Re: Oferendas Queimadas

por **Aldenor** Qua Abr 21, 2021 8:27 pm

Theodric havia se surpreendido por encontrar um rastro no chão. Ao descer do corcel, pisando as botas no chão, ele se abaixou para analisar melhor. Estava claro, muitas pegadas. A criatura havia andado por ali.

Theodric

Achei! Vejam! Achei um javali!

Disse eufórico, se erguendo, apontando efusivo para o rastro. Porém, Theodric reparou que todos estavam vendo pegadas de javalis, inclusive Aldern, Anathalia e Dess encontraram rastros de criaturas maiores.

"Evidentemente, existem muitos javalis por aqui."

Theodric bufou impaciente, colocando as mãos na cintura. Ele constatou que seu feito não havia sido nada demais e que outros tiveram tanta ou mais facilidade para tal.

"Não quer dizer que seu esforço foi em vão. Nunca rastreou antes, para a primeira vez foi mesmo um grande feito. Não se diminua."

Theodric

Nyehhh!

Ele voltou a subir em seu corcel, presente do estimado lorde Aldern Foxglove e acariciou sua crina. O nobre apresentou as opções e a maioria decidira ir atrás da fera. Um desafio que deveria ser excitante para quem gostava de se sujar e se machucar. Theodric se considerava um bom guerreiro, mas não tinha prazer em se arriscar por esporte.

"É um desafio de força e perícia. Você tem duas espadas, use-as!"

A Segunda Voz, sem sombra de dúvidas, desejava embrenhar-se em combate, ávido para se materializar fantasmagoricamente e controlas suas ações. Onde estava a sábia mentoria dos ancestrais?

Theodric

Não vou me submeter a seus interesses pessoais. Deveria me guiar, não me usar para se satisfazer.

Ele disse para si mesmo, mas perto o suficiente para os outros ouvirem. Ele suspirou com o potencial da confusão.

Theodric

Desculpe, não era para o senhor, lorde Aldern Foxglove. Enfim, não estou confortável para esse perigo. Como falei, nunca cacei antes, então esperava um desafio mais moderado na primeira vez. Assim de cara, algo tão desafiador, eu deixo para quem gosta de fortes emoções. Nos vemos na cidade, companheiros. Abraços.

Ele gesticulou acenando para todos e se foi retornando para Pontareia.

***

No caminho, não teve um momento de paz.

"Não pode fugir das batalhas! Tinha que ter encarado como um treino, para as batalhas de verdade!"

"Perdeu a chance de estreitar laços com os outros, mesmo não se envolvendo diretamente, uma experiência destas poderia ajudá-lo a crescer."

"Theo, você vai fazer o que agora? Não vá ficar bebendo, heim."

Mas Theodric não respondeu a ninguém. Sua mente remoía não ser bom naquilo. Cheio de insegurança, sentia-se irritado, procurando defeitos nos outros. Quando viu Pontareia despontando no horizonte, seu humor melhorou. Estava ali, na comunidade humana, onde suas habilidades eram mais caras.

***

Ao passar pela entrada leste, reconheceu dois rapazes. Um deles, um beberrão como Cassian. Acenaram para ele.

Theodric

Cassian... hã... Ei, vocês sabem me dizer onde está Cassian, o campeão de Cayden Cailean?

Ele se aproximou com seu cavalo, puxando as rédeas. Queria ver o colega aventureiro para saber o que está fazendo.

- Bom dia. Acho que ele estava no Dragão mais cedo, conversando com a Bethana.

Theodric ergueu uma sobrancelha.

Theodric

Hum, quem é Bethana mesmo?

- Bethana Corwin? A garçonete do Dragão Enferrujado. Mas me disseram que viram ele no Cervo Branco também, mais cedo. E me disseram que viram você com Shayliss. Não perdeu tempo huh?

Ele riu. Theodric fez uma careta.

Theodric

Estive com Shayliss, com Ameiko, com Cassian e agora com você. Será que outros fofocarão sobre também? Obrigado, passar bem.

E deu-lhe trote, se afastando do fofoqueiro. Ouviu ainda sua risada ao fundo. Nem sabia seu nome, mas lembraria de sua feição. Theodric ficou preocupado com o fato de terem visto Shayliss em sua companhia. Não queria estragar a relação lucrativa que poderia ter com seu pai Ven Vinder.

Ao se aproximar da Dragão Enferrujado, encontrou Cassian vestindo um avental servindo as mesas. Theodric abriu um sorriso aberto e uma expressão engraçada no rosto.

Theodric

Arrumou um emprego de garçom, Cassian? Cayden paga mal assim? Hahahahaha!!!

Chegou rindo dando um tapa na bunda do campeão. Não sabia o por quê, mas sentia-se à vontade com aquele homem. Ele depositava algumas canecas em uma mesa.

— Oh, olá! Ahah, não, eu tô ajudando a Bethana ali, em troca de algumas coisas. E a caçada, já acabou?

Ele fez uma careta mostrando os dentes e comprimindo os olhos.

Theodric

Nah, a caçada continua com os outros. Você foi mais sábio que eu. Precisei chegar lá para ver que não era apto para aquela atividade. Pelo menos ganhei um corcel poderoso. Mas me diga... Digamos que eu esteja numa relação de troca com o armazém também. Hehehe. Bethana heim. Já estive com mulheres pequenas também, mas tão pequenas assim, não...

Theodric ergueu as sobrancelhas repetidas vezes.

— Ora, não é nada disso. Na verdade, talvez seja. Deixe acontecer naturalmente.

Ele gargalhou. Theodric gargalhou junto.

Theodric

Bem, boa sorte com isso. O que pretende fazer em Pontareia, meu caro? Confesso que estou com algumas opções, mas com preguiça de certas coisas. Talvez eu vá para meu quarto compor alguns sonetos, no fim.

Theodric estava ao seu lado, pensando se sentava numa cadeira ou não.

— Quero aprender sobre tavernas e estalagens, mas devo só aproveitar os dias que ainda tenho de graça aqui. Depois partirei para próxima cidade, em busca de aventuras e mais conhecimento. Pelo que vi aqui não há muitas aventuras. Além de caçada, é claro. Mas este tipo de atividade por esporte não me interessa. Pode deixar Clovis, vou levar seu prato em instantes.

Ele parecia ocupado naquele momento.

Theodric

É... eu não sei o que fazer. Meus ancestrais falaram que devia vir aqui. Duvido que tenha a ver somente com o ataque dos goblins. Acho que algo a mais irá acontecer. Se não... bem, serviu para conhecer você, Terry, Anathalia e o Dess, aventureiros. Talvez eu siga um de vocês... é, talvez faça isso.

Disse com uma voz meio desanimada. A verdade era que queria ainda fazer outra coisa antes de partir de Pontareia: conhecer Cyrdak e a bela Allishanda.

"Você não é um bardo!"

Despedindo-se de Cassian, ele foi até o balcão e encontrou a halfling por lá.

Theodric

Senhorita Bethana, por acaso pode me dizer onde posso encontrar o senhor Cyrdak?

Ela parecia atarefada também.

- CASSIAN, MESA TRÊS! Ele deve estar no teatro dele agora. Terão uma apresentação hoje, afinal.

"É óbvio!" Theodric deu um tapa na própria cabeça e acenou agradecendo antes de sair. Se encaminhou para o teatro da cidade.

***

Theodric chegou ao teatro e ouviu os sons do ensaio: falas, movimentações, risadas. O local era uma construção imensa, digna do Grande Teatro de Promessa, o único que Theodric conhecia. Aquele de Pontareia era surpreendentemente belo, apenas a catedral ali próxima sendo competição pro lugar. O iobariano entrou, e viu no palco atores ensaiando. Theodrc sorriu.

"Você não é um bardo!"

Sentado em uma cadeira no andar superior estava Cyrdak, gritando ordens para eles. Ele olhou para Theodric o reconhecendo e fez um sinal para que suba até o segundo andar por escadas laterais. Mantendo um sorriso de felicidade genuína por estar em praticamente um templo de artistas, o jovem foi de encontro ao homem.

Theodric

Bom dia!
Eu sou Theodric de Hermea, senhor Cyrdak, é um prazer em conhecê-lo. Queria tê-lo visto antes, mas as coisas da vida impediram. Goblins, aventuras, você sabe.

E estendeu a mão para ele, estando de pé ainda.

- Cyrdak Drokkus, mas você claramente já sabia. Sente-se rapaz, me dá ansiedade ficar de pé assim. O que posso fazer por você?

Theodric sentou-se de imediato.

Theodric

Conheci o senhor no dia do festival. Sou de Hermea, uma ilha do Mar Fumegante, então eu pouco conheço as coisas em Varísia. Entretanto, estou procurando meu lugar nesse mundo. Uma de minhas vontades é tocar em alguma peça ou apresentação sua com Allishanda. Ontem conheci o senhor Ven Vinder e ele se mostrou interessado em um acordo com você quanto a isso. Veja, posso estar sendo apressado, talvez devesse esperar o contato do próprio Ven, mas quis vir aqui eu mesmo para conhecê-lo antes.

Ele dizia com um sorriso entusiasmado.

"Você não é um bardo!"

- Ah sim, no festival. Me desculpe rapaz, estou com uma dor de cabeça terrível. Me diga, o que sabe tocar? Dependendo de como for, posso colocá-lo na próxima apresentação, na próxima semana. A última antes de Allishanda ir embora daqui. Estarei fazendo testes para a parte do Príncipe Anvoir, o protagonista. E para Viccenzo, o bobo da corte, mestre espião e narrador da peça. Para qual tem interesse?

O homem parecia atarefado e lhe dar essas opções assim lhe causaram estranheza. Theodric coçou o cavanhaque.

Theodric

Não quero atrapalhá-lo, só vim me apresentar ao senhor mesmo. Eu toco bandolim, mais precisamente no meu de estimação, chamado Copérnico. Bem, você tem muitos papéis importantes disponíveis! Claramente me interesso pelo Príncipe. Aposto que nunca pensou em ter um iobariano neste papel.

Ele piscou para Cyrdak.

- Costumam ser chelixes ou taldanos os atores. Mas isso pode vir à ser útil. Posso anotar seu nome para os testes, claro. Pode ser bom. Caso se destaque, quem sabe? Posso até chamá-lo para outras apresentações.

"Você não é um bardo!"

Theodric sentiu a veia da têmpora saltar. Estava ficando sem paciência. O nariz formigou. Mau sinal.

Theodric

E-está bem. Muito bem, estou no Dragão Enferrujado. Hoje venho para assistir a peça.

Esticou a mão para Cyrdak. Estava querendo ir embora já, pois a última manifestação de seu ancestral foi bastante incômoda.

- Estarei esperando então rapaz.

Após o cumprimento, ele gritou para os atores continuarem. Theodric se levantou e foi embora, mexendo no cabelo. Ao descer as escadas, olhou para os atores pela primeira vez. Na subida, estava empolgado demais pra enxergá-los. A famosa Allishanda estava lá. No palco os atores atuavam uma cena aonde a elfa cantava para o ator principal, um jovem garundi. Ela fez a proposta de casamento e foi rejeitada. Theodric balançou a cabeça.

Theodric

Só no teatro mesmo.

Disse para si mesmo, terminando de descer as escadas. Então, Theodric sentiu que poderia voltar para seu quarto, concentrar em tocar um pouco, afinar Copérnico, praticar algumas canções mais complexas, com batidas na madeira para um som secundário. Porém, mudou de ideia imediatamente! Tinha que conseguir um ingresso para a apresentação e não queria ser apenas mais um.

Era hora de revisitar o armazém Vinder.

Perambulando pelas ruas de Pontareia, Theodric assoviava uma melodia animada, aproveitando que seus ancestrais estavam silenciosos. Será que descansavam? Então, ao adentrar o grande galpão comercial, Theodric viu Vin Vender trabalhando. Olhando para os lados, o iobariano não queria encontrar Shayliss ainda. Poderia ser complicado tentar esconder o ar de luxúria que os dois exalariam.

Então, Theodric se aproximou do homem e lhe contou uma história de como em Hermea ninguém tinha obrigações, nem trabalhava com nada. O domínio do poderoso dragão de ouro Mengkare fornecia tudo que um ser humano precisaria para ter seu tempo livre para se dedicar àquilo que gostava, portanto, todo hermeano estava à beira da perfeição em seu ofício, sem outras preocupações. Ocultando o fato de que ele não era bom em absolutamente nada, era um hermeano medíocre, Theodric disse que queria o ingresso na primeira fila, onde poderia apreciar a apresentação. Contou também que conhecera Cyrdak, mas não o incomodou muito por estar ocupado.

- Ingressos? Meu amigo, eu lhe arranjarei assentos no camarote. Eu e Cyrdak somos velhos amigos, você terá a melhor vista. Quer mais de um? Vi que estava ajudando minha filha, que tal irem juntos? Ou já tem alguma companhia para a noite? haahhaha!

Completamente surpreso, Theodric sorriu enormemente. Sua lábia era muito boa.

Theodric

Oh, Shayliss Vinder, sim, sim. Ela é uma moça recatada e muito gentil. Reflexo, com certeza, de sua educação elevada. Pois acredito que ela vá gostar bastante dessa peça! Assentos no camarote, que bom. Fico contente. Gostaria de conhecer os atores antes da peça, para dar boa sorte e essas coisas.

- Bom, isso não sei se consigo com Cyrdak, mas certamente posso tentar. O aviso antes da peça.

Theodric continuava sorrindo. Após cumprimentá-lo num aperto de mãos caloroso, Theodric retornou para o Dragão Enferrujado, onde se colocaria no quarto, tomaria um longo banho e se prepararia para a peça à noite. Uma noite que tinha tudo para ser memorável...

"Você não é um bardo!"

Ação de Theodric
Diplomacia 27 (sucesso crítico 20) com Ven Vinder.

por **R1ck** Qui Abr 22, 2021 4:58 pm

- Parece que isso vai ficar se repetindo... - O elfo força um sorriso cansado ao voltar à consciência, vendo o tiefling costurando seu ferimento. Esperava que o tratamento fosse terminado, enquanto ouvia o nobre se perdendo nas próprias brincadeiras antes de falar de algum presente. Quando estava remendado e pronto, foi se levantando e deu um tapinha no ombro do outro. - Obrigado por isso. - Viu que sua roupa estava manchada de sangue e foi se reorganizando, enquanto via os esforços do curandeiro serem levados até Anathalia. Guardava novamente a espada em sua bainha e tentava se limpar sem muita eficiência. Então foi ajudar a preparar a criatura para ser carregada.

- De novo isso acontece, talvez eu deva voltar às bibliotecas e tavernas. - O elfo comenta mais para si mesmo que para os outros enquanto movem o javali gigante. Enquanto faziam o trabalho, pensava em todo o tempo que passara sem se envolver nos conflitos que via. Não conseguia imaginar o que sua mãe diria ao saber que ficara naquele estado em todas as vezes que foi ao combate. Achava que finalmente estava pronto para tomar parte das ações, mas talvez tivesse se enganado? Concentrou-se em carregar a criatura e voltar a Pontareia, seguindo pelo caminho em silêncio enquanto considerava o que vinha fazendo nesses últimos tempos.

***

Depois de levar o grande javali para a cidade, Dess já sentia fome, então voltou para o Dragão. Deixou seu cavalo sob cuidados de quem entende e em seguida foi almoçar, em silêncio. Cumprimentou os conhecidos, mas não tinha os sorrisos costumeiros. Depois, pediu um banho e voltou ao quarto. Se limpou com cuidado para não mexer nas bandagens colocadas por Terry. Olhou com um pouco de desgosto para suas roupas. Estavam manchadas com sangue, principalmente o seu. Suspirou. Agora tinha algumas moedas, então talvez pudesse ir atrás de uma roupa melhor, até porque iria até a peça essa noite e talvez conseguisse falar com Allishanda. Cyrdak havia sugerido que faria isso acontecer, mas ainda não tinha muita certeza se teria a chance ou não. Pensaria nisso depois.

Saiu até as ruas tentando se lembrar do que Rin dissera sobre a alfaiaria, mas não encontrou direções em suas memórias. Teve que perguntar a algumas pessoas. Torcia para que tivesse algum tipo de roupa que lhe servisse, já que muitas alfaiatarias trabalhavam apenas com encomenda. Mas não tinha tempo útil. Logo o magus encontra a loja da beldade, que também é sua casa. A entrada está cheia de trajes nobres extremamente bem costurados, num nível de técnica que mesmo alguém viajado como ele nunca havia visto em toda sua vida, mesmo considerando as grandes cidades. Rin era claramente prodígio nessa arte.

- Ah, senhor Dess, um prazer vê-lo aqui. Como vai? Posso ajudá-lo?

- É um prazer revê-la. - Exibe um sorriso, ainda que contido, se comparado com as outras vezes que falou com ela. - Estou... bem. - Fez uma pausa com alguma incerteza, mas não era hora para isso. - E milady, como está? Vejo que seu trabalho é realmente impressionante. - Olhou em volta para as roupas que ela havia costurado. - Nunca vi nada com tanta maestria, mesmo em todas minhas viagens. - Não consegue esconder como estava impressionado pelas técnicas dela, por isso já ponderava sobre os custos, visto que não tinha tantas moedas assim.

- Vou bem. E muito me honra com tais elogios. Procura uma para si ou veio apenas visitar-me?

- As duas coisas. - Assente para a mulher, virando-se para as roupas exibidas. - Temia que só trabalhasse por encomenda, mas ao ver seus trabalhos exibidos aqui, me tranquiliza que possa encontrar algo adequado. - Começa a estudar os modelos e as cores usadas. Gostava de usar as cores de Calistria, preto e amarelo. Se tivesse algo do tipo, certamente teria sua preferência. - Devido às batalhas, meu traje de viagens tem sido manchado e castigado, então imaginei que seria melhor manter uma roupa de melhor qualidade guardada para usar em situações especiais. E ainda posso aproveitar para lhe ver mais uma vez, o que é sempre um deleite. - Sorri para Rin.

- É muito lisonjeador senhor Dess. Tenho trabalhos prontos, sim, mas está certo que costumo fazer por encomendas. Mas tenho algo que pode gostar aqui e pode ser para seu tamanho. Um traje de corte feito sob pedido de um juiz de Magnimar para elfos, e cores negro e prateado. Deve lhe servir bem sem muitos ajustes.

- Oh, que sorte a minha. - Se mostra animado com a possibilidade. - Um juiz de Magnimar... É um traje para o Juiz Ironbriar? - Inclina a cabeça, encarando a mulher em toda sua beleza. - Eu recebi um convite para a peça nessa noite, então achei que deveria me vestir melhor. - Pondera por alguns instantes. - Poderia me mostrar esse traje da corte? E também me dizer o preço... Se for algo adequado para alguém como o juiz Ironbriar... Talvez seja muito para um viajante simples como eu. - Fala de maneira hesitante, um pouco infeliz com a situação. Teve bastante tempo para esbanjar as fortunas de sua família, mas agora estava por conta própria. Normalmente não ligava, mas em situações assim, sentia um pouco de falta do poder do ouro.

- Sim, é para o próprio. O conhece?

Ela pergunta, enquanto vira as costas para pegar um traje cuidadosamente dobrado de uma estante. É um traje extremamente fino, com um longo cachecol cinzento caindo pelas laterais de uma roupa completamente negra.

- O aluguel por uma noite são quinze peças de ouro por esta peça, senhor Dess.

- Que obra de arte! - O elfo observa o traje com uma grande admiração, observando os detalhes por alguns instantes. - Mas, infelizmente, não condiz mais com minha realidade. - Suspira, desviando o olhar. - Juiz Ironbriar é um grande homem e tem minha admiração. Ele tem sido um ótimo anfitrião desde que me mudei para Magnimar. - Fala de maneira comedida, mas ainda grato pelo homem que o recebera. - Ainda assim, desde que deixei minha família, minha realidade é diferente e não posso mais ter esses tipos de luxos. - Dá um sorriso sem graça voltando a encará-la. - Quando vi os trajes dispostos, imaginei que provavelmente não poderia arcar com os custos. Agora que preciso me virar nas viagens com o que consigo, não posso gastar tanto ouro para ir até o teatro. Não gostaria de ofendê-la pedindo algo abaixo do nível de suas habilidades, mas nesse patamar não será possível para mim. - Abaixa a cabeça novamente, pensando no que fazer.

- Quando encontrá-lo novamente, por favor, mande meus cumprimentos. O Juiz Ironbriar é um homem de muita honra e senso de justiça. E sinto muito ouvir isso. Meu último traje de luxo masculino mais... acessível já pronto foi levado hoje mais cedo pelo senhor Vinder. Sinto muito, de verdade, senhor Dess.

- Está tudo bem, não há o que ser feito. - Força um sorriso ao perceber que ela parece genuinamente triste com a situação. - Ainda faltam algumas horas, talvez eu encontre algo... Bom, preciso tentar. - Olha para as próprias roupas. - Aparecer no teatro cheio de sangue provavelmente não vai dar uma impressão muito boa. - Tenta brincar com a situação para amenizar o clima. - Certamente falarei em seu favor quando me juntar ao Juiz novamente. - Troca o peso do corpo de uma perna para a outra, dá uma olhada para a rua, pensando em partir, então a olha nos olhos. - Me desculpe por tomar seu tempo de maneira despropositada.

- De forma alguma senhor Dess. E sou eu quem lhe peço desculpas. Salvaram a cidade junto da guarda e não tenho nada que possa lhe oferecer de forma justa. Se for continuar na cidade, posso tentar lhe costurar algo para a próxima apresentação com um desconto da casa, o que me diz?

- Sua gentiliza já é prêmio o suficiente pelo pouco que fiz. - Ao ver ela tentar, não conseguiu segurar um sorriso, ainda que cansado. Não conseguia ver se ela sequer cogitava responder ao seu interesse, mas não podia negar que parecia uma pessoa realmente gentil e atenciosa. - Certamente que poderemos ver isso. Dependendo de como as coisas seguirem, um dia vou poder encomendar um traje em que colocará em uso toda sua magnífica habilidade de alfaiate. Um traje que impressionará a todos e causará inveja nos grandes jardins de Kyonin. - Dessa vez seu sorriso é genuíno, imaginando como de fato, Rin tinha habilidade para costurar para as maiores famílias de sua cidade natal. Era justamente o tipo de prodígio que precisava aliar ao seu povo.

- Farei o meu melhor para isso então!

- Não tenho dúvidas. - Responde animado ao vê-la sorrir com satisfação. - E negócios a parte, espero vê-la novamente em breve. - Sorri ainda a observando. - Foi um tanto decepcionante não ter sua presença na celebração de ontem pela defesa da cidade. - Então faz uma pausa, como se tivesse se dado conta de algo, se corrigindo em seguida. - Mas é claro que entendo que tenha coisas mais importantes para tomar seu tempo. Eu apenas... gostaria de tê-la visto lá. - Volta a sorrir, então se coloca a caminhar e ergue o braço em despedida. - Até mais, tenha uma ótima tarde.

- Não gosto muito de festas assim. O festival de Desna sendo exceção. Até a próxima senhor Dess, espero vê-lo novamente.

O elfo assente e parte. De início havia ficado impressionado com a beleza da meio-elfa, mas agora vira que suas habilidades com alfaiataria são inigualáveis. Marcou em sua mente o que ela disse sobre não gostar de festas. Talvez ela não gostasse de coisas muito barulhentas ou da bagunça em si. Deveria considerar isso na próxima vez. Talvez um dia pudesse convidá-la para algum tipo de encontro mais discreto. Talvez um jantar? Ponderava enquanto caminhava, imaginando que talvez sua atitude de busca pelo prazer fosse um empecilho em conquistar a aliança dela. Eventualmente descobriria melhor. Depois de perguntar novamente nas ruas, foi até a Boutique Roupas Finas, onde adquiriu um traje fino por uma peça de ouro e seis de prata. Então voltou até o Dragão para descansar e se preparar adequadamente para a peça.

Comprou Roupas Finas por 1po e 6pp.

PV: 14/14 ~ CA: 18 ~ PH: 1
Pontos de Foco: 1/1 ~ Condições:
Recursos: 14 po; 9 pp; 8 pc; Bandoleira: Adaga ~ Volume: 4 (9L) /9/14

Magias Preparadas
Truques: [Arco Elétrico] ~ [Escudo Místico] ~ [Luz] ~ [Mão Mística] ~ [Pasmar] /// [Detectar Magia]
1º Nível: ~~[Arma Mágica]~~

Magias de Batalha
1º Nível: [Potência de Magus]

por **John Lessard** Sex Abr 23, 2021 2:19 pm

Cassian tinha muito trabalho pela frente, ajudando no Dragão, "parando" apenas uma vez para conversar com Theoderic. Cassian derrubou pedidos e trocou mesas, mas conseguiu em geral contornar a maioria dos problemas sem muita dificuldade, em geral dando certo. Ao fim da tarde, Bethana coloca ele pra limpar o chão da taverna pra compensar as bebidas caídas.

- Mas tenho que dizer, você foi melhor que eu esperava. O que tem em mente para depois?

— Pois é, estou um pouco enferrujado... Bem, o que gosta de fazer depois do trabalho para relaxar?

- Eu? Geralmente leio ou continuo meus estudos. Ou jogo dardos. Não costumo competir porém, jogo mais quando estou sozinha no Dragão. E você?

— Eu? Bom, acho que festejo... Na realidade tem muitas coisas que gostaria de falar com você agora. Sobre esses estudos e algumas coisas mais. A gente pode comer alguma coisa, beber e jogar dardos enquanto conversamos depois do expediente, o que me diz?

- Claro, claro. Eu já ia ficar aqui essa noite, pode ser. Vou apenas tomar um banho antes então. Te encontro daqui... uma hora no saguão principal.

E sai andando para os fundos, no quarto pessoal dela. Quando ela faz, a Ameiko sai da cozinha.

- Cassian, uma palavrinha?

O campeão reparava no andar da halfling quando Ameiko surgiu e o chamou.

— Oh, olá, Ameiko. O que se passa?

- Muito cuidado com como tratar Beth essa noite. Ela é minha amiga mais antiga viva, e já te aviso que ela não é fã de meras coisas casuais. Evite machucá-la, certo?

Ela não parece estar ameaçando, parece mais estar tentando te avisar sobre como vai agir.

— Por que todas as pessoas acham que eu tenho segundas intenções?

- Rapaz loiro galante saído de conto de fadas salva cidade e chama pessoas para encontros? Soa suspeito Cassian.

Ela ri.

- Mas falando sério, eu não acho que tenha segundas intenções. Só lhe aviso para, se tiver, ir com cuidado. Entende o que digo?

Cassian bateu continência.

— Sim, senhora!

Ela ri e bate continência de volta:

- Dispensado soldado Cassian!

Ela começa à subir escadas pra ir pro quarto dela.

- E obrigada pela força hoje. Se quiser ajudar mais, sempre agradecerei. hahaha

Esperou um tempo, era bom ir tomar um banho também.

por **DiceScarlata** Sáb Abr 24, 2021 2:51 pm

ANATHALIA

Anathalia

- Sim... ME ataque irmão.. É direito do caçado, desafiar seu predador!!!!

*E a criatura perfurou Anathalia com sua presa, a enterrando em seu estomago. Seu corpo foi atirado ao chão violentamente e seguiu rolando até se parar para uma arvore, que até mesmo se entortou com o impacto. Anathalia estava tingida em vermelho pelo próprio sangue e mesmo assim sorria em sua inconsciência*

*Ao abrir olhos, sentiu o gosto da opção derramada por Aldern e resfolegou. Sentou-se rapido e viu a criatura abatida. Gargalhou ainda cuspindo sangue*

Anathalia

- HAH! Se não for pra sangrar numa caçada, eu nem saio de casa! HAHAHAAH Obrigada por me ajudar.

- Hah! Meu pai dizia o mesmo. Ao menos, acho que dizia. hahahaha Mas nada, é o mínimo que posso fazer. Vocês são os heróis da caçada aqu!

- E presentes é? Ah... Me conte... Não deixe uma felina curiosa.. .Ela não para.. .

*Ronronou com suas ultimas palavras mas com divertimento no olhar*

- Sim, sim. Presentes minha cara. Prefere a versão longa da história ou a curta? hahah

Anathalia

- Sempre prefiro a versão longa.

- Basicamente, eu nasci aqui mas por algumas questões da família eu e minhas irmãs fomos mandados para Korvosa quando crianças. Cresci, fiz minha fortuna e vida do zero lá, e decidi voltar para cá e tentar reviver o nome de minha família, afinal, como já disse um filósofo, "quem és tu que não conhece tua própria história?". Eu só não contava que haviam pessoas em Magnimar que se lembravam de meus pais e estavam dispostos à me ajudar à erguer algo bom aqui. Como o bom juiz Ironbriar, que Dess conhece. Disso ganhei alguns presentes, que honestamente eu não sei o que faria com eles. Então prefiro colocar nas mãos de vocês, aonde verão usos. São coisas de aventureiros. Armas, acessórios mágicos e essas coisas. Então... é isso. hahahah

____________________________

*De volta a taverna, Anathalia encontrou o movimento forte como de costume. Gostava de muvuca e de pessoas e então arregalou os olhos ao ver um CAMPEÃO DOS DEUSES, correndo para lá e para cá com um avental. Pensou em encher o saco dele fazendo um monte de pedidos, mas as repuxadas de dor em sua barriga a impediram. Então apenas se aproximou exibindo feridas recentes ainda*

Anathalia

- Gostei do avental. Quer ajuda ai ?.

*Tom brincalhão*

Cassian abre um sorriso.

— Nossa, as coisas foram agitadas, hein? Bem, tem que falar com a chefia ali. — Apontou para a halfling enquanto retirava alguns pratos da mesa.

*Encara a halflingi dos pés a cabeça e então lentamente vira o rosto para Cassian*

Anathalia

- Heee...?.

*Sorri completamente maliciosa, de canto de rosto*

Anathalia

- Ela é uma gracinha. HAHAHAHAHA Se esforça heim? .

*Deu um soco ao braço de Cassian e foi se dirigir ao balcão, mas antes parou e se virou novamente*

Anathalia

- Tem tempo para fazer aquele milagre divino para uma colega ferida?

*Carinha de pidona, obviamente, um deboche. Ele a tocou e o brilho dourado anuviou suas dores*

Anathalia

- Bem melhor. Gosto de homens multi tarefa.

*Bem humorada, gastou algumas moedas com carne, queijo e cerveja. Se entregou aos pensamentos e então lembrou da corcel que recebera, esperando do lado de fora. Era um desrespeito largá-la assim,*

*Saiu imediatamente e segurou suas rédeas*

Anathalia

- Vamos menina.
_______________________________________

*Percorreu a cidade, perguntando aqui e ali por estábulos, até finalmente encontrar o do "goblin esmagado" . Prendeu a corcel do lado de fora e pediu licença ao entrar, se surpreendendo a ver várias orelhas de goblins dispostas em exibição. Anathalia soltou um riso e perguntaria sobre isso depois*

*Então encontrou um senhor, sentado em seus afazeres, que quando a notou, se virou com calma num cumprimento*

- Tarde.

*Anathalia respeitava os que cuidavam de animais. Mestre de feras haviam aos montes em sua tribo. Ursos, alces, cobras e até cavalos. Uma comunhão entre homens e feras era um elo admirável*

Anathalia

- Boa tarde, senhor dos cavalos. Sou Anathalia, E essa é minha corcel. Ganhou hoje... E não sei muito o que fazer. Nunca tive cavalos. Posso pedir sua sabedoria ?

- Ah sim, foi comprada hoje cedo. Sim sim, essa é Corre-na-Chuva. Embora se quiser dar um nome seu para ela, ela vai aceitar. É boa. Dócil. Se não tiver um estábulo, posso cuidar dela para você enquanto estiver na cidade. Ela pode dormir e correr um pouco nos campos. Ou posso apenas lhe vender comida e coisas para tratar bem dela. O que prefere?

*Ela não havia percebido que a corcel viera dali. Grata informação*

Anathalia

- Corre na chuva... É perfeito.

*Sorri para o senhor*

Anathalia

- Até que eu aprenda sozinha, agradeço se puder cuidar dela, enquanto estou na cidade então. Obrigada... Senhor... ?.

- Hosk. Daviren Hosk. Irei apenas cobrar uma taxa mensal para ajudar à pagar a comida, se for tudo bem por você.

Anathalia

- É o justo.

*Apertou a mão do homem com firmeza*

Ele se levanta da cadeira aonde se sentava e cumprimenta de volta. Ele é bem alto, e Anathalia percebe que certamente muito forte fisicamente, apesar da idade.

*Anathalia piscou duas vezes encarando aquele homem. Parou em seus músculos, sua face e então se sentiu corar*

Anathalia

- Certamente ...

*Desviou o olhar por um momento*

Anathalia

- Então.. Eu... Já vou.

- Se encontrar algum cavalo que precise de lar ou seja ferido, pode trazer até mim.

- Até a próxima então. Pode deixar Corre-na-Chuva ali atrás, ela deve gostar da companhia das irmãs.

Anathalia

- T-ta...

*Se endireitou, sem saber por que estava assim, deu um tropeço como uma garota virgem 15 anos mais nova, se endireitou e levou a corcel para lá, Acaricou-a e se despediu com um abraço antes de partir para a noite*

*A ruiva chegou a lembrar da peça de teatro, e apesar de amar as artes estrangeiras, não se sentia disposta. Comprou bebidas em garrafas, subiu para o seu quarto, se despiu e resolveu beber. Não dormiria ainda, mas o descanso era tão importante para uma lutadora, quanto o treino.*

*E por algum motivo, a imagem do senhor dos cavalos, não saia de sua mente, enquanto virava a garrafa de cerveja*

*Que dia, Anathalia. Que dia*

Cassian cura +6 pvs em Anathalia
Gasto com comida
com cerveja
e com o cavalo

por **Lord Seph** Sáb Abr 24, 2021 4:03 pm

Após um bom tempo arrastando o corpo pesado da criatura o grupo chega a cidade. Vendo Foxglove ocupado com Anathalia o tiefling se afasta após a entrega do animal e sai em busca de uma carroça.

Após algumas perguntas Terry chega numa oficina grande, aonde várias rodas e partes incompletas de carroças estão espalhadas em exibição. Está vazia, porém. Uma casa é anexa à oficina, e você ouve gritos de briga lá de dentro, quando então um homem ruivo de barba cheia sai lá de dentro, mancando um pouco. Ele repara você e então fala com voz rouca:

- Boa tarde, boa tarde. Posso ajudá-lo?

Terry fala de volta.

Boa tarde, vim comprar uma carroça, apesar que o animal parece ter sido criado apenas para montaria.

Haveria algum problema nisso?

O ambiente era um lugar agradável para a natureza do Tiefling, mas não teria como trabalhar ali.

- Não, não, qualquer bom cavalo pode levar uma carruagem ou carroça. Vai querer uma comum então?

Terry acena.

Ótimo, então uma comum e se poder com cobertura para o caso de chuva.

Quanto ficaria?

Responde para deixar clara as intenções.

- Três peças de ouro.

Teria que começar a repensar os gastos, mesmo podendo comprar mais munição para a besta não iria abandonar seu mosquete e gostaria de melhorar ele no fim.

Certo, aqui está.

Desculpe ser bisbilhoteiro, mas notei que está mancando.

Tenho alguns conhecimentos em medicinas se quiser posso ajudar.

Terry entrega as moedas pedidas.

- Acidente na oficina amigo. Agradeço, mas não precisa se preocupar, é coisa antiga; Mas obrigado. Espera, você é o tal vermelho que ajudou os feridos na igreja no dia do combate depois de vencer os goblins não é? Ora rapaz, devia ter me falado assim que chegou. Para você, a carroça é de graça. Meu filho mais novo foi ferido pelos goblins e você ajudou o padre à cuidar dele.

Ele estende as moedas de volta para você.

Terry ainda não estava acostumado com aquele tipo de reação, por mais que visse ser natural para casos como aquele.

Não foi mais que minha obrigação, mas não posso aceitar que tenha prejuízo por mais ajuda que eu tenha feito.

Separa metade das moedas e deixa 1,5.

Assim não me sentirei culpado e você pode me agradecer me informando se há algum lugar que possa vender conhecimentos de manufatura.

Fala com um sorriso.

- Manufatura? Diz de alquimia e estudos? Bom, Nisk Tander, nosso alquimista local, deve ter alguns. Ou talvez Haladan, dono da biblioteca, tenha algum livro sobre essas coisas. Desna te abençoe meu senhor, Desna te abençoe.

Aquilo era interessante, alquimia deixaria para outra oportunidade, mas talvez houvesse uma chance mínima de achar engenhos de Alkenstela por aqui.

Esse já conheci, pensei mais em ferraria.

Mas procurarei o bibliotecário.

Obrigado e que Torag mantenha sua fornalha sempre quente.

Terry agradece pela informação e acaba recebendo mais um pouco.

- Ferreiro... Bom, pode procurar Das Korvut na ferraria dele, o Mastim Vermelho. Se ele estiver sóbrio ou não estiver enxergando vermelho de tão nervoso, é o melhor ferreiro em toda Varisia.

Terry agradece e deixa para pegar a carroça no dia seguinte, também iria só no outro dia ver o bibliotecário e talvez o ferreiro.

Voltaria tranquilo para a taverna, não se interessava por festejos de qualquer espécie, mas se ia morar naquela cidade precisaria criar mais laços e ração para cavalo não devia ser barato.

por **Fenris** Sáb Abr 24, 2021 7:20 pm

Oferendas Queimadas - Página 6 Cb3ec9b630aefa26c08455514d0aae67

25 de Rova, 4707

A noite caía sobre Pontareia, e com ela, chegava hora da grande peça. Para Dess e Theodric, era uma hora bem esperada. Para Theodric, durante seu banho, foi dito que um presente de Ven Vinder havia chegado. Ao chegar em seu quarto no dragão, um luxuoso traje de corte estava disposto sobre a cama. Aquilo certamente faria uma bela impressão.

Para Dess, também havia chegado um presente no Dragão. Três pacotes, enviados por Aldern Foxglove, para ele, Terry e Anathalia. Para Dess, uma espada bastarda de aço fosco, gelado ao toque. Pôde identificar facilmente como um material certamente especial. Ferro frio. Era verdadeiramente algo belo, e certamente eficiente contra demônios. Não que esperasse enfrentar um tão cedo, mas ainda era um belo presente. Para Terry, uma caixa de luxo contendo dez virotes de besta com padrões de vinhas desenhados, com pequenas folhas saindo. Virotes mágicos, e se a carta que vinha com a caixa indicava algo, eram Virotes de Vinha, capazes de prender inimigos no lugar. Certamente um artigo caro. Para Anathalia, um belo e rígido escudo, com a imagem de um leão esculpida no mesmo, com um único olho do leão brilhando com uma pedra negra. Era um escudo pesado, de metal resistente e firme, de excelente qualidade de manufatura.

Eram certamente belos presentes do nobre.

Dess recebe uma espada bastarda de ferro frio; Anathalia recebe um Escudo Robusto (menor); Terry recebe 10x Virote de Vinha.

____________________________________

Dess e Theodric

Theodric buscou seu par na frente da loja geral, com Ven Vinder observando os dois partindo em uma carruagem que havia contratado para levá-los. Shayliss estava deslumbrante, com um vestido vermelho longo e um colar de prata com um largo rubi. Uma bela echarpe cobria seu pescoço e caía de seus ombros. Entraram na carruagem, que os levou até o grande teatro. Entrou no lugar, e tiveram acesso à um camarote próprio para os dois, em um ponto alto do teatro fechado, com uma grande visão do lugar, mas pouco visíveis eles mesmos.

Dess vestiu o traje de luxo que comprara, e entregou o ingresso, sendo guiado para um dos camarotes. Era o mais próximo ao palco, o vendo de cima e tendo uma perfeita visão da peça, mas também sendo extremamente visível para os atores. Como havia pedido para Cyrdak, afinal.

A peça então começou. O príncipe Anvoir, um príncipe de um reino dentre os Reinos Fluviais, viaja pelos ermos nas montanhas em busca de caça. O ator era um belo jovem de origem garundi, os cabelos em tranças grossas presos em um rabo de cavalo. Usava trajes rubros, e carregava uma besta. Durante essa viagem, enquanto ele se separava de seu grupo, era encontrado pela rainha das harpias em uma área enevoada. Allishanda era descida em queda lenta, trajada em sua roupa de harpia. Seus braços convertidos em asas através de bela maquiagem, grandes patas de pássaros no lugar das penas. Não haviam economizado na maquiagem e magia de ilusão. Ela o cercava, enquanto ele tentava se afastar da visão da harpia. Os dois entravam em um debate, e então ela o pedia em casamento. A rainha harpia tornaria o reino dele o mais glorioso com suas súditas. Ele porém, à rejeitava por sua monstruosidade. Ela o atacava, e ele à repelia com tiros de besta. Ela fugia, ferida, rogando a maldição contra o príncipe. Ele sempre seria visto como o mais vil dos monstros.

A segunda cena começava no casamento do príncipe, meses depois. Uma princesa de outro dos Reinos Fluviais vinha se casar com ele, e a cerimônia era atendida por nobres de todo o continente. A princesa era atuada por uma bela jovem varisiana local, que nenhum deles reconhecia. Ela esperava, ansiosa, por seu grande dia, mas quando o príncipe entrava na catedral, ela gritava em horror, dizendo que ele era um monstro. A cena era encerrada com a mesma correndo em desespero e terror, com o príncipe caindo de joelhos em prantos.

Naquela noite, era visitado pela grande rainha harpia. Em sua raiva, ele respondia à proposta dela com ataques e ordens para que seus homens à matassem. Ela respondia lançando uma segunda maldição, dizendo que sua felicidade e amor nunca seriam encontrados enquanto sua alma fosse tão negra.

Era seguida por uma sequência de montagens, aonde dezenas de donzelas o rejeitavam, cada uma de forma mais hostil. Eventualmente, uma donzela cega surge, mas ela não liga para seus avanços; O rosto da atriz, porém, é coberto por um capuz. Até o dia em que o príncipe cai de joelhos para os céus, pedindo perdão, e jurando abandonar sua nobreza por ela. Ela então aceita sua atenção, e ambos começam um romance. Um dia, um grande incêndio atinge a casa da mesma, e o príncipe entra em desespero, se queimando para salvá-la. Ela diz ter sido desfigurada pelas chamas, mas ele diz não ligar para a aparência, quer apenas saber da mesma e que ela esteja bem. Ela então pergunta se ele aceitaria sua aparência monstruosa, e ele diz que se os olhos à rejeitassem, ele arrancaria os próprios olhos para estar com ela. Ela retira o capuz, o rosto da atriz coberto pelo príncipe. Ele ri. Ele ri e sua risada ecoa pelo teatro. Ele diz por fim, que ela venceu.

As asas se manifestam, e a jovem cega retira o capuz para revelar ser a Rainha Harpia. Ela sorri, e ele se ajoelha, sendo levado para o reino dela nas montanhas, para aceitar o amor da rainha.

Palmas eram batidas no final. A produção realmente era de grande valor, mesmo não sendo uma adaptação exatamente fiel da obra original.

Cyrdak fazia sinais para Dess descer pelas escadas no fundo de seu camarote, aonde poderia visitar o camarim de Allishanda.

Dess pode fazer as interações com Allishanda (se for ao camarim dela) pelo Telegram. Theodric pode interagir com Shayliss durante a peça, ou Cyrdak após ela. Ou outras pessoas que queiram; A peça dura 3h

________________________________

Cassian

No salão principal do Dragão, com a taverna fechada naquela noite para funções que não estalagem, (funcionando apenas para os hóspedes) o jovem campeão se via sentado com Bethana em uma mesa, duas grandes canecas de cerveja diante deles. A de Cassian era a caneca mágica que havia ganho de Voon, que se enchia sozinha. Bethana usava um vestido simples, mas bonito.

- Bom, aqui estou eu! Quer jogar dardos enquanto conversarmos? O perdedor tem que pagar uma prenda?

O desafio de dardos são dez dardos para cada, feitos com jogadas de ataque à distância. A CA base é 14, valendo 10 pontos, com um crítico valendo 25 pontos. O objetivo é completar cem pontos. Caso nenhum dos dois consiga 100 pontos, ganha o que tiver mais pontos. Uma falha crítica resulta em jogar o dardo longe, e perde dez pontos.

Os eventos da cena à seguir são 2h após o começo dessa cena

______________________

Anathalia, Terry e Cassian

Era fim de noite calma no Dragão quando a porta da estalagem foi aberta de supetão. Uma mulher local chegava, desesperada, carregando uma criança no colo. Anathalia, Terry e Cassian eram os únicos presentes no local naquela noite (além de Bethana e Ameiko, que já havia ido dormir), e mesmo se estivessem em seus quartos, todos puderam ouvir.

- SOCRRO, POR FAVOR! SOCORRO!

Atualização: Quarta, 28/04

Os Aventureiros
Cassian <> PV: 21/21; CA: 20/18; PH: --; PF: 1/1 <> Escudo: 19/20 (10; 6); Condições: -------
Theodric <> PV: 16/16; CA: 18; PH: 3; PF: 2/2 <> Condições: ----------
Magias Preparadas: Truques - detectar magia, escudo místico, ler aura, produzir chamas, pasmar, orientação; 1° - Curar, Ferir;
Terry <> PV: 18/18; CA:16; PH: 1; PF: 0/0 <> Condições: ----------
Dess <> PV: 14/14; CA: 18; PH: 2; PF: 1/1 <> Condições: --------
Magias Preparadas: Truques - Luz, Mão Mística, Pasmar, Raio de Gelo, Toque Gélido ; 1° - Magias Preparadas: ----- ; Magias de Batalha: Potência de Magus
Anathalia <> PV: 22/22; CA:20/18; PH: 2; PF: 0/0 <> Escudo: 20/20 Condições:

por **R1ck** Dom Abr 25, 2021 3:47 pm

Dess havia recebido um pacote em nome de Aldern Foxglove. O nobre havia prometido alguns presentes que seriam repassados ao grupo da caçada e embora não tivesse pensado muito nisso, pegou o pacote destinado a ele com alguma expectativa. Desembrulhando os panos de maneira didática sobre a cama, deixou uma exclamação escapar ao perceber a belíssima arma que recebera. Era ferro frio, tinha visto isso entre os cavaleiros de Mendev, armas feitas para caçar demônios e feri-los como nenhum outro material faz. Sorriu com grande satisfação, enquanto observava os detalhes da forja da arma. Pegou a bainha da outra espada e testou a nova em seu lugar, a deixando num jeito fácil para pegá-la quando precisasse. Mas essa noite não tinha planos de cortar nada.

***

Havia se arrumado e partido para o teatro. Ficou extremamente satisfeito com camarote cedido por Cyrdak, onde poderia ver claramente o palco e tinha até um posicionamento bom para que fosse visto. Prestou atenção na peça, achando interessante as mudanças sobre a obra original. Trocaram uma tragédia por um final mais positivo, o que deveria ser algo de melhor gosto depois do que aconteceu na cidade recentemente. Sabia do quanto a arte poderia inspirar e aliviar os problemas comuns das pessoas, então mesmo que a decisão provavelmente tivesse sido tomada antes, no fim encaixou bem com as circunstâncias. Ao fim, se levantou e aplaudiu o trabalho bem feito, encarando principalmente a barda que viera prestigiar. Quando tudo se tranquilizou, viu Cydark sinalizar para que fosse direto ao camarim da elfa. Assentiu e ergueu a mão num gesto de agradecimento, então se dirigiu para as escadarias ao fundo do camarote. Chegou à frente do local indicado, a porta fechada sem ninguém por perto. Deu uma batida de leve. A voz melodiosa de Allishanda lhe dá permissão para entrar.

- Kaerol! - Saúda a beldade no idioma natal de ambos depois de passar pela porta devagar, fechando-a novamente à suas costas. - Ai eis Dess.- Faz uma mesura formal ao se apresentar. - As palavras que ouvi sobre suas performances no palco não fazem justiça ao seu talento.- Sorri, encostando as mãos como se batesse palmas, mas de maneira silenciosa, encarando a elfa por alguns instantes. Então se apressa em se explicar. - O generoso amigo Cyrdak não só me cedeu um lugar muito privilegiado nos camarotes, como também o direito a conhecê-la após o espetáculo. Espero que não seja um problema. - Ela vestia poucas roupas, então notou uma tatuagem do símbolo de Calistria no ombro.

- Não tem problema. Ele me avisou. Me passe essa toalha próxima à você. O que achou da peça em si? Do roteiro?

- Claro. - Pega a toalha que ela pediu, levando até ela, sorridente, demorando-se um pouco observando a tatuagem. - Confesso que inicialmente, não esperava a mudança no tom, principalmente para o final. - Encarava a atriz, então deixando as mãos para trás, pensativo. - Eu não conheço muito sobre peças e afins, apesar de gostar de assistir. A minha impressão é que as mudanças feitas foram aos poucos conduzindo para um final positivo ao invés da tragédia. Acho de bom tom, já que estamos em época de comemoração para a reconstrução de parte da cidade, para deixar uma tragédia para trás. E dado o que aconteceu ontem, acho que um final feliz é um sinal melhor para as pessoas de Pontaria. - Sorri novamente.

- Você abre a boca e eu ouço Cyrdak falando através dela. Ele estava certo afinal, as mudanças de última hora foram de bom tom. E pessoalmente? Você gostou?

- Oh, eu não imaginava que haviam mudado em cima da hora. - Se surpreende. - Tudo correu de maneira tão natural que imaginei que já estava sendo ensaiado há bem mais tempo. - Então a encara novamente pensando sobre o que dizer sobre a peça. - Certamente que gostei. A produção toda foi impecável e todos atuaram bem, pelo pouco que sei sobre atuação. - Um sorriso mais discreto que mostra que não tinha muita confiança em seus conhecimentos sobre teatro. - Sua atuação foi deveras incrível, como eu disse, não é algo que estou acostumado a ver. Me entristece um pouco que não tenha conseguido vê-la antes em Magnimar...

- Hmmm... É, é uma boa resposta. Imagino que poderá me ver em Magnimar em breve, não se preocupe.

Ela vira a cadeira para você, o corpo exposto, alcança um chicote na gaveta.

- Por que ainda está de roupas? Ande.

Inicialmente o elfo observou o corpo escultural da mulher sem muito dizer. Então reparou no chicote e cerrou os olhos, digerindo a informação. Quando ela o apressou, sorriu e então foi se despindo, seus olhos ainda nos dela. Como tinha dito aos homens em volta da mesa no Fada, sentia como se fosse sua missão venerar e gerar o maior prazer possível para as belas mulheres com quem se deitava. Ali se colocava a trabalhar nesse sentido novamente, dedicando-se a satisfazer a barda, tendo gosto em se deixar com outra devota da Doce Ferroada.

***

Amanheceu ainda no camarim da mulher, satisfeito pela noite anterior. Começou a se vestir, indiferente às marcas que ganhara no corpo. Eventualmente sumiriam. Sorriu quando viu Allishanda despertar, oferecendo algumas carícias ao se lembrar do quanto tinha aproveitado a noite anterior. Fez um pouco de conversa simples, descobrindo que ela não é de Kyonin. Allishanda é de Varisia mesmo, local onde seus pais viveram, fazendo com que ela tivesse sido criada entre humanos quando os dois morreram, ainda na infância. Perguntou casualmente sobre os boatos de artefatos élficos sendo contrabandeados na região. A resposta não foi muito útil, infelizmente.

- Não sei, honestamente. O Juiz Ironbriar deve saber, lembro de ouvir falando algo sobre quando fiz uma apresentação para a elite de Magnimar. Ou Cyrdak, ele sempre tem informações do tipo.

- O juiz sabe. - Fala num tom amistoso, confirmando com a cabeça levemente. - É bom saber que Cyrdak pode ter alguma informação a respeito. Como tem acesso a círculos diferentes, imaginei que pudesse ter ouvido alguma coisa a respeito que pudesse ter escapado aos ouvidos do juiz. - Encara ela de maneira afetuosa, possivelmente os últimos momentos assim. - A noite foi muito divertida e cheia de bons sentimentos. - Ri de maneira maliciosa. - Não costumo ficar repetindo, mas acho que existem situações especiais. - Oferece uma piscadela à mulher. - Vai voltar a Magnimar logo?

- Ah, não espere que se repita tão cedo meu caro. Foi apenas diversão. Mas sim, voltarei à Magnimar na próxima semana. Tenho apenas mais uma apresentação aqui. Quem sabe na próxima não possamos repetir?

- Huh? - Se surpreende um pouco, então gargalha. - Mas É diversão. - Dá ênfase no "é" enquanto ri em deleite. - Repetindo ou não, isso não muda. - Pisca novamente, terminando de se vestir, então se contém para encará-la quando menciona uma nova apresentação. - Hmmm... É, talvez. - Começa a calçar as botas. - Eu ainda não sei o que vamos ter que fazer por aqui. Ainda não sei quando, mas provavelmente vou retornar a Magnimar em breve. - Então se vira para ela, as mãos puxando a bota - Aliás, deve haver algum tipo de festividade para comemorar a caçada de ontem com o tal Foxglove. Gosta de carne de javali? - Ri.

- Javali? Hm. Quem sabe? Talvez apareça sim. Talvez.

- O que achar melhor... - Dá de ombros, terminando de se vestir por completo e se alongando em seguida. Então caminha até a elfa, ficando bem próximo dela, encarando seus belos olhos. - Deu um trabalho derrubar o animal, era muito maior que os espécimes comuns. E depois da noite que tivemos, acho que deveria ao menos tentar retribuir com algo. - Sorri novamente, tocando seu rosto. - Mesmo sabendo que provavelmente não vai estar à altura. - Ri, voltando a se afastar. - Mas existem pratos muito bons com javali, espero que consigam fazer algo que faça a caçada ter valer a pena. Além dos presentes já que recebemos, claro.

Diplomacia para Impressionar (17)

PV: 14/14 ~ CA: 18 ~ PH: 2
Pontos de Foco: 1/1 ~ Condições:
Recursos: 14 po; 9 pp; 8 pc; Bandoleira: Adaga ~ Volume: 4 (9L) /9/14

Magias Preparadas
Truques: [Arco Elétrico] ~ [Escudo Místico] ~ [Luz] ~ [Mão Mística] ~ [Pasmar] /// [Detectar Magia]
1º Nível: ~~[Arma Mágica]~~

Magias de Batalha
1º Nível: [Potência de Magus]

por **DiceScarlata** Ter Abr 27, 2021 12:38 am

ANATHALIA

Anathalia

- Acabou a bebida

*Anathalia disse simplesmente, ao descer as escadas e se deparar com Ameiko lendo atrás de seu balcão. Encostou em um dos pilares com cara de tédio*

Anathalia

- Afim de um passa tempo?

- Hey. O que tem em mente?

Anathalia

- Gosta de jogos? Estou disposta a um passatempo. Se tiver algum favorito...

- Hoje estou um pouco cansada para jogos em geral Annie. Ia me deitar daqui à pouco, para ser franca. Ia só terminar essa leitura. Amanhã podemos jogar algo. Talvez queda de braço ou luta livre, o que me diz?

Ela ri.

Anathalia

- Combinado

- Não perderia por nada. E pode me arrastar até se for necessário, entendido?

Anathalia

- Jamais a decepcionaria. Ah.. .Antes de ir...

*Disse quase num sussurro*

Anathalia

- O que sabe sobre Daviren Hosk, o senhor dos cavalos desta cidade?

*Depois da resposta, Anathalia acena e apenas se retira*

_______________________

*Uma voz feminina ecoou na escuridão da noite. Anathalia estava prestes a levantar da cama para se despir da armadura e ir dormir, mas ao ouvir o grito, dá um pulo da cama. Olha para os lados e agarra apenas o escudo novo que recebera e o escudo novo que recebera e estava ao lado da cama. Não havia tempo para prender as espadas*

*Saltou pelas escadas até encontrar a garota*

Anathalia

- Menina? O que aconteceu? Tem alguém atrás de você? Me mostre que eu...

Ela tem um bebê no colo, e está puxando um filho de cerca de cinco anos pela camisa na outra mão.

- Nós... nós estávamos no festival. Quando teve o ataque. meu filho, Aeren, viu um goblin queimar um gato vivo, e tem chorado o dia todo desde então. De noite ele grita de horror, o que faz o cachorro latir, e ele d-dizia que um goblin tava no armário. Meu marido, Alegarst, não achou goblin nenhum no quarto e achamos que era um pesadelo. Deuses... Alegarst mandou o pobrezinh virar homem. Mas hoje quando ele gritou, meu marido ignorou, e o cachorro latiu e deu um ganido de dor.

Ela tenta explicar, entre lágrimas. Ela puxa o braço do pequeno Aeren e mostra marcas de mordida. Mordidas de goblin.

- Alegarst entrou no quarto e começou à gritar tentando destruir o armário pra pegar o goblin. Eu peguei meus filhos e corri até aqui pra pedir ajuda. Eu moro do lado. Nos ajudem, por favor.

Anathalia

- Goblins....

*Ao ver a cria ferida, algo instintivo desperta na ruiva, cuja expressão e torna sombria. Anathalia segura a mulher pelos ombros, com uma pegada forte e a olha nos olhos*

Anathalia

- Eu. Vou. Te. Ajudar. Agora respire. A mãe é a criatura mais forte do mundo e é isso que seu filho precisa sentir agora. Mostre o caminho.

por **John Lessard** Ter Abr 27, 2021 3:21 pm

Cassian bebia de sua caneca cheia do néctar da cevada. Diante dele, na mesa, Beth.

— Hm, parece ótimo, vamos lá! Adoro esses jogos de taverna — disse pegando o primeiro dardo — Mas então, me fale de você, disse que estuda no tempo livre, fiquei curioso com isso.

- Estudo a língua Tien. Ameiko tem me ensinado desde que voltou para Pontareia. E também um pouco mais sobre a história da região, com alguns livros que peguei do Senhor Haladan. Quero me tornar uma historiadora.

Ela dizia, arremessando o primeiro dardo.

— Uau, isso é fantástico... Digo, esse arremesso e você se tornar uma historiadora.

- Não tenho muito interesse nessa vida de aventureiro como Ameiko e você, mas a parte de descobrir e entender o passado? É maravilhoso. Mesmo sendo um tópico um pouco pesado, para meu primeiro tópico de estudo quero fazer um compilado sobre as Tragédias Tardias de Pontareia. Eu era uma adolescente quando elas aconteceram, então é uma parte da história recente que tem um teor pessoal para mim.

— Hm, que tragédias seriam essas?

Ela suspirava pesadamente e arremessava outro dardo.

- É uma história longa e pesada. Quer mesmo ouvir?

— Se não tiver problemas para a senhorita — e arremessou outro dardo.

- Cinco anos atrás. Até então, Pontareia era uma cidade calma, relativamente falando. Um dos maiores orgulhos dos locais eram ter um Stoot. Um Stoot era um pássaro de madeira esculpido nas casas, escadas, carruagens da cidade por um escultor local, Jervis Stoot. Ele vivia numa casa que ele mesmo construiu próxima à Velha Luz, o farol da antiga Thassilônia ao noroeste da cidade. Ele não aceitava pedidos. Ele ia até sua casa, pedia permissão, e esculpia. Ninguém recusava, claro, pois ele era muito bom. Muitos viam esses Stoots como um símbolo da cidade: pássaros voando livres, adornando perfeitamente os lugares escolhidos. Meu sonho quando adolescente era ter um para me exibir para minha amigas.

Ela riu, arremessando outro dardo.

- Pontareia era maravilhosa, é o que quero dizer. Pacata, sem nenhum problema, com belos pássaros sendo esculpidos. E então, corpos começaram à surgir nas ruas pela noite. O xerife na época era Casp Avertin. Ele havia vindo de Magnimar, e era extremamente competente. Mas mesmo ele não conseguiu parar o número crescente de corpos. Ao decorrer de um longo mês de inverno, de dias em dias uma nova vítima surgia. Entre elas, pessoas conhecidas por toda cidade. Pérola Quinn, a esposa do velho Jarvis do Peixe Bruxa. Norah Quinn, a irmã dele, também foi uma vítima. Sasha Korvut, a esposa de Das Korvut, o ferreiro. O antigo dono do Dragão, o senhor Donovan. Alynn Porvalli, a mãe de Ryn, da alfaiataria. Wade Deverin, irmão da prefeita e do pobre Gaven, o cervejeiro. Casp era um amigo próximo dos irmãos Deverin, e tendo irmãs mais novas, a causa era bem pessoal para ele. Ainda mais pelos estados dos corpos. O assassino, apelidado de Talhador, arrancava as mãos, olhos e línguas das vítimas. Ao decorrer daquele mês terrível, o Talhador matou um total de vinte e cinco pessoas. Dizem que isso causou uma mudança no Xerife Avertin. Eu me lembro dele antes. Era extremamente bonito, forte. No fim daquele mês, Casp parecia ter envelhecido décadas, e bebia muito. O Talhador conseguia escapar de armadilhas, e até mesmo divinação mágica. E então, um dia... Casp o pegou. O encontrou em um beco, dilacerando a vigésima quarta vítima. Os dois lutaram... e Casp se tornou a vigésima quinta vítima. Mas ele conseguiu ferir o Talhador, e a guarda, liderada pelo segundo em comando de Casp, nosso Belor Hemlock, seguiu o trilho até a Pedra de Stoot. Aonde o velho Jervis construiu sua casa. Eles temiam que ele pudesse ter sido a última vítima, mas a verdade era bem pior. Jervis Stoot era o Talhador. Hemlock conseguiu destruir as defesas da casa dele, e encontraram o velho Jervis no porão da casa. Havia construído um altar com todas as línguas, mãos e olhos arrancados. Na forma de um grande pássaro. Jervis havia arrancado a própria língua e os próprios olhos como uma última oferenda. Hemlock queimou o corpo do homem longe da cidade, destruiu o altar, quebrou todos os Stoots com ajuda dos cidadãos, queimou a casa e esse foi o fim do reino de terror do Talhador.

Ela tomava um gole de uma caneca, depois arremessava um dardo.

- Mas não o fim das Tragédias Tardias.

— Nossa, isso foi... De fato, pesado.

- Sim. Foram tempos difíceis. Muitos não se recuperaram até hoje dos ataques do Talhador. Mas ainda tínhamos um senso se união. A igreja de Desna nos unia, era um porto seguro em Pontareia. O inverno continuou, inclemente. E então, mais um golpe contra o povo. A igreja de Pontareia queimou em um acidente, levando consigo nosso padre, Ezakien, e sua filha, Nualia. Eu nunca falei muito com ela, mas eu me lembro. Tinha mais ou menos a mesma faixa de idade que eu e Ameiko. Ela era abençoada por Desna com toque que curava doenças, cabelo que dava boa sorte, essas coisas. Ao menos, é o que diziam. Mas alguns dos mais velhos achavam que isso era desculpa pra tratar a garota como uma figura divina, e meio que muitos outros jovens tinham medo de se aproximar dela por ser a "Santa de Pontareia". Eu tinha pena dela, ela não merecia isso, ser colocada num pedestal desses apenas por nascer especial. E foram morte trágicas, pois Pontareia perdeu três pilares de uma só vez. E por fim, ao fim daquele inverno, a mãe de Ameiko se matou, se jogando da mansão Kaijitsu contra as pedras do mar. Foi quando Ameiko voltou para Pontareia.

Mais um dardo.

— Doce cevada fermentada! Quantas tragédias. Lamento.

- Eu tenho que pedir desculpas, é o meu tópico de estudo e eu acabei derrubando o clima todo. Como se tornou um campeão de Cayden?

— Não, não, tudo bem, afinal fui eu quem perguntou. Bem, é um pouco estranha a história. Ele me chamou em sonhos, não fui ordenado nem nada. Depois que recebi seu chamado, soube que deveria fugir e ser livre, ajudando os outros também.

- Mensagens em sonhos não são nada estranhas aqui. São o domínio de Desna, afinal. E como Cayden é um deus amigo, faz sentido.

— É... Acabei nem perguntando o desejava desde o começo. Trabalha a quanto tempo aqui?

- Cerca de sete anos, quando ainda era o Dragão de Ferro. Comecei à trabalhar quando tinha... catorze, acho. Quando Ameiko comprou o lugar eu brinquei que eu vinha junto da compra numa tentativa de manter um emprego e... Bom, consegui. Ela virar minha melhor amiga foi algo bom à vir disso. E você? Está sendo um aventureiro faz quanto tempo?

— menos tempo que gostaria... Depois de fugir, passei mais tempo tentando sobreviver e conseguindo algum dinheiro do que sendo aventureiro de fato.

- Bom, se significar algo, sempre terá um lugar em Pontareia para descansar e não precisar apenas sobreviver após a ajuda que nos deram. E uma amiga em mim, ao menos.

Cassian ponderou um pouco.

— Obrigado. Tem algo que eu gostaria de te perguntar...

- Diga.

— O que para você faz uma taverna ser incrível?

- Essa é uma excelente pergunta que agora eu tenho que pensar. Hmmm... Boa bebida e comida, claro, é de extrema importância. E fartura. E que as pessoas se sintam bem ali, tem que ser um lugar bom de receber alguém. E que tenha atrativos para viajantes, de forma que possam contar e gerar histórias. E para você?

Cassian puxou seu caderninho e anotou.

— Para mim? Eu ainda não tenho a resposta completa, por isso viajo por aí, ajudando pessoas e escrevendo nesse caderno tudo que eu preciso para construir a melhor e mais badalada taverna do Mar Interior... De Golarion, quem sabe?

- Oh. Mal posso esperar então. Gaven, o dono da Cervejaria Dois Cavaleiros e um dos maiores produtores de cerveja de Varisia, é um antigo paladino. Talvez queira perguntar para ele mais, quem sabe ele possa te ajudar?

- Boa ideia, obrigado pela dica, vou vê-lo amanhã — o campeão parou, olhando para o alvo do outro lado — Nossa, você é realmente boa nesse jogo... Vamos lá, diga o que devo fazer.

Ela ajustou o seu braço e seu corpo, subindo na mesa pra alcançar sua altura, pra ajudar com a jogada.

Depois de um tempo, a halfling acabou vencendo a competição.

- Impressionante, você é muito boa. Tá, pode falar, qual a prenda?

- Hmm... Ajudar no Dragão por sete dias. Podendo comer e beber do que temos, claro. Válido?

Ela riu, alto.

- Tendo mais chances de ganhar de mim nos dardos.

— É, parece justo.

Ambos sorriram e passaram mais algum tempo conversando sobre amenidades. Mais tarde naquela noite, após Ameiko e Beth terem ido dormir, uma mulher chegou em prantos, pedindo ajuda. Cassian se levanta num salto, se aproximando da mulher.

— Ora, o que houve?!

- Nós... nós estávamos no festival. Quando teve o ataque. meu filho, Aeren, viu um goblin queimar um gato vivo, e tem chorado o dia todo desde então. De noite ele grita de horror, o que faz o cachorro latir, e ele d-dizia que um goblin tava no armário. Meu marido, Alegarst, não achou goblin nenhum no quarto e achamos que era um pesadelo. Deuses... Alegarst mandou o pobrezinh virar homem. Mas hoje quando ele gritou, meu marido ignorou, e o cachorro latiu e deu um ganido de dor.

Ela tenta explicar, entre lágrimas. Ela puxa o braço do pequeno Aeren e mostra marcas de mordida. Mordidas de goblin.

- Alegarst entrou no quarto e começou à gritar tentando destruir o armário pra pegar o goblin. Eu peguei meus filhos e corri até aqui pra pedir ajuda. Eu moro do lado. Nos ajudem, por favor.

Cassian ouvia com atenção, por um momento na confusão de palavras e choro, achou que estava tendo outro ataque goblin em larga escala.

— Um goblin escondido no armário? Nada tema boa senhora, pois nós iremos averiguar essa situação. Não iremos permitir goblins mordendo crianças e batendo em cachorros. Mostre o caminho — ele então puxou sua rapiera e seu escudo — Sigam-me os bons.

Só vou pegar meu mosquete para acabar com a peste.

E assim, saíram na noite.

Competição de Dardos
Arremesso 1 = 13, erro (0 pontos)/17, acerto (10 pontos)
Arremesso 2 = 23, acerto (10 pontos)/23, acerto (20 pontos)
Arremesso 3 = 18, acerto (20 pontos)/20, acerto (30 pontos)
Arremesso 4 = 20, acerto (30 pontos)/7, erro (30 pontos)
Arremesso 5 = 12, erro (30 pontos)/14, acerto (40 pontos)
Arremesso 6 = 23, acerto (40 pontos)/19, acerto (50 pontos)
Arremesso 7 = 10, erro (40 pontos)/19, acerto (60 pontos)
Arremesso 8 = 10, erro (40 pontos)/5, erro crítico (50 pontos)
Arremesso 9 = 11, erro (40 pontos)/20, erro (60 pontos)
Arremesso 10 = 19, acerto (50 pontos)/20, acerto (70 pontos)

por **Lord Seph** Qua Abr 28, 2021 9:12 am

O resto do dia foi monótono, Terry apenas cuidou de suas armas e pensou em como desenvolver as armas de Alkenstrela naquele lugar.

Depois de revisar as armas desceu para passar o tempo com os demais.

Ainda não havia digerido tudo aquilo, mas o tempo estava favorável até aquele momento.

Então uma senhora surge com uma criança em prantos, Terry vê que tirando o ferimento não havia mais perigo a vista.

Os demais reagiam de acordo e Terry não deixa de falar.

Vou só pegar meu mosquete para acabar com a peste.

O tiefling corre até o quarto, veste a bandoleira e carrega a munição junto com seu mosquete.

Eu vou de forma furtiva para o caso dessa praga tentar fugir.

Terry fala indo junto dos demais.

Exploração: Furtividade.

por **Aldenor** Qua Abr 28, 2021 2:39 pm

Theodric ouviu as batidas na porta avisando do presente. Ele fez uma careta pensando que deveriam deixá-lo tomar banho em paz. Depois de tirar a sujeira do dia, enrolou-se na toalha e voltou calçando chinelos para o seu quarto. Ao deparar-se com o presente, abriu um sorriso de orelha a orelha.

Era uma roupa requintada, nos moldes do continente. Theodric analisou brevemente o tecido, as escolhas das cores e do bordado e percebeu que tinha muito o que aprender ainda. Satisfeito, vestiu-se e rumou para o armazém de Ven Vinder.

O dono da loja geral não parava de surpreendê-lo. Sua aparência rústica contrastava com seu gosto por gastos caros. Uma carruagem para levá-los até o teatro! Theodric andava de carruagem em Promessa, quando acompanhava professores carregando seus livros, um trabalho menor para um aluno mediano como ele.

Theodric

Está maravilhosamente bela, Shayliss. É uma honra acompanhá-la.

Disse cumprimentando-a com um beijo em sua mão, inclinando o corpo para frente. Aos olhos de Ven Vinder tinha que se comportar. Porém, dentro da carruagem, a beijou ardentemente, tornando o ambiente interior bem acalorado.

Desceram da carruagem, Theodric a ajudou. Seu rosto estava um pouco mais corado. Logo, tiveram acesso ao seu camarote próprio, onde apenas estariam os dois. Era um lugar aconchegante e bastante requintado. Theodric olhou para baixo, nos assentos comuns e se viu ali.

"Sua vinda a Pontareia já lhe trouxe frutos."

Theodric

Belos frutos.

Respondeu ao ancestral, sem medo de ser ouvido.

A despeito da discrição conferida pelo camarote, Theodric estava realmente interessado em observar a peça e fazer anotações mentais, comparações inevitáveis com o teatro principal de Hermea, onde achou, por alguns anos, terminaria seus dias como um ator. Porém, Hermea não era um lugar comum. Apenas a excelência era permitida, de modo que suas comparações com Pontareia pareciam até covardia. Nada era melhor e perfeito que o seu lar, pois se não fosse assim, como poderia justificar seu exílio?

A atuação dos dois atores na primeira parte foi impecável. Theodric balançava a cabeça admirado. A maquiagem e as fantasias eram um pouco rudes ao seu gosto.

Theodric

Simples, embora dê pra notar o esmero. Veja, até magia utilizaram. Porém, estão abaixo no nível de apresentação dos dois. São realmente espetaculares.

Comentou calmamente para Shayliss, segurando o queixo com dois dedos.

Shayliss

Herói, exterminador de ratos, crítico de arte. O que mais você tem escondido aí Theo?

Seus olhos cor de âmbar se moveram para ela.

Theodric

Hum? Oh, eu sou apreciador da arte. Sou cantor, compositor, ator. Nunca te falei sobre isso? Estou apreciando bastante esta peça, de modo geral.

Shayliss

Bom saber. Muito bom saber. Quando terei algo composto em minha homenagem?

Ela riu. Theodric apenas sorriu, esperando que sua risada não fosse muito alta. Ele segurou sua mão delicadamente.

Theodric

A inspiração vem e volta, se ficar mais tempo em Pontareia, quem sabe um soneto à mais bela ruiva?

Com uma piscada de olho, voltou sua atenção à peça.

Após o fim da apresentação, na qual Theodric fez apenas alguns comentários sobre - sem se importar com as respostas de Shayliss - os aplausos o trouxeram de volta à realidade. Sua mente ainda fervilhava de ideias.

Theodric

De fato, foi uma apresentação magnífica. Não achou? Allishanda faria o queixo cair de muitos em Promessa.

Os olhos dela chegaram à lacrimejar no fim. Theodric ficou muito surpreso com essa reação, não havia prestado muita atenção nela.

Shayliss

Fantástico! E... Promessa? Me conte mais.

Ele lhe ofereceu um lenço para os olhos e a beijou.

Theodric

É uma cidade magnífica. Em Hermea não existem dificuldades. Os humanos trabalham apenas naquilo que são aptos, treinando à perfeição. Então, eu duvido encontrar em Golarion lugar mais belo, seja nas construções, na arte, ou em qualquer área.

Shayliss

Bom, espero um dia poder conhecer tal lugar então. Sempre quis conhecer mais do mundo. Mais que só Pontareia.

Theodric

Seu pai não pensa em expandir seus negócios? Vender em Magnimar mesmo? Poderia colocar você como uma representante dele.

Ele se erguia após os aplausos e andava ao seu lado pelos corredores do teatro.

Shayliss

Meu pai é um pouco... superprotetor, acho. Ele não quer ver nenhuma das filhas longe, tenta sempre manter todos próximos. Mas quem sabe num futuro?

Theodric

Ele é do tipo controlador, deu para ver. Não me entenda mal, não estou criticando. Quando se tem muito, imagino que as pessoas tenham medo de perder.

"O medo nunca é o sentimento certo para guiar suas ações."

Theodric parou um momento pensando no que ouviu de seu ancestral. E então, continuou com Shayliss.

Theodric

Porém... ele precisa ser corajoso, ou vai provocar o que nenhum pai deveria querer: sofrimento dos filhos. Enfim, é sua vida, se quiser se divertir, estou aqui.

Piscou o olho para ela. Já estavam próximos da saída do teatro. Ele pensou em ir ver Cyrdak, mas as emoções da peça, da conversa com Shayliss que refletiu em si mesmo fizeram com que ele quisesse apenas beber um bom vinho antes de dormir. Talvez, porém, com uma bela acompanhante...

Theodric

Não seria uma boa ideia você me acompanhar até o Dragão Enferrujado, né?

Shayliss

Estava pensando se não quer vir comigo até minha casa. Meus pais estarão fora essa noite e amanhã, e minha irmã deve estar com o namorado...

Theodric

Hum... Posso te apresentar alguns sonetos de Hermea, então.

E a beijou.

por **Fenris** Qua Abr 28, 2021 3:39 pm

25 de Rova, 4707

Cassian, Anathalia e Terry

Correram, seguindo a mulher pela noite fria. Por sorte, ela vivia extremamente próximo ao dragão. Enquanto Bethana cuidava das crianças e da mulher do lado de fora, os três entraram na casa. Silêncio absoluto reinava. Caminharam, cada passo fazendo a madeira ranger. Abriram a porta do quarto indicado, e viram o robusto corpo de um homem inclinado para dentro de um armário. Ele se mexia de forma errática. No chão, o cadáver de um cão, a cabeça separada do corpo violentamente, tendo sido rasgada. Ao se aproximarem, porém, o corpo foi arremessado contra a cama, à quebrando. Puderam ver o estado do homem então: o rosto havia sido devorado, deixado em carne viva com pedaços de pele agarrados, ossos se revelando em algumas partes. Um dos olhos já havia sido devorado, sangue escorria por dezenas de ferimentos aonde carne e pele haviam sido arrancados por mordidas. O corpo ainda estava em convulsão, mas tentar salvá-lo era inútil.

Até por terem outra preocupação imediata. Saltando de dentro do armário, o rosto coberto por sangue e ainda engolindo um pedaço da bochecha do patriarca da família, estava um goblin. Com sua arma em mão, olhos ensandecidos, ele avançou contra o três.

Oferendas Queimadas - Página 6 XsqR4ZZ

Iniciativa: Terry
Goblin
Cassian
Anathalia

____________________________________

26 de Rova, 4707

Dess

Estava saindo do teatro, quando um dos guardas da milícia de Pontareia veio em sua direção. O homem se aproximou, batendo continência, e então falou, firme e com respeito:

- Senhor Dess? Bom achá-lo cedo. O xerife Hemlock pede sua presença na sede da guarda da cidade.

_____________________

Theodric

Passara uma noite inteira com Shayliss. Poderia dizer que havia sido tranquila, mas essa palavra raramente era adequada quando Shayliss Vinder estava envolvida. Era de amanhã quando uma batida na porta da casa o chamou pelo nome, e Shayliss o empurrou manhosa da cama pra que atendesse, já que era ele o procurado. Quem o chamava era uma mulher de armadura pesada e cabelo cortado curto.

- Estou procurando um Theodric, imagino que é você não é? O xerife está requisitando sua presença na guarda. E não se preocupe, eu oficialmente te encontrei no Dragão. Ou em qualquer outra taverna que queira.

Ela pisca.

Atualizações: Combate, 24h
Dess e Theodric: Sábado, 01/05

Os Aventureiros
Cassian <> PV: 21/21; CA: 20/18; PH: --; PF: 1/1 <> Escudo: 19/20 (10; 6); Condições: -------
Theodric <> PV: 16/16; CA: 18; PH: 3; PF: 2/2 <> Condições: ----------
Magias Preparadas: Truques - detectar magia, escudo místico, ler aura, produzir chamas, pasmar, orientação; 1° - Curar, Ferir;
Terry <> PV: 18/18; CA:16; PH: 1; PF: 0/0 <> Condições: ----------
Dess <> PV: 14/14; CA: 18; PH: 2; PF: 1/1 <> Condições: --------
Magias Preparadas: Truques - Luz, Mão Mística, Pasmar, Raio de Gelo, Toque Gélido ; 1° - Magias Preparadas: ----- ; Magias de Batalha: Potência de Magus
Anathalia <> PV: 22/22; CA:20/18; PH: 2; PF: 0/0 <> Escudo: 20/20 Condições:

por **Lord Seph** Qua Abr 28, 2021 5:19 pm

Terry foi com instinto de caçador e não se abalou ao ver o cadáver do homem, por um lado ficou triste que a mulher e criança teriam uma vida difícil de agora em diante.

Mas não deixou de pensar que talvez fosse melhor assim, pois o relato da senhora não deixou o Tiefling muito inclinado a gostar daquele sujeito insensível.

Vamos acabar com issom

O quarto foi tomado pelo doce aroma da pólvora queimando enquanto a criatura gritava de dor, a bala havia atingido seu estômago fazendo o sangue jorrar.

Indiferente o Tiefling recarrega sua arma e atira, acertando apenas o armário.

O atirador suspira, não queria gastar mais balas e a criatura estava a beira da morte.

Se você se render posso te tratar, eu não estou a fim de perder uma noite de sono por sua causa

Terry fala na língua bestial do Goblin e sorria, como um diabo tentado fazer negócios.

Ataque I 15, acerto e 11 de dano.

Recarregar mosquete.

Ataque II 11 e erro.

por **Fenris** Qua Abr 28, 2021 5:26 pm

25 de Rova, 4707

Cassian, Anathalia e Terry

A criatura apenas rosnou, selvagem, à proposta de Terry. Alcançando de dentro do armário uma longa haste com uma lâmina cruel, e tentou atingir Cassian, errando o campeão miseravelmente. Ele apneas gritava, e sangue e fiapos de carne escorriam de sua boca.

Oferendas Queimadas - Página 6 XsqR4ZZ

Iniciativa: Terry
Goblin
Cassian
Anathalia

Os Aventureiros
Cassian <> PV: 21/21; CA: 20/18; PH: --; PF: 1/1 <> Escudo: 19/20 (10; 6); Condições: -------
Theodric <> PV: 16/16; CA: 18; PH: 3; PF: 2/2 <> Condições: ----------
Magias Preparadas: Truques - detectar magia, escudo místico, ler aura, produzir chamas, pasmar, orientação; 1° - Curar, Ferir;
Terry <> PV: 18/18; CA:16; PH: 1; PF: 0/0 <> Condições: ----------
Dess <> PV: 14/14; CA: 18; PH: 2; PF: 1/1 <> Condições: --------
Magias Preparadas: Truques - Luz, Mão Mística, Pasmar, Raio de Gelo, Toque Gélido ; 1° - Magias Preparadas: ----- ; Magias de Batalha: Potência de Magus
Anathalia <> PV: 22/22; CA:20/18; PH: 2; PF: 0/0 <> Escudo: 20/20 Condições:

por **John Lessard** Qui Abr 29, 2021 12:56 pm

O estrondo da arma de Terry tomou conta do quarto, junto com o cheiro de pólvora. Ainda assim, mesmo depois de ter o estômago perfurado, a criatura nojenta ensandecido e de maneira pífia. Cassian deslizou para o lado, apenas levantou o pé e chutou a face do goblin.

— Ora, criaturinha grotesca — tentou mais um, mas a criatura se defendeu.

> Dar um Passo (a1)
> Ataque Desarmado (10) + 6 = 16, 7 de dano
> Ataque Desarmado (5) + 1 = 6

por **R1ck** Qui Abr 29, 2021 7:45 pm

Dess não queria impor sua presença por mais tempo que necessário e aparentemente Allishanda também não fazia muita questão de tê-lo por perto mais. Havia cumprido com seu papel, então depois de terminar de se vestir, separou o cabelo no meio da cabeça e jogou a parte mais longa para as costas, deixando-o completamente livre para este dia. Usou um pouco de água para cuidar da higiene, mas deixaria para estudar suas magias quando voltasse ao Dragão. Se despediu da barda e deixou seu camarim com uma expressão de tranquilidade. Caminhou pelos corredores silenciosos do teatro, sem avistar uma única alma viva. Quando deixou o recinto, havia um guarda à espera. O guarda logo avisou que o xerife queria vê-lo, então suspirou e assentiu.

Certificou-se de que a roupa estava bem ajeitada e se preparou para ir. Conforme seguia o guarda até o local designado, via as pessoas abrindo seus negócios, trazendo a vida de volta à pequena cidade. Sua expressão era serena e vez ou outra assentiu para algum conhecido. Param em frente a uma construção extremamente bem fortificada, feita de pedra resistente, muito bem construída e planejada, logo ao lado do salão da prefeitura. Tem torres altas que parecem permitir uma boa vista de toda a cidade. Alguns outros guardas estão à frente, cumprimentando ambos conforme chegam. O elfo retorna os cumprimentos em silêncio, seguindo seu condutor de maneira morosa. O prédio é bem grande, e todos os guardas estão muito bem equipados, com armas e armaduras de qualidade. Pensando bem, nunca vira uma milícia tão bem equipada. Continuou caminhando, observador.

PV: 14/14 ~ CA: 18 ~ PH: 2
Pontos de Foco: 1/1 ~ Condições:
Recursos: 14 po; 9 pp; 8 pc; Bandoleira: Adaga ~ Volume: 4 (9L) /9/14

Magias Preparadas
Truques: [Arco Elétrico] ~ [Escudo Místico] ~ [Luz] ~ [Mão Mística] ~ [Pasmar] /// [Detectar Magia]
1º Nível: ~~[Arma Mágica]~~

Magias de Batalha
1º Nível: [Potência de Magus]

por **DiceScarlata** Qui Abr 29, 2021 10:40 pm

ANATHALIA

*Ao ver a criatura ja semi morta, Anathalia ataca a esmo, tentando se segurar para não matá-la, mas erra todos os seus ataques, beirando a inutilidade*

- A criatura precisa se explicar. Não vamos matá-la... Ainda...

PH gasto, so falha

por **Lord Seph** Sex Abr 30, 2021 8:43 am

Terry não entendia a utilidade de deixar aquela peste viva, mas confiaria no bom senso dos companheiros.

E a resposta foi um chute no rosto do Goblin, fazendo ele sangrar mais um pouco.

Espero que ele tenha algo para falar mesmo.

Terry fala vendo a criatura cair desacordada.

Estou sem minhas ferramentas de curandeiro, então vou pegar eles e ver se posso salvar ele, verifiquem se o homem ainda pode ser salvo.

Terry corre de volta a estalagem para poder ver se o Goblin ainda seria útil.

Ataque I 16, 3 de dano e derruba ele.

por **Aldenor** Sex Abr 30, 2021 12:43 pm

Ao chegar na casa dos Vinder, Theodric sentia-se praticamente em casa. Conhecia os corredores, os quartos. Shayliss tinha uma cama confortável, embora ela tivesse gosto pela palha na garagem da casa. Talvez algo a ver com a exploração do proibido. Porém, Theodric estava com roupas finas, não se daria ao luxo de sujá-las.

Ele ficou pensando em como seu pai, todo solícito com ele, ainda tinha uma visão muito tacanha e controladora de suas filhas.

"Mengkare segue uma lógica parecida. Oferece tudo, mas cobra a liberdade. E não há nada mais valioso que a libertação de uma criatura."

Theodric

Nisso podemos concordar. E o medo faz a pessoa ser controladora, por isso não devemos ter medo etc. Entendi, já sei o que vão falar.

Respondeu ao seu ancestral após lavar-se no lavabo, enquanto Shayliss preparava petiscos com vinho.

A noite agradável foi regada daquilo que Calistria apreciava: música, álcool, luxúria. Theodric estava acostumado com esse clima hedonista de Hermea, embora Shayliss não fosse como as garotas dóceis de Promessa.

***

A porta batida fez Theodric abrir os olhos arregalados, o coração palpitado. O toque suave de Shayliss tratou de acalmá-lo. Ela seria a primeira a ficar nervosa caso fossem seus pais retornando. Theodric se sentou à cama, depois de ser empurrado pela moça para atender a porta. Afinal, era seu nome a ser chamado.

Theodric

Minha alma quase foi levada por um Psicopompo. Vejamos quem é.

Disse suavemente colocando um robe branco e ceroulas.

Ao abria a porta, viu uma mulher da guarda, em armadura pesada. Com seu robe aberto revelando a ceroula, Theodric sorriu de canto para ela.

Theodric

No Dragão basta, senhorita...?

- Avertin. Tenente Aneka Avertin.

Ela riu, fazendo uma continência.

- Mas não, sério, coloca uma roupa aí e vamos andando ou vai ficar difícil disfarçar que não te achei aqui semi nu de manhã pode ser? Eu pago seu desjejum depois.

Ele deixou de se apoiar na porta e fechou seu robe, mantendo o sorriso enquanto analisava a bela guarda.

Theodric

Oh, não se preocupe, Ameiko me garantiu cortesia em seu estabelecimento por ter salvo Pontareia dos goblins. Mas entre, entre, não será de bom tom virem uma guarda na porta da casa de Ven Vinder sem o mesmo estar presente. Aguarde na sala, vou buscar minhas coisas.

Ela assentiu com a cabeça e entrou na casa, cruzando os braços e olhando ao redor. Theodric não foi ao quarto, entretanto, buscou uma jarra com o tal líquido preto chamado café e serviu em duas xícaras.

Theodric

Uma tenente como você deve apreciar o sabor dessa bebida quente, não é? Ela é bastante revigorante. Me sinto revigorado, de fato.

Disse após um gole do café. O robe entreabriu-se de novo, pois fora mal amarrado de propósito. Ela até tentou disfarçar, mas os olhos dela quase brilharam ao ver a xícara. Ela agarrou com as duas mãos e tomou um longo gole, mas logo respirou fundo para se recompor.

- É, sim. Gosto um pouco até demais. Por favor não comente disso com o xerife. E hã... o robe. Sério, se troca, quero mostrar bom serviço.

Ela riu um pouco nervosa. Theodric riu de volta.

Theodric

Perdão, tenente Aneka Avertin, onde estão meus modos?

Ele assentiu e se retirou para o quarto. Uma vez lá, viu Shayliss dormindo, então, apenas recolheu suas roupas e saiu de lá. Havia um motivo extra para se vestir na frente da tenente, além de tentar não acordar a amante.

Theodric

Então, Aneka... posso te chamar assim, certo? Certo. O que o xerife quer comigo?

- Bom, aí é com ele. Eu fui ordenada à te buscar de imediato. Ele deve querer apresentar vocês à senhorita Androsana, acho.

Ele retirava o robe e colocava a camisa branca.

Theodric

Quem é essa?

- Uma patrulheira da região. Shalel Androsana. É uma elfa que patrulha essa parte de Varísia, ocasionalmente trás notícias sobre as tribos goblins e problemas na região e passa os invernos na cidade. Ela é legal.

Agora ele vestia as calças aveludadas. O requinte varisiano era interessante.

Theodric

Uma elfa? Entendo. Deve ser uma pessoa séria. Bom, imagino que ela precise de aventureiros e o xerife vai facilitar o encontro. Deve chamar os outros, Anathalia, Cassian, Dess e o Terry. Bem, eu terei que passar no Dragão primeiro para por meu traje de aventureiro.

Ele terminava de vestir o calçado e piscou o olho para a tenente erguendo o braço para que ela o entrelaçasse e o levasse.

- Outros da guarda já foram chamar eles. Alguns deles se envolveram em um problema com um goblin ontem à noite, então já devem estar na base da guarda agora.

Theodric assentiu, enquanto era levado para o Dragão. Ficou pensativo sobre como seria o impacto imagético dele chegar na taverna com o braço entrelaçado com a tenente da guarda.

Após se arrumar, vestindo sua armadura de malha, com as duas espadas na cintura, ele ponderou se levava sua mochila também.

"Deve estar preparado para tudo. Inclusive uma viagem repentina."

Theodric

Hum, é. Bem pensado. Melhor pecar pelo excesso que pela falta.

Assim, Theodric se apresentou para a tenente Aneka Avertin totalmente preparado para ser um aventureiro. No caminho para a sede da guarda, ele não se deu ao luxo de andar de braço entrelaçado. Já estava buscando sua melhor expressão para denotar seriedade.

por **Fenris** Sex Abr 30, 2021 1:13 pm

25 de Rova, 4707

Cassian, Anathalia e Terry

Com a sola da bola de Terry dando um encontrão contra a cabeça do goblin, o nariz do mesmo se espatifou em sangue, e ele finalmente desmaiou. Não demorou muito, dois membros da guarda chegaram na porta. Fazia sentido que tivessem ido atrás deles depois: o Dragão era logo ao lado da casa da mulher, era mais rápido que correr até a guarda sabendo que os aventureiros estavam ali. O Xerife Hemlock passou pelos dois, fazendo sinal para que não deixassem a esposa os as crianças verem o que estava no quarto, embora os uivos de luto que ouviam do lado de fora fossem sinal de que já era tarde para isso.

- Cubram o cadáver. Separem uma carruagem e mandem Lars levar a família da vítima para Magnimar, eles tem parentes lá, certo? Vocês três, estão bem?

O xerife suspirou.

- Eu os agradeço. Agiram rápido e bem, e novamente fico em débito com vocês. Eu preciso que estejam na base da guarda amanhã bem cedo, posso lhes pedir isso? Irei interrogar o goblin aqui para ver se sabe algo.

Ele respondia à qualquer pergunta e se retirava, levando o goblin desmaiado consigo. Do lado de fora, os gritos de horror da mulher eram ouvidos ainda enquanto guardas à colocavam em uma carruagem. Talvez fosse melhor mandar a mulher para junto da família, de fato. A noite havia seguido então, mas aquele evento havia certamente sido pesado.

______________

26 de Rova, 4707

Os raios de sol da manhã entravam pela janela da sala do xerife. Armas estavam penduradas na parede, além de estantes com livros e mais livros. Uma grande mesa de madeira no centro tinha pergaminhos e mensagem empilhados, e apesar da limpeza impecável do local, havia sinal para olhos treinados que o xerife muito provavelmente estava vivendo em sua sala. Atolado em trabalho, talvez? Mas não importava. O que importava era que ele queria falar com os cinco.

Terry, Anathalia, Theodric, Cassian e Dess se viam diante do xerife e de mais duas pessoas. Uma era uma mulher mais velha, de cabelo curto e rosto amigável. Podiam reconhecer a mesma como a prefeita de Pontareia que haviam visto na abertura do festival, Kendra Deverin. A outra era uma elfa loira, extremamente bem armada: duas espadas curvas na cintura, um arco longo e uma aljava de couro extremamente bem trabalhada cheia de flechas de cabo verde.

O xerife começou à falar em seu tom estoico e grave:

- Senhores, creio que já conhecem Kendra Deverin, a prefeita. Ela queria os agradecer em pessoa. E esta é Shalel Andosana, membra honorária da guarda de Pontareia. Shalel, estes são os mais recentes heróis de Pontareia. Os que nos ajudaram muito contra os goblins.

Após apresentações, ele novamente falava:

- A senhorita Andosana é um problema para os goblins de Varisia fazem anos, e poucos os conhecem tão bem quanto ela. Ela nos trás relatórios de tempos em tempos, e isso ajuda a guarda; Pontareia não é a única cidade da região que está sofrendo com ataques de goblins. Existe um aumento considerável de ataques na região da Estrada da Costa Perdida, particularmente no vale entre o Bosque das Urtigas e o Bosque dos Musgos. Ontem um ataque organizado goblin foi feito contra uma fazenda e se Shalel não estivesse lá para salvar a família e expulsar os goblins, mais que só a casa principal teria queimado. Andosana pode falar mais.

Ele faz um gesto para que a elfa falasse, e ela começa:

- Belor me disse do trabalho de vocês contra os goblins. Parabéns, de verdade. Eu dediquei os últimos anos da minha vida à impedir que eles causem muitos problemas nessas terras, mais os desgraçadinhos são tenazes e férteis. São como ervas daninhas que mordem e incendeiam. De qualquer forma, existem cinco tribos maiores de goblins na região, e, normalmente, eles são muito bons em se manter ocupados com conflitos intertribais. Porém, pelo o que pude deduzir, membros de todas as cinco tribos estão envolvidos nesses ataques. Juntos. Uma boa quantidade dos goblins da tribo do Bosque dos Musgos já estavam bem surrados, e agora tem bastante papo sobre os "pernudos" que mataram tantos deles. E pelas descrições, eles estavam falando de vocês cinco. Parabéns, são celebridades. Enfim, o fato que as cinco tribos estão trabalhando juntas me perturba. Tribos goblins não trabalham juntas à menos que tenham algo grande planejado, e planos grandes exigem chefes grandes. E eu temo que alguém se mudou para a área e organizou os goblins. E julgando pelos ataques, parecem ser notícias ruins para todos nós.

O xerife pigarreou, e então falou:

- Eu estarei partindo para Magnimar com alguns de meus homens em breve para lidar com a liderança da região. Fazer relatórios, pedir orçamento e auxílio. Ordens diretas de cima pela minha presença. Gostaria de lhes pedir um favor enquanto estiver fora: se puderem deixar clara sua presença na cidade, andarem por aí, mostrarem que estão presentes. O povo gosta de vocês e os vê como heróis, e se o líder da guarda está fora em tempos assim, acho que seria bom para acalmar os espíritos deles verem vocês. Podem fazer isso?

- E eu devo ir comer algo, estou faminta. Me acompanham? Gostaria de saber mais sobre vocês e lhes passar algumas informações sobre os goblins da região já que vamos trabalhar juntos. Se quiserem, claro. Devo ir comer no Peixe Bruxa, estou devendo uma para Jargie. Vocês vem?

Ela disse, começando à se retirar, enquanto a prefeita e Hemlock começavam à repassar papelada entre si. Para aqueles que acompanhassem a elfa, chegariam à uma taverna com aparência de boteco próxima ao porto. Um homem corpulento, de barba branca cheia e com uma prótese de madeira no lugar da perna direita abriu os braços e riu ao vê-la chegando:

- SE NÃO É MINHA ORELHUDA FAVORITA! E trouxe convidados. Como você tá sua rata do mato?

A elfa riu, apertando a mão do homem:

- Como é possível que toda vez que eu te vejo você está mais gordo?! Do que diabos você fez essa perna de pau que ela ainda aguenta seu peso?! É bom te ver Jargie. Estou só de passagem hoje. Pode me trazer um de cada. Lagosta, traíra, porção de camarões e linguado.

- Me chame de gordo de novo e vai levar a pernada na cabeça Lilu. Eu te vi quando era criança, não se esqueça disso fedelha. É pra já.

Ele riu, e saiu andando, enquanto a elfa se sentava em uma mesa redonda grande e fazia sinal para que se sentassem.

Cassian, Anathalia e Terry podem fazer as interações da noite anterior, se quiserem. Interações com Shalel pode ser feitas pelo Telegram.
Atualização: Quarta 05/05

Os Aventureiros
Cassian <> PV: 21/21; CA: 20/18; PH: --; PF: 1/1 <> Escudo: 19/20 (10; 6); Condições: -------
Theodric <> PV: 16/16; CA: 18; PH: 3; PF: 2/2 <> Condições: ----------
Magias Preparadas: Truques - detectar magia, escudo místico, ler aura, produzir chamas, pasmar, orientação; 1° - Curar, Ferir;
Terry <> PV: 18/18; CA:16; PH: 1; PF: 0/0 <> Condições: ----------
Dess <> PV: 14/14; CA: 18; PH: 2; PF: 1/1 <> Condições: --------
Magias Preparadas: Truques - Luz, Mão Mística, Pasmar, Raio de Gelo, Toque Gélido ; 1° - Magias Preparadas: ----- ; Magias de Batalha: Potência de Magus
Anathalia <> PV: 22/22; CA:20/18; PH: 2; PF: 0/0 <> Escudo: 20/20 Condições:

por **DiceScarlata** Dom maio 02, 2021 9:51 pm

ANATHALIA

*Anathalia deu passagem para os homens da lei realizarem seu serviço. Quando o xerife estava prestes a partir, a ruiva se fez ouvir*

Anathalia

- Ei, ei Xerife... Tenho interesse em interrogar o gobln. Não falo a lingua deles, mas sou muito boa em intimidar minhas presas. Se me permitir ajudar, já que não fui útil na captura...

- Será bem vinda à ajudar. Não sei se conseguiremos muito mais que conseguimos dos outros goblins capturados, mas esse parece um líder, então talvez saiba mais.

*Hemlock diz no mesmo tom estoico de sempre, fazendo sinal para que Anathalia o seguisse. Eles levavam o goblin para uma pequena sala na base da guarda, no subsolo da mesma. O carcereiro, um shoanti extremamente alto, fechava a porta atrás deles quando passavam, e por fim, estavam sozinhos com o prisioneiro, que começava à acordar.*

Anathalia

- Hum... Agradeço, xerife. Tentarei ser útil. Por acaso... Entede as palavras goblinoides ?

*Encarava o goblin o goblin aprisionado e dava passos lentos em sua direção, com um sorriso leonino cortando sua face, enquanto estalava os ossos do punho. Os olhos adquiriam um tom selvagem*

- Ukratak maka'gorak, dakara matekektek!

*Os olhos dele estão vidrados de ódio, são extremamente vermelhos e ele parece estar tomado de raiva. Ao falar, ele cospe sangue. O xerife não muda muito a expressão, antes de falar:*

- Ele nem sequer está são. Está sob uma mistura de drogas e insanidade pela fome e prisão que passou. Imagino que tenha tomado algum mutagênico e reagiu mal. E não entende nossa língua, é o que ele disse.

Anathalia

- Mutagênico huh? Ja vi algo parecido em algumas tribos. Bersekers que se drogavam para ficar mais fortes, misturando fúria bárbara e alquimia natural.

*Cruzou os braços*

Anathalia

- Acha que dor será mais eficiente? Ou somente após o mutagênico ser diluido pelo corpo, ele estará apto ?

- Uakal mugak. Okantrok hugrâk?

O xerife diz ao goblin, mas ele apenas fica se sacudindo, tentando se soltar.

- Hidûrak?

Ele arremessa um pedaço de carne embrulhado em um pano ao goblin, que agarra com a boca e o engole.

- Às vezes negociar funciona melhor que intimidação apenas. Fale.

- Zerek umatruak. Gugiruak zagamura dederek aktraug.[...]

O goblin fica falando um bom tempo, em um ritmo extremamente acelerado e insano, o xerife o observando impassível. Por fim, ele se vira para sair da sala, e pede para Anathalia o seguir.

*Anathalia olhou com imenso desdém para o xerife que alimentou o monstro que fez aquilo com a família. Mesmo sendo prático, era simplesmente repugnante. Nada disse, só o seguindo*

Anathalia

- As vezes o mais facil não é o melhor.

*Sussurrou, se segurando para não matar a criatura ali. Seguiu o Xerife*

Anathalia

- E então ?.

- Ele não falou muito que os outros não tenham falado. O ataque foi organizado por um líder humano. Humanóide, ao menos. E esse líder apenas deu ordens para matarem e queimarem à vontade enquanto ele executava uma missão secreta no cemitério.

Anathalia

- Vai caçar este humano? Eu adoraria vê-lo julgado diante daqueles que causou mal.

- Preciso primeiro identificar quem é. Mas sim, quando o fizermos, iremos capturá-lo e ele terá de enfrentar as consequências legais de seus atos.

*Acenou para o xerife e andou a frente. Estava tarde, estava estressada e queria descansar*

Anathalia

- Muito bem. Se o goblin for ser executado, me dê a honra, por favor. A familia merece isso.

____________________________________________________

Anathalia

- Conte comigo. Não sou, claro, uma bandeira para ficar desfilando. Vou ativamente proteger as pessoas daqui, por minha própria vontade e gratidão? Heroina? Não longe disso. Sou uma lutadora Scar´la-ta.

*Respondia sobre o comentário de se fazer visível. Não ficou ofendida, pois sabia que a intenção era boa. Mas deixava claro que não era papo. E mostraria com ações. O resto do tempo ficou em silêncio, esperando apresentações, até que todos foram levados para comer pela elfa matadora de goblins. Anathalia possuía um crescente interesse nela*

Anathalia

- Então... Você quer saber sobre nós não é? Não me importo, mas mas mais do que tudo, quero saber sobre você também. O que mais além de matar goblins nos últimos anos? Não que eu esteja reclamando.

*Se apoiou na mesa, falando mais próximo*

Anathalia

- E por falar nas pestes.. O que tem a nos contar sobre eles?

- Eu tenho caçado goblins fazem uns anos, patrulhado as terras, parando monstros e redirecionado aqueles que não consigo matar para lugares não habitados. Sobre os goblins, eles se dividem em cinco tribos na região. Ao sul, tem os Lambesapos, do Pântano da Salmoura. Nadam bem até demais. Ao leste, os Sete Dentes do Bosque da Facada, que se estabeleceram roubando restos das obras do porto e reforjando em armaduras e armas. Ainda mais ao leste, no Bosque dos Musgos, temos os... bom, goblins do Bosque dos Musgos. Os maiores, mas acabam sendo mais problema para si mesmos que para nós. E da costa do Bosque da Urtiga temos os Topocardos, que vivem numa ilha que dizem parecer uma cabeça.

Anathalia

- Incrível... Temos poucos goblins em meu lar. Muitos orc e poucos goblins. Seu conhecimento é ímpar. Bem, sou Anathalia, uma lutadora Scar´la-ta e herdeira do antigo sangue das leoas rubras. No momento estou em uma última peregrinação de guerreira antes de me aposentar e me assentar de vez em meu lar. Acabei vindo parar nessa cidade aqui, cheia de festas, pessoas interessantes e desafios. Já sinto em meu coração de guerreira o desejo irresistível de protegê-la enquanto eu puder. Se alguém a tem como alvo, bem... Eu quero devorar o bastardo. E chutar alguns goblins no processo.

*Ergueu a mão olhando para trás, buscando algum servente*

Anathalia

- Duas cervejas por favor!

- Uma boa causa. E ainda existem os heróis goblins, claro. Cada tribo tem o seu que se destaca.

*Anathalia ergueu as sobrancelhas e se ergueu no lugar. Suas mãos bateram na mesa. Empolgada*

Anathalia

- Heróis... Goblins... Me conte sobre eles!!

- Tem o Grande Gugmut, do Bosque dos Musgos. Dizem que o pai era um goblin e a mãe uma javali. Os Sete Dentes tinham um chamado Koruvus, que carregava uma espada mágica poderosa por aí. Ele desapareceu do nada e nunca mais foi visto nem sinal. Vorka, um canibal dos pântanos que é herói para todos menos os Lambesapos que ele caça. Ripnugget, dos Topocardos, que tem o melhor lar de todos os goblins segundo eles. E então temos Bruthazmus. Esse é um velho inimigo meu. Um bugbear que odeia elfos e tem uma contagem de corpos maior d que a capacidade dele de contar. Já nos enfrentamos várias vezes, mas nunca conseguir finalizar o bastardo.

*Anathalia se sentou. Pegou a cerveja que lhe foi entregue e virou de uma vez. Seu rosto era como o de uma criança. Incapaz de esconder seu sorriso*

Anathalia

- Muito obrigada, mestra elfa. Agora sei qual meu propósito aqui.

*Caçar heróis. Nem mais, nem menos*

por **Aldenor** Ter maio 04, 2021 9:56 am

Theodric chegou à sede da guarda e viu os demais aventureiros. Ele meneou a cabeça cumprimentando cada um, e para Dess, um comentário:

Theodric

Allishanda estava ótima, não é mesmo?

Ele havia visto o elfo de relance durante a peça, em seu camarote. A prefeita estava presente e as apresentações foram feitas. Theodric se colocou à frente dos outros para se destacar. Com uma mão espalmada no peito, sorriu belamente para a prefeita ao se apresentar.

Theodric

Sou Theodric de Hermea, oráculo dos círculos místicos do poder divino superior, herdeiro de uma linhagem draconiana. Encantado. Encantado

E inclinou seu corpo para frente, antes de tocar delicadamente a mão da prefeita para beijá-la e depois repetindo o gesto com Shalel Andosana, aquela que Aneka Avertin havia dito antes. Bajular figuras de autoridade era uma ação que vinha natural a Theodric.

Então, o xerife explicou algumas situações em Pontareia. Aparentemente, seu dever como aventureiro e salvador da cidade se estenderam. Será que teria algum ganho igualmente maior? Era o que pensava e por isso, a Terceira Voz se fez ouvir.

"Sua jornada como herói depende de entender que fazer o bem é o principal objetivo de seu destino. Não busque recompensa, pois as que virão sem sua intenção lhe felicitarão mais."

O altruísmo sempre foi algo difícil para Theodric entender, mas ele não se faria de louco falando sozinho naquele momento, então só ignorou seu ancestral.

Tribos de goblins se unindo, algo raro. Theodric ouvia com o dedo no queixo. Parecia muito perigoso. Sua expressão leve e agradável mudou para uma preocupada, com sorrisos nervosos quando ouviu de Shalel que ele e os outros aventureiros eram "celebridades". Theodric só conseguia se visualizar como um grande alvo.

"Um grande prêmio por suas atitudes guerreiras. Parabéns, conseguiu se tornar temido na região por seus inimigos!"

A Segunda Voz exultava e era até mesmo possível sentir um calor no seu corpo, por baixo da armadura. Mas Theodric temia ser apenas o medo.

Por fim, o "dever" do grupo era apenas se fazer visível na cidade, para que os goblins temessem atacar a cidade de novo enquanto o xerife e parte da guarda viajavam para Magnimar. Theodric engoliu seco, puxando os anéis metálicos em volta do pescoço para tentar respirar melhor. Ergueu um dedo.

Theodric

E se os goblins se sentirem desafiados se souberem que estamos andando pelas ruas? Não irão procurar vingança?

- Após um ataque como o recente? Eles precisariam de semanas para repor os números e forças. Goblins não lidam bem com derrotas: muitos deles se mataram quando foram pegos. Quem quer que tenha unido a tribo para fazer seu assalto ao cemitério, vai precisar fazer todo o processo de novo. O que nos dá algum tempo.

Theodric

Assalto ao cemitério? Quando foi isso? O que aconteceu?

Ficou curioso, talvez esse episódio revelasse algum modo de operar dos goblins, algo que Theodric poderia usar para evitar o confronto.

- Descobri ontem sobre isso. Sabia que haviam assaltado o cemitério, mas achei que estavam apenas atrás de coisas valiosas enterradas. Mas o goblin que seus amigos capturaram ontem revelou que o líder do ataque, um humano aparentemente, organizou tudo para conseguir invadir o cemitério e roubar um corpo.

"Ih, Theo, foram a uma festinha sem você!"

"Perdeu seu tempo com bobagens de teatro! Teria sido uma grande provação de suas habilidades!"

Theodric olhou para Dess fazendo uma careta.

Theodric

Nem todos estavam lá. Bem, um humano no comando não me surpreenderia. As tribos unidas por uma gangue, uma organização de bandidos, talvez. O que as pessoas têm a ganhar com essa união? Com certeza desestabilizar o comércio tornando as estradas perigosas? Talvez. Mas atacar um cemitério? Complicado...

Disse voltando a olhar o xerife. Então, ele viu Shalel chamando o grupo para uma taverna para almoçar. Theodric assentiu e seguiu os demais, depois de se despedir do xerife e da prefeita com seu sorriso e cordialidade habitual.

***

Na taverna, Theodric sentou-se do lado de Cassian e enquanto Shalel falava com Anathalia e explicava sobre as tribos goblins, falou com ele:

Theodric

Você esteve no ataque ao cemitério?

— Eu? Não estive em cemitério nenhum... Por que pergunta isso?

Theodric ergueu a sobrancelha. Estaria bêbado hoje mais cedo na sede da guarda?

Theodric

O xerife falou que o cemitério foi atacado por goblins e aparentemente, liderados por um humano. Achei curioso... Um humano...

Cassian fez uma careta em resposta. Theodric imitou a careta.

— Hã? Onde quer chegar com isso?

"Desconfia dele, Theo? Ele não parece ser do tipo."

Mas Theodric não desconfiava do campeão de Cayden Cailean. Mas achava estranho ele estar tão alheio a tudo. Seria distração, ou algum tipo de joguete?

Theodric

Hum? Não sei, estou pensando...

Respondeu a ele. Cassian apenas sustentou o olhar desconfiado para o iobariano por um tempo. Theodric se virou para Shalel em seguida.

Theodric

Senhorita Shalel, estas tribos devem contar com algum aporte divino, algum sacerdote... hum... xamã rústico, não é? Saberia dizer que deus eles mantém respeito?

- Xamãs, sim. E bom, a mesma divindade que virtualmente todos os goblins do mundo, Lamashtu.

Theodric franziu o cenho ao ouvir o nome da rainha demônio, a Mãe dos Monstros.

Theodric

Não é a toa que eles são tão degenerados e de hábitos monstruosos. Fico me perguntando se eles fossem criados longe dos desígnios dessa religião, se seriam tão mesquinhos e malignos...

Disse em tom lamentoso, balançando a cabeça. Na verdade não se importava de verdade com os goblins, mas sim com o problema atual, que o colocava como alvo de adoradores de monstros.

"Todas as criaturas podem ser bondosas ou malignas, dependendo das circunstâncias de ondem vivem e a trajetória de suas vidas. Veja o próprio Mengkare."

Theodric balançou a cabeça concordando com seu ancestral, lembrando da história trágica desse dragão de ouro.

- Talvez? Não muito, pelos poucos que já conheci que foram criados longe. Ainda eram piromaníacos que matavam cavalos e cachorros sem provocação, mesmo que certamente muito melhores que os tribais. A mitologia deles dizem que foram criados por sangue humano derramado, e alguns historiadores e teólogos dizem que foram criados em um ritual de sangue como tropas demoníacas. Imagino que o apetite por destruição e carnificina seja algo que são tanto quanto é algo que aprendem, mesmo que possa ser diminuído e redirecionado.

Theodric apenas escutava, pensando em suas palavras.

"Tome cuidado com essa postura. Tem um aspecto determinista que tem o potencial de condenar antes de conhecer."

"Não é o caso. Estes goblins tribais são malignos, um bom treino para suas habilidades com a espada.

Theodric

Você conhece bastante sobre estes goblins tribais, não é? Além desses... "heróis goblins"... como funciona a sociedade deles? Cada tribo tem um rei, chefe, etc e os outros são todos comandados igualmente? A religião comanda o rei, ou o contrário? Por que se pudermos entender como funciona sua sociedade, podemos ter recursos para lidar com eles que talvez não seja apenas pela pancadaria.

Ele disse mais temendo por sua vida do que por querer realmente uma solução pacífica. Porém, seus ancestrais se sentiram satisfeitos.

- Você não é o primeiro à pensar nisso, e provavelmente não vai ser o último. Já perdi alguns amigos que tentaram conversar com goblins tribais. Os heróis goblins são aqueles que se provam mais capazes de matança e crueldade enquanto evitam as consequências de seus atos. Eles costumam ter um chefe, eleito por matança, e um xamã. O chefe tem mais poder geralmente, com o xamã sendo um conselheiro. O xamã geralmente é quem fica de olho em possíveis chefes, que se destacam nas... Ugh, como eu odeio esse nome. Nas creches de sangue goblin. Um goblin pode questionar o chefe, mas ele acaba sendo o banquete do dia quando o faz. Se ele conseguir matar o chefe, porém, ele vira o novo chefe.

Theodric fazia uma careta igualmente, acompanhando o "creches de sangue goblin" e na ideia de que eles comem seus próprios semelhantes. Realmente, criaturas difíceis de não se odiar.

Theodric

Hoh, mas não quero conversar com goblins, não nos precipitemos. Eu só quero saber algo que talvez possa usar para ludibriá-los ou negociar por minha vida, caso eu esteja enrascado. Mas num primeiro momento, minha espada falará por mim sempre contra esses vermes desgraçados.

Ele sorriu balançando a cabeça.

por **R1ck** Ter maio 04, 2021 5:03 pm

- Ah, estava mesmo... - Sorri ao responder o comentário de Theodric. O magus estava bocejando enquanto aguardava num corredor, quando viu os outros chegando. Assentiu para cada um, respondendo apenas ao rapaz sendo pego de surpresa pelo comentário, que o fez lembrar da performance da elfa, mas não só no palco. Estava incerto do que ia acontecer e ele parecia ser o único ali que ainda não estava pronto para iniciar o dia. Enfim foram chamados para ver o xerife, então colocou-se a caminhar seguindo os outros para a sala do homem. Ainda podia sentir as marcas da noite passada na pele conforme o tecido da roupa roçava em sua pele quando andava, estava tudo muito fresco. O homem começou a falar e quanto apresentou as mulheres, fez uma expressão de reconhecimento discreta, sem querer interromper o que acontecia ali. Assentiu quando ouviu os parabéns da mulher, incerto do que aquilo significava. Eram só goblins...

Continuou observando em silêncio enquanto a mulher explicava sobre os goblins da região, tentando prestar atenção. Eram criaturas nojentas e não tinha muito interesse em saber deles. No entanto, o fato de ter uma força maior comandando eles de fato mudava as coisas. A expressão antes sonolenta dá lugar à prontidão, sua mente ficando novamente ativa, considerando as informações. Então veio o pedido do xerife e ele não sabia como reagir à aquilo. Inclinou a cabeça com uma expressão de confusão enquanto Anathalia parecia protestar antes de aceitar o pedido, mas então apenas assentiu. Se era só andar pela cidade, poderia fazer. Talvez ninguém reparasse que ele andasse bem mais tempo numa certa parte da cidade que em outras. Quando o rapaz de Hermea questionou sobre poderem ser alvos e fez uma careta para ele depois de falarem de algo no cemitério, Dess apenas deu de ombros, a expressão de confusão.

- Ahn, pegaram um goblin ontem? - Questionou olhando em volta para todos. Pelo que entendeu, o ataque que repeliram foi uma distração para a ação no cemitério e de alguma forma haviam conseguido pegar um goblin que acabou delatando o plano. Podia ser preocupante. - De quem era o corpo que foi levado?? - A cidade era pacífica pelo que sabia, mas aos poucos ouvia falar de uma coisa ou outra, inclusive de assassinatos e ataques de goblins. Lembrou-se de uma amante que lhe confidenciou tais rumores algumas semanas atrás e mordeu o lábio para esquecer dela e se focar no assunto mais urgente.

- Sim, um que havia escapado captura e se escondeu em uma causa. Causou uma morte antes de ser parado pelos seus amigos. O corpo levado foi o do antigo padre de Desna de nossa cidade, Ezakien Tobyn.

- Oh, o pai de Nualia... - Comenta mais para si que para os outros, com os dedos na têmpora direita. - Usar os restos mortais de um sacerdote tem algumas funções além da possibilidade de trazer um morto vivo mais poderoso... Desde tentar trazer espírito ou demônio relacionado aos pesadelos, até buscar informações pertinentes em sua memória. - Olha para o xerife e para a elfa que vive caçando os goblins. - Quem está por trás disso tem intenções bem nefastas com os restos do sacerdote. Sei nada sobre ele, mas acabei descobrindo um pouco sobre sua filha. Devo dizer que não gostei nada do que descobri com relação a como a tratavam. Só não sei o quanto ele a ver com todo folclore envolvido. - Seu olhar era firme em reprovação pelo que havia lido no diário da garota.

- Conheceu sobre Nualia Tobyn? Então sabe da tragédia que tirou a vida dela e do pai. E sim, os mais velhos e as crianças de Pontareia não foram gentis com ela. Meu antecessor não gostava que eu prendesse pessoas e colocasse jovens para fazer serviço comunitário por perseguirem ela, mas era o que eu podia fazer. É uma tragédia que ela tenha morrido daquela forma. Muitas pessoas da cidade à apreciavam, mas ela era muito fechada e com boa razão, considerando como à tratavam. Eu realmente gostaria que tivesse sido diferente.

- Por obra do acaso, tive acesso a anotações da própria... Como num diário. - O elfo explica, notando que essa talvez seja a primeira vez que a voz do xerife, de todas as vezes que o ouviu, trai alguma emoção, e ele parece genuinamente triste com a história. Ele próprio não era de se envolver muito com coisas que não lhe diziam respeito, mas havia ficado triste com o que soube. - No entanto, eu não sei como tudo começou, de onde saiu toda aquela... história. - Encara o xerife, pensativo. Era estranho que a filha de um devoto fosse tratada daquela maneira. Era ainda mais difícil não conseguir associar ambas as coisas.

- Era por... circunstâncias de nascimento dela. Nualia era uma celestial, tocada diretamente por Desna. Seu toque de fato curava, e ela conseguia acalmar animais com a voz. Alguns dos mais velhos eram extremamente supersticiosos e queriam tirar cabelo dela para dar boa sorte. Eu mesma tentei parar eles, mas faziam assim que podiam, fora dos olhos da lei. E como ela era filha de nosso líder religioso, ela ficava protegida na igreja, então começou à se fechar cada vez mais.

- Hmm... - Ergue a sobrancelha ao ouvir a prefeita se manifestar. - Uma situação muito rara... - Se lembra que de fato existem pessoas que descendem de celestiais, mas pela descrição, a benção que ela recebera parecia muito poderosa, bem mais que o esperado. O elfo pondera, levando a mão da têmpora até o queixo. Havia sido uma obra do acaso ou talvez o padre fosse mais do que se esperaria de um sacerdote de uma cidade pacata? - Sei que ela não era realmente filha dele. Vocês sabem como ela chegou até ele? Talvez não tenha nada a ver com o caso, mas talvez seja importante para saber o que podem querer dos restos dele. Obter a guarda de uma criança de tamanho poder não é algo que aconteceria com qualquer um, a não ser que seja uma estranha e gigantesca coincidência.

- Ela foi encontrada um dia na antiga capela pelo Padre Ezakien. Sim, ela era filha adotiva dele. O Padre Ezakien era um homem extremamente devoto e pio, então achávamos que era uma missão sagrada dada à ele por Desna.

- Bom, ele era um sacerdote com uma forte conexão à Desna. Elos fortes tem mais poder para essas coisas. - Suspira, de repente parecia cansado, ou apenas preocupado. - Não sei se devemos esperar tanto assim para fazer algo a respeito ao ataque dos goblins. Se quem coordena tudo isso pegou o corpo com algum propósito desses que mencionei, algo terrível deverá acontecer. - Olha para todos com gravidade. - O maior problema é que talvez já seja tarde demais para impedir. - Passa a mão na testa, ainda pensativo.

- Eu concordo, e estarei requisitando mais apoio em Magnimar para isso. A senhorita Andosana deve investigar a região também. E claro, caso encontrem algo enquanto eu estiver em Magnimar, vocês tem total permissão para agirem, e apenas poderei estar em seu débito. Ofereço novamente postos de agentes da Guarda de Pontareia para os que quiserem. É um salário fixo e poder legal para agirem. Não precisarão fazer muito que não me dar relatório ao fim dos meses enquanto o forem, mas economizaria na papelada e burocracia de contratação de aventureiros nos relatórios para Magnimar.

- Hã... Acho que não. - Nega com a cabeça num gesto demorado. - Não é o tipo de compromisso que eu quero, apesar das intenções e preocupações com a situação. - Se justifica, olhando apologeticamente para a prefeita e o xerife. - Vou andar pela cidade, e se algo acontecer, fazer o que eu normalmente faria na situação, mas não gosto de... obrigações. - Dá de ombros, então espera que todos se decidem, se despedindo brevemente antes de acompanhar a elfa para a taverna.

***

Andou com os outros até a taverna, um pouco ansioso. Não sentia tanta falta de armadura e da espada porque na maior parte de sua vida não fora aventureiro, então era normal para ele. Mas se sentia desconfortável por não ter conseguido realizar seus estudos diários. Sentia como se faltasse alguma coisa e ainda não estivesse totalmente pronto para começar as atividades comuns, mesmo no meio de uma situação preocupante como aquela. Ao chegarem na taverna, olhou para o aspecto da mesma sem se impressionar. Viu o reencontro da elfa com um velho, muito grosseiro na maneira como se referia ao seu povo. Encarou o homem com os olhos cerrados, nada amistoso. Mas ele pareceu não notar, ainda falando alto e deixando escapar que Shalel ainda era bem jovem.

Vendo os outros tomarem suas posições, sentou-se ao lado da elfa, que fazia seus pedidos enquanto mostrava interesse no grupo. Ouviu as dúvidas e considerações de Anathalia, que falava de si novamente. Já passaram por isso com Ameiko no outro dia. Dess notava que estava um tanto impaciente, agitando a perna sob a mesa, e tentou se controlar melhor. Já estavam na hora do almoço e ainda não tinha feito seus estudos diários. Isso trazia lembranças desagradáveis. Então Theodric apresentou suas dúvidas e considerações, fazendo com que Shalel lhes desse um pouco mais de informações sobre os goblins. Começara a imaginar se talvez ela soubesse algo sobre os contrabandos de itens élficos, apesar de isso não ser uma questão urgente. Não adiantaria perguntar ali na frente de todos mesmo.

- Eu sou Dess, de Iadara. - Se apresenta com um gesto típico de seu povo, incerto se a elfa o conheceria ou não. Pelo que ouvira ela parecia ser varisiana, como Allishanda. Talvez fosse alheia aos costumes de seu povo. - Sou... um viajante... - Hesita um pouco, pensando em como explicar o que fazia ali. - Gosto de aprender diferentes culturas, então de tempos em tempos mudo de lar para tentar aprender e me integrar. Mas até pouco tempo atrás não tinha resolvido pegar em armas. - Dá de ombros. - Por isso não sei muito sobre esse mundo de... desafios?

- De Iadara? Lamento não conhecer, mas um dia irei corrigir isso. E bom, esse o único mundo que sempre conheci. Quem sabe em um futuro não possa conhecer um pouco do seu de viagens e aprendizado? Mas não por hora, não por hora. E o que está achando de pegar em armas e vir para a linha de frente?

- É bem... Dolorido. - Ri, lembrando-se dos problemas que teve nas últimas batalhas que participou. - Existe muita coisa diferente nesse mundo... - Fala com seriedade. - E é válido tentar aprender mais. Mas também sei que não é algo que se consegue tão facilmente. Laços, deveres... - Pondera, encarando-a. - Sorte a nossa que podemos ter muito tempo para ir atrás disso. - Sorri de maneira amigável. - Ainda assim, poderia muito bem lhe dar uma amostra do tipo de coisa que podemos aprender viajando, quando tiver algum tempo livre. - Sorri maliciosamente enquanto dá uma piscadela insinuante para a elfa.

- Estou bem com meu mundo de caçadas por hora, agradeço o convite. Mas eu mesma não vivi tanto ainda, então deixo prum futuro distante.

- O que lhe servir melhor. - Responde com um sorriso no rosto, se divertindo com a situação. Então se recompõe, olhando para ela, retomando a seriedade. - Acho que todos já perguntaram as coisas mais pertinentes com relação aos goblins. Eles por si não são grande preocupação, como apontou. O maior problema é conseguir descobrir quem está no controle e o que quer. Até então, acho que não dá pra fazer muita coisa que não ficar na defensiva e tentar evitar que os habitantes sofram com os ataques vindouros. - Continua com sua postura exemplar de elfo, um hábito que estava muito enraizado no seu comportamento devido aos anos lidando com suas funções. - O que você pensa em fazer daqui para frente? Por mais que seja um problema que esteja habitada a enfrentar, a situação mudou e talvez não seja prudente sair sozinha atrás das informações que precisamos.

- Já trabalho sozinha faz um bom tempo. Se querem me ajudar, na verdade tem como. Fiquem atentos à qualquer sinal de ataque. Se encontrarem algo, podem soar esse apito.

Ela entrega um apito em forma de águia. O elfo olha para o objeto por alguns instantes, então o recolhe, apertando a mão em torno do mesmo, assentindo.

- Ele irá avisar minha águia e eu virei correndo. Eu estarei próxima à cidade esses dias, não se preocupem. Estarei voltando diariamente para lhes dar relatórios do que encontrar, e vou dormir no Cervo Branco. E diabos, se algum de vocês for realmente bom em sobreviver nos ermos, pode vir patrulhar comigo até, ou podemos fazer turnos.

- Eu fui instruído sobre como sobreviver nos ermos, mas não diria que seja realmente bom. No mínimo, bem fora de prática. - Responde de maneira hesitante, lembrando-se de como havia frustrado os ensinamentos de seus semelhantes com esse tipo de treinamento. - Poderia tentar eventualmente lhe acompanhar, ao menos eu sei alguma coisa sobre evitar ser percebido. - Se lembra de como isso havia funcionado mais vezes, mas nem sempre. - Quando funciona, pelo menos. - Talvez pudesse acompanhá-la. Ela parecia ser quem mais entende sobre os goblins e Dess tinha a impressão de que ela poderia estar subestimando a situação. Se fosse com ela, talvez conseguisse fazer algo para ajudar em algum eventual problema, ainda que não tivesse certeza sobre as próprias capacidades.

- Então descanse hoje, amanhã uma hora antes do amanhecer irei buscá-lo e iremos aos ermos. Aonde está dormindo?

- Claro. - Assente, ainda com o apito na mão, girando-o entre os dedos sem prestar atenção o que fazia. - Estou dormindo no Dragão Enferrujado pelos próximos dias. - Informa de maneira objetiva, então parece tentar segurar um sorriso, sua mente lhe mostrando que surgiu uma chance única de seguir com seus hábitos, ainda que parecesse um tanto inconveniente no momento. - Se quiser poupar-se da viagem, tem espaço no quarto. - Sorri. O impulso foi mais forte que sua vontade e ele parecia se divertir com a situação, imaginando qual seria a reação de Shalel ante à sua insistência. As vezes o flerte vem de maneira tão natural que ele nem percebia, mas via como um problema, já que nada tinha a perder.

- Erm... não. Não mesmo. Estou bem sozinha. Pode aproveitar o espaço no seu quarto, relaxe.

- Te espero pela manhã então. - Fala depois de rir gostoso, despreocupadamente. - Só me dê um tempo para poder fazer meus estudos diários e vestir a armadura antes de ir. - Fala de maneira cortada, entre os risos, mas tentando soar mais sério dessa vez. - Perdão. - Se recompõe, agora voltando à postura séria de antes. - Mas é verdade, eu preciso estudar as magias antes de ir. Coisa que ainda não consegui fazer hoje. Nem sei como o guarda foi me achar antes de voltar pro Dragão... - Dá de ombros, enquanto estuda o apito que ela havia lhe entregado depois de vê-la sinalizar positivamente com o polegar.

PV: 14/14 ~ CA: 18 ~ PH: 2
Pontos de Foco: 1/1 ~ Condições:
Recursos: 14 po; 9 pp; 8 pc; Bandoleira: Adaga ~ Volume: 4 (9L) /9/14

Magias Preparadas
Truques: [Arco Elétrico] ~ [Escudo Místico] ~ [Luz] ~ [Mão Mística] ~ [Pasmar] /// [Detectar Magia]
1º Nível: ~~[Arma Mágica]~~

Magias de Batalha
1º Nível: [Potência de Magus]

por **John Lessard** Ter maio 04, 2021 8:26 pm

Aquela situação toda era realmente uma lástima, uma vitória amarga. Tinha conseguido dominar o goblin, mas tinham chegado tarde. Quando a milícia chegou junto do xerife, Cassian apenas assentiu e aguardou o necessário. O homem ainda dizia trocava algumas palavras, mas se retirou junto do goblin. Anathalia foi em seu encalço. Cassian seguiu no sentido contrário, de volta para o Dragão.

***

No dia seguinte, após acordar e se preparar foi até o xerife novamente junto com os outros. Lá encontrou o tal de Dess e Theodric... De alguma forma não se sentia muito conectado com nenhum deles, apesar do que haviam passado naquela noite fatídica. Dentro da sala estava o próprio chefe da lei e duas mulheres que Cassian não conhecia. Logo descobriu quem eram. Uma delas era a prefeita, que ele não se lembrava da fisionomia. Ouviu o que eles tinham a falar e não sabia se estava realmente grato de ser celebridade para goblins. Quanto ao pedido do xerife... Cassian era incerto quanto aquilo. Ficar posando de herói, quando coisas aconteciam. Pontarreia não parecia mais tão interessante a cada dia que passava. Um perigo oculto e misterioso, enquanto ele ficava desfiliando pelas ruas, o enervava. Coisas ruins aconteciam quando se demorassem demais. Bom, ficaria o tempo que disse que ia ficar, mas se continuasse aquela morosidades com rumores e inimigos imaginários, iria embora sem pensar duas vezes.

— Então só precisamos andar por aí, enquanto esperamos você voltar de seus afazeres burocráticos? Bem, posso fazer isso, ficarei mais alguns dias no Dragão... Ficar sem fazer nada na realidade não é muito minha praia na verdade, então se não houver uma investida ou algo concreto, eu sigo meu rumo em alguns dias.

- É o pedido que os faço, sim. Claro, se encontrarem algo aonde possam ajudar, agradeceria muito. Mas seria bom para o espírito do povo.

Acabou assentindo e seguindo com os demais para a taverna. Era um lugar que não havia visitado ainda e talvez conseguisse aprender algo ali. Sentado junto com os demais, incluindo Shalel Andosana. Parecia estar revivendo uma situação idêntica, com a única exceção era que a interlocutora anterior não tinha cabelos loiros e orelhas pontudas. Enquanto Anathalia falava sobre si, Theo acabou o chamando e perguntando algumas coisas estranhas que deixaram o campeão confuso e desconfiado. Neste momento se lembrou que ele falava sozinho, verdade, era maluco. Bom, contanto que não fosse um maluco perigoso. Ficaria de olho nele. Quando voltou a prestar atenção ao demais, eram Dess que falava com a elfa, fazendo Cassian suspirar e até fazer uma careta quando ele a chamou para seu quarto. Seu olhar desceu até o apito dado pela mulher. Que prosaico. A encarou, um tanto desanimado.

— Bom, eu sou Cassian, servo de Cayden Cailean, prazer.

- Um devoto do Deus Acidental huh? E o que está achando da cerveja local? O cervejeiro já foi um paladino também, um dia.

— Não me chamaria exatamente de paladino... Mas enfim, parece bem encorpada.

- Ah, imaginei que fosse pela arma. Perdão. Mas sim, é encorpada. Eu gosto, quando visito. Costumo tomar quando estou na cidade.

— Paladinos são mais... Certinhos? Eu sou mais livre, se é que me entende — sorveu mais um gole — Vou me lembrar de visitar, em outras ocasiões.

por **Lord Seph** Qua maio 05, 2021 9:13 am

Terry só teve tempo de ver o xerife Hamlock chegar, e o Tiefling nada podia fazer exceto seguir as ordens. Por fim deu como por encerrado e buscou o conforto do sono.

Na manhã seguinte acordou e seguiu sua rotina de manutenção, e notou que a morte não o abalava, diferente do que normalmente devia acontecer, mas deu de ombros e desceu para ver os demais.

Bom dia.

Se resumiu enquanto via Hamlock e a prefeita divagando sobre os problemas dos últimos dias.

O Padre Zantus relatou sobre ossos roubados no dia do ataque, ele não contou ao senhor, Hamlock?

Terry fala enquanto tomava café.

- Sim, estava ciente. Mas a ideia do padre, e também a nossa, era que estavam atrás de pertences. Como ladrões de tumbas, que não é um comportamento incomum para goblins. A ideia de um ataque organizado apenas para roubar um cadáver, por outro lado...

Terry pensa que devia ter ido atrás de pistas logo naquela noite, mas agora era tarde.

Entendo, bem lamento não poder ir pessoalmente caçar esse herege como prometi ao Padre.

Mas também prometi ajudar se necessário, então pode contar comigo para proteger e ajudar a cidade no que estiver ao meu alcance.

Fala após tomar outro gole de café.

Então uma elfa se aproxima e conta mais histórias, mas não importava muito ao Atirador, já tinha uma missão.

Bem, acho que todos estão de acordo com tudo, certo?

Acho que vou me dedicar as patrulhas da noite já que escuridão não me afeta.

Tinha que tirar vantagem de sua ancestralidade ao menos, pensou Terry.

Exploração: Furtividade.

por Conteúdo patrocinado