A Fenda Estrelada
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DragonKing
roenmidnight
Astirax
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Re: A Fenda Estrelada
Os dias seguiam no Ranger. Em um deles, o capitão Vane o procurou, explicando a situação da missão, enquanto estava sentado em uma mesa comendo com Krak e Gabrian. Jojo sentiu sua bolsinha de moedas mais leve, quase vazia, então franziu o cenho em tristeza.
Apenas disse, indo embora em seguida. O paladino ergueu um dedo, confuso, mas o homem já tinha ido embora. Ele olhou com confusão para os outros dois e viu apenas Krak assentindo e Gabrian não esboçando reação de contar para ninguém.
***
Os dias passavam monótonos. Logo a viagem no mar se tornava mais do mesmo, um marasmo no azul de vários tons. A comida também era era escassa, com direito apenas ao desjejum com pão duro e cerveja e ensopado na hora do almoço. O paladino por sua vez, usava suas porções de rações para complementar refeições a tarde e a noite, embora não tivesse o suficiente para todos os dias, sentia que era o suficiente por ora. Certa vez Gabrian os chamou para um treino, lutas amigáveis e exercícios. Jinn se prontificou e Jojo aceitou também. O golem era rápido e batia com suas mãos vazias, apesar delas serem feitas de metal. Gabrian lutava com aquela arma exótica, que ele chamava de katana. Ao final Jojo tinha um sorriso no rosto suado, os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, ao se lembrar dos treinados da igreja.
Os dias eram muitos quentes, por isso o paladino acabou decidindo ficar sem armadura durante a viagem, de calça, camisa e botas. Quando gritaram que havia terra a vista, o rapaz se preparou para vestir o metal e desembarcar. Antes de sair, entretanto, percebeu o gesto de Jack. Franziu o cenho, porque aquilo poderia significar problemas, mas não ainda.
Andou pelo píer para sentir algo firme sobre os pés novamente, quando um pequeno empecilho surgiu. Teriam que ficar mais um tempo na cidade, por causa de irregularidades na carga. O paladino encarava a cidade com incerteza. Ainda assim, acompanhou Trigo quando ele mencionou querer visitar um lugar. Talvez sua teoria estivesse certa. Bom, deveria o acompanhar junto dos demais. Já trajando sua armadura, conferiu o mangual na cintura e o escudo raspado e com o símbolo de Valkaria nas costas.
Gabrian perguntava sobre a missão e a resposta do hynne era satisfatório, porém Jojo não poderia dizer o mesmo sobre a cidade, melancólica e decadente, assim como o nome da taverna. Quando Gabrian comentou o nome do lugar, Jojo o encarou com um olhar sombrio, depois entrou. Lá dentro Trigo disse que iria pagar pela refeição de todos e o paladino agradeceu por aquilo. Havia alguns tipos peculiares no local, principalmente as clérigas, que chamaram a atenção de Jojo.
O guerreiro humano se dirigia para conversar com os goblins, enquanto o paladino se dirigia ao balcão.
O homem larga o pano sujo atrás do balcão, logo depois de gritar o pedido para a cozinha. A medida que Jojo se aproxima do balcão para falar com ele, consegue sentir um cheiro de carne na brasa. Além disso, o paladino nota também, pela porta entreaberta, um vulto de alguém muito pequeno andando agitado por debaixo da mesa onde as carnes cruas eram preparadas por dois homens.
Jojo se deteve, incerto com o que havia visto. Talvez não fosse nada...
Sua atenção então foi tomada pela confusão criada por Gabrian lhe chamou a atenção. O paladino não sabia o que tinha acontecido, o outro havia ido conversar com os goblins e agora estava de pé e um goblin todo coberto de uma meleca, talvez vômito. O taverneiro balançava a cabeça desolado. Jojo franziu o cenho confuso, depois virou-se para o homem novamente.
Depois girou, dando mais uma olhada para a cozinha antes de voltar para a mesa.
— Capitão, eu aceito... — e deu um riso seco.
Avise seus comandados.
Apenas disse, indo embora em seguida. O paladino ergueu um dedo, confuso, mas o homem já tinha ido embora. Ele olhou com confusão para os outros dois e viu apenas Krak assentindo e Gabrian não esboçando reação de contar para ninguém.
***
Os dias passavam monótonos. Logo a viagem no mar se tornava mais do mesmo, um marasmo no azul de vários tons. A comida também era era escassa, com direito apenas ao desjejum com pão duro e cerveja e ensopado na hora do almoço. O paladino por sua vez, usava suas porções de rações para complementar refeições a tarde e a noite, embora não tivesse o suficiente para todos os dias, sentia que era o suficiente por ora. Certa vez Gabrian os chamou para um treino, lutas amigáveis e exercícios. Jinn se prontificou e Jojo aceitou também. O golem era rápido e batia com suas mãos vazias, apesar delas serem feitas de metal. Gabrian lutava com aquela arma exótica, que ele chamava de katana. Ao final Jojo tinha um sorriso no rosto suado, os cabelos loiros presos em um rabo de cavalo, ao se lembrar dos treinados da igreja.
Os dias eram muitos quentes, por isso o paladino acabou decidindo ficar sem armadura durante a viagem, de calça, camisa e botas. Quando gritaram que havia terra a vista, o rapaz se preparou para vestir o metal e desembarcar. Antes de sair, entretanto, percebeu o gesto de Jack. Franziu o cenho, porque aquilo poderia significar problemas, mas não ainda.
Andou pelo píer para sentir algo firme sobre os pés novamente, quando um pequeno empecilho surgiu. Teriam que ficar mais um tempo na cidade, por causa de irregularidades na carga. O paladino encarava a cidade com incerteza. Ainda assim, acompanhou Trigo quando ele mencionou querer visitar um lugar. Talvez sua teoria estivesse certa. Bom, deveria o acompanhar junto dos demais. Já trajando sua armadura, conferiu o mangual na cintura e o escudo raspado e com o símbolo de Valkaria nas costas.
Gabrian perguntava sobre a missão e a resposta do hynne era satisfatório, porém Jojo não poderia dizer o mesmo sobre a cidade, melancólica e decadente, assim como o nome da taverna. Quando Gabrian comentou o nome do lugar, Jojo o encarou com um olhar sombrio, depois entrou. Lá dentro Trigo disse que iria pagar pela refeição de todos e o paladino agradeceu por aquilo. Havia alguns tipos peculiares no local, principalmente as clérigas, que chamaram a atenção de Jojo.
O guerreiro humano se dirigia para conversar com os goblins, enquanto o paladino se dirigia ao balcão.
— Salve, bom homem. Gostaria de adquirir porções de comida para a viagem, teria algo do tipo?
O homem larga o pano sujo atrás do balcão, logo depois de gritar o pedido para a cozinha. A medida que Jojo se aproxima do balcão para falar com ele, consegue sentir um cheiro de carne na brasa. Além disso, o paladino nota também, pela porta entreaberta, um vulto de alguém muito pequeno andando agitado por debaixo da mesa onde as carnes cruas eram preparadas por dois homens.
Sim, meu caro, vendemos comida honesta para viagem, com carne de porco defumada, castanhas, ameixas, pão de Sambúrdia, queijo e biscoitos.
Jojo se deteve, incerto com o que havia visto. Talvez não fosse nada...
— Bem... Parece ótimo, eu...
Sua atenção então foi tomada pela confusão criada por Gabrian lhe chamou a atenção. O paladino não sabia o que tinha acontecido, o outro havia ido conversar com os goblins e agora estava de pé e um goblin todo coberto de uma meleca, talvez vômito. O taverneiro balançava a cabeça desolado. Jojo franziu o cenho confuso, depois virou-se para o homem novamente.
— Muito bem... É... Poderia preparar sete porções para mim, por favor? Com um pouco de cada, irei pegar e pagar quando sair.
Depois girou, dando mais uma olhada para a cozinha antes de voltar para a mesa.
— O que houve ali com os goblins?
Re: A Fenda Estrelada
JINN, FILHO DE JIHAD
*Os dias foram passando e uma rotina se estabeleceu. Tomou cuidado para todos os dias higienizar o próprio corpo, pois não sabia se mesmo sendo um artefato mágico, poderia sofrer com ferrugem devido a umidade constante do alto mar. Maresia podia ser fatal*
*Treinava todos os dias também, repetindo fiscal e mentalmente os exercícios que lhe ensinaram. Ainda era muito inexperiente e nunca de fato havia participado de uma verdadeira luta. Então quando recebeu o convite de Gabrian, sentiu o mais próximo que seu corpo podia, de um frio na barriga. Mesmo assim, aprender era sempre necessário. E queria saber como Gabrian lutava*
*Então junto de Jojo, treinaram. Os exercicios faziam pouca diferença para Jinn, mas os combates foram essenciais. Obtinha muita vantagem na troca de golpes e principalmente na luta desarmada... Mas TODA VEZ que Gabrian fintava, Jinn caia. Sem falhar uma. Era enganado, derrubado ou fechava a guarda a toa e em posição erronea. Ficou genuinamente irritado, pedindo sempre: "MAIS UMA VEZ, POR FAVOR!" *
*O treino seguiu bem. Aprendeu sobre como eles lutavam e viu que podia atacar sem medo,que seriam capazes de se defender. Uma sensação confortável de segurança se instaurou ali, com aqueles dois.*
*Sorriria, se pudesse*
__________________________________________________Jinn
- Fantasma ?
*Sr. José lhe contava o episódio do capitão e Jinn olhou atônito. A parte do capitão estar pelado e pendurado lhe traria humor contido, mas a ideia de uma mulher translúcida por perto fez as chamas em seus cabelos se encolherem.*
*Assistiu a contenda com os guardas. Já vira aquilo. A burocracia do comércio, do transporte. De fato tudo devia estar documentado devidamente, se não, escaparia as taxas. Seria mero contrabando. Mas já vira sua mãe lidar muitas vezes com guardas que queriam extorqui-la gratuitamente, talvez só por ser mulher*
*Se arrependeram profundamente disso, depois de perderem seus empregos. E aprenderam a lição depois que foram contratados por ela, agora para servir sob suas ordens. O mundo dava voltas*
*Até considerou se envolver e usar um pouco dos conhecimentos que tinha, mas recuou. "Aquela luta não é sua Jinn, não se envolva", pensou.*
___________________________________________
*A caminho de uma taverna, cujo nome devia provocar vômito nos clientes com qualquer senso de limpeza, Jinn ouviu de Gabrian sobre um trabalho, citado a dias atrás e quase esquecido. Parece que o capitão havia tido com ele. Se perguntou por que não o avisou antes...Se sentiu um tanto excluído pelo companheiro. Se perguntou quem mais saberia... Achava que era todos "amigos" a aquela altura.*Jinn
- Trabalho ?
*Jinn olhou para Gabrian por um momento e então cruzou os braços. Deixou a cabeça de lado, curioso*Jinn
- Ah é! Ele falou de ganhar algo mais... Mas nunca contou o que era.... Você... sabe?
Gabrian virou-se para o golem confuso, mas depois sorriu.Gabrian
Hã... ah é, ele contou para aqueles que precisam comer! Hahaha
E depois olhou para Carmen ali perto. Jinn por sua vez olhou para Krak e Jojo. Dias passaram e nada disseram. Estranhou muito. Principalmente o paladino* .Gabrian
É pra todo mundo, pra gente ir numa ilha na Enseada dos Selakos. É uma ilha de bandidos, se entendi direito. Um amigo dele está lá escravizado e nós vamos comprá-lo. Digo, ele vai né. Nós vamos só ser a escolta. Sabe como é, caso dê problema. E eu já torço pra que dê.
E sorriu animado. O golem acenou com a cabeça entendendo*Jinn
- Selakos...!
*Se lembrou de um livro que leu, sobre a força de um selako. Sobre como eles esmagariam seu corpo de aço facilmente com um mover do maxilar*Jinn
- Se o senhor passadeiro não se importa mesmo...! E escravizado? Eu não gosto disso... escravidão. Eu quero ir! ò.ó
- Como assim a Carmem não come?
* Jinn deu de ombros, confuso. Também não tinha reparado nisso. E finalmente chegaram a taverna, com o pior nome do mundo*
____________________________________
*Movimento, comida e conversas. Era uma taverna tipica apesar do nome. Foram recebidos bem e acharam cadeiras. Não demorou muito para que cada um cuidasse de algum assunto próprio. Já a atenção de Jinn estava em duas damas, que bebiam próximas dali
*Ficou olhando de soslaio. Depois de muito tempo, tomou coragem se levantou e caminhou até elas*Jinn
- Com licença... !
As duas conversavam despreocupadas e pararam quando o Jinn se aproximou.
Pois não?Jinn
- Meu nome é Jinn... Jinn Scarlata...!
*Fez um aceno breve e desajeitado*Jinn
- Minha mãe sempre me disse pra valorizar vida, paz e conhecimento... Que isso é mais valioso do qualquer coisa no mundo... Eu não tenho muito mas... !
*Tirou umas moedas do bolso, de suas parcas economias*Jinn
- Posso fazer uma oferenda para ambas as suas igrejas? Sei que esse tanto não fará diferença, mas..!
As duas se entreolharam e sorriram. A que tinha o símbolo sagrado de Marah falou:
Claro que pode, senhor. Sente-se. Eu me chamo Susan.
A outra, com o símbolo de Lena continuou:
Eu me chamo Jean.
A sacerdotisa de Marah recolheu as moedas fazendo um sinal para sentar-se à cadeira. Jean continuou, curiosa:
É a primeira vez que vejo um golem chamar seu criador de mãe.Jinn
- Sentar?!
*Olhou para trás. Viu que Gabrian falava com seus novos amigos goblins e que os demais estavam em seus próprios afazeres*Jinn
- Ta..!
*Se fosse qareen, estaria vermelhissimo. Sentou-se e ouviu a pergunta, após as apresentações. Esse assunto sempre mexia com ele, mesmo que não tivesse como outros saberem*Jinn
- Ela não é minha criadora... Eu nasci dela! Eu era um qareen... Mas... Fui colocado nessa armadura. Eu não sei como sair...
*Baixou a cabeça. As chamas em seu corpo ficaram mais fracas, tremeluzentes*
Jean levou a mão à boca.
Por Lena, quem cometeu este pecado? É como se tirassem uma vida, não é?
Susan ponderou.
Não sei. Golens e Osteons não estão vivos, de fato. Mas possuem consciência e podem promover a paz e a generosidade. Mesmo não podendo desfrutar dos prazeres dos vivos de verdade.
*Ficou constrangido em dizer que foi o próprio pai, então escolheu o silêncio*Jinn
- Eu quero voltar... Eu quero meu corpo de novo. Vocês... sabem de algo que eu possa fazer?!
*As olhou com certa esperança. Chamas reacesas*
Susan colocou o dedo no queixo. Jean respondeu rápido.
Uma penitência? Uma peregrinação a pé para Galrasia, onde a vida pulsa enormemente. Soube que fizeram uma cidade por lá, Lysianassa. Você poderá conseguir ser vivo de novo.
Após ponderar, Susan falou:
Ou talvez... ou talvez você deva continuar sendo um golem e usar sua força para o bem, levar a paz para o coração da guerra. Ajudar aqueles que sofrem violência...Jinn
- Humm...
*Pensou um pouco nas duas respostas. Eram caminhos. Não queria seguir pelo segundo, mas Shirato-sensei dissera algo parecido. Era ele também alguém que amava Marah, embora também amasse lutar*Jinn
- Obrigado a ambas. Desculpe interrompê-las..
*Se despediu a tempo de ver a terrível cena de Gabrian vomitando sobre goblins. Ergueu as mãos em sinal de "mas que porra?", claro, sem nem pensar isso. Voltou a mesa dos companheiros e sentou, ponderando sobre o futuro
DiceScarlata- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Parte 2: Porto de Almas
O cheiro de carne logo invadiu as narinas daqueles que estavam "vivos". Uma rapariga de cabelos cacheados castanhos avermelhados e avental sujo depositou sobre a mesa uma travessa de madeira com um javali assado, cercado por cebolas, batatas e cenoura. Havia um molho por cima da carne que cheirava a pimenta. Outra rapariga, loira com olhos claros, apareceu em seguida recolhendo os copos de vidro vazios e novamente enchidos por cerveja. Trigo, que até então estava com a cabeça baixa, pareceu iluminar-se quando viu a comida.
De fato, a comida estava saborosa, cada garfada, uma satisfação.
Enquanto comiam, a taverna se movimentava.
Os mercenários foram os primeiros a irem embora, deixando algumas moedas de prata sobre a mesa, recolhidas por uma das moças ajudantes do taverneiro. Em seguida, as sacerdotisas se levantaram, acenando para Jinn antes de irem embora. Por fim, os goblins saíram falando alto em seu idioma, em galhofa, mas acenaram também para Gabrian e desataram a rir entre eles.
Havia o homem misterioso, envolto em um capuz. Quando os aventureiros olharam para seu canto, não o viram mais ali. Era como se fosse uma ilusão coletiva.
A taverna estava vazia, exceto pelos aventureiros, que terminaram sua refeição por último.
***
As brumas de Porto das Almas se intensificam à noite, como se aproveitassem a ausência do inclemente Azgher no céu. Tenebra, uma mãe permissiva, permitia as brumas espalharem-se pelas ruas. As pessoas pela cidade não pareciam se importar com isso, mas ao mesmo tempo, em nada contribuía para a impressão dos aventureiros sobre eles. Eram todos taciturnos, sussurrantes, sujos e andavam errantes atrás de seus próprios negócios.
A antiga Colina dos Bons Halflings não tinha mais os casebres dos hynnes pela planície. Algumas estruturas da colina principal da cidade foram preservadas e modificadas sem preocupação com estilo.
No centro da cidade havia uma rua principal enlameada, onde carroças de madeira negra avançavam pelos dois sentidos, acompanhadas por pessoas a pé metidas em casacas pesadas. Brumas por todo os lados não escondem, entretanto, o poço no meio da avenida. Todos passavam desviando por ali. Dois guardas com armaduras de metal sobreposto com escudos e espadas estavam parados ali, conversando próximos. As pedras que formavam o poço pareciam ter algumas inscrições estranhas, impossíveis de se ler sem chegar perto.
Ali era possível ver, ao final da rua principal, um templo do Panteão de portas abertas. A luz bruxuleante, com as paredes de madeira tinham certa imponência, mas era mal cuidado, onde a grama e o visco surgia nas entranhas do local. Não era preciso chegar perto para ouvir alguns louvores aos deuses como um todo. Havia poucas pessoas do lado de fora. Algumas crianças esfarrapadas corriam pelo terreno da igreja com uma bola feita de couro.
Além disso, havia um cemitério em um alto relevo, próximo da colina principal, atrás das ruelas onde a cidade se estendia na planície. As brumas impediam uma visualização completa sem aproximação, mas era nítido que era um cemitério criado após a chegada de Aslothia, com lápides maiores que o tamanho de um hynne, e colocadas sem algum critério aparente. Havia uma construção principal, ao fundo do cemitério, cercada por sombras e corvos.
Ao sul do cemitério, em uma região mais plana, centenas de casas de madeira, aparentemente feitas sem nenhum esmero, apinhavam-se pelo horizonte. Havia dezenas de plantações envoltas nas brumas, algumas placas e espantalhos cobriam a distância, os cercos de madeira e arame farpado terminavam de contribuir para um clima nada hospitaleiro.
***
A taverna Rabo Sujo estava cheia dessa vez. Muitos trabalhadores do campo, comerciantes e viajantes dos portos lotavam o ambiente com fumaça, gritaria, risadas e conversas. O taverneiro parecia agitado, não deu atenção aos aventureiros nem a Trigo, que passou a tarde em uma hospedaria próxima e havia pedido para ficar sozinho. As duas atendentes andavam para lá e pra cá, rodopiando com suas travessas com comida e bebida. Na maioria das vezes bebida espumada em copos de madeira.
O bardo tocava uma música alegre, como o taverneiro prometera, atraindo atenção de alguns humanos risonhos em suas roupas surradas do campo. Mulheres e homens riam e cantavam juntos, realmente felizes e sob efeito do álcool. A dança lembrava um sacolejo do corpo principalmente a parte da cintura.
***
Trigo não se divertia muito, parecia desanimado ou arrependido de ter retornado à taverna. Os aventureiros estavam sentados em uma mesa no canto próximo da porta de entrada, junto com ele. A primeira rodada de cerveja, ele pagou. Mas fora isso, não fez menção em pagar mais nada.
Então, em meio à agitação da taverna do Rabo Sujo, uma criança maltrapilha sentou-se à mesa sem cerimônias. Tinha as lágrimas secas marcadas na sujeira do rosto. Tinha a pele mais escura e os traços diferente do povo daquela parte do mundo. Krak identificou rapidamente que era uma menina do deserto.
O cheiro de carne logo invadiu as narinas daqueles que estavam "vivos". Uma rapariga de cabelos cacheados castanhos avermelhados e avental sujo depositou sobre a mesa uma travessa de madeira com um javali assado, cercado por cebolas, batatas e cenoura. Havia um molho por cima da carne que cheirava a pimenta. Outra rapariga, loira com olhos claros, apareceu em seguida recolhendo os copos de vidro vazios e novamente enchidos por cerveja. Trigo, que até então estava com a cabeça baixa, pareceu iluminar-se quando viu a comida.
Ele parecia alheio à grotesca cena protagonizada por Gabrian e pelas conversas particulares de Jojo e Jinn.
Está com uma bela aparência, não acham, senhoras e senhores?
De fato, a comida estava saborosa, cada garfada, uma satisfação.
Antes que os aventureiros pudessem responder, o hynne se adiantou.
Fico feliz, senhores. Não deixem de nos visitar sempre que quiserem. A noite temos apresentações musicais. Hoje será a vez de um bardo élfico, mas suas canções serão alegres. Todos gostam.
O mercante estava bem à vontade, sorridente. Costas na cadeira, camisa desabotoada para dar espaço extra à barriga.
Viremos, claro. Meus empregados ficarão felizes, não é, meus caros?
Enquanto comiam, a taverna se movimentava.
Os mercenários foram os primeiros a irem embora, deixando algumas moedas de prata sobre a mesa, recolhidas por uma das moças ajudantes do taverneiro. Em seguida, as sacerdotisas se levantaram, acenando para Jinn antes de irem embora. Por fim, os goblins saíram falando alto em seu idioma, em galhofa, mas acenaram também para Gabrian e desataram a rir entre eles.
Havia o homem misterioso, envolto em um capuz. Quando os aventureiros olharam para seu canto, não o viram mais ali. Era como se fosse uma ilusão coletiva.
A taverna estava vazia, exceto pelos aventureiros, que terminaram sua refeição por último.
***
As brumas de Porto das Almas se intensificam à noite, como se aproveitassem a ausência do inclemente Azgher no céu. Tenebra, uma mãe permissiva, permitia as brumas espalharem-se pelas ruas. As pessoas pela cidade não pareciam se importar com isso, mas ao mesmo tempo, em nada contribuía para a impressão dos aventureiros sobre eles. Eram todos taciturnos, sussurrantes, sujos e andavam errantes atrás de seus próprios negócios.
A antiga Colina dos Bons Halflings não tinha mais os casebres dos hynnes pela planície. Algumas estruturas da colina principal da cidade foram preservadas e modificadas sem preocupação com estilo.
No centro da cidade havia uma rua principal enlameada, onde carroças de madeira negra avançavam pelos dois sentidos, acompanhadas por pessoas a pé metidas em casacas pesadas. Brumas por todo os lados não escondem, entretanto, o poço no meio da avenida. Todos passavam desviando por ali. Dois guardas com armaduras de metal sobreposto com escudos e espadas estavam parados ali, conversando próximos. As pedras que formavam o poço pareciam ter algumas inscrições estranhas, impossíveis de se ler sem chegar perto.
Ali era possível ver, ao final da rua principal, um templo do Panteão de portas abertas. A luz bruxuleante, com as paredes de madeira tinham certa imponência, mas era mal cuidado, onde a grama e o visco surgia nas entranhas do local. Não era preciso chegar perto para ouvir alguns louvores aos deuses como um todo. Havia poucas pessoas do lado de fora. Algumas crianças esfarrapadas corriam pelo terreno da igreja com uma bola feita de couro.
Além disso, havia um cemitério em um alto relevo, próximo da colina principal, atrás das ruelas onde a cidade se estendia na planície. As brumas impediam uma visualização completa sem aproximação, mas era nítido que era um cemitério criado após a chegada de Aslothia, com lápides maiores que o tamanho de um hynne, e colocadas sem algum critério aparente. Havia uma construção principal, ao fundo do cemitério, cercada por sombras e corvos.
Ao sul do cemitério, em uma região mais plana, centenas de casas de madeira, aparentemente feitas sem nenhum esmero, apinhavam-se pelo horizonte. Havia dezenas de plantações envoltas nas brumas, algumas placas e espantalhos cobriam a distância, os cercos de madeira e arame farpado terminavam de contribuir para um clima nada hospitaleiro.
***
A taverna Rabo Sujo estava cheia dessa vez. Muitos trabalhadores do campo, comerciantes e viajantes dos portos lotavam o ambiente com fumaça, gritaria, risadas e conversas. O taverneiro parecia agitado, não deu atenção aos aventureiros nem a Trigo, que passou a tarde em uma hospedaria próxima e havia pedido para ficar sozinho. As duas atendentes andavam para lá e pra cá, rodopiando com suas travessas com comida e bebida. Na maioria das vezes bebida espumada em copos de madeira.
O bardo tocava uma música alegre, como o taverneiro prometera, atraindo atenção de alguns humanos risonhos em suas roupas surradas do campo. Mulheres e homens riam e cantavam juntos, realmente felizes e sob efeito do álcool. A dança lembrava um sacolejo do corpo principalmente a parte da cintura.
Após a música, o bardo parou de batucar no seu tambor e inclinou o corpo esperando aplausos. Alguns até aplaudiram, mas a maioria não estava mais prestando atenção a ele. Então, ele falou alto tentando ser ouvido, cheio de sorrisos.
Marca pra nós se ver
Pode ser pra ferver
Hoje eu quero você
Vem me satisfazer
No teu jeito que eu me amarro
De quatro, eu jogo o rabo
Sequência de toma-toma
Sequência de vapo-vapo
Te avisei, não se envolve no meu papo
Não passou de um boato pra você enlouquecer
Eu te dei prazer, tu pediu prazer
Agora o que eu posso fazer?
Eu não quero mais você
Quem falou que eu quero ser tua mulher?
Toma vergonha na cara e vê se larga do meu pé
Muito louca na onda do boldin
Chamei os cria pra base
Vai rolar chuva de Lean
De quatro, eu jogo o rabo
De quatro, eu jogo o rabo
Sequência de toma-toma
Sequência de vapo-vapo...
E então, seu sorriso morreu e ele se sentou em uma cadeira ao lado do palco, bebendo sua cerveja espumosa no copo de madeira.
Senhoras e senhores... sou o mestre de cerimônia Inglessan, eu canto esta e várias outras músicas do povo para sua festa e cobro apenas um tibar de ouro!
***
Trigo não se divertia muito, parecia desanimado ou arrependido de ter retornado à taverna. Os aventureiros estavam sentados em uma mesa no canto próximo da porta de entrada, junto com ele. A primeira rodada de cerveja, ele pagou. Mas fora isso, não fez menção em pagar mais nada.
Então, em meio à agitação da taverna do Rabo Sujo, uma criança maltrapilha sentou-se à mesa sem cerimônias. Tinha as lágrimas secas marcadas na sujeira do rosto. Tinha a pele mais escura e os traços diferente do povo daquela parte do mundo. Krak identificou rapidamente que era uma menina do deserto.
Trigo ergueu uma sobrancelha.
Ouvi falar que eram aventureiros... são heróis? P-preciso de ajuda.
A rudeza do hynne era fria e calma, perdendo o interesse na criança rapidamente, voltando a ficar deprimido em seu canto. A menina, entretanto, não desistiu e encarou os aventureiros com uma tristeza silenciosa.
São meus contratados, pode ir circulando, menina. Não incomode.
Nota do Mestre:
* Entre o almoço e à noite, os aventureiros podem sair pela cidade, conseguir informações, aprender sobre o que tem nela e como funcionam as coisas em Aslothia. E também, claro, há risco de encontrar problemas...
* Vocês podem interagir com o taverneiro, as atendentes, o bardo - que serão respondidos no telegram por mim. Mas podem também criar npcs próprios para interações nesta cena inicial da taverna.
* A cena da chegada da criança à mesa deve ser feita via telegram. Cada pergunta a ela será revelado uma parte do que ela quer. Interações com Trigo também podem acontecer.
Dados dos Personagens:
- Carmen Lúcia <> PV: 18 PM: 4 Defesa: 18 <> Condição:
- Gabrian Barrington <> PV: 22 PM: 3 Defesa: 18 <> Condição:
- Jinn Scarlata <> PV: 23 PM: 3 Defesa: 18 <> Condição:
- "Jojo" <> PV: 23 PM: 6 Defesa: 19 <> Condição:
- Krak <> PV: 15 PM: 11 Defesa: 12 <> Condição:
Próxima Atualização: 05/10 segunda-feira
Maelstrom- MESTRE
- Mensagens : 1333
Re: A Fenda Estrelada
Faltava gordura na alimentação de Krak esses últimos dias, que fora compensada ali, durante aquela refeição que teve seus momentos altos e baixos.
Krak não entendia história, não sabia desse ódio do Sol e da Noite, talvez se aprendesse mais sobre religião, porem esse pensamento trouxe à tona. "Sentiria ódio de Carmen apenas pela Devoção também nesse caso?"
Terminaram a refeição sem incidentes, ou quase, Carmem a preocupa, não interagiu com ninguém, e não abria chances.
A noite naquele lugar Nublado era bem mais sinistro que havia imaginado.
Passeamos de forma breve pela cidade, até a hora do jantar. A questão no porto ia levar pelo menos um dia inteiro.
Música, bebida, comida e taverna cheia. Era um ambiente diferente.
Então uma garota do Deserto chegou, falou com o grupo, pediu ajuda.
A menina se demora um pouco observando Krak e responde:
Ponderou rápido sobre aquilo, não era certo nem ao menos ouvi-la.
A Qareen passa um tempo se lembrando, iriam precisar ir à pé, ou era uma parada do Charles. Era uma parada com tempo limite.
Krak espera a menina se acalmar enquanto pensa na frase seguinte. Tinha de ser algo interessante para Trigo e a menina.
Após se recobrar um pouco, ela continuou:
Parecia algo simples e rápido.
Krak não entendia história, não sabia desse ódio do Sol e da Noite, talvez se aprendesse mais sobre religião, porem esse pensamento trouxe à tona. "Sentiria ódio de Carmen apenas pela Devoção também nesse caso?"
Terminaram a refeição sem incidentes, ou quase, Carmem a preocupa, não interagiu com ninguém, e não abria chances.
A noite naquele lugar Nublado era bem mais sinistro que havia imaginado.
Passeamos de forma breve pela cidade, até a hora do jantar. A questão no porto ia levar pelo menos um dia inteiro.
Música, bebida, comida e taverna cheia. Era um ambiente diferente.
Então uma garota do Deserto chegou, falou com o grupo, pediu ajuda.
- É seguro falar a língua comum? -
Disse em Sar Allan e Depois em Valkar
- Ajuda com o que? -
A menina se demora um pouco observando Krak e responde:
Então, Trigo se exaspera.
... eu viajava com meu pai, Kalib Ab'dulah em uma missão que eu não entendia... ele é mercador, vende tecidos. Mas meu pai e seu guarda-costas, Omar...
Mas o que é isso? Não ouviu o que eu disse? Não estamos interessados. Krak, não a encoraje.
Ponderou rápido sobre aquilo, não era certo nem ao menos ouvi-la.
[Favor de Diplomacia = sucesso com 20]
- Trigo, ouvir não faz mal algum. Aliás, se trata de outro Mercador, que poderia estar negociando com voce. Se fosse o contrário, pelo menos ouvir não seria importante? -
A garota balança a cabeça, secando as lágrimas que escorriam lentamente agora.
É... vendo por esse lado... está certo. Seu pai vendia tecidos não é, menina?
Ela para um pouco para respirar.
S-sim. M-mas ele e Omar foram chacinados durante um ataque de bandidos na estrada.
- Nossa, que horrível. -
A Qareen passa um tempo se lembrando, iriam precisar ir à pé, ou era uma parada do Charles. Era uma parada com tempo limite.
Krak espera a menina se acalmar enquanto pensa na frase seguinte. Tinha de ser algo interessante para Trigo e a menina.
- A ajuda que pede é o que?
Recuperar o roubo para que possa vender - virada de rosto rápida para Trigo - dar um enterro a eles, ou outra? -
Após se recobrar um pouco, ela continuou:
Não quero vingança... eu só quero velar meu pai conforme os ritos de Azgher. Tem que ser no cemitério daqui, perto de onde ele foi morto. E-eu faria tudo sozinha, mas... me disseram que era assombrado...
Parecia algo simples e rápido.
- Alguém vai comigo? Parece ser algo rápido e não perigoso. -
Astirax- Nível 2
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Re: A Fenda Estrelada
O Almoço.
Gabrian retornava à mesa secando as lágrimas, sentindo o abdômen malhado. Rira com os goblins, sentia enorme raiva, mas conseguiu se divertir com eles. Então, seus olhos se depararam com Trigo abismado, Jojo e o taverneiro, Jinn e os demais, todos perplexos. Gabrian sentiu as maçãs do rosto corarem, mas não querendo admitir a pilhéria desnecessária, não voltou atrás, tentou tornar o absurdo em trivial.
Durante o almoço, as pessoas da taverna foram indo embora, mas Gabrian só via os goblins. Eles tiveram a cara de pau de acenar e ainda sair rindo. Gabrian devolveu com um sorriso nervoso, balançando a cabeça nervosamente. Em sua mente, muitas maneiras de se vingar se reproduziam.
Quando acabou de almoçar, olhou para a atendente loira, que trouxera a bebida e sorriu. Era bela e podia ser divertida, mas a julgar pela careta, ainda pensava no momento em que ele vomitara na cabeça do goblin em revide a ter bebido urina de bugbear. Era realmente asqueroso, ele não podia culpá-la. Mas não impediu de ficar emburrado, carrancudo na mesa.
Perambulando por Porto das Almas.
As ruas enlameadas logo começaram a sujar o resto de suas roupas. As botas estavam sujas, mas o passar de carroças e o pisar das pessoas sempre levantava barro pra cima, de modo que era impossível não ser salpicado de lama nas calças e até talvez em sua camisa. Gabrian andava com a cara fechada, olhando por todos os lados, procurando alguma coisa interessante, até que pensou que deveria ir atrás dos goblins.
Lembrou-se de seu mentor, Aldred, falando sobre os Vingadores de Arton.
Então, Gabrian viu a dupla de guardas em frente a um poço, no centro da cidade. Pareciam guardá-lo, como se aquilo fosse importante. Havia umas inscrições estranhas ali, mas nada disso interessava ao guerreiro. Andando pelas brumas que se intensificavam ao longo da noite, Gabrian aproximou-se deles.
A noite na taverna.
Rabo Sujo exultava em risadas e gritos, falatório alto, bebida por todos os lados. O grupo de aventureiros se reuniu em um canto e logo o bardo élfico começou a tocar. Trigo estava infeliz no seu canto, um humor que Gabrian se relacionava no momento. A despeito das pessoas dançantes e cantantes, o guerreiro estava carrancudo e remoendo seu dia de merda. Até que olhou para Trigo novamente e o viu minúsculo, diminuto, encolhido, acuado. Não, Gabrian não podia ser assim também.
O coração bateu rápido e quase sentiu falta de ar. O guerreiro se levantou da mesa com o copo (dessa vez de madeira) e olhou para Jinn.
Deu um longo gole antes de se aproximar dela, que estava carregando uma travessa cheia de bebidas. Antes de encontrá-la, entretanto, viu um homem se levantar e seu ombro indo de encontro à travessa dela... como se o mundo se tornasse lento, Gabrian anteviu seu movimento e encostou em seu ombro, girando-o enquanto se levantava. Os ombros do homem rasparam na travessa da atendente que, com o susto, desequilibrou-se... mas Gabrian estava ali para sua sorte. Com uma mão, a segurou pelas costas e a travessa manteve-se nivelada, as bebidas intactas.
A menina pedinte.
Gabrian estava mais animado dessa vez. Havia conseguido uma boa coisa durante a noite, sorria satisfeito pensando no que a atendente iria querer com ele. Provavelmente algo simples, esperava, pois não podia se distanciar muito de sua missão principal. Já não bastava fazer uma missão paralela para o capitão Charles Vane.
Então, uma menina surgiu do nada, sentada à mesa. Era uma criança maltrapilha, sujinha e logo motivou uma pena em Gabrian. Porém, antes que continuasse a fazer seu pedido por aventureiros, Trigo a interrompeu bruscamente. Gabrian franziu a testa e iria protestar, mas Krak foi mais rápida, apaziguando a situação e deixando a menina falar. Queria que velassem o corpo do pai no cemitério que alegava ser mal assombrado. Para Krak, era algo rápido e corriqueiro. Gabrian ergueu a mão para a sacerdotisa e falou para a menina.
Gabrian retornava à mesa secando as lágrimas, sentindo o abdômen malhado. Rira com os goblins, sentia enorme raiva, mas conseguiu se divertir com eles. Então, seus olhos se depararam com Trigo abismado, Jojo e o taverneiro, Jinn e os demais, todos perplexos. Gabrian sentiu as maçãs do rosto corarem, mas não querendo admitir a pilhéria desnecessária, não voltou atrás, tentou tornar o absurdo em trivial.
E se sentou à mesa, como se tudo fosse normal. A travessa de comida chegou e ele pegou uma grande porção de carne, comendo vorazmente sem se importar com traquejos. Comia mais e mais. Olhou para Jinn e piscou o olho para ele.Gabrian
Haha, esses goblins, viu.
Disse com a boca cheia de comida.Gabrian
Vou comer sua parte, Jinn. Certo?
Durante o almoço, as pessoas da taverna foram indo embora, mas Gabrian só via os goblins. Eles tiveram a cara de pau de acenar e ainda sair rindo. Gabrian devolveu com um sorriso nervoso, balançando a cabeça nervosamente. Em sua mente, muitas maneiras de se vingar se reproduziam.
Quando acabou de almoçar, olhou para a atendente loira, que trouxera a bebida e sorriu. Era bela e podia ser divertida, mas a julgar pela careta, ainda pensava no momento em que ele vomitara na cabeça do goblin em revide a ter bebido urina de bugbear. Era realmente asqueroso, ele não podia culpá-la. Mas não impediu de ficar emburrado, carrancudo na mesa.
Saiu dali sabendo que precisava retornar ao anoitecer, pois Trigo havia comprometido o grupo a ver a apresentação do bardo. Ele parecia animado e Gabrian julgava a boa comida ser o motivo. Como Gabrian gostava de festas, não achou ruim a ideia.Gabrian
Vou dar uma volta. Até mais ver.
Perambulando por Porto das Almas.
As ruas enlameadas logo começaram a sujar o resto de suas roupas. As botas estavam sujas, mas o passar de carroças e o pisar das pessoas sempre levantava barro pra cima, de modo que era impossível não ser salpicado de lama nas calças e até talvez em sua camisa. Gabrian andava com a cara fechada, olhando por todos os lados, procurando alguma coisa interessante, até que pensou que deveria ir atrás dos goblins.
Lembrou-se de seu mentor, Aldred, falando sobre os Vingadores de Arton.
Não que fosse uma ameaça ao povo, mas Gabrian sentia na necessidade de dar um troco maior aos goblins pelo que fizeram fazer. Vomitar na cabeça de um deles foi regozijante, mas não parecia o suficiente.FlashbackAldred
Não deixávamos pedra sobre pedra. Quando uma inimigo surgia no horizonte amedrontando o povo, lá estavam os Vingadores de Arton. Jihad, Fargrimm, Ladon, Lyane, Hoen... éramos invencíveis para vingar as ameaças do povo.
Então, Gabrian viu a dupla de guardas em frente a um poço, no centro da cidade. Pareciam guardá-lo, como se aquilo fosse importante. Havia umas inscrições estranhas ali, mas nada disso interessava ao guerreiro. Andando pelas brumas que se intensificavam ao longo da noite, Gabrian aproximou-se deles.
Gabrian
Boa tarde... vocês por acaso viram um trio de goblins sair da Rabo Sujo faz pouco tempo? Queria encontrá-los, sabe para onde foram?
Eu não vi nada. Você viu, Tião?
Eles encaravam Gabrian com falta de paciência. O jovem guerreiro revirou os olhos encarando aqueles dois inúteis, guardando uma porcaria de poço.
O que eu vi, Simas, é um rapaz metido em assuntos que não são os seus.
Os dois trocam olhares e depois dão risadas de zombaria.Gabrian
Saquei. E um tibar de prata? Se eu jogar no poço eu consigo atender meu desejo de encontrar os goblins?
Primeira vez que vejo amantes de goblins. Existem goblins putas, Simas?
Gabrian fechou a cara.
Não sei, Tião. Garoto, esse poço não atente desejos de pervertidos sujos. Mas por cinco tibares posso ter visto algum goblin.
Gabrian
Bom, pelo menos não fico guardando um poço inútil. Que merda vocês devem ter feito pra receber essa tarefa que um kobold cego faria?
Disse Tião. Simas colocou a mão em seu peito, impedindo o avanço do guarda mais irritado.
O que disse, garoto? Você quer arrumar confusão, é? Aqui é a lei, seu merdinha.
Gabrian franziu a testa. Estava no limite. A qualquer momento sacaria a katana, atacaria os guardas e os feriria. Poderia aparecer mais guardas. A luta seria difícil e ele provavelmente seria preso e esquecido na cadeia. A raiva só crescia, até que ele foi atingido por uma ideia.
Você acabou de nos dar motivo pra te prender. E aposto que essa sua espada vale um bom ouro. Ou você pode fazer algo por nós.
E fez um gesto rápido, mostrando perigo, parando antes de aproximar deles. Gabrian usou a raiva para criar uma mentira um pouco elaborada, mas bastante crível. Era tudo questão de confiança. Ele sorria com a testa franzida, mexeu no medalhão dos Vlamingen que poderia indicar alguma importância desconhecida.Gabrian
Sabe o que eu vou fazer? Eu vou voltar para a taverna encontrar meu empregador. Um mercador de Sambúrdia, um homem importante e perigoso, que está sob o comando do duque Elmir do Castelo Adhurian. Já ouviram falar? E se vocês me prenderem, terão que responder ao conde, que virá pessoalmente me resgatar. E sabe por que eu valho tanto? Porque eu sou seu gladiador favorito. Eu luto com a katana, técnicas tamuranianas, sacou?
Não sabia se eles caíram na lorota, mas o problema havia sido resolvido. Gabrian balançou a cabeça e deu as costas a eles, embrenhando-se nas brumas da rua, esbarrando em um homem encapuzado qualquer. Estava ficando tarde e não havia muito o que fazer além de retornar à taverna.
Vá embora. Mas se voltar, não vai ter conde algum que vai me impedir de te por em cana.
A noite na taverna.
Rabo Sujo exultava em risadas e gritos, falatório alto, bebida por todos os lados. O grupo de aventureiros se reuniu em um canto e logo o bardo élfico começou a tocar. Trigo estava infeliz no seu canto, um humor que Gabrian se relacionava no momento. A despeito das pessoas dançantes e cantantes, o guerreiro estava carrancudo e remoendo seu dia de merda. Até que olhou para Trigo novamente e o viu minúsculo, diminuto, encolhido, acuado. Não, Gabrian não podia ser assim também.
O coração bateu rápido e quase sentiu falta de ar. O guerreiro se levantou da mesa com o copo (dessa vez de madeira) e olhou para Jinn.
E lhe deixou sua katana embainhada no colo. Gabrian se meteu no meio da galera se divertindo. Começou a mexer o corpo, tentando acompanhar o ritmo da música. Era um tanto desajeitado, mas não se importava. Foi quando seus olhos encontraram os da atendente loira novamente. Queria limpar sua barra, tirar aquela primeira impressão da manhã.Gabrian
Cuida dela pra mim, por favor?
Deu um longo gole antes de se aproximar dela, que estava carregando uma travessa cheia de bebidas. Antes de encontrá-la, entretanto, viu um homem se levantar e seu ombro indo de encontro à travessa dela... como se o mundo se tornasse lento, Gabrian anteviu seu movimento e encostou em seu ombro, girando-o enquanto se levantava. Os ombros do homem rasparam na travessa da atendente que, com o susto, desequilibrou-se... mas Gabrian estava ali para sua sorte. Com uma mão, a segurou pelas costas e a travessa manteve-se nivelada, as bebidas intactas.
E deu seu melhor sorriso. A moça suspirou. Era possível ouvir as batidas de seu coração. O rosto enrubesceu de imediato. Ao se colocar de pé novamente, também sorriu.Gabrian
Parece que você precisa de uma mão, não é mesmo?
Obrigada, senhor.
Gabrian
Eu sou Gabrian Barrington. Pode me chamar só Gabrian. E você?
Ela estava parada, com a travessa de copos na mão. E então, parece que se lembrou que trabalhava e pediu licença para ir servir as mesas. Enquanto o fazia, não tirou os olhos de Gabrian. Às vezes sorria, às vezes tentava esconder que o via. Então, momentos depois, o procurou. Gabrian havia continuado a mexer seu corpo, dançando com pouca desenvoltura. Parou imediatamente quando ela apareceu de novo.
Camille, senhor.
Você é um herói, não é? Queria falar com você depois... quando acabar meu turno.
E saiu dali rindo, retornando pra mesa. Não sabia se haveria bêbados ali além dele próprio e de Trigo...Gabrian
Claro, Camille. Vou estar com aqueles bêbados ali no canto. Se vir algum goblin, mande vir falar comigo também, beleza? Hahahaha
A menina pedinte.
Gabrian estava mais animado dessa vez. Havia conseguido uma boa coisa durante a noite, sorria satisfeito pensando no que a atendente iria querer com ele. Provavelmente algo simples, esperava, pois não podia se distanciar muito de sua missão principal. Já não bastava fazer uma missão paralela para o capitão Charles Vane.
Pegou sua katana de volta e a recolocou na cintura, ajeitando-se para sentar.Gabrian
Obrigado, Jinn.
Então, uma menina surgiu do nada, sentada à mesa. Era uma criança maltrapilha, sujinha e logo motivou uma pena em Gabrian. Porém, antes que continuasse a fazer seu pedido por aventureiros, Trigo a interrompeu bruscamente. Gabrian franziu a testa e iria protestar, mas Krak foi mais rápida, apaziguando a situação e deixando a menina falar. Queria que velassem o corpo do pai no cemitério que alegava ser mal assombrado. Para Krak, era algo rápido e corriqueiro. Gabrian ergueu a mão para a sacerdotisa e falou para a menina.
Os grandes olhos da criança miraram Gabrian. Parecia confusa. O guerreiro continuou.Gabrian
Então, bandidos mataram seu pai e seu guarda-costas e você não quer vingança? É sério isso?
E deu uma risadinha de canto para o hynne. Na verdade era bom que ficassem mais um dia, poderia conhecer Camille melhor. Trigo balançou a cabeça.Gabrian
Bom, menina, qual seu nome mesmo? Ah, certo. Danyah. Aslothia é conhecida mesmo por ter um rei necromante, segundo dizem. Não duvido nada que todo cemitério do reino seja amaldiçoado. Por mim, tamo dentro. Senhor Passadeiro, acho que não vai ter problema, né? Só velar o corpo. Aposto que as mercadorias ainda estarão presas amanhã.
Gabrian sorriu para o hynne, mas então, lembrou subitamente que ia encontrar a atendente após seu turno. Segundo acreditava, era mais tarde, talvez de madrugada. Então, Gabrian se pegou em uma encruzilhada.
Vocês sabem o que fazem. Mas estejam prontos amanhã pela manhã. Vou ficar hospedado na estalagem da Baleia Azul.
Não acreditava nisso realmente, provavelmente só lorota de pescador. Jojo então, se manifestou.Gabrian
Er... Danyah, você quer que o velemos agora mesmo? Ou amanhã de manhã? De repente de dia os espíritos são menos agressivos, heim?
Jojo
Gabrian, temos que respeitar da vontade da menina... Contem comigo, afinal, quem paladino eu seria se não ajudasse?
Trigo bufou.
S-sim, de manhã. As orações começam pela manhã e duram três dias e três noites. É o costume.
Gabrian olhou para o hynne, depois para a menina e ficou pensando. Três dias e três noites. Que raio de costume era aquele?
Amanhã partiremos, senhores.
Ação de Gabrian
Rolou 11 na Enganação contra os guardas do poço.
Rolou Diplomacia 23 (20 no dado) e obteve sucesso para tornar a atendente Camille prestativa.
_________________
O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
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Re: A Fenda Estrelada
Jojo terminou comendo bem durante aquela hora do dia, depois parecia que tinha um compromisso durante a noite na taverna com a apresentação de um bardo. Após isso saiu, dando uma olhada na cidade. Era de fato de um lugar decadente e deprimente. Viu um poço no meio do lugarejo, com alguma inscrição que não conseguia ler de longe. O local, entretanto, era protegido por dois guardas. Por que um poço era protegido por guardas? Eles pareciam conversar entre si e um deles sumia por uma ruela em seguida, preocupado. Jojo pensou naquilo quase o dia inteiro enquanto andava sem destino pelo ali, além de ir guarda sua ração no navio. Mais tarde entrou na taverna, bem mais animada e cheia que antes. Trigo não parecia disposto a pagar novamente uma refeição e Jojo começava a se preocupar em quanto tempo de demora teriam que aguentar.
Um bardo tocava uma música bem exótica aos ouvidos do paladino e o rapaz não tinha certeza se gostava. Ainda assim, aceitou a cerveja servida e paga por Trigo e pediu um refeição simples, algum ensopado com um pedaço de pão. Gabrian se distanciou durante o tempo de espera, mas logo estava de volta e então, surgiu a figura da criança. Seu pai estava morto, chacinado na estrada por bandidos. Krak parecia disposta a ajudar, assim como Gabrian, embora o rapaz parecesse ter outros compromissos e não estivesse disposto naquela noite. Jojo olhava a situação em silêncio durante um tempo, se lembrando em como a garota lhe lembrava Elsie, até que saiu de seu torpor e pontuou algo enquanto Gabrian falava.
Jojo franzia o cenho.
O paladino ponderou durante algum tempo.
Jojo então voltou a encarar a criança, tentando perceber quantos anos tinha aquela criança.
Ela olhou para Jojo por um tempo, e então pareceu ficar sem ar.
E ergueu as mãos à cabeça.
Jojo coloca uma mão em seu ombro, tentando lhe tranquilizar.
Ela desvia a mão no ombro, e se recolhe na cadeira, acuada. Mas respira e aos poucos se acalma. Está amedrontada.
Jojo recua a mão, apreensivo.
Ela balança a cabeça.
E então, Trigo bufa de novo.
E encarou Jojo.
Jojo encarou Trigo e depois a menina, puxando seu escudo das costas. Ele mostrou a o metal para a garota, arranhando e e raspado, com a deusa em súplica olhando para céu pintada por cima.
O paladino então se levantou.
Danyah seca uma lagrima que escorreu furtiva em seu rosto, após ouvir as palavras de Jojo. Ela balança a cabeça e faz um gesto com as mãos espalmadas, juntas, com os polegares no nariz. Já Trigo pareceu furioso.
Ele se levantou e foi embora.
Jojo assentiu e e voltou-se para falar com a menina.
A menina assentia com a cabeça. Jojo pedia uma refeição para ela.
Gabrian balança a cabeça para Jojo.
O paladino colocou a mão em seu ombro.
Jojo volta a olhar para a garota.
E olhou para baixo. Parecia alheia à conversa com o resto do grupo.
A menina então ficou em silêncio e Jojo recuou, lhe dando espaço, enquanto ela comia. Olhou ao redor, percebia que havia ignorando algo que Gabrian falava. Não entendi porque o rapaz se importava tanto, ao invés de só seguir com sua própria vida. No fim, só pensava no que Elsie faria. Imaginava que depois dali, deveria buscar o restante de suas coisas no navio, não podia deixar a menina passar mais uma noite sozinha no cemitério.
Um bardo tocava uma música bem exótica aos ouvidos do paladino e o rapaz não tinha certeza se gostava. Ainda assim, aceitou a cerveja servida e paga por Trigo e pediu um refeição simples, algum ensopado com um pedaço de pão. Gabrian se distanciou durante o tempo de espera, mas logo estava de volta e então, surgiu a figura da criança. Seu pai estava morto, chacinado na estrada por bandidos. Krak parecia disposta a ajudar, assim como Gabrian, embora o rapaz parecesse ter outros compromissos e não estivesse disposto naquela noite. Jojo olhava a situação em silêncio durante um tempo, se lembrando em como a garota lhe lembrava Elsie, até que saiu de seu torpor e pontuou algo enquanto Gabrian falava.
Jojo franzia o cenho.
— Krak... Você já ouviu falar sobre esse rito de 3 dias e 3 noites? Sei que não é uma sacerdotisa, mas se puder ajudar.
- Eu não conheço esse Rito, na minha Tribo a pessoa era devolvida como veio ao mundo do primeiro momento que Azgher surge até o seu descanso no fim do dia. O corpo era consagrado e queimado durante toda a noite, para afastar.... Más influências.... As cinzas cabiam a decisão da família.
O paladino ponderou durante algum tempo.
— Parando para pensar, acho que já ouvir falar sobre isso. Um paladino de Valkaria chamado Hoenheinn Mitternach, certa vez, de passagem pelo templo onde fui treinado mencionou algo do tipo. Ele tinha viajado pelo Deserto da Perdição em um de suas aventuras.
Jojo então voltou a encarar a criança, tentando perceber quantos anos tinha aquela criança.
— Minha cara... Eu dei minha palavra ao senhor Trigo Passadeiro, haveria alguma possibilidade de aceitar realizar ritos de acordo com que minha companheira falou? Claro, ainda em honra a Azgher.
Ela olhou para Jojo por um tempo, e então pareceu ficar sem ar.
N-não, eu... não... se não for assim, meu pai não vai poder descansar em paz... é preciso três dias, três noites. Três dias, três noite. Três dias, três noites...
E ergueu as mãos à cabeça.
Jojo coloca uma mão em seu ombro, tentando lhe tranquilizar.
— Respire, Danyah. Se assim quer, assim será feito. Olhe para mim, eu o farei, eu a ajudarei.
Ela desvia a mão no ombro, e se recolhe na cadeira, acuada. Mas respira e aos poucos se acalma. Está amedrontada.
Jojo recua a mão, apreensivo.
— Você está sozinha?
Ela balança a cabeça.
S-sim. Não tenho ninguém.
E então, Trigo bufa de novo.
Procure um orfanato, minha jovem. Nós temos um dever a cumprir amanhã de manhã.
E encarou Jojo.
Jojo encarou Trigo e depois a menina, puxando seu escudo das costas. Ele mostrou a o metal para a garota, arranhando e e raspado, com a deusa em súplica olhando para céu pintada por cima.
— Está vendo isso? Essa é minha deusa, Valkaria. O dia em que fui abençoado por ela, eu prometi ajudar os outros também. Eu quero te ajudar, me permita protegê-la enquanto vela por seu pai e me permita então lhe acompanhar até que ache um lugar seguro. Ninguém merece ficar sozinho no mundo.
O paladino então se levantou.
— Senhor Trigo, eu irei ajuda-la. Sei que assinei um contrato com o senhor, mas ela é apenas uma criança e está sozinha, você ainda tem quatro aventureiros o acompanhando. Se três dias são necessários, irei permanecer por três dias com ela velando o pai e mais, se assim for preciso.
Danyah seca uma lagrima que escorreu furtiva em seu rosto, após ouvir as palavras de Jojo. Ela balança a cabeça e faz um gesto com as mãos espalmadas, juntas, com os polegares no nariz. Já Trigo pareceu furioso.
Considere-se demitido, "paladino".
Ele se levantou e foi embora.
Jojo assentiu e e voltou-se para falar com a menina.
— Está com fome?
A menina assentia com a cabeça. Jojo pedia uma refeição para ela.
— Onde você está passando as noites?
- O que significa demitido?
Em um buraco no chão, p-perto do cemitério.
— Bem, não somos mais colegas de trabalho... — o paladino então parou, olhando para a menina.
Gabrian balança a cabeça para Jojo.
Gabrian
Dois cabeças dura. Eu vou lá resolver essa pica que tu arrumou...
O paladino colocou a mão em seu ombro.
— Não estou pedindo que faça nada, apenas se achar que deve. É isto que estou fazendo aqui, aquilo que eu devo.
Jojo volta a olhar para a garota.
— Você tem algum lugar para voltar?
Não sei...
— Não tem família em algum lugar? Se sentiria segura onde, em um templo de Azgher talvez.
E olhou para baixo. Parecia alheia à conversa com o resto do grupo.
— Não tem família em algum lugar? Se sentiria segura onde? Em um templo de Azgher talvez.
Minha família é... de muito, muito longe. Deserto. E-eu gosto de Azgher e Tenebra. São os pais dos deuses...
— Se me permitir, eu gostaria de acompanha-la até sua casa ou algum lugar que julgar seguro.
A menina então ficou em silêncio e Jojo recuou, lhe dando espaço, enquanto ela comia. Olhou ao redor, percebia que havia ignorando algo que Gabrian falava. Não entendi porque o rapaz se importava tanto, ao invés de só seguir com sua própria vida. No fim, só pensava no que Elsie faria. Imaginava que depois dali, deveria buscar o restante de suas coisas no navio, não podia deixar a menina passar mais uma noite sozinha no cemitério.
Re: A Fenda Estrelada
JINN, FILHO DE JIHAD
*Jinn tinha curiosidade. Não apenas de uma criança, mas de um devorador de conhecimento. Aquele lugar parecia mexer com o Sr. Trigo... E bem, se Jinn pudesse ajudar o contratante de alguma forma que além de cumprir seu contrato, ficaria muito feliz*
*Por isso explorou a cidade. Queria aprender sobre os Hynne. Sobre os que viveram ali. Sobre o que passavam ali. E foi para a colina principal, onde jaziam tocas abaixo do castelo*
As colinas uma vez já foram verdejantes. Agora possui uma grama pisoteada e enlameada, misturada com terra. As brumas aqui também são densas, como se escalassem a colina.
Então Jinn vê a primeira toca hynne com sua porta de madeira redonda. O aspecto é antigo, com vários arranhados. Há uma janela de vidro com cortinas cinzas por dentro. Jinn vê um guarda com armadura de placas metálicas sobrepostas, com um escudo e uma espada. Ele se aproximou revelando mais detalhes antes ocultos pelas brumas. Tinha uma capa dourada, um tapa olho e uma touca de couro.
Perdido, golem?Jinn
- Estou, sim senhor
*O golem fez um cumprimento com a cabeça e se aproximou com cautela. Era um estranho afinal*Jinn
- O senhor é um guarda aqui?
O homem parou a alguns passos de Jinn.
Sou Jeoffrey, capitão da guarda do castelo de Porto das Almas. E você? Veio aqui atrás daquela sucata?Jinn
- Sucata? Que sucata? E muito prazer senh... Capitão Joffrey, meu nome é Jinn. Eu vim... Acho que pode soar estranho, mas vim aprender...
*Olhou para as tocas*Jinn
- Sei que o senhor é ocupado, capitão. Mas teria tempo de me dizer, como vivem os Hynnes aqui ....
O homem analisou Jinn por inteiro.
Um golem querendo aprender. Essa é nova. O último que veio aqui se tornou uma sucata. Não gostamos de gente de fora que procura encrenca, viu? Não existem hynnes aqui. Esse povinho todo fugiu pra Sambúrdia, pois não gostam de trabalho duro.Jinn
- Não quero problemas capitão Joffrey, prometo... E... As tocas deles, aquelas ali.. .
*Aponta para as casinhas*Jinn
- O que acontece com elas?.
O homem olha para trás rapidamente, mas depois encara Jinn desconfiado.
São moradias para os comerciantes, chefes guerreiros das companhias aposentados... e outros com dinheiro. Por que quer saber, golem?Jinn
- Tenho um amigo Hynne. Acho que ele fica triste com o que aconteceu aqui. Só queria saber o que aconteceu. O que é agora. Obrigado por me contar, capitão Joffrey.
*Ofereceu a mão em cumprimento*Jinn
- Uma ultima pergunta... Se não te incomodar: O senhor gosta de morar aqui ? É feliz ?
O homem o cumprimenta. Ainda apresentava muita desconfiança.
Que pergunta besta. Sou feliz por cumprir meu trabalho e quando não o tornam difícil.Jinn
- Muito obrigado senhor. Espero que todos os que você comanda sigam o seu exemplo. Eu ficaria feliz se sim.
*Olho uma ultima vez ao redor. Havia visto bastante. Visto como era a vida ali. Visto o que aconteceu com o lar dos Hynne, o que o ajudou a sentir melhor o Sr. Trigo. O comportamento do soldado também era uma lição. Eram desconfiados e sempre atentos e viviam em completa tensão ali. Assim era o clima de Aslothia. Onde não podia se baixar a guarda*
Jinn acenou, virou as costas e decidiu voltar a seus companheiros. Anotaria tudo depois em seu próprio caderninho de viagens*
________________________________________
*De volta a rabo sujo, uma situação peculiar se apresentava. Uma situação delicada se desenrolada. Uma órfã, sozinha e necessitada. Um paladino que aceitou sua mão. Um mercador com seus próprios motivos. A situação desandou rapidamente. Irremediável, Trigo deixou a mesa e o paladino apenas aceitou a situação. Algo dentro de Jinn se apertou. Ele não disse nada a menina, nem a Krak que também falava Sar-Allan. Ficou quieto. Até não poder mais *
*Quando trigo partiu e Jojo ficou para conversar com Gabrian, Krak e a garota, Jinn apertou os punhos, hesitando, Temendo.*
*Mas a imagem do sorriso de sua mãe e a coragem em seu rosto, fizeram suas pernas se moverem e andar até o Hynne, para ter com ele a sós*Jinn
- S-senhor trigo... Posso falar com o senhor ?.
O hynne caminhava devagar como suas pernas permitiam. E parou no momento em que Jinn o chamou.
O que foi, Jinn?
Disse suspirando, incomodado com o fato de sujar suas botas na lama das ruas.
*Jinn se ajoelhou, falando confidente*Jinn
- No contrato que assinamos diz que nos tornamos parte do Passadeiro Empreendimentos. Ainda que seja uma posição simbólica e não relacionada a seus negócios, como funcionário eu gostaria de dividir um conselho, como filho de uma mercadora... Acho que o senhor está abrindo mão de uma boa oportunidade...
*A luz nos olhos de Jinn mudaram. Não era a criança. Não era o lutador. Não era o Qareen. Era o filho de Mitra. *Jinn
- Aquela menina era filha de um comerciante e agora está sozinha no mundo. Minha mãe diz que não se desperdiça uma boa pedra, sem refiná-la... Nunca se sabe o que se tem de precioso dentro dela. Não lhe restou mais nada eu acho... Mas ainda sim, ela tem o nome. Ela tem vivência. Ela poderia ser uma aprendiz que no futuro renderia frutos a seus negócios e ajudá-lo quando nós partirmos. Mas mais do que isso...
*Jinn ergueu um dedo, denotando importância*Jinn
- O nome da Passadeiro Empreendimentos, seria o mais beneficiado.
*E deixou no ar a afirmação, buscando despertar o interesse de Trigo*
A princípio, o mercador fazia uma careta. Mas a medida que ouvia Jinn, sua expressão foi mudando. Refletia.
Eu duvido que o Ranger vá embora amanhã.Jinn
- Sim! Mas pensa comigo... Mamãe dizia que o nome da empresa era tudo. Acima de agir sobre o interesse das pessoas, os mercadores agem sobre o coração. Uma empresa de mals habitos, perde facilmente clientes, caindo na boca do povo em boatos ruins. Agora uma empresa que age com atitudes grandiosas e em prol dos desamparados, se torna amada..
*Olhou para trás*Jinn
- Como seu funcionário, eu digo que se ajudarmos ela e até se ela for acolhida por sua empresa e tirada do... err.. "buraco", isso elevará a empresa. Mas me preocupo se boatos se espalharem que a Passadeiro Empreendimentos, demite um paladino que queria ajudar uma criança desamparada. Sei que o senhor não fez por mal e tem toda a sua urgência! Mas nem todos podem entender isso. Faz mal pros négócios.
*Jinn soltou os ombros*Jinn
- Eu acredito de verdade que o senhor só tem a ganhar: Uma aprendiz, o paladino continua no grupo e uma boa fama! E os custos da viagem... Eu n uso mto o meu dinheiro pra comer heheh, posso dividir com ela! Vai ser bom viajar com quem também veio do deserto rs
Você tem um dom rapaz. Acho que pode servir a mim depois desta missão. Um novo contrato, talvez. Sobre seu amigo paladino... ele não é confiável. A qualquer momento pode jogar sua fora sua palavra a qualquer pedinte. É um problema. Vou pensar no assunto. Vou para a hospedaria Baleia Azul descansar. E depois ver como anda o processo com o Ranger. Se estivermos prontos para partir... bem, posso pedir a Charles para aguardar um pouco. Acho. Não sei. Vou pensar, garoto.
E continuou a andar, indo embora para a hospedaria do outro lado da rua.Jinn
- Muito obrigado Sr. Trigo!!!!.
*Agradeceu de verdade*Jinn
- Não vai se arrepender!. Eu prometo!
*Jinn voltou correndo para dentro do rabo sujo (xD) e no meio do caminho desacelerou o passo, foi chegando perto da mesa, fingindo assoviar*Jinn
- Err... Pessoal... Jojo... Encontrei com o Sr. Trigo la fora... Ele disse que pensou melhor! Ele vai ver com o capitão do Ranger pra termos mais tempo, então ... err... Podemos ajudar a mocinha e Jojo n precisa ir embora! .
* "ele disse que pensou melhor" . Jinn realmente não sabia disfarçar*
"que surpresa, bem, acho que lhe devemos um agredecimento"
*Krak respondeu em agradecimento, Jinn ficou completamente sem graça*
— Bem, se para ele está certo, tudo bem — disse enquanto passava as mãos pelos cabelos.Jinn
- Eu? Não não, foi o sr. Trigo!.
*Mexeu os pés inquieto e desviou o rosto. E depois acenou para Jojo, voltando a se sentar. Olhou para a menina*Jinn
- Não se preocupa, tá? A gente vai te ajudar!
*A menina acena concordando, enquanto come. Jinn ficou olhando, com queixo apoiado nas duas mãos e muito contente por dentro*
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Re: A Fenda Estrelada
Parte 2: Porto de Almas
Os aventureiros acabaram decidindo adotar o pedido de ajuda da jovem Danyah. Jojo e Krak mostravam maior inclinação a aceitar desde o começo, enquanto Gabrian tinha outros planos misturados em suas vontades caóticas. Jinn apagou o fogo provocado por uma breve discussão entre Trigo e o paladino e conseguiu a admiração do hynne por seu empenho.
Quando tudo parecia ter um desfecho a um acordo altruísta, Carmen Lúcia, que estava em silêncio debaixo de seus mantos negros pesados e sua máscara de caveira florida, se ergueu abruptamente, derrubando uma caneca de madeira colocada à sua frente, mas nunca tocada. A cerveja esparramou pela mesa enquanto dizia:
Enquanto a música retornava com canções do elfo Inglessan, as pessoas comuns dançavam e cantavam. As atendentes trabalhavam duro sob os olhares atentos do taverneiro. Clientes que na rua andavam soturnos em suas casacas pesadas, dentro do Rabo Sujo extravasavam sem se importar. Alguns tripulantes do Ranger estavam ali, bêbados e falantes. Jojo percebeu que o guarda do poço que vira saindo de seu posto durante a tarde, adentrou o Rabo Sujo acompanhado de outros dois guardas. Eles lançaram um olhar severo para a mesa onde os aventureiros estavam e se sentaram do lado oposto do salão.
Jinn percebeu os olhares do bardo élfico Inglessan muito focados nos aventureiros, mesmo enquanto cantava suas canções.
Enquanto isso, a jovem Danyah terminava de comer a refeição paga por Jojo. Depois olhou para os aventureiros cheios de esperança.
***
O lugar onde Danyah levou os aventureiros não parecia na cidade. As brumas escondiam um pouco a lama e a terra batida com ladrilhos quebrados. Se na região central em volta da colina havia alguma atividade de pessoas andando pra todos os lados, aqui havia apenas pedintes e mendigos espalhados pelos cantos parcamente iluminados. Havia construções humanas ali, antigas e em ruínas, como esqueletos abandonados em uma masmorra.
Danyah não dizia nada no caminho, ou era monossilábica. E então, com alguns minutos de andanças, ela parou do nada e abaixou-se nas brumas, erguendo uma tábua de madeira velha e úmida. Um cheiro de morte preencheu os narizes dos vivos. Havia um buraco no chão, feito de pedra e madeira, como uma antiga "garagem" hynne. Ali, havia dois embrulhos grandes, compridos e a julgar pelo cheiro, estavam mortos há poucos dias. Eram Kalib Ab'dulah e Omar.
A menina deitou-se sobre um dos embrulhos, abraçando-o e logo se deu por vencida. Seus olhos se fecharam calmamente e pegou pesado no sono, exausta como estava. Restava aos aventureiros decidirem o que fazer ali.
***
O alvorecer trouxe um pouco de calor à Porto das Almas.
Os comerciantes abriam suas tendas, cavalos e trobos carregavam carroças sobre a lama e a fina bruma da manhã. Danyah, lavou o rosto com um odre exótico, reconhecível apenas por Krak como típico usado por tribos nômades do deserto. Era feito de couro de camelo.
A menina os levou para o cemitério, com os corpos sendo carregados pelos aventureiros. As pessoas lançavam olhares pouco interessados mesmo com os fardos de óbvios significados. Nem mesmo os dois guardas que patrulhavam as ruas preguiçosamente não deram importância àquilo. Comiam pão duro e bebiam um líquido preto e de cheiro forte em um copo de cerâmica. Os aventureiros não viram também nenhum tripulante do Ranger pelas ruas, nem o capitão e seu imediato.
Após uma caminhada curta, mas cansativa, os aventureiros se viram diante do cemitério.
Azgher derramava seu calor e sua luminosidade pela cidade, trazendo seu brilho no Mar do Dragão-Rei, porém em Porto das Almas sua influência era menor. As brumas não cessavam de jeito nenhum, de maneira sobrenatural, segundo constava para Jinn. O cemitério era ainda mais escuro, como um entardecer, mesmo antes do almoço.
Havia um caminho de pedras visível mesmo pela fina neblina da manhã. O lugar era arejado, com vento marítimo vez ou outra forte. O cheiro de terra úmida era forte. Muitas lápides espalhavam-se de maneira desordenada pela colina que era o cemitério. Uma construção maior cobria boa parte do terreno, feita de pedra e telhas faltando. O abandono era flagrante, com folhagens tomando conta de boa parte da construção e mato alto.
O grupo parou em frente a um mausoléu apertado, onde havia pelo menos seis jazidos engavetados de dois lados. Havia dois abertos, um em cima do outro, onde a mulher apontou assim que chegaram.
Os aventureiros acabaram decidindo adotar o pedido de ajuda da jovem Danyah. Jojo e Krak mostravam maior inclinação a aceitar desde o começo, enquanto Gabrian tinha outros planos misturados em suas vontades caóticas. Jinn apagou o fogo provocado por uma breve discussão entre Trigo e o paladino e conseguiu a admiração do hynne por seu empenho.
Quando tudo parecia ter um desfecho a um acordo altruísta, Carmen Lúcia, que estava em silêncio debaixo de seus mantos negros pesados e sua máscara de caveira florida, se ergueu abruptamente, derrubando uma caneca de madeira colocada à sua frente, mas nunca tocada. A cerveja esparramou pela mesa enquanto dizia:
Sua voz feminina era abafada pela máscara. E saiu dali, ganhando a noite.
Yo no trabajo de graça.
Enquanto a música retornava com canções do elfo Inglessan, as pessoas comuns dançavam e cantavam. As atendentes trabalhavam duro sob os olhares atentos do taverneiro. Clientes que na rua andavam soturnos em suas casacas pesadas, dentro do Rabo Sujo extravasavam sem se importar. Alguns tripulantes do Ranger estavam ali, bêbados e falantes. Jojo percebeu que o guarda do poço que vira saindo de seu posto durante a tarde, adentrou o Rabo Sujo acompanhado de outros dois guardas. Eles lançaram um olhar severo para a mesa onde os aventureiros estavam e se sentaram do lado oposto do salão.
Jinn percebeu os olhares do bardo élfico Inglessan muito focados nos aventureiros, mesmo enquanto cantava suas canções.
Gaiola é o troco, Inglessan na voz...
Se teu ex não te quis, tem quem queira.
Como foi que te perdeu assim de bobeira
Que tal dar um tempo de compromisso
Vem curtir a vida de solteira comigo
Mô se eu não quero me meter na relação
Mas não vale a pena dar moral pra vacilão
Mostra pra ele que hoje tu tá bem demais
E se ele duvidar do que tu é capaz
Então você chuta o balde
Nós mete o louco
Se é dia de baile
Gaiola é o troco
Tu vem ficar comigo só por um momento
É proibido se envolver com sentimento
Enquanto isso, a jovem Danyah terminava de comer a refeição paga por Jojo. Depois olhou para os aventureiros cheios de esperança.
E não havia como ignorar aquele pedido de ajuda.
O-obrigada. Me ajudem com os c-corpos?
***
O lugar onde Danyah levou os aventureiros não parecia na cidade. As brumas escondiam um pouco a lama e a terra batida com ladrilhos quebrados. Se na região central em volta da colina havia alguma atividade de pessoas andando pra todos os lados, aqui havia apenas pedintes e mendigos espalhados pelos cantos parcamente iluminados. Havia construções humanas ali, antigas e em ruínas, como esqueletos abandonados em uma masmorra.
Danyah não dizia nada no caminho, ou era monossilábica. E então, com alguns minutos de andanças, ela parou do nada e abaixou-se nas brumas, erguendo uma tábua de madeira velha e úmida. Um cheiro de morte preencheu os narizes dos vivos. Havia um buraco no chão, feito de pedra e madeira, como uma antiga "garagem" hynne. Ali, havia dois embrulhos grandes, compridos e a julgar pelo cheiro, estavam mortos há poucos dias. Eram Kalib Ab'dulah e Omar.
A menina deitou-se sobre um dos embrulhos, abraçando-o e logo se deu por vencida. Seus olhos se fecharam calmamente e pegou pesado no sono, exausta como estava. Restava aos aventureiros decidirem o que fazer ali.
***
O alvorecer trouxe um pouco de calor à Porto das Almas.
Os comerciantes abriam suas tendas, cavalos e trobos carregavam carroças sobre a lama e a fina bruma da manhã. Danyah, lavou o rosto com um odre exótico, reconhecível apenas por Krak como típico usado por tribos nômades do deserto. Era feito de couro de camelo.
A menina os levou para o cemitério, com os corpos sendo carregados pelos aventureiros. As pessoas lançavam olhares pouco interessados mesmo com os fardos de óbvios significados. Nem mesmo os dois guardas que patrulhavam as ruas preguiçosamente não deram importância àquilo. Comiam pão duro e bebiam um líquido preto e de cheiro forte em um copo de cerâmica. Os aventureiros não viram também nenhum tripulante do Ranger pelas ruas, nem o capitão e seu imediato.
Após uma caminhada curta, mas cansativa, os aventureiros se viram diante do cemitério.
Azgher derramava seu calor e sua luminosidade pela cidade, trazendo seu brilho no Mar do Dragão-Rei, porém em Porto das Almas sua influência era menor. As brumas não cessavam de jeito nenhum, de maneira sobrenatural, segundo constava para Jinn. O cemitério era ainda mais escuro, como um entardecer, mesmo antes do almoço.
Ela parecia aflita, mas antes de falar, uma mulher saiu de uma pilastra feita de pedra, que cercava o cemitério antes do portão de ferro que era encimado por duas gárgulas. Ela usava um manto negro com capuz recolhido e carregava uma pá de ferro, apoiada no ombro. Seus cabelos curtos eram lisos e pretos, escorridos pelo rosto. Além disso, ela tinha estranhos olhos vermelhos brilhantes mesmo de dia.
Preciso dizer mais umas coisas.
Ela abriu o portão usando um molho de chaves de ferro, enormes.
Então você achou aventureiros. Bem-vindos ao cemitério de Portos das Almas. Vieram velar o corpo, certo? Pois bem, podem entrar.
Havia um caminho de pedras visível mesmo pela fina neblina da manhã. O lugar era arejado, com vento marítimo vez ou outra forte. O cheiro de terra úmida era forte. Muitas lápides espalhavam-se de maneira desordenada pela colina que era o cemitério. Uma construção maior cobria boa parte do terreno, feita de pedra e telhas faltando. O abandono era flagrante, com folhagens tomando conta de boa parte da construção e mato alto.
O grupo parou em frente a um mausoléu apertado, onde havia pelo menos seis jazidos engavetados de dois lados. Havia dois abertos, um em cima do outro, onde a mulher apontou assim que chegaram.
Era uma mulher sorridente, mas misteriosa. O humor da mulher parecia deslocado com o ambiente lúgubre. Assim que se retirou, Danyah pediu aos aventureiros que colocassem os corpos cada um em um jazigo e depois começou a falar com um tom sombrio.
Esta é a sepultura que combinamos, criança. E bem, boa sorte para vocês. Qualquer problema, estarei perto do portão. Até.
O costume diz que precisamos velar o corpo por três dias e três noites, sem dormir, sem comer e sem sair do cemitério. Só assim meu pai poderá ascender ao mundo de Azgher e Tenebra em paz.
Nota do Mestre:
* Os aventureiros podem ainda interagir com outros NPCs durante o resto da noite na taverna, antes de seguir Danyah para a outra cena com os corpos. Conversas resolvidas no telegram.
* Danyah pode responder perguntas na taverna, mas terá poucas palavras durante a caminhada até a toca onde os corpos do pai e do guarda-costas estão.
* Vocês devem decidir se irão dormir com Danyah por ali, procurando um abrigo. Ou se procurarão uma estalagem ou hospedaria para passar a noite. Dormir com Danyah ou perto dela, exigirá o uso de saco de dormir e um teste de Sobrevivência CD 10.
* É possível conversar com a guarda do cemitério, resolvido no telegram.
* Descrevam as coisas que farão pelo cemitério durante este primeiro dia, até o anoitecer. Podem explorar o cemitério e receber informações no telegram.
* Por fim, coloquem no mapa o lugar onde estarão quando começar a noite.
Dados dos Personagens:
- Gabrian Barrington <> PV: 22 PM: 3 Defesa: 18 <> Condição:
- Jinn Scarlata <> PV: 23 PM: 3 Defesa: 18 <> Condição:
- "Jojo" <> PV: 23 PM: 6 Defesa: 19 <> Condição:
- Krak <> PV: 15 PM: 11 Defesa: 12 <> Condição:
Próxima Atualização: 08/10 quinta-feira
Maelstrom- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Gabrian deu tapa, embora forte, amigável nas costas de Jinn.
Gabrian desviou de alguns clientes e foi procurar Camille.
Gabrian tocou em seu ombro e aproximou seu rosto ao dela, para falar no ouvido.
Gabrian sorriu satisfeito, voltando pra mesa. Pensava em pedir uma refeição e mais uma cerveja, mas Danyah fez um pedido irrecusável. Era hora de conhecer seu pai morto.
***
Os aventureiros andaram pelas ruas sinistras de Porto das Almas, onde as brumas eram altas e ocultavam as coisas.
Quando chegaram ao esconderijo onde Danyah havia deixado os corpos de seu pai e do guarda-costas, Gabrian tapou o nariz. Era um lugar sujo e fedorento. A morte fedia. A menina, então, para sua surpresa, desmaiou sobre o fardo do corpo do pai.
***
Gabrian abriu os olhos aos primeiros raios do sol e se sentou no saco de dormir. Dormiu mal, pois teve um sonho estranho com Camille, Aldred e Margareth, no qual seu mentor gritava para que tivesse que escolher e, no fim, Danyah aparecia monstruosa, com o rosto deformado e cheio de dentes, puxando-o com suas garras para a escuridão, onde havia uma lápide com seu nome.
Fazendo seus aquecimentos matinais, esperou que os outros se preparassem. Não tinha provisões, então esperou que lhe dessem um pedaço de pão, fosse o caso. Se não, apenas beberia de seu odre e estaria satisfeito.
O grupo caminhou até o cemitério onde se viram num lugar sombrio e assustador mesmo de dia. Gabrian, claro, tentava não transparecer ansiedade, vendo a bonita coveira falando como se aquela fosse uma situação normal com Danyah. Furtando-se de perguntar a ela sobre qualquer coisa, se distraiu observando as lápides, com receio de achar uma com seu nome. Claro que não haveria. E então, entrou no pequeno mausoléu com os outros. Era um lugar fechado, abafado, empoeirado e com cheiro de morte. Os fardos, nos quais ele ajudou a carregar, eram depositados nas gavetas.
Danyah contou mais condições para o ritual de velamento de seu povo. Sem dormir e sem comer, por três dias e três noites. Gabrian franziu a testa.
Parou ao lado de uma cova rasa, com uma lápide e uma pá, como se o trabalho de enterrar tivesse sido incompleto. A lápide dizia "Khellus", com duas datas, "1401 e 1420". Gabrian franziu a testa, alisando o queixo liso.
Então, perambulou por ali seguindo o caminho de pedras, mas parando no mausoléu, sem seguir até a casa grande. Pelo menos não desacompanhado.
E encarou Jojo com um sorriso de testa franzida. Jojo e Jinn podem ter respondido algo, mas foi Carmen Lúcia quem chamou sua atenção ao derrubar cerveja em seu colo enquanto se agigantava projetando sua sombra sobre a mesa. Gabrian rangeu os dentes num resmungo incompreensível. Assim que ela saiu, Gabrian balançou a cabeça negativamente.Gabrian
Caramba, Jinn, você encurtou meu trabalho e pôs juízo na cabeça do senhor Passadeiro. Agora falta o juízo na cabeça desse paladino aqui.
E deu uma risada, enquanto se levantava para ir secar o molhado em suas calças.Gabrian
Eu fico mais tranquilo, essa daí nunca me passou confiança. Diferente de vocês hahahahaha.
Gabrian desviou de alguns clientes e foi procurar Camille.
Ela tirou um pano de dentro do avental.Gabrian
Cê tem um pano aí? Derrubaram cerveja em mim.
Ela sorriu para Gabrian, mas o taverneiro logo se colocou entre os dois.
Tenho sim, senhor.
Gabrian pegou o pano e começou a se secar sem muita vontade. O couro endurecido da armadura pegaria um cheiro de cevada por uns dias e depois sumiria ao sol.
Entregue o pedido, Camille. Senhor, há algo mais que eu possa ajudar?
Gabrian
Camille trabalha aqui até que horas?
Gabrian franziu a testa, incomodado com aquela intromissão. Mas deu de ombros, por fim.
Até fecharmos, senhor. Madrugada, algumas horas antes do sol nascer. Posso perguntar o por que dessa pergunta, senhor?
E voltou a procurar Camille. Ela estava servindo uma travessa de cerveja a um grupo de homens já bastante embriagado. Falavam aos gritos para serem ouvidos devido à música do bardo. O guerreiro os ignorou falando de lado com a atendente.Gabrian
Ela quer minha ajuda com algo. Não sei o que é. Disse-me para procurá-la depois do turno dela. Porém, aconteceram algumas mudanças de planos, talvez eu tenha que sair daqui a pouco. Mas não se preocupe, vou falar com ela.
E sua cabeça apontou para sua mesa, onde a menina pedinte comia uma refeição ao lado dos aventureiros. Ela abaixou a cabeça.Gabrian
Escuta, eu talvez tenha que sair daqui a pouco. Me adianta o que cê quer, que talvez eu possa fazer logo agora e atrasar meu outro compromisso.
O guerreiro sentiu uma grande pena da atendente, como se decepcionasse com ela. Lembrou suas palvras para Aldred: não se importava com as pessoas, queria ser aventureiro pela glória e pelo ouro. Eram seus lemas. Gostava de lutar e destrutar a vida. Aldred sempre se ressentiu por Gabrian não usar o estilo Yamada-Ryuu para proteger as pessoas. Porém, agora sentiu um enorme peso no peito abandonando alguém que pedia ajuda.
Deixe pra lá, senhor.
Gabrian tocou em seu ombro e aproximou seu rosto ao dela, para falar no ouvido.
E tocou-lhe o rosto, tirando uma mexa de cabelo e colocando atrás de sua orelha. Ela balançou a cabeça compreendendo, deixando um tímido sorriso escapar em seu rosto. E depois voltou a seus afazeres, chamada pelo taverneiro.Gabrian
Eu vou ao cemitério ajudar aquela garota. Se quiser, apareça por lá amanhã de manhã e me conte tudo. Farei o possível pra te ajudar. Conte comigo pra isso, seja lá o que for.
Gabrian sorriu satisfeito, voltando pra mesa. Pensava em pedir uma refeição e mais uma cerveja, mas Danyah fez um pedido irrecusável. Era hora de conhecer seu pai morto.
***
Os aventureiros andaram pelas ruas sinistras de Porto das Almas, onde as brumas eram altas e ocultavam as coisas.
Deu uma risada sem graça.Gabrian
"Porto das Almas", heim. Essa bruma eterna será que são as almas dos mortos aqui perto? Haha.
Quando chegaram ao esconderijo onde Danyah havia deixado os corpos de seu pai e do guarda-costas, Gabrian tapou o nariz. Era um lugar sujo e fedorento. A morte fedia. A menina, então, para sua surpresa, desmaiou sobre o fardo do corpo do pai.
Gabrian
Que bosta, heim... eu vou procurar uma hospedaria. Quem vem comigo?
Gabrian deu um sorriso de canto.Jojo
Não vou deixá-la sozinha... Não mais. E espero que seja a última noite que ela durma desta maneira. Vá, eu ficarei.
Afinal, ele havia quase sido expulso do grupo por Trigo por causa dela. Ficou pensando que talvez devesse ter ido ajudar Camille ao invés de estar ali.Gabrian
Imaginei...
Gabrian
Jojo, entendo que cê sinta necessidade de ajudar Danyah, mas e se outra criança aparecer aqui, agora, pedindo ajuda urgente? Cê sairia atrás dela pra ajudar, deixando outro compromisso sem cumprir?
Jojo
Não peço que entenda os juramentos de um paladino, Gabrian. Todo poder vem com a responsabilidade e eu teria que lidar com o peso de minhas escolhas.
O paladino parou por um momento antes de responder.Gabrian
Mas como cê escolhe? Digo, no caso do Trigo é fácil, ele não corre perigo agora, embora a viagem dele para Sambúrdia possa ser perigosa. Mas e se aparecesse outra criança precisando agora? Como você escolheria? Digo isso porque... bem... a atendente lá queria me pedir algo. Parecia ser um tipo de ajuda. Mas eu vim pra cá. E não sei se fiz certo.
Gabrian balançou a cabeça concordando. Pensou por um tempo. Havia dito para Camille aparecer no cemitério. Dependendo da situação, ele sairia de lá para ajudá-la caso fosse preciso. Por enquanto, decidiu por ficar ali mesmo, junto aos outros. Convencido de que agir em grupo era sempre melhor.Jojo
Hm, sua pergunta tem outra natureza... Você deve julgar a situação. Veja, entre ela e Trigo, eu julguei que ela precisava mais de minha ajuda que ele neste momento. Você deve seguir seu coração e senso de dever e decidir. Mas além de tudo, por mais que machuque, tem que aceitar que não poderá ajudar todos. Deve, entretanto, fazer o seu melhor.
***
Gabrian abriu os olhos aos primeiros raios do sol e se sentou no saco de dormir. Dormiu mal, pois teve um sonho estranho com Camille, Aldred e Margareth, no qual seu mentor gritava para que tivesse que escolher e, no fim, Danyah aparecia monstruosa, com o rosto deformado e cheio de dentes, puxando-o com suas garras para a escuridão, onde havia uma lápide com seu nome.
Fazendo seus aquecimentos matinais, esperou que os outros se preparassem. Não tinha provisões, então esperou que lhe dessem um pedaço de pão, fosse o caso. Se não, apenas beberia de seu odre e estaria satisfeito.
O grupo caminhou até o cemitério onde se viram num lugar sombrio e assustador mesmo de dia. Gabrian, claro, tentava não transparecer ansiedade, vendo a bonita coveira falando como se aquela fosse uma situação normal com Danyah. Furtando-se de perguntar a ela sobre qualquer coisa, se distraiu observando as lápides, com receio de achar uma com seu nome. Claro que não haveria. E então, entrou no pequeno mausoléu com os outros. Era um lugar fechado, abafado, empoeirado e com cheiro de morte. Os fardos, nos quais ele ajudou a carregar, eram depositados nas gavetas.
Danyah contou mais condições para o ritual de velamento de seu povo. Sem dormir e sem comer, por três dias e três noites. Gabrian franziu a testa.
Disse com escárnio e então saiu do mausoléu sem esperar resposta da menina. Se arrependeu em seguida por ter sido idiota com ela, mas havia isso dentro dele, essa vontade de expulsar os desagrados antes de pensar sobre eles.Gabrian
Mais alguma surpresa? Teremos que dar nosso sangue à terra também?
Parou ao lado de uma cova rasa, com uma lápide e uma pá, como se o trabalho de enterrar tivesse sido incompleto. A lápide dizia "Khellus", com duas datas, "1401 e 1420". Gabrian franziu a testa, alisando o queixo liso.
Resmungou sozinho. Olhou para os lados e não viu a coveira, mas encontrou a pá usada para cavar. A mesma que ela usava apoiado no ombro. Achou aquilo estranho. As brumas ainda não o impediam de ver nada, pois era de dia. Então, seus olhos fitaram a grande construção abandonada e decidiu seguir até ela, com passos cuidadosos para não pisar na cova de ninguém. Ao chegar lá, viu que as paredes estavam descascando, rachaduras por toda a estrutura. Não havia janelas, então não era possível ver nada.Gabrian
Maluco tinha minha idade.
Então, perambulou por ali seguindo o caminho de pedras, mas parando no mausoléu, sem seguir até a casa grande. Pelo menos não desacompanhado.
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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
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Re: A Fenda Estrelada
A situação era deveras complicada, após deixarem a taverna a garota os levou até os corpos e então adormeceu. Jojo não sabia o que pensar, só conseguia imaginar o quão horrível aquela situação poderia ser para a garota. Ainda assim a deixou, com seu esforço deveria ser a última vez que ela deveria descansar daquela maneira. Ele por sua vez, iria descansar por perto, aquela situação poderia atrair todo o tipo de problema. Krak iria permanecer também e conseguir achar um local para acamparem, enquanto o paladino retornava ao navio e apanhava suas coisas. Gabrian disse que iria procurar uma estalagem, mas acabou ficando junto também. Jojo sugeriu turnos de vigia e quando foi sua vez de descansar, retirou a armadura e dormiu ao relento.
Em dado momento Gabrian conversou com ele sobre questões complicadas. O paladino respondia como achava que deveria, seguindo as diretrizes de seu coração. Fazer o que ele fazia quase nunca era fácil. No dia seguinte, seguiram para cemitério com a garota. Encontraram então uma mulher, a coveira, surgindo como uma fantasma diante deles. Não parecia má pessoa, era só diferente e... Muito boa em se esconder. Adentraram e levaram os corpos até uma espécie de cripta, onde a menina disse que deveriam suportar três dias sem dormir e sem comer. A coveira também estava presente e dizia onde seriam "enterrados" os corpos". Jojo por fim se dirigiu a menina.
Ele olha com tristeza para ela.
Ela abraça o paladino. Jojo colocava a mão em sua cabeça e lembrava de Elsie e naquele momento sentia como era importante o caminho que havia escolhido.
Em dado momento Gabrian conversou com ele sobre questões complicadas. O paladino respondia como achava que deveria, seguindo as diretrizes de seu coração. Fazer o que ele fazia quase nunca era fácil. No dia seguinte, seguiram para cemitério com a garota. Encontraram então uma mulher, a coveira, surgindo como uma fantasma diante deles. Não parecia má pessoa, era só diferente e... Muito boa em se esconder. Adentraram e levaram os corpos até uma espécie de cripta, onde a menina disse que deveriam suportar três dias sem dormir e sem comer. A coveira também estava presente e dizia onde seriam "enterrados" os corpos". Jojo por fim se dirigiu a menina.
— Você já fez isso antes?
N-não.
Ele olha com tristeza para ela.
— Bem, eu também não. Acho que iremos precisar um do outro.
S-sim. Estou feliz que e-estejam aqui.
Ela abraça o paladino. Jojo colocava a mão em sua cabeça e lembrava de Elsie e naquele momento sentia como era importante o caminho que havia escolhido.
Re: A Fenda Estrelada
A voz e declaração de Carmen deram um susto em Krak.
As coisas aconteciam, mas comer sem tirar tirar a máscara era complicado e lento, ainda mais com Gabrian que parecia muito interessado nisso, não interagiu com ninguém e aproveitou para comer bem, ja que suas rações haviam acabado e a comida no Ranger era mínima.
***
Seguimos Danyah, e após uma visita a antigas tocas hynnes, lá estavam os corpos.
Danyah dormiu ali mesmo, sobre o corpo do pai.
Jojo tinha um olhar preocupado.
Enquanto Krak preparava e escolhia um local adequado para o acampamento, Jojo e Gabrian conversaram, no fim o Paladino pareceu ser capaz de convencer o outro a ficar.
O acampamento ficou num espaço gramado entre as brumas, a ceu aberto, mas que era seco o suficiente para fazer uma fogueira. Assim, todos puderam dormir tranquilos.
[Sobrevivência 19 para Acampamento]
***
Todos despertaram bem, exceto Carmem que não foi vista em lugar nenhum. Os corpos embrulhados levados ao cemitério, nenhum questionamento.
Danyah iria falar algo ao chegarmos, mas antes foi interrompida e conhecemos a Guarda? Do cemitério.
Apresentações, trocas breves de palavras e ficamos sozinhos, então Danyah revelou o rito.
Krak procura Carmem com o olhar, mas a Devota ja havia ido embora na noite anterior. Podia ser a chance de terreno comum e neutro de conversa.
Danyah observa Krak com dois olhos bem abertos.
Era isso então, três dias e tres noites, precisava de algo para ocupar o tempo, era um sacrifício, pois não comer, beber e dormir.
Qual deles era pior?
Precisava ocupar o tempo e viu a cova mal coberta, começaria ali. Levou um tempo, mas o fez, terminou de cobrir a cova de "Khellus 1401 ~1420" segundo a Lápide.
Krak observa as lapides e ve que havia mais um buraco. Porem, dessa vez, era muito mais profundo e a lápide estava em branco.
Só então lembrou da Guarda.
Ela surgiu atrás de uma lápide próxima do portão, como se estivesse agachada atrás. Havia arrancado ervas daninhas.
A voz estava receosa, como se tivesse feito algo errado.
A mulher dá uma espiada para a cova preenchida por Krak antes de responder:
A mulher observa Krak por inteira.
"Se estiver aqui" Ecoou na mente.
[Posição da Cripta mesmo durante a noite]
As coisas aconteciam, mas comer sem tirar tirar a máscara era complicado e lento, ainda mais com Gabrian que parecia muito interessado nisso, não interagiu com ninguém e aproveitou para comer bem, ja que suas rações haviam acabado e a comida no Ranger era mínima.
***
Seguimos Danyah, e após uma visita a antigas tocas hynnes, lá estavam os corpos.
Danyah dormiu ali mesmo, sobre o corpo do pai.
- Vamos acampar com ela?
Gabrian
Nem a pau. Eu heim. Vou procurar uma hospedaria. Volto ao amanhecer.
Jojo tinha um olhar preocupado.
— Bem, eu irei.
Enquanto Krak preparava e escolhia um local adequado para o acampamento, Jojo e Gabrian conversaram, no fim o Paladino pareceu ser capaz de convencer o outro a ficar.
O acampamento ficou num espaço gramado entre as brumas, a ceu aberto, mas que era seco o suficiente para fazer uma fogueira. Assim, todos puderam dormir tranquilos.
[Sobrevivência 19 para Acampamento]
***
Todos despertaram bem, exceto Carmem que não foi vista em lugar nenhum. Os corpos embrulhados levados ao cemitério, nenhum questionamento.
Danyah iria falar algo ao chegarmos, mas antes foi interrompida e conhecemos a Guarda? Do cemitério.
Apresentações, trocas breves de palavras e ficamos sozinhos, então Danyah revelou o rito.
- O costume na minha tribo é um para Azgher.
Seriam os outros dois para Tenebra e para a União?
Krak procura Carmem com o olhar, mas a Devota ja havia ido embora na noite anterior. Podia ser a chance de terreno comum e neutro de conversa.
Danyah observa Krak com dois olhos bem abertos.
Dias para Azgher, noites para Tenebra...
Era isso então, três dias e tres noites, precisava de algo para ocupar o tempo, era um sacrifício, pois não comer, beber e dormir.
Qual deles era pior?
Precisava ocupar o tempo e viu a cova mal coberta, começaria ali. Levou um tempo, mas o fez, terminou de cobrir a cova de "Khellus 1401 ~1420" segundo a Lápide.
Krak observa as lapides e ve que havia mais um buraco. Porem, dessa vez, era muito mais profundo e a lápide estava em branco.
Só então lembrou da Guarda.
- Guarda.... Do cemitério, esta aí?
Oh sim, olá.
Ela surgiu atrás de uma lápide próxima do portão, como se estivesse agachada atrás. Havia arrancado ervas daninhas.
A voz estava receosa, como se tivesse feito algo errado.
- Eu DEVIA ter perguntado antes e acabei cobrindo de terra a cova meio cheia. Eu podia ter feito isso?
Tem uma outra cova bem aberta e limpa, como não vi corpo, nem mexi.
A mulher dá uma espiada para a cova preenchida por Krak antes de responder:
Devia mesmo ter perguntado mesmo, eu te ajudaria. Não é só colocar terra sobre o buraco, tem que saber que tipo de terra, como encontrá-la, como nivelar sobre o solo etc. Pelo visto, você não fez algo tão ruim, vou deixar assim mesmo como está.
- Que alívio que não atrapalhei, desculpa mesmo, na pressa por ajudar esqueci do principal, perguntar.
Meu grupo terá de ficar 3 dias aqui, eu gostaria de ajudar, e ter algo para fazer durante esse tempo, o que posso fazer por você?
A mulher observa Krak por inteira.
Tô sabendo. Me procure amanhã e então, se estiver aqui, te digo o que pode fazer para me ajudar.
- Isso soou, destino ruim.
"Se estiver aqui" Ecoou na mente.
[Posição da Cripta mesmo durante a noite]
Astirax- Nível 2
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Re: A Fenda Estrelada
*Jinn ficava completamente sem jeito com os elogios que recebera por resolver a situação, embora tentasse fingir que não fizera nada. Nunca foi bom mentiroso, como seu pai. Sempre que ele aprontava algo que deixaria Mitra maluca, como transformar o filho numa hidra de dez cabeças, o garoto acabava entregando, por não saber disfarçar*
*Era preciso duas clerigas de Lena pra consertar o estrago depois disso*
*No primeiro dia, Jinn seguiu Dannyah e Jojo. Mesmo quando Gabrian foi a uma pousada, o garoto golem permaneceu ao lado do paladino. Concordava que deixar a menina era perigoso demais. Esperava que ela realmente os seguisse no navio. Era perigoso, mas pelo menos poderiam protegê-la... Naquele reino de mercenários e mortos vivos, o que não fariam com ela? Jinn não era tão inocente, a ponto de não entender o que homens adultos cruéis pensam de garotas indefesas*
______________________________________
*Mas a inquietude logo veio no cemitério. Jinn resolveu prestar respeito aos que partiram e foi orar em cada lápide. Encontrou: Merewyn 1398 ~ 1419, Nalan 1389 ~ 1419, hellus 1401 ~ 1420, Warin 1403 ~ 1419, Radan 1399 ~ 1419, Pippo Bolsofurado 1375 ~ 1418". Diferentes pessoas que agora descansam em paz. A ultima tinha nome de Hynne. Isso o fez pensar mais no senhor trigo*
*Depois de prestar respeito, se uniu ao resto dos companheiros, sentando perto de Dannya*Jinn
- Oi Dannyah... Posso te chamar de Danny?
*Ela olha assustada apenas, sem reações*Jinn
- Não fica assim! Eu to nessa armadura, por causa de uma magia... Quando perdi... não, quando meus pais sumiram, foi o unico jeito que meu pai achou pra me salvar... Mas eu também sou do desetto...
*Cruzou as pernas de maneira infantil, a famosa pose do indio.*Jinn
- aismi Jin Scarlata... Jyn Sarkalata! (meu nome é jin Scarlata em Árabe)
A menina continuava sem reação, até que Jinn falou em sar-allan.
... Danyah Ab'dulah. V-você está aí dentro?
Respondeu confusa.Jinn
- Eu estou sim... Em espirito
*Colocou o rosto pra frente, mas mantendo distancia*Jinn
- Quer sentir? É quente...
*Ela baixou a cabeça dizendo que não. Olhou pra Jojo*Jinn
- T-tudo bem...
*Jinn ficou um pouco triste, mas cruzou os braços pensando*Jinn
- Quero que saiba, eu sei como você se sente... Eu na verdade tenho oito anos e sou um qareen... Eu só quero estar de volta ao meu corpo. Sinto falta dos meus pais também. Sou amigo do Jojo e... Vou fazer de tudo pra te ajudar, ta?
Ela balança a cabeça concordando.
Obrigada, Jinn Scarlata. Vocês são m-muito gentis.Jinn
- Ah! Uma coisa... O senhor trigo é meio carrancudo, mas tem um bom coração... Ele é mercador que nem seus pais... Se vc quiser, eu falei com ele de você ser contratada como aprendiz na companhia dele... Acho que vc pode ajudar. Não precisa ficar... sozinha.
*Ela baixou a cabeça, olhos vazios. Jinn se aproximou de Jojo, com voz chorosa*Jinn
- Jooojooo... Ela me odeia T.T
DiceScarlata- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Parte 2: Porto de Almas
Os quatro aventureiros reuniam-se no cemitério de Portos das Almas, a fim de ajudar a jovem Danyah, uma menina do longínquo deserto, a velar seu pai e seu guarda-costas. Segundo os costumes de seu povo, o grupo deveria permanecer por três dias e três noites, sem comer e sem dormir, para que as almas dos mortos consigam descansar em paz. Danyah era uma criança entre os 12 e 14 anos, apresentando traços de trauma, mas sentia-se agraciada pelos deuses por colocarem um grupo de aventureiros gentis para ajudarem-na.
Afinal, o cemitério de Portos das Almas levava a fama de amaldiçoado...
Jojo havia decidido que ajudaria Danyah para além do ritual de passagem para o além vida. Queria viajar com ela, levá-la a outro lugar mais seguro. Jinn corroborou com a ideia, embora não tivesse conseguido conversar direito com a menina. Krak estava disposta a ajudar também, característico de sua raça e de seu povo, que apenas conheceu a bondade e o calor confortante de Azgher. Já Gabrian manifestava outros interesses, embora no fundo também quisesse ajudar a menina e também a atendente Camille, do Rabo Sujo.
Em meio a tudo isso, os aventureiros tiveram uma rusga com Trigo Passadeiro, seu contratante. Apesar da situação ter sido remediada por Jinn, o hynne estava insatisfeito e não faria parte daquela contenda. Estava na hospedaria Baleia Azul aguardando o desfecho daquela iniciativa de seus contratados. Além disso, não se sabia quando as mercadorias de Charles Vane seriam liberadas para dar prosseguimento à viagem até o Castelo de Adhurian.
***
A inventora Smile não sabia bem como havia parado em Portos das Almas. Após bastante tempo de desventuras para se adaptar ao novo mundo em que era obrigada a viver, a kliren acabou dentro de um navio na costa de Wynlla, o Reino da Magia. Quando menos se deu conta, estava trabalhando sob salário para um mago lefou chamado Alastor, para criar melhorias para seus navios. O Mar do Dragão-Rei se tornou muito mais navegável após a destruição do Istmo de Hangpharstyth. Navegar pela Ossada de Ragnar não era fácil, claro, mas com os aprimoramentos de Smile, Alastor esperava criar uma rede de transporte seguro, ligando o Mar Negro ao Mar do Dragão-Rei.
Porém, nada era fácil para a inventora. Vítima de calúnia por invejosos goblins mecânicos, a kliren foi acusada de vender informações sigilosas do trabalho para magos-mercantes rivais. Alastor teria conseguido uma ordem especial do Conselho de Wynlla para aprisioná-la, se Smile não fosse muito esperta. Fugindo em uma balsa qualquer, sem materiais e orientações, abusou da sorte e parou em um porto envolto em brumas, onde o sol pouco atingia devido às imensas nuvens cinzentas do céu. Era Aslothia, o "reino dos mortos", ou assim era chamado por todos os lados.
Porém, em Portos das Almas, Smile encontrou pessoas normais, com vidas normais. Trabalhadores pobres, sujos e taciturnos, mas que se soltavam na taverna Rabo Sujo, no centro da cidade. Diziam que ali fora a capital dos hynne, anos atrás, antes da dominação humana. Hoje, os resquícios hynne são meras ruínas. A lama era a marca registrada da cidade, junto com o porto cheio de navios mercantes e os guardas distritais, todos corruptos. Havia o castelo no topo da colina, que na verdade era uma fortaleza, onde o prefeito morava.
Restava a Smile buscar meios de angariar materiais para criar novamente. Era difícil achar metal, mas as ruínas hynne proporcionavam muitas peças úteis. Com o tempo, ela abriu uma barraquinha minúscula para vender quinquilharias em troco de sua sobrevivência. Porém, o trabalho era ilegal, afinal, o magistério da cidade demorava muito em conceder licitações. Desse modo, ela tinha que recolher suas coisas sempre que guardas apareciam.
Em um dado momento, Smile soube da presença de aventureiros. Eles eram raros em Portos das Almas, um lugar onde era muito mais comum piratas, comerciantes e mercenários. Curiosa, pois eles sempre tinham muitas histórias (e materiais!), acabou indo até o cemitério onde eles estariam. As notícias corriam rápido e a kliren já sabia quase tudo. Os aventureiros estavam na cidade a mando de um comerciante hynne (raríssimos em Portos das Almas naqueles dias) chamado Trigo Passadeiro, mas a ida ao cemitério foi algo puramente casual. Uma menina maltrapilha pediu para velar o corpo de seu pai e seu guarda-costas, mortos por bandidos de estrada. Eram estrangeiros, do povo do deserto. O ritual para velar duraria três dias e três noites, sem comer e sem dormir. Tudo isso seria fácil de fazer. Se o cemitério não fosse amaldiçoado...
***
Ao longo do dia, os aventureiros dispersavam-se a andar pelo cemitério. Enquanto Krak procurava fazer algo que ajudasse à guarda do cemitério, percebendo um mau agouro em suas palavras, Gabrian perambulou por perto da casa principal, de aspecto abandonado, cheio de rachaduras e telhas faltando. A exemplo dele, Jinn também observou as lápides e prestou uma homenagem em uma oração respeitosa. Já Jojo preferiu estar com a menina durante a manhã inteira.
Danyah começou suas orações de um modo que Krak reconhecia. Ajoelhada, a testa encostada no chão, com as mãos espalmadas também no chão, próximas da cabeça. Orava no idioma sar-allan, coincidentemente conhecido por Jinn e Krak.
A guarda do cemitério não estava mais presente. Quando Krak olhou para um lado, não a viu mais onde estava, como se tivesse desaparecido por mágica, grandes habilidades furtivas ou outra coisa...
***
As brumas se intensificaram no cemitério, quando anoiteceu. Ficou impossível enxergar o solo ou as próprias botas, pois a neblina subia até a altura dos joelhos com densidão, e menos intensa até a altura dos telhados desajustados da construção principal do cemitério. Neste momento, Jinn e Jojo que estavam no pequeno mausoléu, viram a menina revirar os olhos, a boca pender, enquanto mudava sua voz para algo mais gutural.
Gabrian e Krak não perceberam a movimentação. Além das brumas densas que ocultavam a terra partida, os mortos alcançando a superfície não produziam o barulho necessário para chamar sua atenção. Nesse mesmo instante, os dois viram uma mulher na porta do cemitério.
Era Camille, usando um vestido simples bordado, com sapatos de pano. Não usava seu avental da taverna e nem o pano sobre a cabeça. Seus cabelos loiros estavam presos, com dois fios escorrendo por seu rosto pálido. Ela tinha dois grandes olhos verdes mirando o guerreiro e a arcanista.
Bem nesse momento, Smile rondava os muros do cemitério, tomados por vinhas e graminhas entre as rachaduras. A aparência de abandono e as brumas densas que se espalhavam na altura dos joelhos davam um aspecto sinistro ao lugar. Smile, então, ouve um grito e o barulho de algo caindo no chão. Ao se aproximar, vê as pernas de uma mulher sendo puxadas lentamente...
Os mortos se ergueram de suas tumbas e atacaram os aventureiros próximos. Gabrian foi surpreendido quando dois mortos-vivos o cercaram e o agarram, puxando seu ombros e seu braço. O hálito era podre e seus dentes salivavam por carne.
Krak não viu de onde veio a mordida. Quando percebeu, a dor lacinante preencheu seu ombro, revelando nas brumas a presença de uma mulher que há muito estava morta por um ferimento na cabeça. Seu corpo apodrecido ainda apresentava alguns traços de beleza de outrora.
Os quatro aventureiros reuniam-se no cemitério de Portos das Almas, a fim de ajudar a jovem Danyah, uma menina do longínquo deserto, a velar seu pai e seu guarda-costas. Segundo os costumes de seu povo, o grupo deveria permanecer por três dias e três noites, sem comer e sem dormir, para que as almas dos mortos consigam descansar em paz. Danyah era uma criança entre os 12 e 14 anos, apresentando traços de trauma, mas sentia-se agraciada pelos deuses por colocarem um grupo de aventureiros gentis para ajudarem-na.
Afinal, o cemitério de Portos das Almas levava a fama de amaldiçoado...
Jojo havia decidido que ajudaria Danyah para além do ritual de passagem para o além vida. Queria viajar com ela, levá-la a outro lugar mais seguro. Jinn corroborou com a ideia, embora não tivesse conseguido conversar direito com a menina. Krak estava disposta a ajudar também, característico de sua raça e de seu povo, que apenas conheceu a bondade e o calor confortante de Azgher. Já Gabrian manifestava outros interesses, embora no fundo também quisesse ajudar a menina e também a atendente Camille, do Rabo Sujo.
Em meio a tudo isso, os aventureiros tiveram uma rusga com Trigo Passadeiro, seu contratante. Apesar da situação ter sido remediada por Jinn, o hynne estava insatisfeito e não faria parte daquela contenda. Estava na hospedaria Baleia Azul aguardando o desfecho daquela iniciativa de seus contratados. Além disso, não se sabia quando as mercadorias de Charles Vane seriam liberadas para dar prosseguimento à viagem até o Castelo de Adhurian.
***
A inventora Smile não sabia bem como havia parado em Portos das Almas. Após bastante tempo de desventuras para se adaptar ao novo mundo em que era obrigada a viver, a kliren acabou dentro de um navio na costa de Wynlla, o Reino da Magia. Quando menos se deu conta, estava trabalhando sob salário para um mago lefou chamado Alastor, para criar melhorias para seus navios. O Mar do Dragão-Rei se tornou muito mais navegável após a destruição do Istmo de Hangpharstyth. Navegar pela Ossada de Ragnar não era fácil, claro, mas com os aprimoramentos de Smile, Alastor esperava criar uma rede de transporte seguro, ligando o Mar Negro ao Mar do Dragão-Rei.
Porém, nada era fácil para a inventora. Vítima de calúnia por invejosos goblins mecânicos, a kliren foi acusada de vender informações sigilosas do trabalho para magos-mercantes rivais. Alastor teria conseguido uma ordem especial do Conselho de Wynlla para aprisioná-la, se Smile não fosse muito esperta. Fugindo em uma balsa qualquer, sem materiais e orientações, abusou da sorte e parou em um porto envolto em brumas, onde o sol pouco atingia devido às imensas nuvens cinzentas do céu. Era Aslothia, o "reino dos mortos", ou assim era chamado por todos os lados.
Porém, em Portos das Almas, Smile encontrou pessoas normais, com vidas normais. Trabalhadores pobres, sujos e taciturnos, mas que se soltavam na taverna Rabo Sujo, no centro da cidade. Diziam que ali fora a capital dos hynne, anos atrás, antes da dominação humana. Hoje, os resquícios hynne são meras ruínas. A lama era a marca registrada da cidade, junto com o porto cheio de navios mercantes e os guardas distritais, todos corruptos. Havia o castelo no topo da colina, que na verdade era uma fortaleza, onde o prefeito morava.
Restava a Smile buscar meios de angariar materiais para criar novamente. Era difícil achar metal, mas as ruínas hynne proporcionavam muitas peças úteis. Com o tempo, ela abriu uma barraquinha minúscula para vender quinquilharias em troco de sua sobrevivência. Porém, o trabalho era ilegal, afinal, o magistério da cidade demorava muito em conceder licitações. Desse modo, ela tinha que recolher suas coisas sempre que guardas apareciam.
Em um dado momento, Smile soube da presença de aventureiros. Eles eram raros em Portos das Almas, um lugar onde era muito mais comum piratas, comerciantes e mercenários. Curiosa, pois eles sempre tinham muitas histórias (e materiais!), acabou indo até o cemitério onde eles estariam. As notícias corriam rápido e a kliren já sabia quase tudo. Os aventureiros estavam na cidade a mando de um comerciante hynne (raríssimos em Portos das Almas naqueles dias) chamado Trigo Passadeiro, mas a ida ao cemitério foi algo puramente casual. Uma menina maltrapilha pediu para velar o corpo de seu pai e seu guarda-costas, mortos por bandidos de estrada. Eram estrangeiros, do povo do deserto. O ritual para velar duraria três dias e três noites, sem comer e sem dormir. Tudo isso seria fácil de fazer. Se o cemitério não fosse amaldiçoado...
***
Ao longo do dia, os aventureiros dispersavam-se a andar pelo cemitério. Enquanto Krak procurava fazer algo que ajudasse à guarda do cemitério, percebendo um mau agouro em suas palavras, Gabrian perambulou por perto da casa principal, de aspecto abandonado, cheio de rachaduras e telhas faltando. A exemplo dele, Jinn também observou as lápides e prestou uma homenagem em uma oração respeitosa. Já Jojo preferiu estar com a menina durante a manhã inteira.
Danyah começou suas orações de um modo que Krak reconhecia. Ajoelhada, a testa encostada no chão, com as mãos espalmadas também no chão, próximas da cabeça. Orava no idioma sar-allan, coincidentemente conhecido por Jinn e Krak.
No começo, sua oração repetia-se em intervalos curtos. Após algumas horas, ela demonstrava sinais de cansaço e os intervalos entre uma prece e outra eram maiores. Até que o sol começou a desaparecer, deixando as nuvens do céu alaranjadas.
Bismillah ar-rahmaan ar-raheem
Al-hamdu lillahi rabb al-alameen
Ar-rahmaan ar-raheem'
Maliki yawm ad-deen
Iyyaaka naabudu wa iyyaaka nastaeen
Ihdina s-siraata l-mustaqeem
Siraata l-latheena anamta alaihim ghair al-mughdoobi alaihim wa la daaleen.
A guarda do cemitério não estava mais presente. Quando Krak olhou para um lado, não a viu mais onde estava, como se tivesse desaparecido por mágica, grandes habilidades furtivas ou outra coisa...
***
As brumas se intensificaram no cemitério, quando anoiteceu. Ficou impossível enxergar o solo ou as próprias botas, pois a neblina subia até a altura dos joelhos com densidão, e menos intensa até a altura dos telhados desajustados da construção principal do cemitério. Neste momento, Jinn e Jojo que estavam no pequeno mausoléu, viram a menina revirar os olhos, a boca pender, enquanto mudava sua voz para algo mais gutural.
Ao mesmo tempo, Jojo percebeu, olhando pela abertura do mausoléu (que não possuía portas), movimentação suspeita nas brumas, vindas do lugar onde as lápides estavam dispostas. Quando esfregou os olhos para enxergar melhor, viu diversos corpos moribundos surgindo dos buracos no chão, em frente às lápides. Eram pelo menos sete deles, uma mulher, um hynne e cinco homens. Todos apresentavam a pele apodrecida cheia de pústulas. Olhos vazios, demoníacos e dentes sangrentos. Se moviam vagarosos com fiapos de roupas, um com uma armadura de placas de metal. A mulher usava um corpete sujo de terra e sangue seco. O hynne, entretanto, vestia uma capa surrada com capuz verde e tinha olhos frenéticos.
Bererah bekan Kataurh bamdag
Bererah bekan Kataurh bamdag
Bererah bekan Kataurh bamdag
Bererah bekan Kataurh bamdag
Bererah bekan Kataurh bamdag!!!
Gabrian e Krak não perceberam a movimentação. Além das brumas densas que ocultavam a terra partida, os mortos alcançando a superfície não produziam o barulho necessário para chamar sua atenção. Nesse mesmo instante, os dois viram uma mulher na porta do cemitério.
Era Camille, usando um vestido simples bordado, com sapatos de pano. Não usava seu avental da taverna e nem o pano sobre a cabeça. Seus cabelos loiros estavam presos, com dois fios escorrendo por seu rosto pálido. Ela tinha dois grandes olhos verdes mirando o guerreiro e a arcanista.
E com esse grito, desmaiou bem na entrada do cemitério.
Gabrian... mas o que é... AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!!
Bem nesse momento, Smile rondava os muros do cemitério, tomados por vinhas e graminhas entre as rachaduras. A aparência de abandono e as brumas densas que se espalhavam na altura dos joelhos davam um aspecto sinistro ao lugar. Smile, então, ouve um grito e o barulho de algo caindo no chão. Ao se aproximar, vê as pernas de uma mulher sendo puxadas lentamente...
Os mortos se ergueram de suas tumbas e atacaram os aventureiros próximos. Gabrian foi surpreendido quando dois mortos-vivos o cercaram e o agarram, puxando seu ombros e seu braço. O hálito era podre e seus dentes salivavam por carne.
Krak não viu de onde veio a mordida. Quando percebeu, a dor lacinante preencheu seu ombro, revelando nas brumas a presença de uma mulher que há muito estava morta por um ferimento na cabeça. Seu corpo apodrecido ainda apresentava alguns traços de beleza de outrora.
Jojo viu um morto quase cadavérico, com pele fina pouco fazendo para esconder seus órgãos carcomidos. Ele subiu a escadaria do mausoléu e puxou Jinn de supetão mordendo seu ombro, amassando e arranhando o metal.Krak sofre 4 de dano de perfuração.
Jinn sofre 7 de dano de perfuração.
Condições de batalha: As densas brumas provocam camuflagem. Cada ataque tem 20% de chance de errar, rolado pelo jogador.
Rodada 01:
Mortos-vivos 16
Smile 16 ← sua vez
Gabrian 15
Krak 15
Jojo 8
Jinn 7
Nota do Mestre:
* Smile pode apresentar sua introdução como os demais no começo do jogo.
* Jinn e Jojo podem trocar algumas palavras com Danyah durante os intervalos de suas orações durante o dia.
* No pequeno mausoléu cabem 5 pessoas ao mesmo tempo, todas amontoadas e sem espaço para lutar e outras ações a serem julgadas por mim.
* Camille está inconsciente e caída.
* Os muros do cemitério têm 3m de altura.
Dados dos Personagens:
- Gabrian Barrington <> PV: 22 PM: 3 Defesa: 18/13 <> Condição: agarrado x2 (desprevenido, imóvel, -2 testes de ataque, só pode atacar com armas leves, 50% de ataque a distância acertar alvo errado, paralisia).
- Jinn Scarlata <> PV: 23/16 PM: 3 Defesa: 18 <> Condição:
- "Jojo" <> PV: 23 PM: 6 Defesa: 19 <> Condição:
- Krak <> PV: 15/11 PM: 11 Defesa: 12 <> Condição:
- Smmittia "Smile" Lennivaruss <> PV: 13 PM: 4 Defesa: 15 <> Condição:
Próxima Atualização: Cada jogador tem 24h para postar suas ações no turno.
Maelstrom- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
E
U ODEIO O MAR , serio, muito mesmo. O barco fica balançando para lá e para cá e gravidade puxa você para baixo ai você balança com o navio e o que acontece depois? Exatamente todo meu almoço indo para o mar e virando o almoço de algum peixe ou sereis, eu nunca tinha visto uma sereia até ver uma e ela tinha rabo de polvo, coisa mais medonha do mundo. Jurava que ela iria querer roubar minha voz para me dar pernas, ainda bem qeu já tenho um par que funcionam ligeiramente bem.Para minha sorte, ou nem tanto assim, estava em terra firme, porém em um lugar que com certeza estaria em algum tipo de livro de terror. Daqueles bem bizarros, ou num pesadelo desses que você ta correndo de uma horda de zumbis, mas você não sai do lugar sabe? Aslothia, um reino dominado por mortos-vivos, nem vivos, nem mortos. Quem foi que deixou isso acontecer?
SPOILER ALERT: NEM TODOS SÃO ZUMBIS
Cê acredita que tem gente viva nesse lugar?
Até tem, mas é uma miséria danada, passando os dias naquele fim de mundo eu comecei a sentir falta da Viajante... HAHAHAHAHA!!!!!!!!! Nem a pau juvenal, antes eles do que eu. Agora eu tava presa nesse mundo maluco pra dedeu, em um reino de matar...HAHAHAH ENTENDEU? DE MATAR. Viver ali era difícil e nada de recursos para continuar a fabricar minha coisinha mais fofa, e pra dar vida a ela eu precisava de peças e as únicas peças que eu encontrava eram de gente morta e sem valor.
Tive que me virar com o que podia, fazendo um corre aqui, outro ali na maioria das vezes correndo mesmo já que o rapa vinha sempre embaçar o meu negocio.
EU SOU UMA TRABALHADORA AUTONOMA, PAGO MEUS IMPOSTOS E EXIGO RESPEITO, OUTRA COISA, CAMELÔ É A USA VOVOZINHA...
Enfim, uma pontinha de esperança veio em um boato de que haviam aventureiros ali. Aparentemente existia uma profissão onde pessoas com habilidades fodonas, como a mamãe aqui, arriscavam a vida para ganhar uns trocados e ficarem mais fortes. Não entendia exatamente como essa mecânica funcionava, mas conheci um cara, primo do moço que vende fruta perto do armazém que essa gente pode começar levando um pau de goblins para no fim do dia enfrentar dragões. Como se dragões existissem...
Agora tou eu aqui , espreitando um cemitério em busca dessa galera pra você se eles me aceitam nesse grupinho, apesar que eu me viro melhor sozinha, porém vale o esforço em busca de uma ajudinha de vez em quando né Daryl? Humm, parece que tá rolando algo ai dentro, olha pra isso me arrepio toda.
EPA QUE FOI ISSO? EU VI UM CORPO SENDO PUXADO? QUE BAGULHO SINISTRO. A gente deveria ir embora Daryl, mas você tem razão fugir não é tão divertido. Vamos NA maciota para que ninguém veja nois, vai que é um zumbi comedor de cérebros e você sabe como eu tenho um baita cérebro e provavelmente tem gosto de galinha ao molho curry, eles vão adorar, eu nem tanto.
Vixe, deu ruim aqui heim? Parece que aquele minizumbi tá arrastando a moça, hora de entrar em ação DARYL e fazer o que você sabe fazer de melhor. MATAR ZUMBIS E TER UM CABELO SEDOSO.
- AÇÕES:
- Ação de Movimento: Mover-se Furtivamente até L6. Furtividade 21
Ação de Movimento: Sacar Daryl Dixon
DragonKing- Nível 4
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Re: A Fenda Estrelada
Gabrian deu dois chutes leves na parede da construção maior para tirar a lama das botas. Estava começando a se entediar e sentir fome. Não comia nada decente desde o almoço do dia anterior e agora teria que ficar três dias sem nada. Olhou com olhos estreitos para o mausoléu, onde Danyah estava e bebeu um gole de seu odre de água, como se fosse um ato de rebeldia.
As brumas eram uma constante na cidade, dando aspecto de sonho. Quando sentou-se no meio da tarde no chão, começou a cochilar e quando abriu os olhos, sentiu dificuldade de discernir sonho de realidade. A névoa estava densa, não era possível ver nada no chão. Pensando que isso poderia ser perigoso para torcer o tornozelo, Gabrian se pôs de pé, espreguiçando-se.
Viu Krak ali perto.
Gabrian apostava na bruma.
Ao buscá-la com seus olhos mirando o portão de entrada do cemitério, viu outros mortos-vivos. Estava cercado e Camille sendo arrastada por um morto-vivo pequeno.
Virando o corpo para o morto-vivo com chapéu sobre a cabeça, desferiu uma canelada com a perna direita, acertando o tronco e as costelas do alvo. Gabrian ouviu o som nauseabundo de carne descolando do osso, de osso partindo. A criatura , entretanto, mantinha-se firme segurando seu ombro.
As brumas eram uma constante na cidade, dando aspecto de sonho. Quando sentou-se no meio da tarde no chão, começou a cochilar e quando abriu os olhos, sentiu dificuldade de discernir sonho de realidade. A névoa estava densa, não era possível ver nada no chão. Pensando que isso poderia ser perigoso para torcer o tornozelo, Gabrian se pôs de pé, espreguiçando-se.
Viu Krak ali perto.
Ouviu um grito de mulher. Virou-se e viu Camille caindo desmaiada na entrada do cemitério.Gabrian
Queiraque, cuidado aonde pisa e...
Então, viu um vulto, alguma coisa surgir atrás de Krak. Avisaria antes que fosse tarde, mas nesse exato momento, sentiu um puxão no seu ombro. Outro puxou seu braço e logo Gabrian se viu apresado por duas criaturas. Lembravam seres humanos, mas com carne apodrecida. Eram mortos-vivos, renascidos por algum misticismo daquele lugar.Gabrian
CAMILLE?!...
Gabrian apostava na bruma.
Resmungou puxando o ombro e os braços, sacolejando. Tinha que se soltar, iniciar um combate desarmado com aqueles bichos seria mais rápido, desenferrujar o estilo Yamada-Ryuu, pois eles estavam próximos demais para manejar sua katana.Gabrian
Que merda!
Ao buscá-la com seus olhos mirando o portão de entrada do cemitério, viu outros mortos-vivos. Estava cercado e Camille sendo arrastada por um morto-vivo pequeno.
Grito se sacolejando e então, percebeu a necessidade de ser mortal.Gabrian
ONDE CÊ PENSA QUE VAI, NANICO!? EI!
Virando o corpo para o morto-vivo com chapéu sobre a cabeça, desferiu uma canelada com a perna direita, acertando o tronco e as costelas do alvo. Gabrian ouviu o som nauseabundo de carne descolando do osso, de osso partindo. A criatura , entretanto, mantinha-se firme segurando seu ombro.
Virou-se para ela tentando ver o desfecho do engajamento da qareen ao combate. Fazia dias que não lutava contra ninguém à sério. O treinamento com Jinn e Jojo era divertido, mas como dizia o velho Roman Fauchard, antigo célebre feiticeiro da guilda: "Treino é treino, jogo é jogo". Agora era hora de dar tudo de si para salvar a atendente do Rabo Sujo.Gabrian
Queiraque! Cê se vira aí, né? Camille precisa de mim!
Ação de Gabrian
Padrão: ataque desarmado com manopla no zumbi em F-3 com Ataque Especial (1 PM) para +4 no dano. Ataque 22 (38% rolado, confirmando o acerto), dano 11. DE PÉ, ESSE INFELIZ.
Última edição por Aldenor em Sex Out 09, 2020 5:22 pm, editado 1 vez(es)
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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
Aldenor- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Krak procurou ajudar como pode, sabia que a morte por sede e fome eram lentas, qualquer um podia suportar um ou dois sem cair, portanto três era um sinal de fé e um perigo aqueles de saúde frágil.
***
Quando Danyah começou à oração, Krak traduziu para aqueles que não sabiam o idioma.
E assim ela permaneceu orando, e Krak foi ajudar em outro lugar, a tempo de perceber Gabrian quebrar o jejum, com água.
Krak esvaziou seu cantil ali mesmo, derrubando todo o conteúdo sobre o chão.
***
A noite chegara, e com ela brumas mais intensas, não cabiam muitas pessoas no mausoléu, por isso preferiu vigiar o fominha, logo ele sacaria um "lanche da noite" tinha certeza.
Só que o lanche da noite eramos nós.
Saindo do nada, criaturas mortas, porem vivas agarravam e mordiam.
Krak sentiu dor, sabia estar perigo.
Viu Gabrian cercado, precisava ajudar.
Viu Jinn ser mordido
Viu uma inocente ficar inconsciente e ser arrastada.
Ajudar, Sobreviver. Cura era a resposta, mas exigiria poder, muito poder afetar tudo e todos.
Ninguém podia ver o sorisso de Krak por baixo da máscara, quando Sucumbiu a essa Tentação.
Deu dois passos em direção ao portão, enquanto gesticula e fala.
Canalizou uma intensa luz morna para os vivos, que sentiram seus ferimentos fecharem e agressivamente quente aos mortos.
Um deles, ja ferido tombou.
***
Quando Danyah começou à oração, Krak traduziu para aqueles que não sabiam o idioma.
"Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso:"
"Louvado seja Deus, Senhor do Universo,"
"Clemente, o Misericordioso,"
"Soberano do Dia do Juízo"
"Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda;"
"Guia-nos à senda reta"
"À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem à dos extraviados"
E assim ela permaneceu orando, e Krak foi ajudar em outro lugar, a tempo de perceber Gabrian quebrar o jejum, com água.
- E com isso vemos a sua dedicação a promessas.
Krak esvaziou seu cantil ali mesmo, derrubando todo o conteúdo sobre o chão.
***
A noite chegara, e com ela brumas mais intensas, não cabiam muitas pessoas no mausoléu, por isso preferiu vigiar o fominha, logo ele sacaria um "lanche da noite" tinha certeza.
Só que o lanche da noite eramos nós.
Saindo do nada, criaturas mortas, porem vivas agarravam e mordiam.
Krak sentiu dor, sabia estar perigo.
Viu Gabrian cercado, precisava ajudar.
Viu Jinn ser mordido
Viu uma inocente ficar inconsciente e ser arrastada.
Ajudar, Sobreviver. Cura era a resposta, mas exigiria poder, muito poder afetar tudo e todos.
Ninguém podia ver o sorisso de Krak por baixo da máscara, quando Sucumbiu a essa Tentação.
Deu dois passos em direção ao portão, enquanto gesticula e fala.
- Que Azgher traga alívio aos vivos e ruína aos mortos!
Canalizou uma intensa luz morna para os vivos, que sentiram seus ferimentos fecharem e agressivamente quente aos mortos.
Um deles, ja ferido tombou.
- AÇÕES:
Ação de Movimento: Mover-se até H7
Ação Padrão: Curar Ferimentos com Aprimoramento +5 PM: muda alcance para Curto e Alvo para Criaturas Escolhidas. Gasto 6 PM.
Criaturas Escolhidas: Krak, Gabrian, Camile e todos os Mortos Vivos.
Rolagem de Cura: 2d8+2 curando 9. Todos os Mortos exceto um falham e recebem 9 de dano de luz.
O Morto Vivo em F3 cai.
O Morto Vivo em F6 sofre 4 de dano de luz.
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Re: A Fenda Estrelada
Jojo acompanhava o velório sempre dentro da cripta, afinal havia passado a manhã toda coma garota. Não demorou para que ela começasse seus ritos. Em dado momento Krak traduziu um pouco de suas palavras. Conforme a noite se aproximava, uma bruma estranha começava a se manifestar. Rapidamente o paladino olhou para a garota, seus olhos virados. O que estava acontecendo?! Quando olhou novamente para a entrada, Jinn estava sendo mordido por um zumbi.
Jojo avançou e socou com sua manopla, porém a névoa embaçava sua visão, passando ao lado.
— JINN?!
Jojo avançou e socou com sua manopla, porém a névoa embaçava sua visão, passando ao lado.
Off:
Movimento: H13
Ataque: 23, erro por camuflagem.
Re: A Fenda Estrelada
*Ao lado de Jojo, Jinn observava atento a oração de Dannyah. Já vira muito aqueles modos, embora ele mesmo não seja um praticante. Marah, Lena, Tanna Toh e Tibar lhe eram muito mais conhecidos. Mesmo assim, a cada trecho, ele murmurava para os companheiros*Jinn
- "Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso:"
"Louvado seja Deus, Senhor do Universo,"
"Clemente, o Misericordioso,"
"Soberano do Dia do Juízo"
"Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda;"
"Guia-nos à senda reta"
"À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem à dos extraviados"
*Não tirava os olhos. Cada expressão. Cada suspiro. Cada movimento ajoelhada. Na determinação que lutava contra o cansaço. Ele só podia admirar a menina, por se agarrar a fé e honrar sua familia desse jeito*Ataque: 14 - dano 10
movimento: H10Jinn
- Não desista, Dannyah! Você consegue!
*Torceu pela menina, pois era o que lhe restava*
___________________________________
*Então aconteceu. Jinn não vira o quadro completo, mas terra se moveu e lapides foram derrubadas, quando os mortos se ergueram. Foi tudo tão rapido. Ouviu as reações de Gabrian, um grito de mulher, confusão, correria e uma mordida em seu corpo. Não havia dor, mas a chama que o movia o deixava ciente que a casca fora ferida e um pouco de essência vazara. Caso todo o conteúdo se esvaísse, nada mais o ligaria a este mundo. Medo o tomou. Não dos cadáveres. Já convivera com isso. O medo da morte*
*E ela estava diante de si. Sentiu que as pernas de metal fraquejariam, quando Jojo passou ao seu lado e golpeou a criatura, sem medo, sem hesitação. Um verdadeiro herói*
*O gelo que começava a conter seu corpo, foi derretido imediatamente. Se seus amigos lutariam. Ele faria também! E com esse pensamento, as lições de um de seus mestres vieram a sua mente*Hexus
- A única coisa que você não pode temer, é o medo, Jinn. Você abraça o medo e faz dele o seu guia. Um aliado. Ele luta ao seu lado e te protege. É ele que te avisa quando o golpe vem e te faz desviar. Ele que sabe onde você deve proteger, para não cair. O medo não é ruim, como os tolos pensam. Medo e coragem são irmãos, que jamais devem ser separados. AGORA ERGA A GUARDA!
*Então diante do Zumbi, Jinn fechou sua guarda. Um punho do lado do queixo. O outro levemente a frente do rosto. Virou o corpo de lado, tornando menor o alvo para seus oponentes. Pés alinhados com os ombros. Pontas dos pés. Concentrado*Hexus
- Muitos acreditam que o pugiliato não passa de um bando de minotauros trocando socos. Errado! Tal qual Tapista, o pugiliato é um sistema complexo como um labirinto, cheio de formas, caminhos, surpresa e armadilhas para seu oponente. Há tantos jeitos de lutar pugiliato quanto estilos de luta tamurianos. Mas tudo que você precisa saber são os principios básicos: Jab e Direto.Jinn
- Sim treinador!!!Hexus
- O jab tem muitos usos. Mas o direto é a arma do pugilista. No direto você não apenas da um soco com a força de seu braço. Não. O direto começa com o impulso do pé de movimento e o giro da perna pivô, que move o quadril que por sua vez alavanca o tronco e ombro, que disparam o braço que transforma o punho numa bala de canhão!! O DIRETO NÃO É A FORÇA DO SEU BRAÇO! O DIRETO É O PESO TODO DO SEU CORPO PROJETADO EM UM ÚNICO PONTO!!! SEU CORPO É AÇO E FOGO JINN!!! JOGUE TUDO ISSO SOBRE SEU INIMIGO!!
*E Jinn o fez. Pisou a frente do corpo, conforme as chamas se intensificavam e vazavam pelo aço que o compunha. O braço direito foi empurrado pelos 90 quilos do qual era feito. Como um projétil escarlate ele perfurou o ar e explodiu contra o queixo do zumbi, jogando sua cabeça para trás e tirando seus pés do chão! A criatura tombou num baque estrondoso, quicando uma vez, com seu rosto distorcido*Jinn
- Velocidade + massa + aperto do punho ... Esse é o segredo do poder de um soco, não é, treinador?
*Então Jinn avançou para fora da cripta, uma pouco mais confiante de sua força. Mas isso quase morreu quando viu a quantidade de zumbis... E suas covas maculadas. As imagens dos nomes de cada um lhe invadiram e o golem voltou imediatamente aos ensinamentos que Fargrimm lhe dera um dia: "Há mortos abençoados por tenebra, recebem o direito de voltar e viver sob sua benção. Já outros, são erguidos por rancor, mágoa e dor... A estes, só cabe a libertação*Jinn
- ISOLDA! MEREWYN! NALAN! HELLUS! WARRIN! RADAN! PIPPO!!! NÃO SE PREOCUPEM!!! EU VOU LIBERTÁ-LOS!!!!!!!!!!!!
*E fechou a guarda novamente*Jinn
- Amigos: Dannya estava falando um dialeto fora deste mundo: A lingua dos infernais! Algo aconteceu com ela, mas não podemos machucá-la! Acho que alguém ou algo está por tras disso!
CONHECIMENTOS: 18
Ataque: 14 - dano 10
movimento: H10
DiceScarlata- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Parte 2: Porto de Almas
Smile se aproximou cautelosa, enquanto via os pés da jovem mulher sendo arrastada. As brumas atrapalhavam a visão, mas na esquina do portão conseguiu ver duas criaturas humanoides com a carne apodrecida. Podia exalar o fedor da morte. Uma das criaturas era pequena, como uma criança. Mas a julgar por suas roupas e expressão desmorta, era um hynne. Nenhum deles parecia lhe dar atenção.
Enquanto isso, Gabrian era agarrado por dois mortos-vivos e mesmo com um chute bem dado, não conseguiu derrubar o seu alvo, aquele de chapéu de miliciano. Porém, quando Krak se destacou no meio de todos, evitando contato com a morta-viva em seu encalço, conjurou um brilho mágico. Suas tatuagens brilharam por dentro de suas vestes pesadas e uma onda de luz intensa atingiu a todos. A própria qareen sentira os ferimentos sumirem e os mortos-vivos grunhiam em lamentação pela dor causada. A luz era morna para os vivos e fatal para os mortos.
A luz foi forte o suficiente para iluminar o mausoléu em um flash, fazendo Danyah parar de orar na língua infernal, identificada por Jinn. Ela abaixou a cabeça comprimindo os olhos, com as mãos nos ouvidos. Seu grito estridente ecoou pelo cemitério, como se estivesse morrendo.
Jinn se mostrou no cemitério, quase oculto nas brumas para Krak e Gabrian. Gritando, invocou os nomes dos mortos-vivos prometendo libertá-los.
Então, Smile viu os dois que carregavam Camille a largaram ali mesmo, dentro da área do cemitério, semi oculta pela bruma e correram na direção do golem.
O morto-vivo que segurava Gabrian pelo braço chegou a olhar para trás vagaroso, mas o cheiro de carne viva à sua frente o manteve ali. Cravou seus dentes afiados em seu braço livre, banhando-o em sangue.
O morto-vivo que acabara de levantar da tumba ajustada por Krak logo avançou sobre ela, bem como a cadáver de da mulher que a havia mordido antes. Os dois a cercaram. O homem tentou agarrá-la, enquanto a mulher avançou com as presas à mostra. Krak tentou empurrar o homem, mas suas mãos de pele ressecada e purulenta a seguraram. A mulher, então, mordeu seu pescoço provocando enorme dor.
Smile se aproximou cautelosa, enquanto via os pés da jovem mulher sendo arrastada. As brumas atrapalhavam a visão, mas na esquina do portão conseguiu ver duas criaturas humanoides com a carne apodrecida. Podia exalar o fedor da morte. Uma das criaturas era pequena, como uma criança. Mas a julgar por suas roupas e expressão desmorta, era um hynne. Nenhum deles parecia lhe dar atenção.
Enquanto isso, Gabrian era agarrado por dois mortos-vivos e mesmo com um chute bem dado, não conseguiu derrubar o seu alvo, aquele de chapéu de miliciano. Porém, quando Krak se destacou no meio de todos, evitando contato com a morta-viva em seu encalço, conjurou um brilho mágico. Suas tatuagens brilharam por dentro de suas vestes pesadas e uma onda de luz intensa atingiu a todos. A própria qareen sentira os ferimentos sumirem e os mortos-vivos grunhiam em lamentação pela dor causada. A luz era morna para os vivos e fatal para os mortos.
A luz foi forte o suficiente para iluminar o mausoléu em um flash, fazendo Danyah parar de orar na língua infernal, identificada por Jinn. Ela abaixou a cabeça comprimindo os olhos, com as mãos nos ouvidos. Seu grito estridente ecoou pelo cemitério, como se estivesse morrendo.
Jojo e Jinn atacaram o morto-vivo que subia a escadaria do mausoléu, dando cabo dele, apesar da neblina.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Jinn se mostrou no cemitério, quase oculto nas brumas para Krak e Gabrian. Gritando, invocou os nomes dos mortos-vivos prometendo libertá-los.
Então, Smile viu os dois que carregavam Camille a largaram ali mesmo, dentro da área do cemitério, semi oculta pela bruma e correram na direção do golem.
Uuuunnnnnnnn... meu nome.... uuuuunnnn...
Enquanto o mais alto chegava, o menor que estava mais perto conseguiu saltar para morder a canela de Jinn. Seus dentes pequeninos eram sobrenaturais, duros, e perfuraram o metal.
Aaaahhhhhnnnnnnn... nome... Pippo...
Jinn sofre 5 de dano de perfuração.
O morto-vivo que segurava Gabrian pelo braço chegou a olhar para trás vagaroso, mas o cheiro de carne viva à sua frente o manteve ali. Cravou seus dentes afiados em seu braço livre, banhando-o em sangue.
Gabrian sofre 5 de dano de perfuração.
O morto-vivo que acabara de levantar da tumba ajustada por Krak logo avançou sobre ela, bem como a cadáver de da mulher que a havia mordido antes. Os dois a cercaram. O homem tentou agarrá-la, enquanto a mulher avançou com as presas à mostra. Krak tentou empurrar o homem, mas suas mãos de pele ressecada e purulenta a seguraram. A mulher, então, mordeu seu pescoço provocando enorme dor.
Krak é agarrada e sofre 8 de dano de perfuração.
Condições de batalha: As densas brumas provocam camuflagem. Cada ataque tem 20% de chance de errar, rolado pelo jogador.
Rodada 01:
Mortos-vivos 16
Smile 16 ← sua vez
Gabrian 15
Krak 15
Jojo 8
Jinn 7
Nota do Mestre:
* No pequeno mausoléu cabem 5 pessoas ao mesmo tempo, todas amontoadas e sem espaço para lutar e outras ações a serem julgadas por mim. Com 4 pessoas, é possível lutar.
* Camille está inconsciente e caída.
* Os muros do cemitério têm 3m de altura.
Dados dos Personagens:
- Gabrian Barrington <> PV: 22/17 PM: 3/2 Defesa: 18/13 <> Condição: agarrado (desprevenido, imóvel, -2 testes de ataque, só pode atacar com armas leves, 50% de ataque a distância acertar alvo errado, paralisia).
- Jinn Scarlata <> PV: 23/11 PM: 3 Defesa: 18 <> Condição:
- "Jojo" <> PV: 23 PM: 6 Defesa: 19 <> Condição:
- Krak <> PV: 15/7 PM: 11/5 Defesa: 12 <> Condição: agarrada (desprevenida, imóvel, -2 testes de ataque, só pode atacar com armas leves, 50% de ataque a distância acertar alvo errado, paralisia; condição terrível para conjurar, Vontade CD 20 + custo do PM da magia).
- Smmittia "Smile" Lennivaruss <> PV: 13 PM: 4 Defesa: 15 <> Condição:
Próxima Atualização: Cada jogador tem 24h para postar suas ações no turno.
Maelstrom- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Z
umbis, zumbis para todos os lugares. Talvez não fosse uma boa ideia manter um negocio como esse me u reino onde as pessoas que morrem voltam, ou são mordidos por um morcego super crescido e viram um morcego homem, um morcegomem? Um homorcego? O Batman? Tanto faz o problema era que entra rme um cemiterio parecia bem estupido. É uma farm de zumbis Daryl, você ama né? Agora só basta fazer o que você foi projetado para fazer, perfurar corpos alheios e, tecnicamente, deveria ser mais fácil perfurar o corpo de um ser que não deveria nem estar andando. Sabe o metabolismo dele não era para está em sincronia e acaba deixando ele mais lento, não conseguem falar ou raciocinar.
COMO É? ELES ESTÃO FALANDO? QUE DIABO É ISSO???????
Eu tenho uma péssima noticia galera, isso não são zumbis, são qualquer coisa, mas não zumbis. Será uma ilusão causada por essas Brumas, será que vamos ver o conde Strahd? Seria bem daora, ou não né...Algo me diz que esse nevoeiro deve está mexendo a cabeça de geral, se bem que aquele cara parece bem machucado...Ilusão doi? Eu não sei por nunca ter sido atacada por uma ilusão, já jogaram sopa em mim, pedra, garrafa de vidro, uma vez derramaram cerveja no meu cabelo eu teria explodido o lugar, mas parece que fez bem para minhas madeixas, ficaram mais brilhantes e sedosas.
Mas explodi tudo depois...hehehehe, mas não conta pra ninguém. Será nosso segredinho.
FOCO SMILE!
Os zumbis se moveram, droga, estava mirando EM um dos olhos do minizumbi, como seria divertido ver ele desesperado com um virote no olho. EU preferiria uma bala de chumbo, faz mais estrago, mas a gente se vira com oq eu tem NÉ? Felizmente a dona não tava sendo mais arrastada para ter seu cérebro devorado, porém eu não tinha alvos e isso me deixa muito pistola. Melhor escolher um novo ponto
CAMUFLAGEM ESPECIAL ATIVADA.
Okay , muito melhor...Pera impressão minha ou ao linguarudo ali me notou? Deve ter sido só impressão minha. Okay vamos ver oq eu da pra fazer...Humm o carinha ali ta agarrado, o outro de máscara também...Tá ruim a coisa...Será que eu podia pegar uma bomba e jogar alí? HAHAHAHAH SERIA DAORA VER OS PEDAÇOS VOANDO...Mas o universo não em permite fazer tantas coisas ao mesmo tempo...Deve ser algum tipo de física aplicada a esse mundo.
Ou teriam sido os deuses? Imagino um deles dizendo: " Lei divina numero infinito, paragrafo sete inciso 6. Todo ser vivo terá movimentos limitados durante pelejas.
FOCOOOOOOOO!!!!!!!
Vamo lá, eu vou acabar acertando aqueles dois, o loirinho ali parece bem, mas o...OLHA É UM ROBÔ E ELE TEM FOGO NA CABEÇA...DEVE TER ALTAS ENXAQUECAS HAHAHAHAHA. QUERO PRA MIM!!!! Vai ser em você dona, sei que tem gente que gosta de umas mordidas, mas a sua deve ter doido. Vai Daryl mostra todo o seu poder....
SMILE escreveu:- VOCÊ ERROU? COMO ASSIM VOCÊ ERROU? TAVA LOGO ALI Ó, FACINHO E NEM VEM COM ESSA DE CULPAR O NEVOEIRO...
Toma isso seu inútil, está gostando dos socos tá, sua besta quadrada?
SMILE escreveu:- Seu inútil imprestável, vou te reciclar e transformar em uma marionete e depois jogar você num forno a lenha, pegar suas cinzas, fazer cimento e construir uma lápide dizendo: Aqui jaz Daryl Dixon, a pior besta do mundo.
Como assim eu revelei minha posição? Eita...É mesmo...Depois a gente vai ter uma conversa seria sobre seu comportamento senhor Dixon.
SMILE escreveu:- OI EU! Alguém viu meu virote por ai? Acho que perdi ele.
- AÇÕES:
- Ação de Movimento: Mover-se Furtivamente até L4. Furtividade 17
Ação Padrão: Atacou Zumbi 8H. Ataque 21. Chance de Falha 9. Errou
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Re: A Fenda Estrelada
Gabrian se digladiava com o zumbi. Jogou ele na parede, foi puxado pelo braço, os dentes quase mordendo... mas ele se contorceu, abaixando-se. O zumbi o puxou de novo, jogando-o na parede da construção grande fazendo cair uma telha em sua cabeça e restos de folhas velhas. Gabrian se confundiu por um instante e sentiu a mordida.
O sangue, a nojeira, o machucado. O monstro repugnante com aqueles olhos de morto. Gabrian abriu os olhos estupefato, não acreditando. E então, sua testa franziu e seus olhos emanaram ódio.
Só sabia que tinha que fazer algo rápido.
Sacou sua katana da bainha. A lâmina saiu fluída cortando o ar.
O sangue, a nojeira, o machucado. O monstro repugnante com aqueles olhos de morto. Gabrian abriu os olhos estupefato, não acreditando. E então, sua testa franziu e seus olhos emanaram ódio.
E então, ouviu um grito. Uma mulher. Fora do cemitério? Não, atrás de uma lápide. Ela brigava com sua arma. E então, como se lembrasse de modos, se anunciou. Gabrian viu que o zumbi também se surpreendeu com a mulher.Gabrian
Eu vou MUITO te matar, desgraçado!
Sem jeito tentou pegar a cabeça do zumbi e chocá-la contra a parede... mas mesmo o estrondo não surtiu efeito nenhum naquela criatura.Gabrian
Aqui!
Olhou direto pro monstro, esperando que ele falasse algo, a exemplo daqueles dois que avançaram sobre Jinn. Krak parecia mal, cercada e ferida, tinha que ajudá-la. Pelo menos Camille tinha sumido, deve ter se ocultado nas brumas, perto daquela estranha mulher.Gabrian
Ora, então cê é um cabeça oca, né?
Gritou para os dois. E então, para a mulher.Gabrian
Jinn! Jojo! Conto com vocês!
Talvez fosse uma conhecida de Danyah? Talvez estivesse ali a mando de alguém? Trigo enviou reforço? Ou a milícia contratou alguém para pegá-los? Não fazia sentido, nada daquilo.Gabrian
Ei você! Quem é você?
Só sabia que tinha que fazer algo rápido.
Sacou sua katana da bainha. A lâmina saiu fluída cortando o ar.
Ação de Gabrian.
Padrão: atacou o zumbi F-5. Ataque 6, erro.
Movimento: saca a katana.
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O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
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Re: A Fenda Estrelada
Jojo lançou um olhar preocupado para Danyah, engoliu em seco. Ele era culpada por aquilo ou só estava sendo controlada? Deveria lidar com aquilo depois, precisa ajudar os amigos e protegê-los. A mão se dirigiu a cintura e puxou o mangual. Avançou através da névoa girando a corrente da arma e consequentemente a esfera de metal espinhosa, afastando a neblina ao redor. Seu coração estava agitado. No templo havia ouvido falar sobre aquelas coisas, os mortos-vivos. Corpos levantados por energia necromântica. Encará-los, era algo totalmente diferente de só ouvir falar. Era sua primeira prova de aventura.
Off:
Movimento: sacar o mangual.
Movimento: 10g
Re: A Fenda Estrelada
LUTE, JINN! LUTE!
*Seu corpo fora danificado mais uma vez. Sentia o calor se esvair de si. Isso o assustava. Mas o que mais o assustava era ver Krak presa. Ver seus amigos ameaçados.*Jinn
- Srta Krak! Vou ajudá-la!!!
*Então com a guarda fecha, Jinn usou seu "footwork", um trabalho rápido com os pés para desviar dos inimigos e se aproximar da amiga enclausurada. Precisava ser rápido. Rápido. Velocidade...*Hexus
- Você já domina o básico do pugiliato, Jinn. Agora vou lhe ensinar o meu estilo. Primeiro a postura.
*A sombra de seu treinado estava ali, as suas costas, enquanto Jinn baixava um braço a frente do corpo, em posição de "L" . O braço direito continuou defendendo o queixo. Permaneceu com o corpo de lado e deixou o punho bem relaxado*Hexus
- Em sua maioria, os pugilistas minotauros depositam todo o seu treinamento na força. Atacam com todo o peso de seu corpo, buscando superar o do inimigo. Foi por isso que eu apostei na velocidade. Talvez você não goste de saber disso, mas estilo estilo de soco, nasceu da minha observação do movimento dos chicotes dos feitores sobre os escravos. O chamo de "Açoite de aço". Você deixa o braço pendurado ao lado do corpo e chicoteia o inimigo com o maximo de velocidade e flexibilidade possível. A solidez do punho fará o trabalho. E bem... seu puho já é aço, não é mesmo?
*Jinn se posicionou sobre uma lápide. Estava desequilibrado, mas era a melhor posição possível que encontrou. Se concentrou nas lições de seu mestre. Mirou os alvos. Um agarrando sua aliada e o outro a atacando. Por um momento, tudo foi silêncio*Jinn
- PUGILIATO TAURICO - ESTILO HEXUS : AÇOITE DE AÇO!!
*E por um instante, o braço de Jinn se tornou um vulto escarlate. Um som estalar ecoou no ar conforme ele foi brandido duas vezes e voltou a posição inicial. Simultaneamente dois impactos explodiram contra o rostos do zumbis, arrancando pedaços de suas cabeças e desfalecendo seus corpos lentamente ao chão. Dois "flicker jabs", tão rapidos que o olho nu mal poderia acompanhar. Uma das armas mais fortes de Jinn*
*E o garoto golem continuava a repetir*Jinn
- ISOLDA! MEREWYN! NALAN! HELLUS! WARRIN! RADAN! PIPPOOOOOOO!!!
*Um brado de guerra. Doloroso, como se quisesse lembrar os nomes daqueles que derrotava. Como se não permitisse que fossem esquecidos*
[/quote]Movimento: G7
Primeiro Jab: 21 - dano: 8
Segundo jab: 17 - dano : 9
1 pm gasto para golpe relâmpago
DiceScarlata- MESTRE
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Re: A Fenda Estrelada
Fora agarrada e mordida novamente!
Magia exige gestos complexos, não conseguiria naquela situação, mas não estava sozinha, tinha aliados.
Aguardou, logo Jinn veio, e aplicou dois socos, derrubando ambos os mortos perto dela.
Disse e reservou o restante do Fôlego para Canal izar a magia residual do outro feitiço, havia queimado muita mana, e se quisesse Sobreviver, deveria poupar para mais tarde.
Se moveu para perto de Gabrian enquanto finalizava o Truque de Cura.
E tocou liberando a luz sobre ele, que caiu perante a magia.
Magia exige gestos complexos, não conseguiria naquela situação, mas não estava sozinha, tinha aliados.
Aguardou, logo Jinn veio, e aplicou dois socos, derrubando ambos os mortos perto dela.
Um pequeno lembrete que Jinn como um Qareen saberia.
Obrigada, e lembre-se da magia Qareen
Disse e reservou o restante do Fôlego para Canal izar a magia residual do outro feitiço, havia queimado muita mana, e se quisesse Sobreviver, deveria poupar para mais tarde.
Se moveu para perto de Gabrian enquanto finalizava o Truque de Cura.
- Volte ao Túmulo, criatura.
E tocou liberando a luz sobre ele, que caiu perante a magia.
- AÇÕES:
Ação de Movimento: Mover-se até F6
Ação Padrão: Curar Ferimentos com Aprimoramento Truque: Muda Alvo para umn morto-vivo, dano de 1d8 de luz e Resistência para Vontade Metade. Alvo Morto Vivo em F5
Rolado 4 de dano de luz e aparente falha em Vontade.
Astirax- Nível 2
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Re: A Fenda Estrelada
Parte 2: Porto de Almas
A inventora se revelou após usar sua besta leve contra os mortos-vivos. Seu virote, entretanto, se perdeu em meio as brumas. Agindo de maneira estranha e incompreensível, ela reclamava de sua arma aos gritos. Os mortos-vivos viraram os rostos por um instante atraídos por ela, o que garantiu que fossem quase todos derrubados. Mas os aventureiros não podiam vê-la, pois ainda estava atrás do muro, do lado de fora do cemitério.
Apesar do guerreiro não conseguir vencer o aprisionamento do morto-vivo, a feiticeira tocou em seu corpo emanando uma luz mística, fazendo-o desabar inerte. Após seu toque mágico, mais um grito agudo de criança, vindo do mausoléu, pôde ser ouvido por todos. Danyah parecia sofrer.
Enquanto o paladino avançava pelo cemitério em meio as brumas com sua arma em punho, o lutador lançou-se ao combate usando suas técnicas marciais para derrubar dois dos mortos-vivos com algum pesar na consciência, gritando seus nomes para tentar atraí-los.
Mas eles não pareciam mais interessados no golem. O morto-vivo hynne avançou cambaleante com suas pernas curtas para dentro do mausoléu, onde Danyah havia gritado mais uma vez. Uma vez dentro, não era possível para que os outros vissem o que estava acontecendo. O outro morto-vivo, que repetiu seu nome "Radan", atacou Jojo tentando mordê-lo, mas de maneira trôpega e desajeitada, errando seu alvo.
A inventora se revelou após usar sua besta leve contra os mortos-vivos. Seu virote, entretanto, se perdeu em meio as brumas. Agindo de maneira estranha e incompreensível, ela reclamava de sua arma aos gritos. Os mortos-vivos viraram os rostos por um instante atraídos por ela, o que garantiu que fossem quase todos derrubados. Mas os aventureiros não podiam vê-la, pois ainda estava atrás do muro, do lado de fora do cemitério.
Apesar do guerreiro não conseguir vencer o aprisionamento do morto-vivo, a feiticeira tocou em seu corpo emanando uma luz mística, fazendo-o desabar inerte. Após seu toque mágico, mais um grito agudo de criança, vindo do mausoléu, pôde ser ouvido por todos. Danyah parecia sofrer.
Enquanto o paladino avançava pelo cemitério em meio as brumas com sua arma em punho, o lutador lançou-se ao combate usando suas técnicas marciais para derrubar dois dos mortos-vivos com algum pesar na consciência, gritando seus nomes para tentar atraí-los.
Pippo... Pippo...
Diziam arrastado.
Radan... Radan...
Mas eles não pareciam mais interessados no golem. O morto-vivo hynne avançou cambaleante com suas pernas curtas para dentro do mausoléu, onde Danyah havia gritado mais uma vez. Uma vez dentro, não era possível para que os outros vissem o que estava acontecendo. O outro morto-vivo, que repetiu seu nome "Radan", atacou Jojo tentando mordê-lo, mas de maneira trôpega e desajeitada, errando seu alvo.
Condições de batalha: As densas brumas provocam camuflagem. Cada ataque tem 20% de chance de errar, rolado pelo jogador.
Rodada 03:
Mortos-vivos 16
Smile 16 ← sua vez
Gabrian 15
Jojo 8
Jinn 7
Krak 6
Nota do Mestre:
* No pequeno mausoléu cabem 5 pessoas ao mesmo tempo, todas amontoadas e sem espaço para lutar e outras ações a serem julgadas por mim. Com 4 pessoas, é possível lutar.
* Camille está inconsciente e caída.
* Os muros do cemitério têm 3m de altura.
* Estar no mesmo quadrado que uma lápide gera a penalidade de -2 para ataque.
Dados dos Personagens:
- Gabrian Barrington <> PV: 22/17 PM: 3/2 Defesa: 18/13 <> Condição:
- Jinn Scarlata <> PV: 23/11 PM: 3/2 Defesa: 18 <> Condição:
- "Jojo" <> PV: 23 PM: 6 Defesa: 19 <> Condição:
- Krak <> PV: 15/7 PM: 11/5 Defesa: 12 <> Condição:
- Smmittia "Smile" Lennivaruss <> PV: 13 PM: 4 Defesa: 15 <> Condição:
Próxima Atualização: Cada jogador tem 24h para postar suas ações no turno.
Maelstrom- MESTRE
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