Cruzada: O Cálice da Virgem [ON]

Vilarejo de Rio Calmo

Jean Louis
	- A propósito, senhor Zacarias, poderia satisfazer minha curiosidade? Enquanto explorava esbarrei em um castelete nas proximidades. Poderia nos contar sua história?

Zacarias

– Ah, ali era o antigo Solar Calatravas, o lar da família que nos governa. Foi abandonado sessenta anos atrás depois que um incêndio matou a esposa de Lorde Anton Calatravas – o pai do atual Senhor, Othon. Uma tragédia, pelo que os mais velhos contam. O Lorde abandonou o castelete e mandou erguer outro, mais longe daqui. Mas à exceção desta não há outras grandes histórias por aqui. Somos um povo tranquilo vivendo pacificamente. – Hã, bom, quanto ao clima...

O homem explana sobre as épocas de cultivo e colheita, sobre as eventuais tempestades e outros eventos. Nada incomum – o clima é similar ao largo de todo o sul do continente.

Gin
	- Quanto a sua esposa, eu tenho alguns conhecimentos médicos, não sou um especialista, mas posso tentar ajudar. Acredito que essa vila tão rica deve ter algumas fiolhas medicinais muito úteis para combater doenças. Então, se for do seu interesse, ficarei feliz em ajudar como puder.

Zacarias
	– Bem, um padre veio recentemente e checou o estado dela. Minha esposa possui melancolia, infelizmente. É uma terrível doença, mas não existem tratamentos físicos, infelizmente. É um “mal da alma”, me disse o clérigo. Só se cura com orações e tempo.

Zacarias
	– Após terminarmos de jantar vou ver se ela está bem para receber visitas.

Quando o jantar termina ele se ausenta por um tempo. Depois retorna.

Zacarias
	– Rapaz, tudo bem, vou permitir, mas só você! Emília precisa descansar e não posso deixar que a estafem.

Os demais podem então recolher-se ao celeiro. Antes de dormir podem conversar.

Raphael

Raphael embrenha-se pela mata tomada pela escuridão. Chega até o local descampado e, munido de uma pá, põe-se a cavar, contando apenas com uma tocha para iluminar as trevas.

Não demora muito para bater em algo duro. Usa as mãos para cavar ao redor e observa cuidadosamente. Uma ossada.

Outros montículos revelam o mesmo. Cadáveres em diferentes estados de decomposição. Todos nus.

Estava em um cemitério.

Gin

Você foi conduzido por Zacarias até um quarto no segundo andar. O homem abriu a porta, entrou e manteve a porta aberta para que também entrasse.

O lugar estava iluminado por velas em profusão. Uma mulher estava sentada em uma grande cama. Era bem mais jovem que Zacarias, pelo visto da idade de Ruby, muito bonita.

Emília
	– Esse é o jovem que deseja me ajudar? Chegue mais perto.

Sem hesitar, você aproxima-se. Ela é incrivelmente bela e cheira a rosas frescas, uma pessoa poderia perder-se naqueles olhos verdes como esmeraldas.

Emília
	– Hm… sim, acho que você poderia me ajudar.

Você se sente feliz. Zacarias não está mais lá, mas mal percebe este detalhe o descarta imediatamente – não é importante. A mulher já levantou-se da cama e segura suas duas mãos. Então o beija enquanto leva uma de suas mãos a um seio.

Emília
	– Sim, definitivamente você pode me ajudar.

Ela o puxa para a cama e o mundo se torna perfeito.

Off:

Personagens:

Levando em conta que não são todos corpos 'frescos', Raphael pensa um pouco a respeito, analisando a idade aparente dos cadáveres e tenta encontrar alguma marca como uma ferida por lâmina, garras ou algo que identificasse uma causa de morte em algum corpo mais 'novo'.

Decide tapar novamente tudo e voltar para o celeiro, com ainda mais cuidado quanto teve na ida. Antes de entrar se certifica se tem alguém da vila por perto, fazendo uma volta ao redor do local e mantendo seus ouvidos atentos.

Procura pela Tenente Ruby e diz o que ocorreu, chamando os outros para perto e fala baixo:

Raphael Bianco
	- Parece um cemitério, é normal haverem mortes em uma vila, mas... estavam todos despidos, em diferentes graus de decomposição, e não havia lápides ou cruzes. Não havia muretas ou grades ao redor indicando o local também, como se estivessem escondendo os corpos.

Raphael Bianco
	- Uma camponesa disse que recentemente viajantes desapareceram na floresta, mas se tivessem sido atacados por ladrões, animais ou monstros eles não teriam sido enterrados nem estariam daquele jeito, e seriam corpos mais recentes.

Raphael Bianco
	- Tem algo errado, precisamos sair daqui, e levar Helena pra longe. Aliás, o Gin não voltou ainda?

Ele estava com um mau presentimento, e não é como se pudessem parar a viagem por muito tempo, tinham uma missão a completar de qualquer forma.

Vilarejo de Rio Calmo


Quando Raphael chega ao celeiro já é por volta de meia-noite e seus companheiros dormem, de modo que ele precisa acordá-los. Tão logo termina de falar Gin chega. Está sorridente, alegre.

Off:

Personagens:

Naquela noite Jean aproveitou a oportunidade para conversar com Ruby. Seria bom se todos estivessem presentes, mas Gin estava ajudando a esposa do senhor Zacarias e Raphael saiu para realizar uma investigação particular. Chamou a tenente para relatar.

Jean Louis

– Tenente, estive pensando profundamente na razão pela qual passamos por aquele evento em nosso confronto com os desmortos. Cheguei a conclusão que agimos de forma desorganizada demais. Deixamos João e a filha desprotegidos e confiamos demais em nossas capacidades. - Acredito que deveríamos ter focado um pouco mais na defesa deles. Raphael ataca a distância, poderia ficar ao lado da dupla sem se retirar do combate. Gin não é muito bom em combate, mas é perspicaz e sei que conseguiria atrasar os oponentes de alguma forma. Ele não precisa se arriscar na linha de frente também. Quanto a Abgail, ela se mostrou extremamente veloz. Creio que poderia alternar entre vanguarda e retaguarda livremente. Eu preciso estar na frente para conter o máximo de inimigos que puder. - Se tivéssemos assumido essa tática, e todos se focassem ao máximo em suas funções, creio que teríamos conseguido vencer mais facilmente. Desde que eu consiga manter os oponentes concentrados em mim, vocês podem atacar com todas as forças sem se preocuparem com a defesa.

Após agradáveis horas com senhorita Emilia, Gin volta ao celeiro, vendo seus companheiros reunidos e parecendo discutir sobre algo.

Gin
	- Me desculpem a demora pessoal. Conseguiram descobrir alguma coisa?

Com um sorriso estampado na cara, o rapaz se junta aos companheiros para discutirem suas descobertas.

Ruby Moon

Seguindo as regras de etiqueta Ruby Janta com todos e é bastante educada e polida.

Gin partiu para examinar a esposa do senhor Zacarias e Ruby foi ter com Jean.
num lugar que, com a maior absoluta certeza, ninguém os ouviria.

Ela ouve atentamente o que o soldado diz. Esperando que ele termine. Antes de ela mesma falar algo.

O olhar sério, disciplinado, obstinado. Nada parecido com a moça brincalhona que fora à mesa.

- Bom Jean. Eu entendo o que você está dizendo. Eu mesma tenho pensado no que poderíamos ter feito diferente. Não vou dar desculpas, nem culpar ninguém pelo acontecido.

-Por milagre estamos todos bem e vivos. Mas não se preocupe. Da próxima vez não haverá desordem. e não falharemos.

- No mais, lembre-se de nosso objetivo. Proteger pessoas desconhecidas na estrada, não faz parte disso. Admito que agora estamos mais ligados ao senhor Pás e sua filha do que como que meros desconhecidos. Mas ainda assim, lembre-se de por que estamos aqui.

- E pela ultima vez. Não me chame por esse nome a menos que tenha absoluta certeza que ninguém está ouvindo. Não queremos ninguém pensando besteira por ai.

---

Quando Rafael e Gin voltam ao estábulo a primeira coisa que a Tenente nota é o sorriso do segundo.

- Pois bem, o que descobriu sobre a doença da senhora, Gin?

- E Rafael, algo que valha nota?


Alguma coisa incomodava a mulher. Não sabia dizer o que era. Mas decidiu que partiriam da cidade tão logo fosse possível.

Abgail

*Abgail ouvi a conversa e a troca de idéias táticas e por fim concordou com Ruby, ainda que discordasse completamente sobre a parte de ajudar quem precisasse. Ordens ou não, ajudaria qualquer um que sua espada alcançasse.*

*Mas não diria isso a ela*

- Estou de acordo, mortes acontecem em batalha, não importa o quão bem a tática seja trabalhada... Mas não me oponho em melhorarmos sempre como grupo e como unidade, para evitá-la. Pelo contrário.

*Limpava a lâmina da espada com cuidado... E levando o longo tempo que a espada pedia diariamente, para não se tornar gasta e inútil*

- De fato, enquanto puder me mover livremente, posso auxiliar onde for chamada. Vamos... ser melhores.

*Ofereceu um sorriso tímido. Cada vez mais admirava os companheiros que podiam cumprir muitos funções, enquanto ela, apenas era uma maquina de matar que podia apenas aguardar o momento do uso de sua espada*

Sem muito a adicionar, Raphael repete o que disse a todos para Gin, sobre a existência de um tipo de cemitério escondido na floresta, e reforça que eles deveriam sair da vila o quanto antes.

Raphael Bianco
	- Acho que o maior problema é João, que pode não querer ir conosco por ser amigo do Zacarias, mas não acho que Helena deveria ficar por aqui.

Ouviu as palavras de Ruby e pareceu que ela não havia entendido seu ponto.

Jean Louis

– Acho que não me expressei bem, então vou escolher melhor as palavras. - A questão não é o que ou quem devemos proteger, mas sim a nossa falta de entrosamento. No último combate cada um fez o que quis, não tínhamos uma tática definida para seguir e individualmente não éramos suficientes para lidar com a situação. - A proposta dessa discussão é estabelecermos ao menos uma tática básica de ação onde melhoremos nossa chance de sobrevivência sem dependermos de "milagres". Pois como diz o ditado, "a sorte é cega". - A tática que estou propondo é me colocar na linha de frente em posição defensiva, segurando tantos adversários quanto possível. Manter Gin e Rapha na linha de trás, onde estarão seguros o suficiente para se concentrarem em atrapalhar os inimigos e atacarem com todas as forças. Claro que dependendo da quantidade de oponentes, não serei suficiente para segurá-los, então queria contar com o apoio de Abgail, que pode alternar entre vanguarda e retaguarda facilmente graças a sua velocidade, e o seu. - No mais, mesmo que diga que não devemos nos preocupar com pessoas pelo caminho, creio que esse seja nosso dever como cruzados. Mas essa nem é a questão de maior importância no momento. Acredito que Helena surpreendeu a todos da última vez. Não acho que seja algo ignorável.

OFF:

[quote="0_Sol"]

Ruby Moon

*A tenente ouviu atentamente o que o subordinado dizia. Não é que para ela não fizesse sentido as ideias de Jean, Mas agora não era o local nem a hora de discutir esse assunto.*


-Jean, eu entendi o que você esta dizendo. Sim nós fomos desorganizados. Sim nos faltou entrosamento em batalha. E sim, nós podemos fazer melhor que isso. e Faremos.

-Você pode considerar sua mensagem eficientemente transmitida para sua superiora.

- Agora eu devo novamente lembra-lo da condição delicada de nossa ordem? Devo lembrar a você o que houve no Castelo de Morga? Devo dizer o que é feito com cruzados descobertos pela Igreja? Devo falar pra você qual é o destino das pessoas que dedicam suas vidas a uma causa e são encontrados por demônios???

- Então eu te dou esse ultimo aviso. Pense muito bem no QUE diz sobre nós. A QUEM diz. E AONDE diz. Nenhum cuidado é pouco.

- E se você achar que não consegue segurar a sua língua. Eu posso dar um jeito nela pra você.

*Toda a fala foi feita no mais baixo tom audível. Ruby não permitiria um segundo de descontrole. A missão era demasiada importante para que deixasse de lado tudo que aprendera na ordem.*

-No mais -*completou a tenente*- considere esse assunto encerrado.

-----

-Muito bem Raphael. Algo está acontecendo aqui. E nós estamos em perigo se são somente os viajantes que somem na floresta.

-Vamos partir amanha mesmo.

-Sobre a garota Helena e o senhor Pás. Nós não podemos força-los. A vida é deles. E por mais que creia que devemos manter a garota sob nossos olhos, não sou do tipo que rapta criancinhas por qualquer serventia que elas possam ter.

-Podemos convida-los a seguirem viagem conosco, mas se quiserem ficar. Eles tem conhecidos aqui, pode estar mais protegidos do que na estrada conosco.

*Assim que Gin chega algo ocorre a Ruby*

-Gin, como está a senhora esposa de Zacarias? Você pode ajudar?

-Raphael, você disse que todos estavam nus? Mais alguma coisa em comum?

Abgail

*Abgail ergueu as sobrancelhas ao ver a atitude de Ruby. Quase assoviou quando ela saiu, mas lembrou que o aviso servia a ela também. Finalmente a vira como uma lider militar. Desde o "show" em relação a Gin, Abgail via Jean como emocional e imaturo demais e a tentativa de demonstrar inteligência reforçava aquilo. Porém, vê-lo desafiar Ruby - ainda que sem entender sua confusão - lhe trouxera curiosidade do canto em que estava os observando. Tinha certeza que ela FALHARIA como líder. Titubearia e perderia a linha*

*E no final foi tola. Subestimou alguém... e isso era perigoso. Ruby era a líder e tinha o poder sobre sua vida e morte. Não esqueceria isso no futuro*

*Via nela uma tenente agora... E rival*

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*Com o assunto encerrado, Abgail os seguiu quietos, dessa vez atentando as palavras de Raphael que analisara a tudo nos arredores. Diferente de Ruby, Rapha tinha seu respeito desde o inicio e na batalha se mostrou um perito. Talvez pudesse aprender mais sobre sobrevivência com ele no futuro*

- Com todo respeito Ruby, mas irei perguntar a você, Rapha...

*Teve certeza de manter a voz baixa e os olhos atentos*

- Como crê que devamos proceder? Concordo que temos de tirar Helena daqui e sair deste lugar. Mas qual seria a melhor rota. Nessa situação, creio que seria nosso melhor gual e sua opinião deva ser levado em especial consideração devido a sua pericia.

*Mas cruzou os braços, incomodada*

- Entretanto, se me permite o egoismo... Diferente de agora, estive sempre sozinha. E nunca abandonei um local se exterminar o perigo que possa habitá-lo... Temos nossa missão. Entendo isso, não sou criança... Mas as pessoas daqui... Deixadas para traz e com risco de se tornarem vitimas de alguma coisa... Me traz pesadelos acordada.

*Encarou Ruby*

- Mas a decisão no fim é sua. E todos acataremos e faremos cumprir as ordens. O que decide?

*E aguarda a resposta de Gin sobre a esposa*

Assim que a situação foi explicada, Gin afirmou com a cabeça, compreendendo a discussão.

Gin
	-Senhorita Emília é uma boa mulher, passei boas horas conversando com ela, acredito que possa ajuda-la, ela pareceu confortável diante de minha presença.

O rapaz fez uma breve pausa, caso alguém quisesse falar algo.

Gin

- Por fim, dado a situação que estamos, eu tenho uma sugestão, ou melhor dizendo, um pedido Ruby. Não podemos ficar aqui mais alguns dias? Não estou esquecendo de nossa missão, porem acredito que nos façamos necessários aqui, abandonar esse lugar que pode estar em perigo e não ajudar a senhorita Emília...Parece um tanto cruel...Afinal, faz parte do nosso dever ajudar aqueles que precisam certo? Me perdoe se estou sendo insubordinado, mas acredito de verdade que essa seria a melhor decisão, mas ainda seguirei sua decisão final.

O rapaz se silenciou após apresentar seu ponto de vista.

Raphael Bianco
	- Estava escuro e não pude examinar com cuidado, mas pude ver que tinha uns a bem mais tempo que outros, então os corpos foram colocados aos poucos, não ao mesmo tempo. Mesmo que sejam os viajantes que sumiram recentemente, tem outros mais antigos junto.

Responde à Ruby. Então ouve Gin e fala

Raphael Bianco
	- Gin, entendo que queira ajudar, mas podemos estar em risco aqui. E principalmente, não sabemos quem ou o que é a Helena, só que é alguém que a Igreja adoraria ter as mãos em cima, por isso acho que você poderia tentar convencer João a seguir viajem conosco o mais rápido possível.

Então continua, para os demais

Raphael Bianco

- Entendo que queiram ajudar a todos que puderem, mas no momento temos uma missão que, se bem sucedida, vai salvar muito mais pessoas. - Se acontecer algo conosco a missão falha e mais Cruzados terão de ser enviados, isso se for possível depois do incidente no castelo. E se Helena for mesmo uma santa ou - baixando ainda mais a voz - a virgem, não só reduz a busca das relíquias como seria um passo importante na restauração da honra dos Cruzados. Sei que isso parece quase impossível, mas vocês viram o mesmo que eu na estrada, não?

Ruby o repreendeu. Talvez por tê-la chamado de tenente ou por ter mencionado os cruzados. Talvez por ambos. Mas visto que estavam tendo uma conversa particular em um celeiro afastado da casa principal e no meio da noite, era improvável que alguém estivesse a escuta. Se houvesse alguém fora de sua casa aquela hora da noite, esse sim seria suspeito. Enfim, dada a importância da missão e a sequência de eventos que os levou até ali, não seria estranho que o grupo começasse a dar sinais de uma leve paranoia.

Raphael apareceu logo em seguida para relatar o que havia descoberto.

Jean Louis

– Isso é estranho. Para dizer o mínimo. Sabe se alguma autoridade local está lidando com a situação? Porque o vilarejo me pareceu bem pacífico. O que quer dizer que ou as autoridades são incompetentes ou coniventes com os desaparecimentos. Digo, se quer fomos avisados. Ficamos sabendo porque Rapahel procurou saber. Não é normal a milícia local relatar esses problemas para as pessoas serem mais cautelosas?

Por outro lado, Gin queria ficar e insistia em ajudar a senhorita Emília, esposa do senhor Zacarias.

Jean Louis
	– E o que ela tem? Acha que poderá tratar em pouco tempo?

Depois voltou a o assunto principal.

Jean Louis
	– De qualquer modo, acho que todos concordamos que a menina Helena pode estar em perigo ficando aqui. Como o senhor Pás e Zacarias são muito amigos, é bem possível que ele não queira seguir conosco. Consequentemente Helena também não viria. A menos que haja algum problema na vila do qual não foram avisados. Fora isso, ele só deve partir se tiver outro destino.

Ruby Moon

- Eu ouvi todos vocês. E penso que existe uma forma de todos ficarmos satisfeitos.

*Disse a Tenente após todos terem falado.*

- Eu entendo, de verdade, a vontade de ajudar essas pessoas. Mas aparentemente eles não estão passando por problemas. Ou então não sabem que estão. - Diz olhando para Raphael.

-Por isso nos vamos ficar aqui por dois dias. Raphael, Abigail e Jean ficam responsáveis por descobrir o que quer que seja que tenha de errado nessa floresta. Gin tente ajudar a senhora Emília, e enquanto isso tente descobrir se há algo de errado acontecendo. Eu vou manter nossas coisas em ordem, e ter com João para ver se há uma forma deles seguirem viagem conosco.

- Se em dois dias não encontrarmos nada que justifique nossa estada aqui, seguiremos viagem.

- No mais estão todos dispensados. Descansem. Teremos dias atribulados a nossa frente.

Dando um ponto final para a discussão Ruby ainda acrescenta.

-E lembrem-se. Família feliz!

Vilarejo de Rio Calmo


O dia amanhece em Rio Calmo. Os cruzados despertam e têm a oportunidade de lavar o rosto e tomar o café da manhã.

Zacarias
	– Como foi a noite de vocês? Dormiram bem?

Helena Pás
	– Pai, talvez devêssemos seguir viagem hoje...

João Pás
	– Que isso, filhinha! Acabamos de chegar e ainda tem tanta coisa que quero por em dia com o compadre... vamos ficar mais um pouco, está bem?

Tereza
	– Ora, não gostou de nossa cidade?

Helena Pás
	– Não é isso... ah, não é nada. Está certo, então.

Josias
	– Ela deve sentir falta de brincar com outras crianças. Vou te apresentar os filhos do vizinho, eles são da sua idade.

João Pás
	– Isso seria ótimo!

Zacarias
	– Senhor Gin, minha esposa apreciou muito sua ajuda ontem e pede que vá vê-la após o café que ela deseja conversar com o senhor novamente.

Josias
	– O que pretende fazer hoje, Senhorita Ruby? Gostaria que a levasse pra conhecer a vila? Tem uns lugares muito bonitos.

Off:

Personagens:

Após se lavarem e tomarem café os cruzados tem o dia livre para cuidarem de seus assuntos.

Jean Louis
	– Acho que vou dar outra volta pela vila. Lembre ontem a noite que preciso de algumas ferramentas. Se quiser senhor Pás, posso levar Helena comigo para passear. O que acha Helena?

O cruzado estava preocupado com a situação misteriosa da vila e não conseguia ignorar o instinto da menina.

Como ficariam na vila mais alguns dias Raphael teria de se contentar, por tanto tinha algo em mente. Enquanto os demais conversavam sobre o que fazer se aproxima de Gin e fala baixo para ele

Raphael Bianco
	- Não esqueça que devemos dar um pulo na floresta mais tarde, me procure quando estiver livre.

Pergunta então a Zacarias sobre o rio

Raphael Bianco
	- Vi que tem um rio aqui, gostaria de aproveitar e me refrescar um pouco, caso não seja um problema. Poderia até ensinar alguém a nadar, tanto adulto quanto as crianças.

Seria bom para refrescar tanto o corpo quanto a mente, gostava de nadar apesar de ter poucas oportunidades para isso. E se conseguisse manter Helena perto dos olhos seria bom também, dado que a menina parecia inquieta.

Abgail

- Vou com você Raphael. A floresta. 

*Abgail pronuncia-se, aproximando-se de Rapha. Talvez ficando perto dele, aprendesse mais coisas além da batalha*

Vilarejo de Rio Calmo

Jean Louis
	– Acho que vou dar outra volta pela vila. Lembre ontem a noite que preciso de algumas ferramentas. Se quiser senhor Pás, posso levar Helena comigo para passear. O que acha Helena?

Helena Pás
	– Eu gostaria, sim.

Com a anuência paterna Jean pode passear com Helena.

Raphael
	– Vi que tem um rio aqui, gostaria de aproveitar e me refrescar um pouco, caso não seja um problema. Poderia até ensinar alguém a nadar, tanto adulto quanto as crianças.

Zacarias
	– Não creio que haja algum adulto ou criança por aqui que não saiba nadir – inclusive as crianças gostam muito de nadar lá! Divirta-se!

Abgail apresenta-se para acompanhar Raphael enquanto Gin vai encontrar a esposa de Zacarias.

Zacarias
	– Bom, também tenho negócios a resolver. E você, João?

João Pás
	– Preciso renovar os mantimentos, vou ao armazém. Ei, Jean, se você quer ferramentas, porque não vamos juntos?

Tereza também se apressa para arrumar a cozinha e no fim Josias e Ruby ficam sozinhos.

Josias
	– Então… vamos?

Off:

Personagens:

Assim que os 'estranhos' se afastam, Raphael diz para Abigail:

Raphael Bianco
	- Certo, iremos nós e Gin até a floresta mais tarde. Talvez tente se ocupar com os outros para não desconfiarem de nós.

E então avisa a todos que ainda estavam ali

Raphael Bianco
	- Certo, vou para o rio então, mais tarde nos falamos.

Desde a chegada na vila Raphael não usava mais a armadura, apenas roupas mais comuns. Pega algo que usaria para se secar e vai até o rio. Procura uma parte a vista, não muito longe, mas também não próximo demais da vila. Assim de longe poderiam ver onde ele estava e ele notaria a chegada de alguém também.

Tendo certeza que não havia ninguém por perto, tira a roupa e coloca na beira, então se joga no rio. Ficando um bom tempo debaixo d'água antes de voltar a superfície. Gostava da sensação da água fresca, fazia tempo que não conseguia descançar de verdade, e normalmente não poderia se dar ao luxo de qualquer forma.

Usa essa oportunidade para esquecer um pouco do estresse como Cruzado, se sentindo um pouco mais relaxado. Nada um pouco pra lá e pra cá e espera até Gin voltar, ficando de olho para se vestir caso alguém se aproxime. Se ele demorasse muito pretendia voltar ao celeiro e esperar por lá mesmo.

Após todos acordarem e apreciarem o dejejum, Senhor Zacarias informa que Emília deseja vê-lo, Gin sorri e afirma com a cabeça.

Gin
	Estou indo imediatamente, fico feliz em poder ajudar!

De forma animada e sorridente, o rapaz se despede dos amigos e vai de encontro a mulher, após algumas horas de conversa e quando ela se sentisse a vontade para deixa=lo ir, ele iria se encontrar com Raphael para irem até a floresta.

Jean sorri a ideia do senhor Pás.

Jean Louis
	– Acho uma ótima ideia senhor Pás. É mais divertido em companhia.

Decidiu que aproveitaria o tempo que teriam para conversar com João e sua filha. E enquanto estavam caminhando, resolveu puxar assunto.

Jean Louis
	– Mas diga-me senhor Pás. Quanto tempo planeja permanecer? Conversei com meus primos e irmãos noite passada e resolvemos que partiríamos em até 3 dias. São bem vindos a nos acompanhar se for sua vontade.

Devo fazer teste de diplomacia para convencê-lo?

Abgail

- Ok, Rapha. Não deixe de ir sem mim. 

*Abgail despediu-se de Raphael e vagou pela vila, tentando ver algo além do que ela aparentava. Havia mesmo algo estranho ali ? Algo de sua cabeça talvez ? Fazia tempo que não treinava com sua espada, mas não queria se expor muito, então após olhar cada cantinho da vila, arrumou um pedaço de madeira e foi ao lado de trás do celeiro, práticar o básico, os príncipios* 

- Fuuu...

*Aspirava forte e expirava leve a cada golpe, controlando-se para não exagerar, mantendo o corpo equilibrado. A madeira fazia o vento cantar e seu corpo simulava um dança. Era seu momento de ser una com a espada, imaginando a horda que levou aqueles que amava perecendo sob seus cortes. Eles eram muitos. Um enxame. Precisava ser capaz de retalhar todos sem segundos. Ao mesmo tempo. Matar todos* 

*Quando terminou, percebeu que o tempo havia passado e se via ofegante. Era melhor se unir a sua tenente e esperar por Rapha*

Ruby estava com coisas demais na cabeça. Queria seguir viagem, queria ser justa em suas decisões, queria agir de acordo com o papel que ela mesmo se deu. Comia o café da manhã com todos, mas sua mente estava muito longe dali.

Quando se deu por si. Estava sozinha com o rapaz Josias.

Josias
	– Então… vamos?

"Vamos" ??
"Do que ele estaria falando?"
Ruby tentou se concentrar em todo o áudio que havia passado direto de um ouvido ao outro.

"Ah... Ele quer passear... ???"

A jovem olhava com um olhar entre confuso e divertido para Josias.

Ruby Moon

- Ah. Sinto muito. Acho que me distrai. -Passear né? Bom, eu sinto que vou ficar te devendo. Tenho que cuidar de nossos equipamentos, animais, recursos, mantimentos, roupas, medicamentos, e outras tantas coisas.+Vai dizendo enquanto enumera nos dedos* -Minha família é meio desligada com essas coisas e se eu não faço essas coisas ninguém faz.*diz com um sorrizo* -Mas vamos ficar aqui por dois dias. quem sabe em outro momento?

Dizendo isso a Tenente se levanta e vai cuidar das coisas.

"Hmmm... Ele tinha alguma segunda intenção??"
"Enfim... foi até bom eu ter demorado pra responder, assim ele não tomou um fora na frente de todo mundo"

A tenente segue para seus afazeres.