te fazer adoecer, homem...

Começou calmamente.

Dooley

Ê? Quem... quem é você? Você viu um tesouro? Dooley procura por tesouro! Irmão deixou grande tesouro para Dooley! Minotauro forte, ajuda Dooley!

Hadriannus não sabia o que falar, buscou ajuda nos demais olhando-os.

por **Lord Seph** Sáb Jul 25, 2020 12:25 pm

Todos pareciam prontos para ir até outro nativo aparecer por ali e para piorar eles nos viu saindo da casa do nada.

Ok, alguém sabe como proceder?

Se estavam no passado isso significava que a visão sobre uma Goblin seria muito pior que atualmente.

E Maya não tinha quaisquer trejeitos sociais para situações como aquela.

por **DiceScarlata** Sáb Jul 25, 2020 3:24 pm

Flaurian

*De repente não ter nada sob os pés era aterroizante. O frio na barriga, o medo da queda e a expectativa do impacto. Sentiu até suas artérias pulsarem mais furiosamente, mas logo tudo havia acabado. Ainda sim, sua respiração era dolorida*

- Quando sai da cama ontem... Nunca imaginaria que viajaria pela história de Arton... Acho que só por isso devo me considerar sortudo.

*Recobrou a forma e percebeu Hadriannus falando com o homem intitulado Dooley. Olhou ao redor e avanço, pousando a mão no ombro do minotauro com um aceno com calmo. Na verdade nem ele sabia como reagir, mas como um crente de Tanna Toh, acreditava em aprender*

- Olá Sr. Dooley! Minotauro forte com certeza vai te ajudar! Mas Dooley, estamos perdidos... Se Dooley nos ajudar podemos ajudar Dooley. Onde você morava com sua irmã ? Pode nos mostrar? E a cidade também?

*Então sussurrou aos companheiros*

- Não é o melhor guia.. Mas é bom criarmos uma boa impressão logo de cara... Mantenham tudo que trouxemos bem escondido e... Vamos com cuidado...

*Então voltou a Dooley*

- E esse tesouro por acaso... Tem haver com ouro, Dooley ?

por **John Lessard** Sáb Jul 25, 2020 5:28 pm

Marvelous não tinha muitas opções a não ser continuar com o grupo e atravessar o portal. Era uma sensação fora do comum, como atravessar uma membrana e não sentir mais seu próprio corpo ou peso. Ainda assim, não era de todo estranho, como a sensação que tinha quando lançava suas próprias magias. Quando saíram, estavam no mesmo local, mas obviamente em outra época. Conforme avançaram um pouco, Hadriannus começou a conversar com um mendigo. Logo Flaurian também se juntava a abordagem. O hynne então se escondeu atrás da perna do minotauro e espiou o que se desenrolaria.

por **Tiagoriebir** Dom Jul 26, 2020 4:01 pm

Flecha jamais havia passado por experiência semelhante mas, não podia negar, uma parte de si ficou ansiosa com a possibilidade de viajar no tempo. Atravessar a membrana mágica, no entanto, fez com que a arqueira ficasse um pouco enjoada.

Com a barriga ainda dando voltas e se apoiando no forte arco composto, Flecha reconheceu a sala em que estavam. Pareciam mesmo ter conseguido atravessar o tempo. A sala tinha os mesmos aparatos ritualísticos que outrora, mas seu maior medo surgiu num lampejo: olhando para trás de si, se deparou com a parede que acabaram de atravessar. A magia ainda estaria ativa? Se não, como fariam para retornar à sua época normal? Que Thyatis tivesse piedade de suas almas.

Quando Cássia abriu os portais para fora, Flecha mirou o entorno com um misto de receio e maravilhamento. De fato haviam sido levados para o mesmo lugar, anos antes.

Assim como fez Hadrianus, ela guardou o arco às costas, quando viu as pessoas circulando a cidadela iluminada. O minotauro também tomou a iniciativa de puxar papo com um tipo maltrapilho que por ali estava. Flaurian também o interceptou. Ela aproveitou o final da pergunta para também encaixar seu próprio questionamento.

-- O governador Metellus sabe dessa sua atividade aqui, Dooley?

por **Padre Judas** Dom Jul 26, 2020 7:00 pm

Capítulo 3: Sol Ctônico

O sujeito olha para o grupo que o cerca com um pouco de nervosismo e encolhe-se para dentro de sua barraca, assustado, mas não deixa de responder.

Flaurian
	– Olá Sr. Dooley! Minotauro forte com certeza vai te ajudar! Mas Dooley, estamos perdidos... Se Dooley nos ajudar podemos ajudar Dooley. Onde você morava com sua irmã ? Pode nos mostrar? E a cidade também?

Ele aponta o dedo para o lago em frente.

Dooley
	– Meu irmão... cof, cof... não irmã. Nunca tive... irmã. Nós morávamos ali, mas agora... afundou. Tudo afundou. Teve um tremor e afundou.

Antes era impossível ver o fundo do lago devido à escuridão, mas agora era visível como era cristalino e transparente, sendo possível avistar os peixes nadando e as algas subaquáticas. E também uma casa de pedra submersa. Sua estrutura impediu que se despedaçasse, mas com certeza estava destruída. Devia estar há uns sete a dez metros de profundidade.

Flaurian
	– E esse tesouro por acaso... Tem haver com ouro, Dooley ?

Flecha
	– O governador Metellus sabe dessa sua atividade aqui, Dooley?

Dooley olha para os dois alternadamente, confuso. Então fala.

Dooley
	– Sim, sim. Meu irmão me disse antes de morrer que me deixaria algo muito precioso em um baú secreto. Ele fez isso apenas pra mim. Que mais pode ser? Pedi aos outros pra me ajudar, mas ninguém me ajuda, nem Gulvar. O governador me mandou esta mensagem hoje, mas não sou bom com palavras. Ia perguntar pra Gulvar... mas talvez vocês leem?

Cássia avança e pega a carta. Ela a lê em voz alta.

Cássia Uryah

O Pecado de Um [T20]: ON - Página 2 GL0yjhQ

– “Caro Dooley. Estou escrevendo para você em relação sobre seus contínuos pedidos de ajuda para encontrar o baú escondido de seu irmão contendo a dita “fortuna”. Enquanto sou simpático à sua condição miserável e lamento a perda de seu irmão, devo lhe dar uma importante mensagem: o “tesouro” não existe. Não é meu papel especular se seu irmão o enganou ou se você não se recorda direito de suas palavras. Não pretendo discutir este assunto contigo novamente. Além disso, antes que eu volte a ouvir reclamações dos demais cidadãos sobre o incômodo que causa, peço que interrompa seu comportamento imediatamente. Informo-lhe que a comida que Gulvar lhe entrega sai da minha cozinha e que, embora não acredite que possa contribuir de qualquer maneira com nossa grande comunidade, espero que pelo menos respeite nossas leis. Atenciosamente, Governador Metellus.”

Dooley
	– Eu... eu não entendo... tantas palavras difíceis.

Cássia Uryah
	– O governador diz que não há tesouro e pede que você pare de incomodar os outros com pedidos de ajuda, Dooley. Desculpe, mas é o que diz aqui.

Dooley
	– O quê? Não... isto não pode estar... não pode estar certo. Meu irmão... ele me contou... me disse sobre uma grande fortuna. Nunca mentiu pra mim. Por que mentiria pra mim? – Vocês vão me ajudar, não é? Me ajudam a achar o tesouro? Por favor!

Off:

Arrumei os PVs do Hadriannus.

Data da atualização: 29/07/2020, quarta-feira.

PERSONAGENS
Flaurian. PV(20) 14, PM(17) 10.
Flecha. PV(30) 30, PM(12) 11.
Hadriannus. PV(39) 39, PM(09) 07.
Magus. PV(24) 24, PM(25) 12.
Maya. PV(24) 24, PM(12) 11.

por **Aldenor** Seg Jul 27, 2020 12:46 pm

Hadriannus deu um passo para o lado, deixando Flaurian abordar o homem chamado Dooley com suas palavras bajuladoras. Algo que o minotauro jamais seria capaz de fazer. Cruzou os braços, espada nas costas. Logo, Flecha também fez indagações e Cássia lhe deu as más notícias.

Hadriannus não sabia de nada. Sentia uma enorme pena do homem e queria ajudá-lo. Mas não entendia ainda mais como estava no mesmo lugar, mas com tudo diferente. Viagem no tempo era algo difícil de entender. Coçou os pelos do rosto e resmungou baixo.

Hadriannus

Saudade do doutor...

E então virou-se para Magus e Maya.

Hadriannus

Será que não tem um jeito de ajudar esse homem? De repente nos ajuda em alguma coisa... não sei... como vamos explicar às pessoas nosso aparecimento. O irmão de Cássia está aqui?

Parecia confuso em suas perguntas, mas confiava nos dois baixinhos que demonstraram serem inteligentes.

por **Lord Seph** Ter Jul 28, 2020 8:35 am

Maya ainda se recuperava da transição temporal enquanto ouvia seus companheiros dialogar com o humano.

Hadrianus demonstrava pena ao homem.

A questão maior é se nossa ajuda pode afetar de forma negativa o futuro, e no presente não creio que acreditariam nas palavras deles sobre nós.

Maya fala massageando as têmporas, havia ainda um leve desconforto ainda presente.

Temos também que agir depressa, ou nossa presença aqui pode acarretar mais problemas.

Devíamos nós apresentar ao governador como viajantes ou outra desculpa qualquer.

Então finalmente olhava para o pobre humano, ou o que restava dele. Lembrava os goblins da favela de Valkaria.

Se quiserem ajudar ele eu posso fazer isso, mas alguém vai precisar perguntar exatamente o que tenho que procurar.

Maya não era altruísta assim, apenas via uma possibilidade maior de conhecer o terreno antes de adentrar no centro da cidade.

por **Tiagoriebir** Qua Jul 29, 2020 1:15 pm

"Pobre coitado", pensou Flecha ao ver aquele homem em estado deplorável. Enquanto ouvia as falas enviesadas do homem, a arqueira olhava o entorno. Tentou reparar no que poderia enxergar à distância, no movimento das pessoas, seus trejeitos e como se comportavam.

por **John Lessard** Qua Jul 29, 2020 3:32 pm

Marvelous olhou para Hadriannus em suas indagações.

- O mais impressionante é o governador está enviando mensagem pro mendigo... Lá de onde venho, nas cidades humanas, os governantes sequer sabem que um mendigo existe. Quer dizer, até sabem, mas são apenas números.

O hynne cruza os braços.

- Bem, falando sensatamente, quanto menos fizermos aqui no passado, melhor. Eu como uma manipulador do caos, alerto, o simples bater de asas de uma borboleta pode mudar toda a história.

por **DiceScarlata** Qui Jul 30, 2020 5:45 am

[quote] Flaurian
O Pecado de Um [T20]: ON - Página 2 HuLlf08

- Só um minuto Dooley, por favor, vou falar com meus amigos.

*Flaurian sorriu e se reuniu com seus companheiros, pedindo que se juntassem a ele*

- Imperador, Cássia... Todos venham aqui um momento.

*O bardo soldado pediu que todos ficassem juntos em uma roda fechada e dividiu seus pensamentos suspeitos*

- Um baú com uma fortuna dentro... Nós vimos isso no futuro não ?

*Manteve o tom conspirador, certificando-se que Dooley ficaria distante*

- Seria muita coincidência e estou apenas arriscando teorias aqui. Mas talvez o governador tenha roubado esse pobre mendigo. Talvez o governador tenha tirado o ouro deste pobre homem, ouro que seu irmão deixou. Talvez esse irmão tenha amaldiçoado a todos por rejeitarem o irmão dele, mas principalmente o pecado de apenas um, o pecado do governador de tê-lo roubado.

*Olhou para Maya, lembrando de como ela resistiu a ideia de pegarem a fortuna que encontraram. No fim estava certa. Será?*

- Talvez... O tesouro seja a chave para impedir que a cidade afunde. Devolver esse tesouro. Parece louco... parece algo tirado de um romance e claro que devemos investigar mais... Mas creio que isso nos dá um norte: O governador.

*Olhou para Cássia*

- O que acha? Talvez acabemos encontrando seu irmão por aqui. O fato de termos achado o tesouro intacto, significa que a cidade toda sofreu a maldição antes de que ele fosse gasto.

*Muitos pensamentos na cabeça do servo de Tanna toh, o faziam falar descontroladamente. Tomou folêgo*

- Realmente, que saudade do doutor...

por **Padre Judas** Qui Jul 30, 2020 11:55 am

O Pecado de Um [T20]: ON - Página 2 IxJYuQg

Enquanto os aventureiros discutiam o que fazer o pescador na ponte já havia se levantado e aproximado.

Gulvar
	– Ééé... bom dia pra vocês. Sou Gulvar. São novos por aqui? Nunca os vi antes. Por que vocês estavam saindo da casa do governador? Sabem, nós temos uma situação aqui... digo... vocês não roubaram nada, né?

Off:

Data da atualização: 01/08/2020, sábado.

PERSONAGENS
Flaurian. PV(20) 14, PM(17) 10.
Flecha. PV(30) 30, PM(12) 11.
Hadriannus. PV(39) 39, PM(09) 07.
Magus. PV(24) 24, PM(25) 12.
Maya. PV(24) 24, PM(12) 11.

por **Lord Seph** Sáb Ago 01, 2020 11:58 am

Todos pareciam prontos para ir até outro nativo aparecer por ali e para piorar eles nos viu saindo da casa do nada.

Ok, alguém sabe como proceder?

Se estavam no passado isso significava que a visão sobre uma Goblin seria muito pior que atualmente.

E Maya não tinha quaisquer trejeitos sociais para situações como aquela.

por **Aldenor** Sáb Ago 01, 2020 12:21 pm

Hadriannus tinha o cenho fechado, estava confuso com tudo aquilo, não entendia, mas não se esforçava a entender. A paciência ia diminuindo como grãos de areia numa ampola de tempo.

Flaurian os chamou e jogou mais uma teoria. Hadriannus decidiu tomar aquilo como verdade.

Hadriannus

Isso parece estar certo. Vamos matar o governador e voltar pra casa.

Decretou em uma voz de tom baixo, quando o pescador da ponte se aproximou meio desconfiado. Hadriannus fez uma careta, passando a mão na cabeça de Maya após a pequena mostrar-se confusa.

Hadriannus

Deixe com Flaurian. Ele é o mais esperto.

Decretou. Com a morte (?) do doutor, Flaurian era quem parecia ter mais respostas. Deixaria sua rixa de lado por enquanto.

por **John Lessard** Sáb Ago 01, 2020 12:33 pm

Marvelous não teve uma resposta sobre aquilo de Hadriannus. Não era um estudioso, mas lidava com magia caótica e sobre aquilo exatamente já havia escutado uma coisa ou outra. De qualquer maneira, o hynne apenas ficou em silêncio quando Flaurian disse sua teoria. bem, um pescador se aproximava, os questionando no momento. O guerreiro disse para deixar tudo com Flaurian, então ele se limitou a falar com o outro mais atrás.

- Não acha que o lugar estará bem protegido, Hadriannus?

por **Tiagoriebir** Sáb Ago 01, 2020 12:50 pm

Flecha ouviu em silêncio a teoria de Flaurian, enquanto mantinha o olho sobre o pescador que se aproximava. Hadrianus comentou sobre matar o governador.

-- Não imaginei que fosse do tipo que considerasse assassinar alguém assim, Hadrianus. De toda forma, não temos certeza de que Metellus é a chave da questão.

Virou-se aos demais.

-- Ele pode *ou não* ter roubado o pobre coitado. A verdade é que tudo o que sabemos até agora é uma gota. E há um oceano à nossa frente.

Flecha queria falar mais coisas, mas o pescador estava próximo e ela desistiu. Quando os interpelou, todos concordaram que Flaurian era o mais indicado para lidar com o homem.

por **Padre Judas** Sáb Ago 01, 2020 3:58 pm

Flaurian
	– O que acha? Talvez acabemos encontrando seu irmão por aqui. O fato de termos achado o tesouro intacto, significa que a cidade toda sofreu a maldição antes de que ele fosse gasto.

Cássia Uryah
	– Será que ele está por aqui? Mas se usamos o mesmo portal de viagem no tempo que ele, será que não chegamos antes dele vir? Ai, estou confusa.

por **DiceScarlata** Sáb Ago 01, 2020 4:02 pm

Flaurian

- Boa tarde, mestre pescador. Não. Muito pelo contrário. Viemos resolver uma situação. Somos aventureiros. Este é Hadriannus, o imperador, campeão das arenas. Aquela é flecha, caçadora indomável. Maya, a pequena sábia. Eu sou Flaurian, ex-mosqueteiro de primeira classe. Temos assuntos com o governador... Mas não o encontramos.

*Cruzou os braços, encarnado o simples homem - que parecia desconfiado demais pra sua posição - e falou firme*

- Entendo suas desconfiança, mas não temos nada conosco que não tenhamos trazido de nossa viagem. Chegamos aqui através de um portal, para um impedir que um mau caia sobre você e aqueles que ama. Não houve roubo. Isso pode ser atestado, observando que nada dentro da casa foi remexido ou tirado do lugar.

*Se aproximou mais um passo colocando uma mão amigável no ombro do homem*

- Inclusive, seria muito util, se pudesse nos levar até o governador. Precisamos tratar com ele urgentemente. Se fossemos ladrões, apenas fugiríamos pelo fundo não é mesmo? Qual seu nome meu bom amigo ?

por **Padre Judas** Dom Ago 02, 2020 2:29 pm

Gulvar

O Pecado de Um [T20]: ON - Página 2 CCQfhTe

– É... se vocês tivessem roubado algo já estaríamos todos mortos. Escutem, vivam por nossas leis e todos ficaremos bem. Não machuquem ninguém, não roubem ninguém. Como em todos os outros lugares, exceto que a punição aqui é muito, muito pior...

– Sobre “chegar por um portal”... segundo Ennel, não dá pra usar magia de teleporte pra vir para cá. Isso é beeem estranho. Talvez devessem conversar com ele.

– Bem, o governador vai poder lhes explicar mais. Ele vive na Cidadela. Vamos, vou leva-los até ele.

Enquanto vocês o seguem, Dooley aproxima-se de Cassia e fala baixo com ela. Então lhe entrega uma chave, mas Gulvar não vê. A garota fala algo em resposta, balança a cabeça compreensiva e reúne-se com o grupo.

Gulvar começa a apresentar a cidade enquanto caminham.

Gulvar

– Aqui fica nossa roça, onde plantamos nossa comida. Repolho, alface, cebolinha e batata. Se vocês tiverem algum bem que não usem, podem trocá-los no mercado de conveniência. Como novos residentes, vocês terão direito a uma cota de alimentos e outros produtos, desde que trabalhem por isso. Dooley, aquele sujeito que encontraram, não trabalha e por isso não recebe nada, mas há um consenso entre a população de que não podemos simplesmente deixa-lo morrer de fome, então o governador sempre me dá alguma sobra de sua cozinha pra eu entregar a ele.

Vocês passam ao lado de uma camponesa que trabalha na terra e cumprimenta o sujeito.

Ysmar
	– ‘Dia, Gulvar.

Gulvar
	– ‘Dia, Ysma’.

Ela olha para vocês e os cumprimenta com a cabeça, voltando ao roçado.

Gulvar

– Chamamos nossa cidade de “Sol Ctônico”, que significa “sol sob a terra”, por conta desta esfera mágica acima de nós. Ela provê luz, calor e preserva nossa noção de “dia e noite”, pois sua luz muda de intensidade conforme o dia corre e escurece depois, no que seria nossa noite. Não temos a menor ideia se corresponde à noite e dia lá fora, mas provável que sim. Mas ele não substitui completamente o sol, claro. Entretanto, já não me incomoda.

– O que me incomoda é o povo da Cidadela...

Ele olha para Hadriannus de soslaio neste momento, mas volta a olhar para a frente.

Gulvar
	– Observem Hjormund, por exemplo, parado no balcão ali, olhando-nos de cima...

Vocês conseguem ver um humano parado sobre um dos balcões mais baixos da Cidadela, observando o movimento. Gulvar para e fala mais alto, olhando para o sujeito que não pode ouvi-lo pela distância.

Gulvar
	– Só olhem para ele. Sim, Hjormund, você é um grande homem não é? Nossas ruas são indignas de seus pés, suas mãos são refinadas demais para trabalho de verdade. Pff...

Apesar de talvez não ouvir, Hjormund parece vê-los. Ele dá a volta e entra na Cidadela. Gulvar continua em frente e vocês passam por uma bela moça sentada perto de um arco onde há um dos golens gigantes.

Rastasia
	– Não vai me apresentar seus amigos, Gulvar? Principalmente o bonitinho aí de cabelos ruivos...

Gulvar
	– Estamos indo ver o governador. Você terá tempo para por suas garras nele depois.

Rastasia
	– Vou esperar por isso. Meu nome é Rastasia, vocês podem me encontrar na taverna “Sentinela Dourada” à noite – eu abro no fim do dia. Vou reservar uma bebida especial pra você, ruivinho.

Aqui fica a praça com a grande árvore central que agora não está morta, mas resplandece em flores e pessoas andam pelas lojas e barracas. Muitos dos rostos eram familiares – os aventureiros já haviam visto essas mulheres (assim como Gulvar) convertidos em estátuas de ouro antes.

Quando se afastam dela e aproximam-se da Cidadela, Gulvar comenta.

Gulvar
	– Cuidado com Rastasia. Ela... bem, não é meu lugar dizer. Há muita fofoca por aqui, é uma cidade pequena. – Só há vinte e quatro de nós neste momento. Vinte e três se não contar Cefalus, que está a meio caminho da outra vida. Luki está tentando mantê-lo vivo. Vocês não têm um clérigo entre vocês, não é? Um verdadeiro representante dos deuses ajudaria...

Cássia Uryah
	– Hã... nós... tínhamos... mas ele não pôde vir.

Gulvar
	– É mesmo? Que pena.

Os aventureiros sobem a escadaria de pedra que leva à Cidadela – um caminho que já haviam trilhado antes, no futuro.

Gulvar
	– E esta é a Cidadela onde o Governador Metellus e seus “convidados” vivem. Se vocês fizerem seu caminho por aqui e bajularem ele o suficiente podem conseguir viver aqui também. Pra você deve ser fácil – imagino que seja de Tapista, não é? Exceto pelo puxa-saco do Hjormund, todos aqui são de lá.

Esta última sentença havia sido direcionada para Hadriannus. E falando em Hjormund, o mesmo estava logo a frente dentro do edifício, aguardando-os.

Hjormund
	– Gulvar, o que está fazendo aqui? Você deveria estar trabalhando na fazenda do Governador, não trazendo sujeira para esta Cidadela.

Gulvar
	– Hjormund, relaxa, tá? Eu estava apenas escoltando nossos novos amigos para verem Metellus.

Hjormund
	– Bem, agora você pode voltar ao trabalho e deixar que eu cuido deles! Se não trabalhar, nenhum de nós poderá comer, Gulvar. Lembre-se disso.

Gulvar
	– Como eu poderia esquecer? Muito bem, vou voltar ao trabalho, já que alguém precisa, não é? – Foi bom conhece-los. Quando terminarem aqui apareçam lá na roça para termos uma conversa. Podemos nos encontrar na Sentinela Dourada à noite também, eu vou lá todos os dias. É a única coisa divertida que tem pra fazer por aqui.

Hjormund aproxima-se, mudando de tom e falando com mais calma e gentileza.

Hjormund
	– Desculpem por isso. Pode ter soado um pouco duro, mas é meu trabalho garantir que todos tenhamos o que comer. Sou Hjormund, o capataz de Sol Ctônico. Agora, quem são vocês?

Off:

Uma pausa para os personagens fazerem perguntas. Gulvar pode responder algumas questões durante o trajeto até a Cidadela e Hjormund também poderá responder outras.

Data da atualização: 05/08/2020, quarta-feira.

PERSONAGENS
Flaurian. PV(20) 14, PM(17) 10.
Flecha. PV(30) 30, PM(12) 11.
Hadriannus. PV(39) 39, PM(09) 07.
Magus. PV(24) 24, PM(25) 12.
Maya. PV(24) 24, PM(12) 11.

por **Aldenor** Dom Ago 02, 2020 4:59 pm

Magus não tinha muita confiança.

Hadriannus

Com toda certeza. Teremos que ser espertos em chegar no governador na maciota e aí cravar a espada em seu peito peludo.

Disse socando um punho no outro.

Flecha, que quase nunca falava, comentou sobre sua ideia.

Hadriannus

Geralmente prefiro um duelo. Mas há coisas mais importantes aqui que minhas vontades...

Disse com os dentes rangidos em determinação.

Ele parou de falar quando Flaurian começou a conversar com o pescador, fazendo um gesto de positivo com o polegar quando anunciado.

O grupo, então, segue Gulvar. Hadriannus tentava lembrar do seu nome, um dos milhares nos registros do governador. Mas nem ele, nem Hjormund davam luz a sua memória. Gulvar parecia se ressentir quando falava dos habitantes da cidadela.

Hadriannus

É assim que o mundo funciona, Gulvar. Cada um nas suas obrigações... caso haja algum problema, os fortes tem que estar alimentados para proteger os fracos.

Suas palavras eram familiares a Hadriannus, como se fosse a boca de seu pai a dizê-las. Ele mesmo não sabia se concordava com isso ou não. Gulvar ainda insinuou que ele poderia ter algum privilégio na cidade por ser minotauro de Tapista e se bajulasse o governador.

Hadriannus

Sou de Tapista, mas Tapista não é minha.

Respondeu dando de ombros, sem ter ele mesmo a certeza do que queria dizer com aquilo.

Então, Hjormund os acolheu para guia-los até o governador quando chegaram à cidadela, deixando um pouco paciente Gulvar ir embora.

Hadriannus

Eu sou Hadriannus, o Imperador, campeão da Arena de Tiberus. Por acaso é comum que aventureiros apareçam do nada aqui nessa vila?

O minotauro tentou lembrar das palavras do doutor e dos milhares de nomes escritos nos pergaminhos, mas desistiu deixando isso para Cássia e Flaurian.

por **Lord Seph** Qua Ago 05, 2020 11:06 am

Maya deixou Flavian cuidar da parte burocrático enquanto fala baixo para Magus.

Devíamos procurar pistas, como em que ano estamos antes de falar com o Governador.

Maya não deixa de olhar para Cássia, era possível encontrar o irmão dela aqui.

Logo o grupo seguiu em frente, Maya observou cada local para manter sua mente em alerta para o caso de fuga.

A cada rosto que via Maya riscava um nome que não tinha menção no diário.

Então são parados por um humano que pelo visto iria guiar o grupo a partir dali.

por **John Lessard** Qua Ago 05, 2020 1:08 pm

Marvelous seguia com os demais. Hadriannus parecia convicto na ideia de matar o governador, o que o hynne achava estranho, uma vez que ambos era minotauros e o grandão não parecia sequer pestanejar sobre matar alguém de sua própria raça. Humanos pareciam se matar se pudor, até porque existiam aos milhares, as outras raças ele imaginava que se protegeriam de alguma forma, pelo menos inicialmente.

Não demorou para passarem por várias pessoas e então, o guia mudar. Maya falava com ele, o que fez o hynne pensar enquanto conversava com ela.

- Hm, boa ideia, Maya... Quer tentar sair escondida comigo, hihihi?

por **DiceScarlata** Qua Ago 05, 2020 8:06 pm

Flaurian

- Quanta informação...

*Até para um devoto de Tanna Toh, Flaurian estava tonto. Uma luz alimentando uma cidade fechada. Obrigações. Nomes importantes. Precisava processar tudo aquilo*

- Por hora... Vamos com a correnteza... precisamos conversar sobre tudo isso...

*Ofereceu um aceno a mulher bonita que chegava, Rastasia, que parecia ter segundas intenções com ele. Isso era bom. Geralmente conversas ao travesseiro eram bons lugares para informação também*

- Certamente, Srta. Rastasia. Passarei em sua taverna, vou cobrar.

*Ignorou o comentário do homem sobre ela. Descobriria seu veneno de qualquer maneira. Julgaria ela por si mesmo, não por outros. Um pouco mais de exploração, encontraram alguém de renome, que dispensou o culto pescador que os guiava tão gentilmente pela cidade. Jogou algumas moedas ao pescados em agradecimento e se virou a ele*

- Sou Flaurian. Ex-mosqueteiro de primeira classe. Estas são Cássia, Maya e Flecha. O imperador já se apresentou. Por fim Magus, nosso mestre arcano. Somos heróis aventureiros. Temos assunto com seu governador, em prol de um bem maior.

*Então disse baixo para o grupo*

- Concordo com Maya. Vamos continuar investigando, enquanto seguimos o fluxo como aventureiros recém chegados. Vamos avançar.

por **Padre Judas** Sáb Ago 15, 2020 8:53 pm

Hadriannus

É assim que o mundo funciona, Gulvar. Cada um nas suas obrigações... caso haja algum problema, os fortes tem que estar alimentados para proteger os fracos.

Gulvar

– Ê? Proteger do quê? A Lei dos Gnomos destruiria todos nós de qualquer modo.

Hadriannus

Sou de Tapista, mas Tapista não é minha.

Gulvar dá de ombros, sem se importar muito. Quando Flaurian lhe oferece moedas, o homem ri.

Gulvar

– Ê? O que vou fazer com isso? Não usamos dinheiro aqui. Obrigado, não fiz isso por recompensa, mas por gentileza. Além disso, é melhor que vocês conversem logo com o “chefe” antes de fazerem alguma besteira e todos morrermos. Rá! Até mais!

E assim ele partiu com um sorriso e um aceno.

Hadriannus

Eu sou Hadriannus, o Imperador, campeão da Arena de Tiberus. Por acaso é comum que aventureiros apareçam do nada aqui nessa vila?

Hjormund

– Pessoas de todo tipo aparecem por aqui. Temos um ex-paladino de Tauron e um ex-mercenário de Portsmouth, assim como alguns magos e uma alquimista. Mas a maioria é composta de trabalhadores. E parasitas como o preguiçoso do Gulvar, claro. Bem, é um prazer conhece-los, sou Hjormund, capataz de Sol Ctônico.

– Vou leva-los ao Governador. Venham comigo.

Ele os conduz pela longa rampa que permite acessar o andar superior.

Hjormund

– É bom ver caras novas. Não tivemos nenhum recém-chegado por um tempo, desde Marius, mas o sujeito prefere ficar na dele. Muito esquivo, realmente.

– A maioria das pessoas é bem mais amigável – e deveriam ser. Afinal este lugar é o mais próximo de Serena que vocês vão conseguir encontrar em toda Arton. Sem crimes, sem conflito. As pessoas nem se importam em trancar suas portas. Mesmo que alguém possa roubar alguma coisa sem quebrar a Lei dos Gnomos, não é como se pudesse vender por aqui.

Vocês chegam ao segundo andar e se deparam com uma moça com seus trinta anos – alguém que vocês já viram neste lugar mesmo, antes, como uma estátua dourada.

Gaia

– Ó, olá! Gente nova, que bom! Sou Gaia, uma dos pesquisadores da cultura gnômica aqui em Sol Ctônico.

Cássia Uryah

– Você estuda os gnomos? Incrível! Sou Cássia Uryah e também os estudo.

Gaia fica animada com isso.

Gaia

– Sério? Maravilhoso! Vai ser bom ter mais gente, temos um grave problema de falta de mão-de-obra aqui!

Hjormund

– Ahã... vocês vão poder conversar bastante depois, mas agora eu preciso leva-los ao Governador, Srta. Gaia.

Gaia

– Ah, está bem. Vamos nos encontrar depois, eu tenho que trabalhar agora. Que tal nos vermos na taverna? Ela abre ao anoitecer, Hjormund pode te mostrar onde é.

Cássia Uryah

– Certo!

Cássia dá um “joia” com o polegar e Gaia segue seu caminho. A moça pisca para Flaurian e sussurra, com um sorriso:

Cássia Uryah

– Eu também sei fazer contatos, viu? Hihihi...

Hjormund

– Gaia está sempre com o nariz nos livros. Ajuda Ennel, nosso especialista em história e leis dos gnomos. Eu ouvi que eles estão tentando rastrear alguns artefatos gnômicos – vocês podem perguntar a um deles sobre isso, se tiver interesse. Ennel vive na Rua do Palácio, aquela que sobe direto em frente à entrada da Cidadela. Ele mora na primeira casa. As casas ali são as melhores da cidade, ao que parece era onde os gnomos mais importantes viviam. É difícil conseguir uma residência ali, então não fiquem animados.

– Aqui é a cozinha. Lembrem-se de serem educados com nossa cozinheira, Asanshi. Ela faz o melhor com o que tem, o que não é muito. Agora vamos ver o Governador.

É possível ver uma mulher vestida como chefe de cozinha dentro da cozinha, mexendo em algumas panelas.

Cássia Uryah

– Hm... o cheiro é bom. Asanshi, né?

Pelas costas de Hjormund, ela faz um sinal de “beber” e aponta de leve para a mulher, que não vê vocês. Vocês sobem a rampa ao último andar.

Hjormund

– Muito bem, sobre o Governador Metellus. Há um par de coisas que devem saber sobre ele se quiserem causar uma boa impressão. Bem, ele foi o primeiro a chegar aqui. Bem, pelo menos ele estava aqui antes de todos nós. Então a Cidadela é dele e todos nós somos seus convidados.

– Segundo, ele é muito protetor sobre este lugar e não tolera que ninguém crie distúrbios ou ameace a paz. Então comportem-se e tudo ficará bem.

– Aqui é o topo da Cidadela. Eu não sei o que tem atrás da porta dourada que está sempre trancada, somente o Governador sabe. Os banhos podem ser utilizados pelos residentes somente quando o Governador não os usa.

Ele para no fim do corredor. Mais adiante há um enorme minotauro. Embora se vista como um guerreiro, com armadura e espada à cinta, é claramente idoso e seu rosto possui cicatrizes de queimadura – além disso ele é obviamente cego de um olho. Encara vocês sem dizer nada, com os braços cruzados.

Hjormund

– Muito bem, podem ir por ali e encontrar nosso líder – ele está em seus aposentos. Eu tenho alguns camponeses preguiçosos para supervisionar. Boa sorte com o Governador e nos vemos por aí! Venham à taverna ao anoitecer, ela fica na rua paralela aquela por onde Gulvar trouxe vocês, não é difícil achar. Todo mundo da cidade deve estar lá. Não tem muitas opções de lazer por aqui, afinal.

– Antes de ir, tem algo que queiram perguntar? Mas preciso que sejam rápidos, tanto eu quanto o Governador somos homens ocupados.

Após tirar quaisquer dúvidas, ele se despede e parte rapidamente. A frente está o velho guerreiro e a passagem que os aventureiros já sabem levar ao quarto de Metellus, pela visita que fizeram anteriormente à Cidadela – neste mesmo corredor tinham lutado contra o espectro de Altrius e a lembrança ainda estava viva.

Off:

Outra pausa para os personagens fazerem perguntas. Hjormund pode tirar algumas dúvidas, façam as perguntas no Telegram.

Data da atualização: 19/08/2020, quarta-feira.

PERSONAGENS
Flaurian. PV(20) 14, PM(17) 10.
Flecha. PV(30) 30, PM(12) 11.
Hadriannus. PV(39) 39, PM(09) 07.
Magus. PV(24) 24, PM(25) 12.
Maya. PV(24) 24, PM(12) 11.

por **Aldenor** Seg Ago 17, 2020 2:47 pm

Hadriannus segue os demais, olhando de relance para quem Hjormund apresenta. Então, quando chegam aonde o governador está, o minotauro cruza os braços.

Hadriannus

Gulvar falou algo sobre fazer besteira e morrermos todos... fiquei curioso, o que isso tem a ver com as leis gnômicas? Morrer todos como assim?

Hjormund

– Fala da Lei dos Gnomos, não é? A frase está na entrada da cidade e outros lugares, na língua deles: “muitos sofrerão pelo pecado de um”. Acredita-se que se um de nós cometer um crime, todos seremos mortos. Mas ninguém sabe exatamente o que os gnomos consideravam um crime. Roubo? Assassinato? Escravidão? Nós vamos pelo bom senso, mas sempre há uma dúvida. Um dos deveres de Ennel e Gaia é tentar descobrir mais sobre isso.

Hadriannus franze o cenho e se vira para os demais.

Hadriannus

É a mesma coisa que a gente tinha pensado, né?

E coçou a cabeça. E então, voltou a falar com Hjormund.

Hadriannus

Gulvar falou que não tem perigos aqui... não precisam de guerreiros? Não existe ameaças externas aqui? Nada mesmo?

Hjormund

– Guerreiros, né? Então, Rykas também se incomoda com isso – você vai encontra-lo treinando na Rua do Palácio, onde ele pratica diante de uma das estátuas douradas. “Estátuas”, aliás, entre aspas, porque segundo Ennel na verdade são golens gigantes adormecidos. Não sabia que golens dormiam, mas é isso. Bem, de vez em quando aparecem umas criaturas subterrâneas que cavam seu caminho até aqui. Já tivemos problemas com vermes gigantes, besouros gigantes e até uma vez um troll das cavernas apareceu vindo do lago, mas nunca descobrimos de onde ele veio exatamente. Isso nos mostrou que matar criaturas irracionais por legítima defesa ou comida não é crime. O governador disse que encontrou alguns ratos gigantes no subsolo quando explorou aqui pela primeira vez e por isso todas as portas para lá foram trancadas – elas podem ser encontradas em várias construções na cidade.

– Agora, combate entre pessoas, não. Não há violência aqui. Não é maravilhoso?

Hadriannus deu um sorriso sem graça, fingindo concordar. Deu de ombros.

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