Arco 1 — A Volta do Torneio

por **Khrjstjano** Ter Dez 08, 2020 11:58 am

— Ah, Shinkyo! A capital do império não é linda, mãe? Veja, veja! — Dizia o estrangeiro, descendo do barco no cais distante. A baia Shinkyo estava limpa e clara, suas águas mansas balançando calmamente até o mar muito a frente. O porto Tsuki, ao menos naquela parte, era limpo e bem organizado. Muitos trabalhadores iam e vinham, mas desviavam daqueles a quem aquela área realmente desejava acolher: os endinheirados. Tamu-ra havia sido reconquistada a não mais do que seis anos, mas aquela cidade enorme que ali se erguia parecia ter, no minimo, uma centena ou duas de anos. Quer dizer, isto quanto ao seu tamanho e população, a altura de seus prédios, a agitação. Porque o estado, a pintura, os adornos das construções, tudo tinha cara de novo. Uma cidade nova em folha, linda, reluzente, um verdadeiro milagre erguido pelos tamuranianos que regressavam à casa, por seu trabalho duro, por poderes mágicos e divinos, mas também pelo poder mais mundano de todos: o dinheiro.

— Sim, sim, meu filho. Sim, sim... É linda. Linda como a juventude. Você também é lindo, meu filho, é lindo, lindo... — Respondeu a velha senhora, cuja pele enrugada contrastava com a beleza de seus trajes de nobre ahleniana. A maquiagem generosa ocultava-lhe as imperfeições mais leves do rosto trazidas pela idade, dando-lhe um aspecto muito melhor do que a de uma plebeia de sua idade, mas mesmo assim não se podia deixar de notar o quanto parecia abatida comparada à beleza de suas roupas de seda puríssima, com suas plumas maravilhosas, seus adornos riquíssimos e babados de bordados incrivelmente intrincados. Aquele era o tipo de gente que fazia o dinheiro correr por Shinkyo, gerando empregos para os mais humildes, despertando a cobiça dos menos honestos — ou deveríamos dizer menos "honrados", já que estamos em Tamu-ra, a terra de Lin-Wu, o Deus de Tamu-ra e da Honra — e por isso aquele lugar era mais belo e mais gentil com seus visitantes gaijin, os estrangeiros.

Mas nem tudo era perfeição e hospitalidade em Shinkyo. A maior parte da cidade era realmente mais bela e bem cuidada do que qualquer cidade do Reinado e outras regiões do continente sonhavam ser, mas é claro que haviam ainda muitos becos recém formados, ruas e prédios que não tinham recebido o mesmo polimento e esmero de seus construtores, áreas não tão bem cuidadas e que por comparação pareciam piores. Eram as áreas ocupadas pelos mais pobres, pelos trabalhadores braçais, pela gigantesca maioria que nem somando-se todo o dinheiro que vissem passar por suas mãos ao longo de toda vida poderiam pagar por sequer uma das joias que aquela senhora usava em um dos dedos de sua mão esquerda. Naqueles lugares, homens e mulheres derramavam seu suor, trabalhando pela comida de cada dia. Mas o faziam com alegria, pois eram ou tamuranianos de volta à sua terra natal depois de quase duas décadas de isolamento, ou estrangeiros que tentavam a sorte em uma nova e prosperante terra.

E em alguns desses diversos cantos da cidade, fossem eles melhores ou piores, estavam agora homens — ou quase homens — que estavam prestes a viver a maior aventura de suas vidas. Você está pronto para conhecê-los? Eu estou, meu amigo, e quero vê-los agora! Porque esta, esta é sua história.

TAREFA:
Façam um post inicial contando em que parte da cidade estão e o que estão fazendo, seguindo as seguintes regras:
1 - Vocês não devem se encontrar ou conhecer ainda.
2 - O fim do post deve terminar com o personagem botando os olhos em uma placa, cartaz ou panfleto, que anunciará o torneio (terminem com um cliffhanger, para que eu dê sequência revelando o conteúdo do anúncio).

por **Aldenor** Qua Dez 09, 2020 3:02 pm

O céu estava livre de nuvens, o sol queimava. Um navio do continente acabava de aportar em Porto Tsuki. Diversas pessoas faziam fila, descendo do navio até o chão de madeira para pisar em Tamu-ra depois de anos de exílio. Boa parte deles eram gaijin do Reinado, mas a maior parte daquela leva era de tamuranianos.

Akira era tamuraniano, mas também gaijin. O que fazia dele alguém de lugar nenhum verdadeiramente. Enquanto andava pelas ruas de Valkaria, era visto como um tamuraniano. No orfanato onde fora criado, era visto como um gaijin mestiço. Mas nada daquilo importava para ele. Na fila, Akira sorria, cobrindo os olhos com a mão sobre a testa para ver a maravilhosa cidade de Shinkyo pela primeira vez.

Akira

Parece uma Nitamu-ra maior.

Não podia dizer que estava decepcionado. É porque não comparava. Valkaria era muito maior, muito mais entupida de gente e tinha uma gigantesca estátua da deusa da humanidade no centro de tudo. Era o marco da civilização humana e foi onde Akira cresceu.

Mas ao mesmo tempo, admirou Shinkyo pelo valor simbólico. Era a força da determinação, persistência e capacidade de se recriar do povo tamuraniano. O povo de sua saudosa mãe Hitomi. Akira pisou com sua sandália de madeira pela primeira vez no território da família de sua mãe, o tal dos Yamaguchi. Um bando de yakuza que lhe deu as costas quando ela decidira ficar com seu pai, o gaijin Cedric. Ele decidira odiar esse povo dos yakuza, tal como não gostava do pai, ausente durante a infância de Akira.

Satoshi

A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para frente.

O velho deu-lhe um murro amigável na nuca de Akira. Satoshi Yamada trajava sua armadura samurai de outrora, mas muito riscada e de quimono surrado por baixo. Em sua cintura carregava as katana e a waizashi de seu daisho. Era um velho calvo, com fios de cabelos brancos perdidos aqui e acolá, encimados por um chapéu de palha simplório. O queixo possuía uma longa barba branca. Apesar de ser de família samurai, há muito Satoshi havia abandonado sua honra tamuraniana. Hoje era um devoto de Okoreeji-sama, o louco. Um nai'nin, um párea abandonado por sua família Yamada que hoje se resumia a seu irmão mais novo e seu sobrinho Kenji, que moravam no Palácio Imperial em Shinkyo.

Satoshi havia expulsado Akira de sua casa, em Nitamu-ra, mas depois apareceu para acompanhá-lo na longa viagem até Tamu-ra, como se nada tivesse acontecido. Akira estava acostumado às suas excentricidades.

Mas nada daquilo importava. Afinal, Akira era um nai'nin também.

Akira

Vamos viver olhando pra frente, então. Temos que arrumar uma casa.

Satoshi e Akira andavam entre o monte de gente no porto carregando suas caixas, mochilas e pagando pessoas com carroças para levarem suas coisas para a cidade.

***

Akira deu alguns tibares para um senhor querendo comprar uma jitensha. O senhor ficou confuso vendo as moedas. Satoshi, então, pagou com seus Yan.

Satoshi

Perdoe meu discípulo.

O senhor vendedor torceu o nariz para os dois. Akira e Satoshi eram uma dupla estranha mesmo e não exalava o respeito necessário para viverem em sociedade. Além do mais, Akira apresentava traços não humanos, olhos amarelados, a pupila em um rasgo negro, além de apresentar os caninos avantajados. Era um meio-youkai, mas seu sangue ancestral não vinha das terras de Jade.

Um bom comerciante não recusaria negócios. Akira ganhou sua jitensha (e trocou seus tibares por Yan) e saiu pedalando adoidado por ali, quase atropelando algumas pessoas. Dois milicianos vieram lhe dar bronca.

Miliciano

Garoto, pare de fazer confusão por aqui. Quer passar uns dias na prisão?

Akira

Quero não, seu guarda. Foi mal. Sou novo aqui.

E sorriu para eles fazendo uma mesura inclinando o corpo para frente. Eles trocaram olhares cansados e de desprezo e continuaram seu serviço de manter a paz e a ordem no porto. Akira deu de ombros e desceu da jitensha para andar ao lado de Satoshi.

Akira

Lá em Valkaria isso aqui é invenção goblin. Por isso não era popular. Mas eu sempre gostei. Lá chamam de bicicleta.

Um cascudo no topo da cabeça.

Satoshi

Estamos em Shikyo, não em Valkaria. Seu ningo está muito quadrado, parece um nezumi falando. Hahahaha. Como quer ser um tamuraniano dessa maneira?

Disse em varukaru.

Akira

Ah, e desde quando tu liga pra essas coisas tradicionais? Esqueceu? Somos "não-pessoas".

Respondeu em varukaru. Satoshi o olhou com um sorriso de canto de boca.

Satoshi

Você tem sua razão, shonen. Mas eu não quero me reconectar com a sociedade e sim, com a terra. Você tem um longo caminho pela frente e eu já estou no final da minha jornada. Tenha modos e portas se abrirão. Aja como um macaco e vão lhe tratar como um macaco.

E riu, imitando um macaco coçando o queixo e o topo da cabeça ao mesmo tempo, dando pulos com uma perna só, alternando. Algumas pessoas olharam de lado e torceram o nariz. Não era um comportamento apropriado para um senhor de respeito. Akira conhecia seus modos erráticos: boa parte do tempo Satoshi era um homem simples, contido e sábio, mas as vezes algumas emoções extrapolavam o normal. Ficava muito feliz e entusiasmado ou muito triste e deprimido, dependendo de circunstâncias misteriosas. Dizia-se que era o efeito colateral de ser um devoto do Louco.

Mas Akira também notou como ele estava mais controlado desde que pegara a estrada com ele e saíra de Valkaria. A antecipação por retornar à terra natal mudou um pouco seus modos. Akira lembrou-se de Aldred e Maryanne e em como talvez a influência deles não fosse boa coisa para a mente do velho mestre. Principalmente com Aldred, o qual viviam brigando a troco de pouca coisa.

***

No final do dia, depois de passear ("supervisionar", segundo Satoshi) estavam em um prédio burocrático do governo para pegar documentação que lhes dava direito a uma casa em Shinkyo. Uma espécie de ajuda de custo do Imperador a todos que queriam tentar a vida em Shinkyo. Sentados na sala de espera, Satoshi estava calado o tempo todo e Akira, agitado, não parava de tremer a perna. Quando chegou a vez deles, Satoshi pediu para ir sozinho à sala. Na volta, sorria contente.

Satoshi

Não vão me dar casa.

Akira

O que? Mas tu é um tamuraniano puro sangue, caralho!

Disse em varukaru. Um cascudo no topo da cabeça.

Satoshi

Em ningo. Eu sou um nai'nin, garoto. Esqueceu disso? Vim aqui mais para ver como andavam as coisas. Eles são bastante respeitosos e educados. Gosto disso. Para haver caos, é preciso haver ordem.

Sorria largamente, mas Akira sabia que no fundo isso o deprimia. O jovem guerreiro fechou a cara fez um gesto bastante valkariano com o dedo do meio quando saiu do templo burocrático.

***

Era noite e eles estavam em um bosque, ao leste de Shinkyo. Podiam ver as luzes da cidade. Akira estava irritadíssimo e havia caído três vezes da sua jitensha.

Satoshi

Se você for esperto, conseguirá dormir em uma ryokan.

Akira

Porra nenhuma, eu sou nai'nin, não vão me deixar entrar. Além do mais, não vou te deixar aqui.

Um cascudo.

Satoshi

Como eu já falei, meu discípulo rebelde, minha jornada está no fim e a sua começando. Você já tem 18 anos. Está na hora de cortar nosso vínculo. Você precisa seguir com suas próprias pernas.

Akira abaixou a cabeça. Estava triste, mas sabia que era o certo.

Em pouco tempo, arrumou suas coisas e pedalou em sua jitensha até Shinkyo. Andou pelas vias a noite, iluminadas pelas lâmpadas a óleo espalhadas pelos postes. Atravessou a ponte Katsubashi, andou pela pequena Praça Kishi onde a estátua do campeão Orion Drake observava a cidade. Um cavaleiro estrangeiro sendo homenageado pelos tamuranianos, enquanto um ex-samurai era excluído por ter tido um passado conflituoso.

Akira encostou sua jitensha numa árvore e dormiu ali mesmo, em seu futon, atrás de uns arbustos para se esconder da milícia.

***

O dia veio quente. Akira acordou com os primeiros raios solares, o suor escorrendo pela testa e pelas axilas. Sentiu que estava fedido e decidiu tomar banho em um pequeno lago ali. Era um "banho", mas ele apenas lavou as partes perigosas e seguiu viagem com sua jitensha.

Pedalou por aquele lado do chuushinbu vendo barraquinhas, bazares e ambulantes com desinteresse. Era um lugar colorido e as pessoas eram mais frenéticas, onde rolava todo tipo de comércio.

Até que seus olhos bateram em um cartaz pregado em uma árvore. Era o anúncio de um torneio. Akira se aproximou, descendo de sua jitensha e se aproximando meio vislumbrado. Quando estava prestes a ler, o cartaz se destacou da árvore, grudando em sua cara. Akira quase caiu pra trás, mas se controlou e o tirou para ler...

por **John Lessard** Qua Dez 09, 2020 6:25 pm

O sal do mar ardia os cortes das cimitarras. A água entrando pelas narinas, queimava seus pulmões. Sua existência seria apagada após sua falha, caindo no esquecimento após decepcionar seu mestre. Mas Lin-Wu tinha outros planos para ele. Okami abriu os olhos depressa e ficou vislumbrando a copa da árvore. Aquele pesadelo novamente, as lembranças daquela noite chuvosa, quando os piratas saltaram para dentro do navio Doragon e ele havia falhado. Não havia desculpa que haviam tantos, não haviam desculpas para o ambiente desfavorável. Não haviam desculpas para suas falhas. Derrotado e levado pelo mar, não conseguira sequer morrer. Acolhido por pescadores, acordou em uma casa simples de uma vila humilde. Não sabia quantos dias haviam passado, apenas que estava vivo e deveria encarar sua vergonha.

Há muito havia partido do asilo simplório que o acolheu para quase se afogar e outra vez acordava ao relento, com sonhos assombrados por sua lembranças. Se colocou sentado, olhando o bosque ao redor. Recolheu suas coisas, as organizando num canto, depois comeu o suficiente e partiu, mas não antes de fazer um mensura para a floresta, agradecendo por velarem seu sono e por lhe abrigado mais uma vez.

Da estrada conseguia ver a cidade, Shinkyo. Não estava longe e imaginava como ela seria, afinal era sua primeira vez naquele local. Deveria ter chego há muito, junto de seu protegido, mas havia permitido que ele morresse, agora deveria expiar suas falhas e então, morrer. Para isso, seria necessário encontrar os Mestres do Caminho do Aço. Em sua peregrinação pelas estradas, descobriu que Kuma, A Rocha do Poente, estaria em Shinkyo e era exatamente ali que acabava de adentrar.

A cidade fervilhava e era impressionante as edificações erguidas após a libertação. Okami não tinha uma destino certo e acabou por chegar nas docas, com navios chegando e zarpando. Gaijins se misturando com nativos. Com a entrada e ida de tantas pessoas, a figura calada, parada no meio da multidão e sob um céu azul, imaginou que poderia conseguir alguma informação. Sua atenção recaiu sobre uma dupla de crianças parada perto de uma parede, que por sua vez dava, num beco. Eles pareciam ensaiar socos e chutes, tudo na frente de um cartaz em papel amarelado.

Okami se aproximou, soturno.

"Bujutsukai Tenkaichi"

— Hm...

As duas crianças pararam e encaram a figura diante delas. Era esguio, metido em roupas surradas sob um casaco vermelho desbotado. Ao redor do pescoço havia um lenço velho. A face era séria, concentrada. Os cabelos negros, amarrados num rabo de cavalo justo.

— Irá participar, moço?

— Ele não consegue, olha pra ele, não é um grande lutador como Kuma!

— É, Kuma!!!

Okami abaixou o olhar para a dupla.

— Kuma?

— Sim, ia, ia, ia!

E voltaram a brincarem com os golpes lentos. O homem deu meia volta, já tinha um destino.

por **roenmidnight** Sex Dez 11, 2020 11:46 am

Aquele lugar era barulhento.

A verdade era que qualquer lugar com um pouco mais de pessoas lhe era de certa maneira incomodo.

Porém ali, estranhamente, as pessoas não tentaram lhe afastar com paus e pedras logo de cara. Ali, parecia haver um clima de festividade e reencontro por parte de diversas dos individuos. Farejou o ar e sentiu o cheiro gostoso de comida que acabara de ser feita. Sentiu o perfume de gohan recém feito, sopa e o fino cheiro de chá verde vindo das casas.

Olhava para as casas enormes e que pareciam empilhadas umas em cimas das outras maravilhado notando os detalhes e em ouro e jade. Sentia o perfume da madeira nova e recém envernizada, e ouvia o barulho das crianças brincando e correndo por entre as ruas da cidade. Via outros parecidos como ele e isso o deixava um tanto confortável em andar entre a população, entretanto era impossível não sentir o peso do olhar das pessoas em suas costas.

Naquele momento, apesar de tudo, havia apenas um único objetivo, ouviu o barulho que era quase que um lamento de seu estomago. Precisava de arrumar algo logo para o seu desjejum.

Botou a mão na bolsa e sentiu o tilintar do ouro que havia pego de bandidos que haviam tentado uma gracinha com ele a alguns anos atrás.

Por isso sem fazer cerimônia adentrou ao que parecia ser um recinto onde as pessoas pareciam comer.

Era um estabelecimento simples, com mesas baixas onde as pessoas sentavam em esteiras. O chão era de madeira e nas paredes haviam papeis onde os preços das refeições podiam ser vistos. O cheiro de arroz tomava conta do lugar e sentia sua boca enchendo de água.

Olhou para os lados e viu os olhos nele. Já estava acostumado.

Andou pelo o salão e chegando no balcão apontou o dedo para o atendente, que não era mais um do que um jovem que deveria ter mais ou menos visto quinze primaveras, e disse.

Quanto ta o PF, ein?!

As pessoas o encaravam com olhos apreensivos.

Logo em seguida apoiou o pé em uma cadeira de uma forma desnecessáriamente dramática, apoiou as mãos no joelho, olhou diretamente para os olhos do atendente e completou.

E a lula?!

O rapaz parecia assustado e por isso Tataro Momo estreitou os olhos e se aproximou ainda mais seu tronco dele, ficando a menos de um palmo de seu rosto. Uma gota de suor brotou em sua testa e desceu por seu rosto caindo pelo o seu queixo.

Tataro já começava a se irritar, quando finalmente alguém logo atrás gritou algo.

https://www.youtube.com/watch?v=iMIGJaKC0wU

Hey! Parado ai, criatura desonrada!!

O Kaijin então se virou e viu o guerreiro em armadura esmeralda o encarando na porta do estabelecimento. Portava uma arma brilhante em suas mãos e a determinação no olhar: Um Samurai.

Eu só vim aqui para comer, não estou fazendo nada de errado... err... senhor?

O homem deu um passo a frente com a arma erguida.

Sem palavras! Já causou balburdia demais, vá embora ou enfrente a minha espada.

Tataro Momo sorriu por baixo de sua carapaça rubra, não esperava brigar a aquela hora do dia. Não iria arredar o pé sem o seu rango. Seu estomago roncou e apertou a barriga com ambos os braços. Alguém soltou um grito, virou para o lado para ver o que era e no momento seguinte só viu o avanço do guerreiro contra ele e tudo ficou escuro.

.
.
.
.
.

Acordou jogado em um beco. A cabeça doia. Ainda estava com fome. Se levantou cheio de dor e ouviu um barulho, passos. Se escondeu atrás de caixas e então notou as pessoas do restaurante de antes descartando sobras no lixo. Quando eles foram embora foi até a lata e pegou o que achou que ainda prestava, um papel para que pudesse segurar tudo e se jogou em um canto.

Quando terminou sua pobre refeição, entre as manchas de comida viu no papel ali o anuncio para uma espécie de torneiro. Ficou pensativo sobre aquilo... será que entrar na competição lhe traria algum respeito por parte daquelas pessoas?

por **DiceScarlata** Sex Dez 11, 2020 1:54 pm

Shirato Dim

Shirato Sayuri

- Maken ryu, Fujisaki Kempo Ryu, Tetsuken Amagami Ryu, Hinogami Ninpo Ryu, Yonzora Ken Ryu e Yamada Ryu. O que todos eles tem em comum?

Shirato Dim

- Arf... Arf... São todos Bujutsu... Arf... Artes da guerra... Artes marciais...

*Dim olhava para o teto enquanto respondia. A tontura estava passando ainda. Quantas vezes já havia presenteado o tatame com o impacto de seu corpo? Cinquenta no mínimo. O rapaz ruivo vestia um "GI" ou quimono para treino, na cor vermelha. Embora uma faixa preta adornasse a cintura, ela não prendia a vestimenta superior que jazia aberta, expondo um corpo esbelto. Estava encharcado de suor, dolorido e derrotado*

*E não podia se sentir mais feliz*

Shirato Sayuri

- E o que é o Shirato Jujutsu Ryu ?

*A garota a sua frente era uma tamuriana pura. Bela, mas de forma algum delicada. Vestia também um gi para treino, que cobria membros fortes, ainda mais em suas pernas e um porte atlético bem desenvolvido. Era tão alta quanto o rapaz e após submetê-lo tantas vezes, parecia ainda maior. Nesse momento, ela lhe dobrava um bulso e mantinha o cotovelo esticado com o próprio joelho. Um pouco mais de pressão, o deslocaria*

Shirato Dim

- É Katsudo... O caminho para a vida. Uma arte de autodefesa. O objetivo final é proteger a si mesmo, aqueles ao seu redor e o próprio inimigo. Essa é... AI! A verdadeira força.

Shirato Sayuri

- Bom.

*Ela sorriu e alivou a pressão no pulso. Imediatamente o ruivo girou o corpo no chão e passou um pé para trás da dobra do joelho da garota e puxou para si, buscando seu desequilibrio. Mas como uma felina, ela reagiu, fluindo com o movimento e usando a outra perna para se impulsionar por cima dele e ganhar distância. Teimoso o ruivo rolou junto e agarrou sua vestimenta, tentando uma projeção. Ela respondeu usando a força de suas pernas para mantê-lo contido no chão. Era uma conversa. Um jogo de pergunta e resposta. Uma luta que acontecia mais ne mente, do que no corpo*

*Por fim, depois de rolarem por todo o tatame, a vitória novamente foi de Sayuri, que montou por cima do rapaz e prendeu seus braços contra o chão. Com o rosto bem perto do dele, perguntou*

Shirato Sayuri

- Ainda quer continuar?

*A resposta foi um beijo. Profundo. Um ataque surpresa feito para vencer outro tipo de batalha. Ela revidou claro. Se beijaram intensamente, envolvendo os corpos agora com um abraço cálido. Por um instante, eram um. Mais do que um. Não metades que se completavam, mas inteiros que se somavam.*

*Sorriram e deitaram um ao lado do outro, pensativos, curtindo um breve período de silêncio, enquanto pequenas cariciais transmitiam as palavras que existiam em seus corações*

Shirato Dim

- Mas ainda acho que o estilo da família precisa se expandir. Um arte feita para autodefesa... Para proteger... E quase não há discípulos! As pessoas preferem técnicas violentas, feitas para exibir a força. Desse jeito, a arte leve dos Shirato vai se perder... .

Shirato Sayuri

- Não é sobre quantidade, mas também qualidade. Enquanto houver alguém a ser protegido, nós técnicas jamais desparecerá. Mas olha amor, vira o mestre da sua própria postura e você ganhará voz na família pra tentar seu próprio caminho hehehe

Shirato Dim

- É o que pretendo, sua cobrinha danada...

*Mordeu-lhe a bochecha, respondendo a provocação da garota, que adorava lembrá-lo que ele ainda tinha muito a treinar. Embora treinasse para usar as quatro posturas da arte, só seria considerado um verdadeiro mestre, quando desenvolvesse a própria e a provasse digna do nome Shirato*

*Fora assim desde que o pai Shirato Yoshio criara a primeira forma e desde então, sua família vem seguindo seus passos. Agora com a reconstrução do Imperio de Jade, Dim pensava que era o momento também, de elevar esse estilo como o mais poderoso de Tamu-ra, embora fosse uma ambição distante da dos demais*

Shirato Sayuri

- Yosh! Hora de cozinhar.

Shirato Dim

- Opa! Comida da Sayuri. Mais lendária que as lendas hahahah. Serei seu assistente..

Shirato Sayuri

- Muito bem assistente. Preciso que vá na cidade e compre algumas coisas. Acho que vou fazer tonkatsu... Ou Kare.

Shirato Dim

- Ou os dois.

*Ela sorriu lhe dando um pequeno empurrãozinho. Depois de um banho (que rendeu mais alguns momento de luta intima) Sayuri entregou uma lista na mão do jovem marido, enquanto se preparou para o almoço. Além de ser uma artista marcial sem igual, conhecida como "mãos de bruxa", ainda era uma chef renomada em valkaria e tamu-ra. Dava pra ver por que a ansiedade por provar sua comida. Dim vestiu roupas comuns e partiu*

______________________________________________

*Shinkyo lembrava Nitamu-ra. Só era maior. Movimento constante, barulho, comércio, aventureiros, raças diversas, arte, ricos, pobres e rejeitados.*

*O rapaz andava com as mãos no bolso distraidamente - uma falha enorme para os praticantes do estilo Shirato, que prega constante prontidão - em busca do mercado, onde compraria temperos picantes e outros condimentos. Gostava daquele ambiente, mesmo sentindo falta de algumas coisas em Arton, estava feliz com sua nova vida. Havia se casado após se apaixonar pela mulher que o derrotou na arena e então, de brigão de rua, passou a um verdadeiro artista marcial. Tinha orgulho. A família toda o acolhera e abrira seu mundo a novas experiências. Só queria poder retribuir de verdade tudo aquilo que recebeu*

*No meio do caminho ouviu gritos. Um duelo entre dois guerreiros. Seriam Kenseis? Um deles portava uma espada de madeira e o outro um longo bastão. Se encaravam e bradavam palavras de desafio*

*Kakatekoi io! kisama!!*

*ANTA WO BUKOROSU!! *

*NAAAANI??*

*AAAANH???*

*E faziam caretas caricatas. Ameaçavam atacar e recuavam. Ficavam a se rodear. Amadores...*

Shirato Dim

- Mataku... Doitsu mo, koitsu mo... (Serio... Tanto um, como outro...)

*Suspirou*

Shirato Dim

- Yowai naa... (Tão fracos...)

*E o que mais o irritava eram os brasões em suas vestimentas. Símbolos de renomados dojos que cada dia mais ganhavam jovens discípulos. Se não fosse sua promessa a Sayuri, estaria fazendo "dojo garis", um ato "desonroso" em que um desafiante vai a um dojo e o desafia em troca de sua placa. Caso derrote o membro mais forte do dojo, este é obrigado a cessar suas atividades pela vergonha de ter sua placa - ou seja, seu nome - levados *

*Mas não faria. Elevaria o Shirato Jujutsu Ryu ao topo de outra forma. Uma forma digna do nome de sua fam...

Shirato Dim

- Nani kore? (O que é isso)

*Foi perdido em seus pensamentos, após deixar a dupla de fracotes cercada pela multidão para trás, que se deparou com um folheto contra um poste no meio do mercado: "Bujutsu Tenkaichi" .*

*Tomou a folha em mãos imediatamente*

*Leu uma, duas, três vezes. E depois a quarta. Euforia foi crescendo em seu peito. As lembranças das arenas preenchendo seu peito. Era a resposta! Era sua chance! Poderia vencer o torneio e provar que o jujutsu shirato era o mais forte! Só precisaria fazer isso, sem que sua esposa, cunhado, sogra e sogro descobrissem..*

*Guardou o folheto no bolso e preparou-se para terminar suas compras, quando ao se virar rápido demais deu de encontro com alguém...*

por **Khrjstjano** Dom Dez 13, 2020 1:30 am

Bujutsukai Tenkaichi! Grande torneio de artes marciais!

Os olhos dos três homens correram por sobre o anúncio. Era o Bujutsukai Tenkaichi, o grande torneio de luta de Tamu-ra! Os jovens de hoje mal poderiam acreditar, pois só conheciam aquele nome das histórias e da tradição, passada a eles pelas palavras dos mais velhos e por sua retratação em elementos da cultura popular. O último a ser realizado o tinha sido ainda antes da Era Akumushi, o período vermelho que separou milênios de história tamuraniana da atual era da reconstrução. Mas agora estava ali, prestes a acontecer de novo e em apenas uma semana. Enfim os mais jovens teriam a oportunidade de ver os maiores lutadores da ilha competindo entre si, exatamente como retratado na arte do ukiyo-e, a pintura tradicional tamuraniana.

Três homens — ou melhor, dois homens e um monstro — tiveram suas mentes tomadas por aquilo.

Shirato Dim sentiu seu coração pulsar mais forte ante a expectativa do que viria. Viu seus punhos fechados à sua frente, posição de luta, e a imagem de inúmeros adversários correndo contra eles.

Tataro leu com atenção as palavras para entender do que se tratava. Torneio, torneio...? Uma chance de conquistar algum respeito através de seus feitos, já que sua aparência só lhe rendia coices e xingamentos? Viu a plateia espantada com sua força!

Akira encarou o cartaz que grudara em sua cara com vento, como se a própria natureza lhe desafiasse a lutar. Releu as palavras. Então sentiu que estava sendo observado. Checou sua visão periférica, porém não viu nada. Estranho, nem mesmo havia vento. Alguém puxou a aba de seu quimono, era um menino bem baixo carregando panfletos. Lhe ofereceu um e partiu.

Inscrições do Torneio

Nas letras miúdas do cartaz vocês descobrem que as inscrições terminarão em 3 dias.
Em 5 dias haverá uma seletiva de quem participará do torneio, entre os inscritos.
Em 7 dias o torneio terá lugar em uma arena que está sendo preparada.

Vocês deverão fazer sua inscrição, para isto pagando uma taxa de entrada de 50 Yo.
Quem não possuir o valor poderá obtê-lo seguindo as instruções 1, abaixo.
Quem possuí-lo, mas quer mais dinheiro, também pode segui-las.
Quem não precisar disso pode seguir as instruções 2, ao fim.

1. Obtendo o Dinheiro

Para obter o dinheiro, você gastará os 3 dias do prazo até a inscrição.
Navegue entre as opções, fazendo testes (CD 15) até ter sucesso e obter os 50 YO.
Caso use perícias desonradas, aplique o dano de Honra pelo uso conforme normal, se pertinente.

— Atuação: você só pode usar essa perícia se for treinado. Falhar neste teste é desonra leve e você não pode mais tentar com essa perícia.

— Diplomacia: falhar por 5 ou mais pontos neste teste causa a perda de 1 PM até o fim da seletiva para o torneiro. Você pode tentar mais uma vezes, mas se falhar de novo, além de perder mais PM, só os recuperará ao passar de nível.

— Enganação: falhar neste teste é desonra progressiva (inicialmente leve, então moderada e assim por diante). Além disso, a cada falha role uma chance incremental de 25% de não poder mais tentar com essa perícia.

— Intimidação: falhar neste teste causa perda de PV progressiva (1d4 pontos na primeira vez, 1d6 na segunda e assim por diante). Você pode tentar mais vezes, mas esses PV só serão recuperados por descanso após o dia da seletiva do torneio.

— Ladinagem: falhar neste teste o torna "Procurado" pela guarda de Shinkyo e você não pode mais tentar com essa perícia. Além disso, a partir do dia da seletiva do torneio você deverá ser bem sucedido em 1 teste de Furtividade por dia (CD 10 + 1 para cada dia após o primeiro) para não ser encontrado pela guarda. Se passar em 2 testes seguidos, a guarda o deixa pra lá.

— Ofício: você só pode usar essa perícia se for treinado. Falhar neste teste é desonra leve e você não pode mais tentar com essa perícia.

Se nada der certo ou você preferir, também pode simplesmente vender seus itens para obter o valor.
Escreva seu post interpretando suas escolhas e os resultados obtidos.

2. Obter Informação do Torneio

Para obter informações sobre o torneio, você pode gastar 1 dia por teste, como normal.
Escolha entre as opções abaixo, faça o teste e pague o valor indicados.
Você pode pagar o valor com itens, se quiser, a 100% do valor.
Gastar o dobro do valor fornece +4 de bônus no teste.

— CD 10, 1d6 yan de ouro — informação geral: uma regra do torneio que só será revelada mais tarde (útil para estratégia).

— CD 15, 1d10 yan de ouro — informação específica: idem ao anterior + segredo de luta de um competidor npc (pode escolher o npc ao vê-lo).

— CD 20, 3d6 yan de ouro — informação restrita : idem aos anteriores + algo nebuloso sobre a organização do torneio (poderá se proteger de algo relacionado).

— CD 25, 3d10 yan de ouro — informação protegida: idem aos anteriores + um premonição feita por adivinhos da cidade (terá uma opção única e impactante na história).

Em caso de sucesso, você receberá as informações no chat privado.
Escreva seu post interpretando os resultados e informações.
Você pode ocultar as informações do post, se desejar.
Se revelar alguma, a tornará pública aos jogadores.

por **John Lessard** Seg Dez 14, 2020 8:28 pm

Okami não tinha muita certeza de como encontrar Kuma, sem que fosse pelo torneio. As inscrições terminariam em 3 dias e não poderia olhar a lista de participantes. Haveria uma uma seletiva dentro de 5... Bom, não tinha muito o que fazer, por isso decidiu tentar encontrar algumas informações antes. Tirou um dia para procurar pela cidade, principalmente ao redor do local das inscrições. Se aproximou de uma barraca que vendia feijão doce assado.

— Hm...

— Olá, senhor.

— Está sempre aqui?

— Sim, senhor. Gostaria de feijão doce?

— Não... Gostaria de saber se viu lutadores se inscrevendo, algum alto, chamado Kuma.

— Talvez eu me lembre se comprar um espeto de feijão doce.

— Hm... Quanto custa?

— 6 yans.

Okami ficou dois segundos em silêncio, encarando o vendedor. Era extremamente caro. Apanhou as moedas e entregou, recebendo um espeto de feijão doce em troca.

— Então?

— Não vi não.

Okami cerrou um dos punhos, ficou encarando o outro durante longos segundos. Depois mordeu o feijão, virou-se e foi embora. Teria que dormir nos ermos nos próximos dias e comer sua ração de viagem.

por **Aldenor** Ter Dez 15, 2020 9:21 pm

Akira franziu a testa pegando o panfleto, olhando o garoto de longe partir. E então leu.

Akira

Cinquenta yan? Deve ser um torneio para nobres...

Suspirou desanimado.

Andou sem estima até sua jitensha, a ergueu e moveu a perna por cima, repousando o pé sobre o pedal. Iria vagar pelas ruas até anoitecer e procurar uma izakaya para beber até dormir com os cachorros.

Mas!

Algo borbulhou dentro de si. Akira desceu da jitensha, pegou o panfleto do chão, antes que o vento o roubasse. Leu novamente, os olhos amarelados movendo-se rápido. Amassou o papel.

Tinha uma ideia.

Akira guardou o panfleto dentro do quimono e foi pedalar para atravessar Katsubashi pro outro lado do Chuushinbu. Encontrou uma feira rolando ao longo do dia, onde o cheiro de frutos do mar imperava.

Akira sentiu o estômago lhe implorar por ajuda e seu plano começava a tomar forma. Rumou a uma barraquinha onde só mulheres atendiam e cuidavam de tudo. Vários gaijins estavam por ali aproveitando o dia comendo peixe fresco. Era um local não muito requintado, mas apresentava muita variedade.

Akira se juntou ao balcão da barraquinha, ladeado por dois gaijins que conversavam em varukaru. O jovem hanyo chegou falando em ningo.

Akira

Olá, bom dia, me vê um peixe barato aí, por favor!

Moça do peixe

Hum, tenho umas tilápias...

Ela disse erguendo a sobrancelha.

Akira

Serve!

A moça fez uma careta desconfiada.

Moça do peixe

Deixe-me ver suas moedas, rapaz.

Akira franziu a testa e as mostrou. Era o suficiente para um pedaço de peixe.

Akira

Sou ladrão não, senhora.

Ela fez outra careta, não gostando de ser chamada assim. Ela não parecia ser nem mais velha que Akira. Ela logo gritou o pedido e ele veio rapidamente. Antes que pagasse, Akira pegou o prato e pôs-se a comer.

E engasgou!

Akira

Ak!!! Uuhh!!! S-SOCORRO!

E se deixou cair esparramado de costas no chão, com as mãos na garganta, as pernas balançando pra cima. Os dois gaijins se olharam e passaram a observar estupefatos.

Moça do peixe

Mas o que aconteceu, menino?

E pulou o balcão, caindo ao lado de Akira. Ergueu suas costas do chão colocando-o sentado e lhe deu um tapa nas costas. Nada.

Akira

É... um... argh!! Espinho! argh! Vou morrer!...

Ela deu mais um tapa nas costas e Akira sentiu que ela não era uma pessoa comum. Era FORTE! Akira cuspiu alguns restos de peixe, mas nada demais. Os gaijins olhavam distantes. A moça ergueu uma sobrancelha.

Moça do peixe

Está melhor, garoto?

Akira

Eu quase morri engasgado na espinha! Não viu?! Vou te processar! Vou chamar meu sensei, um mestre do Meiyo'Dera! Ele vai fechar sua barraquinha pra sempre! A não ser que tu me dê uns 50 yans e não falamos mais nisso!

A moça cruzou os braços, deixando sentado no chão. Akira saltou apontando pra ela, exagerando movimentos.

Moça do peixe

Ah é? Mas meu peixe não tem espinhas.

Os gaijin, então começaram a rir. A moça deu uma risada também. Akira sentiu a cara aquecer.

Akira

Deve ter sido minha imaginação, então...

Moça do peixe

Você vai ser dar muito mal aqui, hanyo, se acha que vai enganar qualquer um assim. Vá embora, nai'nin pé rapado!

E lhe deu um tabefe na bunda. Akira saiu dali pulando, indo atrás de sua jitensha.

***

Akira

É MOLE?

Gritou sozinho, pedalando pra longe.

***

Era o final da tarde, Akira até tentou retornar à Feira Tsuki, mas viu que uma mulher estava pregando um cartaz com seu "retrato falado" de maneira cômica, com avisos garrafais: "Cuidado, hanyo enganador de quinta". Akira estava acabado!

Portanto, havia pouco tempo pra conseguir seu dinheiro para a inscrição e tinha que tentar de outras maneiras! Akira se colocou no meio da ponte, sentado em uma ameia, observando o Rio Shikakawa. Pensava.

***

As ideias não vinham e a noite veio com uma brisa calma e confortante. Tão confortante que Akira conseguiu dormir em um parque qualquer, enroaldo em seu futon debaixo de uma árvore. Aconchegante.

As horas passaram e o dia raiou. Mas estava tão confortável... Akira abriu os olhos lentamente, a visão embaçada, decidiu que dormiria mais um pouquinho. Como uma minhoca, se confortou mais ainda. Até que reparou que tinha algo a mais ali. Seus olhos abriram de novo e ele viu de relance alguma coisa se mexendo, era cabelo...? E o cheiro? Cheiro de quem não tomava banho há dias!

Akira abriu os olhos e viu um sujeito deitado ao seu lado, colado. Estava enrolado em trapos e um cobertor pesado cheio de pulga. Akira rolou para o lado como um charuto e deslizou para fora do futon. Sua katana estava do lado da criatura.

Mendigo

Oe... esqueceu sua espada, moço.

Akira

Quem é você??? QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?

Estava distraído ainda confuso com a proximidade do cara.

Mendigo

Eu? Eu sou ninguém não... mas sou igual você. Ninguém. Só que sou a mais tempo.

E cheirou seu sovaco. Akira viu que a katana estava recostada na árvore ao seu lado. Então, ele se aproximou rapidamente e a tomou como se fosse um grande feito, mas o homem só observou sem interesse.

Akira

Não sou como você... bem, eu sou agora, mas não serei mais. Sou um kensei! Vou lutar num torneio e ganhar uma grana. Digo...

Lembrou-se que não tinha o dinheiro e provavelmente não conseguiria mais. Então, olhando o estado lamentoso do homem, decidiu que ajudaria um pouco.

Akira

Tá com fome, meu bom? Te pago uma tilá... digo, um lámen. Vamos lá pro outro lado da ponte...

Mendigo

Oh! Muito obrigado!

Ele se levantou animado e o seguiu. Por onde andavam, as pessoas olhavam torto. Akira queria mandá-las todas para os braços de Leen-Sama. O homem era apenas pobre e tratado como menos que animal. Era uma vergonha, para a sociedade que estava conhecendo, ser pobre. Era sinal de seu fracasso, como se não houvesse outros fatores envolvidos.

Então, em uma barraca simples, Akira e o homem comeram lámen.

Akira

Então, hã...

Já queria ir embora.

Mendigo

Eu queria te retribuir, meu jovem. Mas como pode ver, sou pobre... mas nem sempre fui assim.

Akira

Certo...

Ele suspirou, sabendo que teria de ouvir a história.

Mendigo

Fui um dos primeiros colonos a vir pra cá. Eu era artesão, sabe. Fazia uns chapéus de palha muito bons, duros e resistentes. Mas aí me falaram que não podia mais fazer, porque eu não era da "família".

Falou baixo, entristecido. Akira apoiou a cabeça com a mão e o cotovelo sobre a bancada.

Mendigo

Era um zé ninguém e me tiraro tudo. Agora vivo na rua, igual você.

Akira

Já falei que é temporário. Vou lutar e sair dessa pindaíba. Só preciso pagar a inscrição...

Mendigo

Ah, entendi... mas você não tem yans pra pagar, não é?

Akira suspirou revirando os olhos. Mas, então, pensou por alguns segundos. Teve uma ideia.

Akira

Ow, meu camarada. Você reconhece a pessoa que te roubou?

O homem pareceu tomar um susto com a pergunta.

Mendigo

S-sim... ele tem uma casas ichimitan.

Akira sorriu cheio de dentes com malícia. Socou uma mão na outra.

Akira

Eu vou te devolver as moedas. E pegar uma taxinha pra mim, claro. Lá no Reinado isso é comum, sabe, coisa de aventureiro.

O homem parecia confuso. Como assim?

***

Akira entrou na loja. Era um galpão pequeno, dividido por paredes de papel com outras lojas de 1 mitan. Um lugar onde qualquer cacareco era vendido por preços bem baixos. Aquela seção era de peças de vestuários. Akira viu os chapéus de palha pendurados em um cabideiro e o homem que era o dono. O larápio.

Matsunosuke

Boa tarde, meu jovem, eu sou Matsunosuke-san, deseja algo?

Akira pegou um chapéu de palha e colocou sobre a cabeça.

Akira

Parece que seus negócios andam bem, ham. Vende muitos chapéus?

O homem não pareceu entender. Akira o olhou com seriedade. E então foi embora sem mais nem menos, deixando o comerciante confuso.

A noite, Akira retornou. As lojas fechadas, a de Matsunosuke sendo uma das últimas. Ao trancar a porta de sua loja ichimitan, Akira estava sobre ele com seu chapéu de palha escondendo o rosto, projetando sua sombra do poste de luz atrás. A penumbra dava privacidade, poucas pessoas rondavam a rua naquela hora. Certamente, nenhum guarda.

Akira

Acha que é honrado roubar o ganha pão de uma pessoa e ganhar dinheiro com isso?

Matsunosuke fechou a cara.

Matsunosuke

Não sei do que está falando.

E ameaçou sair dali rápido, mas Akira o cercou. Mostrou ostensivamente o cabo de sua katana.

Akira

Sabe sim. Você roubou alguém que eu conheço. Alguém que me é muito querido. E eu vou me vingar tomando sua vida.

Palavras fortes, ditas como se fossem uma lei. O homem sentiu a carga e o frio na espinha. Suou, engoliu seco.

Matsunosuke

Tenho família...

Akira

Meu amigo também tinha. Mas agora passa fome. Por sua causa. Vou te matar.

E então, tomou a postura de saque rápido, a katana saindo um pouquinho da bainha. O homem ergueu as mãos ao rosto e fechou os olhos.

Matsunosuke

Não, por favor, não me mate!

Akira

O que me dará em troca da sua vida?

Akira não tinha realmente intenção de matá-lo, mas amedrontá-lo. Vendo o desenrolar, quis fazer com que ele desse as moedas que queria. Então, antes que Matsunosuke respondesse, ele completou:

Akira

Cem yans. Não é grande coisa para você, mas será o suficiente para o meu amigo.

Matsunosuke

Q-qual o nome dele?

Arriscou. Akira sacou a espada num rompante veloz, o chapéu de palha baixo para ocultar o rosto. A lâmina pousou sobre a cabeça do homem, que rapidamente desistiu de conversar e puxou um saco de moedas de sua mochila. Akira pegou e lhe deu as costas, indo embora.

Ainda ouviu um "pega ladrão", mas conseguiu fugir rapidamente despistando suspeitas.

***

No dia seguinte, encontrou o mendigo no mesmo lugar, em um parque, debaixo de uma árvore.

Akira

Toma aqui, meu bom. Uma porrada de moeda pra tu. Agora não vá gastar com bobagem, heim!

Ele sorriu e o homem se emocionou ao pegar as moedas.

Mendigo

Obrigado, jovem-san! Obrigado! Ah, eu me chamo...

Akira

Valeu, meu camarada! Até outra vez! Tô atrasado!

E saiu disparado, pedalando em sua jitensha até o local das inscrições.

Ação de Akira
Considerando por roleplay, ter pego um pouco mais de 50 yans para compensar o pagamento da refeição de tilápia e dos lámens e manter o dinheiro normal.

por **roenmidnight** Ter Dez 15, 2020 11:34 pm

Com o papel na mão a mente do Kaijin funcionava a mil por hora, se levantou com um salto acrobático ficando de pé em uma única pirueta.

- Agora eles vão ver só. kekekeke

Se levantou e ajeitou os seus chifres e saiu correndo até o local da inscrição quase que imediatamente.

Arco 1 — A Volta do Torneio Tenor

Sem se importar com qualquer comoção que estivesse causando, conforme passava as pessoas abriam o caminho e ia evitando o caminho se aproximou com as mãos na cintura rindo. Jogou o saquinho com o dinheiro em cima da mesa e olhou nos olhos da menina responsável pelas inscrições.

- Anota ai o nome do Campeão desse Torneio: Tataro Momo. Nem precisa realizar o torneio que vocês já tem um campeão. Kekekekeke.

Sem responder a menina apenas anotou o nome do monstro como um dos participantes. Ela então olhou para ele quando terminou.

Esteja no local indicado daqui a 3 dias, não se atrase.

Pegou o papel que ela o entregava e passou os olhos por ele logo antes de enfiar no meio de suas coisas.

Seguiu para o beco onde havia sido jogado antes. Ficou lá por um tempo apenas pensando no que faria nos próximos dias. O tempo foi passando... e passando... e passando...

Tataro logo foi ficando entediado. Ali naquela cidade não tinha muito o que fazer e a fome logo começaria a apertar denovo. Precisava arrumar algum dinheiro também, havia colocado todas suas economias para adentrar ao torneio.

Suspirou.

Como diz o ditado muitas vezes no continente Artoniano "Mente vazia, oficina de Sszzaas.", Tataro resolveu arrumar dinheiro da unica maneira que lhe parecia conveniente em uma cidade como aquela: extorquindo.

Esperou o dia passar até que um dos restaurantes estivesse quase vazio. Se aproximou de um deles e havia apenas uma menina atendendo ele ainda. Os clientes pareciam já ter ido embora. Era a hora de realizar o ataque.

Se aproximou dela nas pontas do pé, ela estava próxima a uma das mesas arrumando ela. Sem que ela notasse se aproximou e chegou ao lado.

Arco 1 — A Volta do Torneio Tenor

- Vem cá mocinha, onde que vocês guardam o dinheiro de vocês?

Sem falar nada a menina então apontou um canto, alto em uma das paredes. Tataro, sem pensar duas vezes foi até lá. Ficou procurando na parede e não parecia ter nada, ficou pensando se não estaria escondido por dentro da parede.

Quando iria se virar, apenas viu estrelas com o tabefe que tomou da menina.

Arco 1 — A Volta do Torneio Tenor

Sem pensar duas vezes saiu dali correndo, conforme a menina ia esbofetiando ele no caminho. Ela batia mais doido do que aparentava se capaz e por isso logo foi expulso do lugar.

- AI! AIII!! AIIIIIII!!

Enquanto corria ainda sentiu uma panelada em sua cabeça.

Recuou até o seu cantinho. Onde ficou pensando na abordagem do dia seguinte.

Mais uma vez esperou esvaziar o local e se aproximou da mesma menina que agora estava sentada ali terminando de arrumar alguma coisa.

Sentou na frente dela.

Arco 1 — A Volta do Torneio 704full-hana-%28kamen-rider-den--o%29

Arco 1 — A Volta do Torneio 704full-hana-%28kamen-rider-den--o%29

E disse.

- Ontem você me pegou desprevenido, mas hoje vai ser diferente. Me diga, onde é que esta o dinheiro! Eu não quero ser violento com você.

Sem dizer nada a menina se levantou e foi lá para o lado de dentro. Tataro deu de ombros e apenas esperou. Esperou... e foi ficando acomodado.

Arco 1 — A Volta do Torneio Momotaros

Foi quando algo foi jogado contra ele. Quando notou a garota estava de volta com outra moça, as duas vinham armadas com xícaras e rolos de macarrão

Arco 1 — A Volta do Torneio Db66ab5c2b758d53b94959cc2c486429

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Novamente sob prataria e diversos objetos usados na cozinha acabou correndo com as mãos na cabeça.

Aquilo havia o deixado irritado.

No outro dia não teria sutileza. Iria chegar com tudo e pegar o dinheiro. Agora era questão de HONRA... ou melhor DESONRA!!!

Mais uma vez se aproximou do lugar quando ele estava vazio, ela ainda estava lá e se aproximou sem fazer cerimônia.

Arco 1 — A Volta do Torneio Kamen-rider-den-o-momotaros

Arco 1 — A Volta do Torneio Kamen-rider-den-o-momotaros

- Eu perdi a paciência contigo, me dê o seu dinheiro... se nãaaaAAAAAAAhhhhhhhh!!!!

A menina havia acionado algo embaixo da mesa que girava a cadeira derrubando o Kaijin no chão. Ela então se aproximou e pisou em seu peito.

Arco 1 — A Volta do Torneio 713full-hana-%28kamen-rider-den--o%29

Arco 1 — A Volta do Torneio 713full-hana-%28kamen-rider-den--o%29

A outra mulher que trabalhava ali se aproximou com uma xícara na mão e disse.

- Eu acho que é hora de desistir, não?

Derrotado, dolorido e sem sucesso. Tataro foi embora. Não tinha mais tempo para ficar fazendo novas tentativas, e era chegado o momento de fazer as seletivas. Estava machucado... teria que se esforçar naquele estado.

por **DiceScarlata** Qua Dez 16, 2020 4:38 pm

SHIRATO DIM

- Bom dia.

*Shirato passou pelo Kaijin que clamava ser o campeão com um sorriso. Sujeito animado e bem humorado, gostava disso. Aproximou-se do balcão sacando suas 50 moedas e entregou nas mãos da moça**

Shirato Dim

- Bom dia. Meu nome é Shirato Dimitri, do estilo Shirato Jujutsu Ryu. Minha inscrição por favor.

- Muito bem. Só um minuto por favor.

*Após um tempo, ela devolveu uma pequena ficha, comprovando sua inscrição.

- Esteja para as eliminatórias em três dias.

*O rapaz acenou a cabeça, em gratidão e se retirou para ceder lugar na fila ao próximo. Caminhou um tempo, mas a euforia dentro de si o enchia de energia. Queria começar agora! Enfrentar alguém! Mas respirou fundo e se sentou em um banquinho próximo, assegurando sua ficha de inscrição no bolso.*

*Seu coração batia forte. Sentia medo. Medo de ter feito uma grande besteira. De perder e envergonhar o nome daqueles a quem deve tudo. Sabia que ainda era fraco. Mas por outro lado, entendia que as artes marciais existiam para os fracos se defenderem dos fortes. E o estilo Shirato era a essência viva desta ideia*

*Sorriu*

Shirato Dim

- Imagino a cara que a Sayu vai fazer....

_____________________

Dojo Shirato

Shirato Sayuri

- Você ficou maluco ???

*Dim estava contra a parede, acuado, como se um leopardo da montanha estivesse diante de si, exibindo as presas. Procurava com os olhos um lugar para correr. Era impossível. Teria que argumentar por sua vida*

[/b]
Shirato Dim

- Mas amor! Eu fiz pela familia! Pelo nome do estilo!

Shirato Sayuri

- Que mané familia! Que nome do estilo o quê! Eu não ligo pra nada disso. Eu ligo pra você se machucar! E outra, nosso estilo é pra auto defesa... Para nos manter SEGUROS, que tipo de bobão, pratica AUTODEFESA e se coloca em PERIGO ????

* O porra. Faz sentido*

Shirato Dim

- Errr... Mas eu vou vencer...

*Murmurou baixinho, quase com um bico, desviando o olhar*

Shirato Sayuri

- Mas você heim.

*A garota se aproximou, dando um cascudo na cabeça do ruivo e se sentando ao seu lado logo em seguida, recostando o rosto em seu ombro e entrelaçando as mãos*

Shirato Sayuri

- Agora que está feito, já foi. Não vou pedir que desista. Foi algo que você decidiu fazer. Por que você quer fazer. E eu vou te apoiar, por mais que eu fique preocupada.

Shirato Dim

- Sayu...

Shirato Sayuri

- E eu sei que você faz isso por nós... Mas que também faz isso por você. Que precisa disso.

*O rapaz piscou duas vez diante da compreensão que sequer ele mesmo havia tido. Olhou para as palmas das mãos e formou um punho com ambas. Passou o braço ao redor da garota e a puxou para si*

Shirato Dim

- Obrigado, bruxinha.

*Então a porta do Dojo foi fechada abruptamente, deslizando para a lateral. Sayuri sorriu en quanto Dim se colocou de pé em posição de respeito, oferecendo uma mesura suave*

Shirato Yoshio

- Um torneio huh?

Shirato Dim

- Yoshio-Shishou.

Shirato Sayuri

- Oto-san!

*Sayuri abraçou o pai, que não via já alguns meses, devido a suas viagens com os negócios paralelos da família. Se conteve até mesmo para não deixar escorrer uma lágrima de felicidade. Depois de curtir o momento, abriu espaço novamente*

Shirato Sayuri

- É oto-san. Bujutsu Tenkaichi. Esse doido ai se inscreveu.

Shirato Yoshio

- Hum. Bom, um homem faz o que tem que fazer. Só não vai quebrar a unha heim. HAHAHAHAHAHA

Shirato Dim

- Hahahaha vou tentar.

Shirato Yoshio

- E se você vai competir usando nosso nome, é melhor se preparar não é...

Shirato Dim

- E...

Shirato Yoshio

- Então é melhor ajudarmos ele a treinar, né filha?

Shirato Sayuri

- Também acho, pai..

Shirato Dim

- Gulp... É-é...

*E do entardecer até a lua reinar no topo do céu, sons de gritos ecoaram daquele dojo*

_________________________________

Shinkyo

*Depois de uma saborosa refeição, Dim achou melhor sair para uma corrida... Antes que o treinamento especial de pai e filha o matassem antes do torneio. Usando seu gi, escolheu um trajetória pela capital que levasse a arena onde aconteceriam as batalhas. Estava ansioso demais para não vê-la e bem... Era incrível. Imaginava como seriam os combates. Suas regras, suas composições e claro... Seus adversários.*

*Perdido em pensamentos ouviu o som de um estrondo. Se aproximando de um beco próximo dali, viu um idoso, com algumas caixas espalhadas ao seu redor. Parecia exausto e com um semblante preocupado. Imediatamente se aproximou dele e com um sorriso de cumprimento, começou a reunir as caixas*

Shirato Dim

- Deixa comigo, Jiji. (velho)

Hirota

- Oooh... Obrigado, wakazo (jovem). Mas me chame de Hirota

Shirato Dim

- Shirato Dim. Yoroshiku.

Hirota

- Tanomu

*O jovem ruivo ajudou o senhor com seus carregamentos. Não perguntou o conteúdo das caixas, mas carregou tudo para dentro. Exausto, o senhor informou que daquela forma, seu turno da manhã havia se encerrado (embora ainda restasse o da tarde e o da noite) e que precisava almoçar, convidando o rapaz que o ajudara como companhia*

Shirato Dim

- Não está trabalhando em excesso, Hirota-oji-san?.

Hirota

- Fazer o que ... Eu preciso. Nós shimins honestos temos apenas o trabalho como fonte de sobrevivência. Minha família precisa...

Shirato Dim

- Entendo... Todos tem o seu caminho. Então deixa o almoço comigo!

Hirota

- Não me envergonhe rapaz! Eu o convidei e posso cuidar disso..

Shirato Dim

- Velho teimoso...

Hirota

- Humpf... Mas se quiser....

*Se aproximou com um sorriso vulpno nos lábios*

Hirota

- Podemos negociar informações..

Shirato Dim

- Informações..

Hirota

- Eu posso dizer, você é obviamente um lutador, mas sei que se inscreveu neste torneio. Vamos negociar algumas moedas... E te conto algumas coisas sobre as sombras que existem nessa competição. Isso poderá salvar sua vida.

*Shirato o encarou e depois o local. Estavam mesmo num ambiente mais afastado, bem longe das áreas nobres, onde a luz mal penetrava e pessoas jogavam 'bakuchi", jogos de apostas com dados. Ambiente perfeito para negociações sombrias. *

*Não que isso importasse a Shirato. Se havia algo podre em tal torneio, desejaria saber.*

Shirato Dim

- Trato feito, Jiji.

*E após pagar o homem, ouviu seus sussurros*

*Dois dias depois, com um brilho afiado no olhar, Shirato Dim, estaria pronto para o torneio*

por **Khrjstjano** Qua Dez 16, 2020 10:24 pm

Sede da Koinu Kompani

— Quanta gente se inscrevendo, ufa! Não aguento mais preencher esses papéis. — Dizia a jovem atendente, massageando o pulso esquerdo dolorido com a mão direita. Era destra, porém só usara a mão oposta para escrever, já havia dois dias, pois a outra estava ainda pior. Era nova naquele trabalho, mas uma boa escriba. Pegou um pouco de um unguento que sua avó preparara para ela na noite anterior, armazenado em uma pequena latinha, e o aplicou ao redor da área dolorida. Seu superior imediato, um homem com olhos e sorriso ardiloso, lhe disse para tirar o resto do dia de folga. Estava satisfeito com seu trabalho. Mencionou que pensara que ela desistiria dois dias atrás. Ela agradeceu e se retirou por uma discreta porta lateral, que dava acesso a um corredor escuro, onde desapareceu.

Mais candidatos entravam pela entrada principal, pouco após sua saída. Tinham que esperar em uma pequena fila. Era o último dia das inscrições e a tarde já ia alta. Conforme a fila avançava, alguns dos candidatos eram direcionados a uma sala à direita, de onde saiam com dois papéis à mão. Retornavam então direto à mesa de inscrições, assim que o candidato anterior saia, onde deixavam um deles e recebiam a ficha de confirmação de inscrição. Um sujeito comentou com outro que aqueles lá estavam vendendo a alma pela chance de participar do torneio. Pegavam o dinheiro para a inscrição emprestado com um agiota de língua doce e reputação perigosa. O sujeito mencionou que achava que para quem se metia naquela, era melhor morrer lutando do que perder sem alcançar uma posição premiada na competição.

Felizes aqueles que tinham o dinheiro, mesmo que fosse difícil consegui-lo, pois qualquer coisa era melhor que lidar com um bando de mercenários enviados por um agiota para lhe cobrar. Especialmente se isso ocorresse num lugar como Tamu-ra, onde os mercenários costumavam ser nada menos que ninjas, assassinos invisíveis capazes das coisas mais terríveis e desonradas.

Mas, eventualmente chegava a vez de todos receberem com alegria sua ficha de inscrição. Nela, seus nomes e mais alguns dados que lhe eram pedidos para preencher, além do endereço de onde seria realizada a seletiva para o torneio. Em dado momento, no entanto, um competidor já inscrito retornou pela porta principal, que dava acesso à rua. Tinha feito sua inscrição avia pouco e parecia incomodado. Foi direto à mesa do responsável, cortando a vez de outro candidato, onde seu incômodo transformou-se em irritação quando o homem da Koinu Kompani lhe tratou com desdém.

Mas que absurdo! Se isto está errado, eu não posso provar que essa inscrição me pertence!

C-como vou participar do torneio?!

O honorável senhor é responsável por fornecer e conferir se as informações estão corretas.

Talvez queira fazer uma nova inscrição, sem erros desta vez? São cinquenta yan de ouro.

Ao ouvir aquilo, um competidor que já estava de saída instintivamente abriu sua inscrição novamente e começou a lê-la com atenção extrema, enquanto o outro, irritado, explodia e era conduzido para fora da sala por um grupo de homens fortemente armados que saiu só Lin-Wu sabia de onde. Leu, releu, leu mais uma vez. Ufa, estava tudo certo.

Alguém pediu que ele saísse da frente. Se deu conta que ficara parado no meio do caminho enquanto o exaltado competidor era enxotado, mas agora as coisas já voltavam ao normal e as pessoas queriam passar. Apesar de seus pensamentos estarem a mil, sentiu que era melhor sair logo dali. Já havia gente lhe observando e não queria se meter em confusão também.

INSTRUÇÕES

Esta será sua última postagem antes da seletiva para o torneio, que ocorre 2 dias após o fim das inscrições. Em seu próximo post, vocês poderão conseguir uma pequena (bem pequena), mas pertinente recompensa de acordo com o que descreverem que o personagem estará fazendo na véspera da seletiva. Sejam criativos, tentando imaginar o que seu personagem realmente faria para se preparar para o que terá que fazer. Levem em conta também o que aconteceu com vocês no último post e o que precisam (por exemplo, Tataro está todo quebrado).

Nota: dependendo da ideia de cada um, eu posso fazer um roleplay com a pessoa em privado, para depois ela postar aqui.

por **Aldenor** Sex Dez 18, 2020 7:04 pm

Sua jitensha estava encostada na árvore, quando Akira se aproximou olhando os panfleto de uma izakaya. Os olhos estreitos buscavam algum detalhe oculto, lendo e relendo as mesmas coisas, estimulando a memória.

Arco 1 — A Volta do Torneio RhvjDtb

Um vento? Não havia vento. Então, bateram em sua cara com esse panfleto.

Akira

Uma criança... é. Uma criança.

Lembrou-se da criaturinha lhe entregando o estranho panfleto. Já que estava aliviado por seus dados estarem corretos na inscrição do torneio, decidiu que poderia encontrar o garoto e descolar alguma estadia satisfatória, pois dormir na rua provou ser um tanto quanto... estranho.

Com tal pensamento, Akira buscou um lugar para estender seu futon e dormir em paz. Antes, claro, certificou-se de que nenhum outro morador de rua estivesse por perto. E então dormiu. Acordou pensando no garoto e no izakaya.

Montado em sua jitensha, pedalou até próximo à ponte Katsubashi, onde esperava reencontrar o local onde esbarrou com o menino do panfleto.

***

Não encontrou o garoto por lá. Akira desanimou-se um tanto. Não conseguia entender o que o panfleto dizia, nem encontrara o garoto que pudesse lhe ajudar com informações. Então, recostou-se na árvore por um tempo.

Até que passou um senhor de quimono com um chapéu de palha. Ele sentou-se à beira da ponte e parecia observar o horizonte. Akira pensou que ele fosse um tradicional tamuraniano, então podia ajudar. Chegou até ele vindo com um sorriso amigável. Ele era um hanyo, afinal, e ele sabia que as pessoas podiam achá-lo ou muito perigoso ou torcer o nariz por sua aparente falta de honra.

Akira

Ooolá, meu senhor, tudo bom com o senhor? Me perdoe por atrapalhar sua caminhada, mas eu tô perdido aqui, cheguei esses dias a Shinkyo e não sei muito bem das coisas. Este panfleto... você consegue ler pra mim, por favor?

Senhorzinho

Hum? Não consegue ler, shonen?

Akira

Não, meu senhor.

Senhorzinho

O ningo é realmente difícil para forasteiros e para alguns jovens... cada vez mais usam as palavras em varukaru.

Akira segurou a vontade de revirar os olhos. Não queria ouvir um sermão de um velho sobre os tempos atuais mudados, mas também não queria perder a simpatia adquirida.

Akira

É... complicado.

Senhorzinho

Bem, deixe-me ver, hmmm... hmmm... é. É. É isso mesmo.

"Isekai no Tabemono (Comida do Outro Mundo)

Cama e comida

Preços ao gosto do cliente

Rua Joge (Sobe e Desce), pagode do pináculo dourado"

Após ler, entregou de novo o panfleto para Akira. O jovem kensei sorriu. Depois de pegar a indicação de onde ficava esse lugar, Akira subiu em sua jitensha e partiu com rapidez.

***

"A pressa é a inimiga da perfeição", diria Satoshi Yamada se estivesse ali. Akira pensou no velho quando se viu em um beco sem saída. Correu tanto achando que estava certo que confundiu as ruas e acabou saindo no lugar errado. Tinha que ter parado e pensado melhor.

Akira

Ai ai ai, Satoshi, como você deve estar?

Comentou consigo mesmo, dando meia volta e pegando o caminho certo, embora isso tivesse atrasado bastante seu "passeio". O velho mestre estava provavelmente montando uma casa na árvore ou algo estranho do tipo. Moraria fora de Shinkyo e esperaria a cidade crescer até ele.

Akira

Um nai'nin... pff. Grandes bostas.

Ele tinha respeito pela cultura de sua mãe, era seu objetivo mergulhar nela, mas tinha ainda muita resistência. Não sabia se era fruto de seu sangue mágico de uma entidade poderosa do ocidente, ou se foi porque os nitamuranianos o tratavam como se fosse dispensável. Em Shinkyo não seria tão diferente, mas por enquanto, tudo estava indo mais ou menos bem.

Parou um tamuraniano numa ruela do Chuushinbu.

Akira

Oláááá, certinho? Onde posso encontrar esse lugar aqui ó?

Mostrou o panfleto na cara do outro.

Trabalhador

Urgh, tire isso da minha cara, garoto.

Akira

Oh, desculpe. Sabe onde fica? Estou perdido.

O homem parecia cansado e sem paciência. Olhou para Akira uma vez só e sequer se deu ao trabalho de ler o panfleto. Apontou para uma direção e seguiu seu caminho. Akira agradeceu com o gesto tamuraniano tradicional, mesmo sem que o homem visse. E então seguiu por lá...

... até se deparar em uma estação de guardas. Estavam todos agitados, pois parecia que trocariam de turno. Akira olhou em volta e não achou nenhuma indicação de izakaya.

Akira

Filho da puta...

Resmungou e pedalou dali pra fora.

Mas por sorte, encontrou pessoas melhores e acabou encontrando o destino. Chegando à rua, Akira desceu com grande velocidade para pegar embalo e poder subir a colina na jitensha. Mas era muito alto, então teve que descer para evitar chegar todo suado.

Quando chegou, se deparou com dois prédios.

Arco 1 — A Volta do Torneio O6s2kW5

Um deles tinha um movimento maior, pessoas com trouxas de roupas e mochilas. Do outro vinha um cheiro de comida muito bom, que alertava seu estômago. Indisposto a comer ração de viagem de novo, Akira se permitiu um pouco de luxo. Afinal, lutaria em breve e tinha que se preparar comendo bem.

Se aproximou do restaurante. Era um lugar bonito, tinha vários andares. Uma mulher o atendeu em seguida.

Megumi

Boa tarde, senhor cliente! Eu me chamo Megumi e sou sua serva neste momento.

Akira abriu bem os olhos. Primeira vez tratado daquela forma.

Akira

Ehn... eu? Hã. Eu sou Akira.

Inclinou-se para cumprimentar. Ela sorria depois de observá-lo.

Megumi

No térreo temos refeições muito saborosas também, Akira-sama, e com preços baixos também.

Megumi sorriu agora numa linha tênue de constrangimento e educação. Akira sorriu sem graça, mas percebeu a piscada de olho e o sorrisinho... atraente dela. Tinha um canino, e feições levemente felinas. Os olhos do kensei brilharam ao reparar aquilo. Não sabia se estava emocionado por ser tratado bem daquela forma, ou se gostava da moça.

Akira

Eu... hã... tenho só 4 yans de ouro. Queria um lugar para dormir e comer antes do Bujutsukai Tenkaichi...

Megumi

Torrou todo seu dinheiro lá? Mas então, você tinha muito dinheiro para alguém com suas roupas. Com certeza é aventureiro, não?

A mudança em sua expressão chamou atenção. Falava informalmente, tinha até relaxado a postura, antes toda ereta e de rosto baixo subserviente.

Megumi

Pra você, a entrada é por aqui.

Akira

Hã... tá.

E ela o levou para lateral esquerda do prédio. Num lugar insuspeito abriu um porta oculta que o levou a uma área secreta do restaurante. Akira andava escaldado, a mão não tocava a katana, mas estava em seus pensamentos. Faltava um pouco para o senso de guerreiro despertar.

Havia uma escada descendente e uma porta fechada bem lá em baixo, com uma luzinha saindo. Akira desceu, e a porta foi fechada por ela. A descida foi demorada, longa, equivalente a uns dois andares e a porta está só encostada.

Akira deparou-se com um restaurante normal, mas os clientes não era normais. Hanyos, youkais, só uns dois humanos.

Arco 1 — A Volta do Torneio S2VuGGr

Akira franziu a testa.

Akira

Nossa, então a gente se separa assim, heim? Ficamos isolados dos humanos normais.

Havia muita cor, era um lugar com mais diversidade e talvez fosse mais perigoso ou talvez fosse sua paranoia, acostumado a ser um esquisito entre os normais.

Ali via gente com orelhas de gato, de raposa, de cachorro. Pessoas com roupas parecidas, alguns nem tinham pernas, eram apenas panos envolto em fumaça.

Akira

Espera... que lugar... essas pessoas... eles...

Megumi

Não é um lugar comum, veja. É o nome do restaurante.

Akira

O nome do restaurante...?

Megumi

Sim, você não leu? Você sabe ler, não é?

Akira

Sei sim, claro. Isekai no Tabemono, pô. Hmmm. Aaaaahhh... saquei. Eles são do outro mundo também.

Megumi

De Sora, mais especificamente.

Akira

Ah claro, Sora... e... QUE?

Acabou chamando atenção de todos com sua interjeição. Um grupo de guaxinins vestindo quimonos azuis uniformes riram alto. Um homem com cara de búfalo (ou algum bicho estranho chifrudo) bufou incomodado. Akira ergueu as mãos e inclinou-se para frente pedindo desculpas. Havia vários outros ali.

Arco 1 — A Volta do Torneio B5IcyDe

Megumi

Hahaha, você é engraçado, Akira-san.

Agora ela o tratava como um igual. Gostava mais disso do que o "Akira-Sama".

Akira

Eu sou é faminto. Bora comer, então. Vou ficar aqui essa noite, depois volto se a comida for boa!

Disse rindo e puxando uma cadeira para sentar-se à mesa com outros tipos como ele, vestindo quimonos azul, amarelo, preto, vermelho e rosa. Ele voltou a ficar animado e esperançoso de uma boa participação na seletiva.

Após bater um pratão de lámen, Akira foi guiado por Megumi para um quarto, onde pôde descansar. O tablado de madeira, a porta de correr, um pequeno futon e o kensei se sentiu em um grande luxo. Deixou sua mochila em um canto e tirou uma soneca simples.

Quando acordou, momentos depois, saltou do futon pronto para seu último treino antes da seletiva.

Akira

Megumi-chaaaan, vou treinar e volto a noiteeee

Gritou passando por ela na entrada de um dos prédios. Ela acenou de longe, voltando ao trabalho.

O prédio do restaurante ficava na borda de uma floresta, procurando apenas o som da natureza. De armadura e katana, ajoelhou-se para meditar um pouco, buscando em sua mente a calmaria, o som dos pássaros, o farfalhar das folhas. Lembrou-se do mantra de Satoshi, fazendo sua mente viajar.

E então, percebeu que sonhava. Dormira ajoelhado.

Acordou num susto com um pássaro pousando em sua cabeça. Se levantou rapidamente, pensando que já tinha feito seu procedimento inicial de treino. Então, sacou a katana e desferiu golpes no ar, os básicos primeiro e os especiais, aumentando sua energia. Testou movimentação, correndo pra lá e pra cá, misturando o equilíbrio do corpo com a katana enquanto se movia, buscando fluidez.

Mais perto da noite, ao entardecer, Akira voltou a buscar a meditação. Só que dessa vez, imaginou os golpes que faria, os movimentos e os adversários. Imaginou um adversário com a cara do homem que o mandou para o lugar errado, fazendo-o se perder. Imaginou os golpes que daria nele. Todos rápidos e certeiros.

Abriu os olhos com suor na testa e decidiu que era hora de descansar.

Retornou para o izakaya e encontrou Megumi sem o lenço na cabeça.

Akira

Ora, ora, você tem orelhas de gato mesmo.

Sorriu ruborizado. Ela era muito bonita.

Megumi

Treinou bastante?

Akira

Ah, o suficiente, eu acho. O treino vem de toda a vida. Amanhã saberei se tô no caminho certo. Boa noiteeee...

A moça ergueu a mão e segurou as palavras. Akira apenas seguiu para seu quarto.

Ação de Akira
Pagar 5 yans de prata, recebo 5 yans de prata de troco para 1 dia com alimentação.

por **DiceScarlata** Dom Dez 20, 2020 11:35 am

Dojo Shirato

*Eram três dias até o torneio. Dim passou dois deles em constante treinamento de combate. Pai e filha eram monstros. Um forte como uma montanha. A outra precisa como uma flecha. E em momento algum eles usaram o estilo Shirato contra ele. Não. Eles o atacaram com katanas, Bo, Tetsubo, tonfa, Iari, alabarda, mangual, arco, machados e varios tipos de armas. Também o golpearam com cotovelos, punhos, joelhos, calcanhares, dedos, cabeçadas. Uma tempestade de ataques *

*E ele poderia apenas se defender. Conter. Subjulgar*

*Como o torneio seria composto de diferentes adversários, ele precisava acostumar seu corpo a reagir a todas as formas de ataque. Defesa era o mais importante. Segundo seus mestres: "Atacar é simples. Uma criança com uma pedra na mão é uma assassina em potencial. Qualquer um poder ferir o próximo. Mas se proteger, proteger a quem ama e até mesmo a vida de seu adversário? Essa é a verdadeira força" . Então ele se protegeu até a exaustão. Desarmou. Derrubou. Submeteu. Ensinou seu corpo como as armas funcionavam, como eram empunhadas e como ameaçariam sua vida e então as evitou. Uma a uma*

*E assim chegou o ultimo dia antes da competição. Havia dormido bem e depois de uma café da manhã aqueceu seu corpo e rumou até o dojo onde já temia que tipo de treinamento infernal sofreria naquele dia*

Shirato Sayuri

- Nada.

Shirato Dim

- Nada?!

Shirato Sayuri

- Hoje não faremos nada. Com exceção de... Nos divertirmos.

*Dim piscou. Será que a cabeça de vento tinha esquecido que o torneio era amanhã? *

[/b]
Shirato Dim

- Amanhã...

Shirato Sayuri

- Eu sei. Mas treinar antes de uma grande partida pode ser ineficiente. É como uma grande prova. Todo o esforço pode desgastá-lo, estressá-lo ou feri-lo. Não é uma regra claro, mas acreditamos que descanso também é treino, Permite o corpo se recuperar, se fortalecer e se preparar para dar o melhor de si.

Shirato Dim

- Oh...

*No fim, o cabeça de vento era ele. De fato, o melhor que poderia fazer naquele dia era relaxar. Limpar a mente do nervosismo, preocupação e medo. O pior inimigo de um lutador era ele mesmo e sua derrota poderia ser causada pelos próprios excessos. Então segurou a mão de sua esposa e a puxou para junto de si. Ficou surpresa por um momento, mas cedeu. A abraçou e beijou, começando a puxar suas vestes**

Shirato Sayuri

- Isso não.

Shirato Dim

- NANDE???

Shirato Sayuri

- Isso não é diferente de lutar. Vai ficar com quadris fracos amanhã. Sossega ai.

*Uma lágrima solitária escorreu no rosto do guerreiro. Mesmo assim se contentou com a lógica. Logo estavam com roupas comuns e de mãos dadas passeando por Shinkyo. Primeiro um rodizio de comida japonesa. Se deliciaram e riram juntos, experimentando as iguarias do Imperio de Jade. A cada quanto mais comida traziam, mais eles devoravam, impressionando o dono do restaurante*

*Após o almoço, caminharam para fazer a digestão. Foram ao templo da família sagrada e mesmo sem serem de fato devotos, realizaram uma oferenda e oraram por força, segurança e coragem no dia seguinte. Dali foram visitar o jardim de flores de cerejeira, observando o cair das pétalas. A visão rósea era linda. A luz do sol era peneirada pelos espaços entre as árvores, presenteando o casal com um espetáculo de cores. As mãos se entrelaçaram com mais força. E sorriram um ao outro, conversando com o olhar*

*Dali em diante aproveitaram a cultura tamuriana.*

No teatro kabuki

Nas Thermas

*E por fim entregaram-se ao cansaço de um dia muito bem aproveitado. Deitaram-se cedo, envoltos num abraço e conversaram sobre todo tipo de coisa, em meios a brincadeiras, provocações e carinhos, até que finalmente desfaleceram no sono.*

*Um dia de paz. Um dia pacifico. Um dia para restaurar corpo e alma. Haveria guerra amanhã. Mas hoje? Vivenciaram a paz. E não há dádiva maior que está em todo o mundo de Arton*

por **roenmidnight** Dom Dez 20, 2020 5:58 pm

Cheio de dores e com a carapaça trincada em diversos pontos Tataro estava sem opções. Seu estomago ainda roncava.

As coisas não estavam bem para ele no meio daquela cidade, tudo estava indo de mau a pior...

Sentado próximo as latas de lixo abraçou as próprias pernas pensativo. O dia seguinte seriam as seleções e ele estava no pior estado possível. Fechou os olhos e pensou em como a vida na floresta.

Se levantou e se lembrou dos bosques ao redor de Shinkyo, enxeu os pulmões de ar e seguiu para lá.

Arco 1 — A Volta do Torneio 49fce47f1b1cbe66cb07c0fd8980acf3

Arco 1 — A Volta do Torneio 49fce47f1b1cbe66cb07c0fd8980acf3

Ali nos bosques ouvia o som dos passaros nas árvores e do pequeno rio que cortava mais a frente, o vento que encontrava com o rosto do kaijin sussurrava e a sensação da pedra vulcânica abaixo de seus pés lhe dava. Respirou profundamente, absorvendo o oxigênio do lugar e sentiu mais uma vez a barriga doendo de fome e resolveria aquilo de uma vez.

Se agaixou e olhou o chão muito próximo, procurando algo... não demorou muito e encontrou escrementos de algum animal. Sentiu o cheiro. Parecia fresco ainda, olhou para os lados e começou a procurar pegadas com muito cuidado.

Estreitou os olhos e encontrou galhos e pedras remexidas no chão, mais a frente encontrou arbustos quebrados.

Percorreu os bosques pelos rastros de sua caça, ignorando os coelhos que se escondiam em suas tocas ou os esquilos que corriam para cima das arvores.

Logo a sua frente, em um bosque, comendo de um arbusto de frutinhas encontrou ele: O Javaporco.

Arco 1 — A Volta do Torneio 8c2c2589f09e41c7bc4a1145aa76a04a

Arco 1 — A Volta do Torneio 8c2c2589f09e41c7bc4a1145aa76a04a

Se agaixou e deixou brotar de seu antebraço a sua lâmina que parecia descolar de seu braço enquanto sua carapaça a envolvia se tornando uma lâmina rubra e recurvada cheia de pontas.

Olhou o caminho até o seu alvo logo a frente e o caminho que deveria fazer até chegar ele. Foi escolhendo cada passo em cada pedaço do chão da floresta. Quando finalmente estava próximo, segurou a arma com ambas as mãos e desceu um golpe forte contra a cabeça da criatura.

Sorriu.

.

.

.

O perfume da gordura da criatura tomava conta da floresta. Pelo o primeiro momento, em dias, finalmente poderia se alimentar de forma descente.

Logo após isso havia "muçado" e estava de "buchinho cheio".

Horas já haviam passado e o sol começava a se por no horizonte. Estava cansado e sentia o seu corpo doendo ainda. Começou a explorar os bosques até encontrar o pequeno riacho. Começou e seguiu subindo o afluente e notou que esse ia subindo. Logo chegou ao que parecia ser o início de uma montanha, aos pés dessa notou diversas piscinas naturais que pareciam borbulhar de calor.

Sorriu por entre sua carapaça e entrou em uma delas.

Sentia a dor saindo de seu corpo. Emergiu o corpo quase inteiro ali, deixando pouco mais que a cabeça fora. Se sentia como uma lagosta em uma panela.

Fechou os olhos e quase que podia dormir ali. O tempo passou, ficou por horas ali até que sentiu o calor finalmente incomodando.

A noite já estava alta e no céu podia ver a lua e as estrelas. Se levantou.

Olhou para Shinkyo lá de cima enquanto ouvia os barulhos dos animais. Procurou então uma árvore onde poderia dormir, o dia seguinte seria cheio.

por **Khrjstjano** Seg Dez 21, 2020 1:24 am

O Dia da Seletiva

Quando o sol nasceu naquela manhã, o dia estava frio. O início da primavera trouxera o verde e as flores de volta, mas o frio do inverno tamuraniano ainda dava sinais de que apenas há pouco havia partido. Conforme o sol subia, os primeiros habitantes de Shinkyo a acordar e ganhar as ruas buscavam seu calor, evitando as sombras das construções que as cercavam. De vários cantos da cidade, saiam em busca de seu sustento. Entre eles, porém, naquele dia havia outros. Outros homens, os quais saiam em busca de algo diferente.

A estrada que levava para as florestas ao norte da cidade estava movimentada, vendo passar por elas homens fortes e preparados, de olhos afiados ou mesmo perigosos. Alguns observavam os outros atentamente, tentando medir suas forças. Outros, mais confiantes, desafiavam-se com o olhar ou palavras. Alguns provocavam as pessoas comuns que por ali trafegavam, intimidando-as. Uns poucos passavam em riquixás, carroças abertas com duas rodas puxadas por uma pessoa a pé e ignoravam a todos.

Ainda, uma jovem exótica deslizava pela estrada quando foi abordada por dois incômodos homens.

Ei, belezinha. Quer sair com os campeões do torneio? Nós podemos te protege...

Mas não tiveram tempo de terminar a frase.

Arco 1 — A Volta do Torneio 9LFgnsu

Ha-ha-ha!

Sem que pudessem sequer perceber seus movimentos, os dois valentões foram atingidos por um jutsu de congelamento que começou a envolver seus corpos por completo. A garota então simplesmente seguiu deslizando pela estrada, mas quando o gelo já estava em seus pescoços, ao longe ela virou-se para trás e estalou os dedos, fazendo com que o esquife gelado que ameaçava sepultá-los ali mesmo se estilhaçasse. Os dois foram ao chão. Pouco depois se levantaram, tremendo de frio e feridos. Bastante em seus corpos, mas ainda muito mais em seu orgulho.

Seria aquele era o nível poder dos competidores que aguardavam no torneio?!

Aos poucos, todos se encaminhavam para o local marcado em sua ficha de inscrição. Um templo abandonado ao norte de Shinkyo, onde aconteceria a seletiva para o grande...

Arco 1 — A Volta do Torneio MYNMToV

Entre eles, estavam nossos três homens.

Mas havia muitos mais!

Arco 1 — A Volta do Torneio AdqUIyU

INSTRUÇÕES

Quem quiser pode dizer que viu a cena da lutadora gelada ou que ouviu outros lutadores espantados comentado sobre ela.

A partir deste post, eu vou deixar vocês livres para escolherem se querem se encontrar ou não. Podem combinar isso no Telegram, pensando no que acham melhor para a história.

Escolhendo se encontrar ou não, entrem na cena da caminhada até o local da seletiva durante seu post. A imagem final acima apenas representa os competidores que já chegaram lá antes de vocês. Nos próximos posts vocês chegarão lá também.

Além disso, escolham cada um de vocês um dos PdM abaixo. Cada um deles desencadeará uma cena diferente (descrita por mim) depois do próximo post de vocês. Só escolham um e aguardem o que acontecerá (mas podem narrar sua abordagem a ele, se quiserem).

Se algum de vocês decidir não se encontrar com outro PJ na caminhada, pode escolher dois PdM. (Neste caso, se quiser narrar sua abordagem, escolha apenas um para abordar já.)

por **Aldenor** Ter Dez 22, 2020 9:53 pm

Akira pedalava em sua jitensha respirando o ar puro floral da primavera. Trajava sua armadura ashigaru. Havia conseguido de presente de seu mestre Satoshi, ainda em Nitamu-ra, como um conjunto de formação, além de sua katana. Ambas peças não possuíam nomes, mas Satoshi não acreditava em nomes a ferramentas.

Com sua placa peitoral onde o símbolo Yamada estava pintado, tinha várias tiras metálicas justapostas. Também usava o chapéu de palha, que deveria ser um elmo de couro endurecido, mas este ele havia perdido na viagem até Tamu-ra.

Arco 1 — A Volta do Torneio PoOEy4k

O símbolo era uma garça, da família de seu mestre e agora era dele, como uma formação marcial. Akira tinha orgulho da armadura e do símbolo, talvez este sendo um dos poucos costumes clássicos tamuranianos que ele tinha.

***

Pedalando, seguia pelo chão de terra batida e encontrando uns e outros sujeitos com a característica de lutadores. Ele se surpreendia, sentindo o estômago incomodar pela ansiedade. Akira subestimava uns lutadores falando para si mesmo que não eram nada demais, mas outros era impossível não temer a aura de poder.

Alguns incomodavam gente comum, com risadas altas ou empurrões. Valentões que lhe eram muito familiares. Akira não lhes deu atenção, entretanto, pois ninguém parecia realmente se exceder. Então, viu uma moça linda sendo importunada por dois brucutus.

Akira desceu da jitensha, aproximando-se coincidentemente deles, mas parou súbito quando ela manifestou um jutsu congelante, prendendo os dois em esquifes de gelo. O hanyo observou atônito aquele poder e sentiu o fogo queimar dentro de si.

Akira

Cara, ela é linda. Ela é gelo e eu fogo...

Disse para o primeiro aleatório que estava mais próximo. Era um rapaz de cabelos escarlates e Gi de artes marciais de mesma cor, que estava recostado contra uma parede ouviu o comentário e não pôde deixar de dar risada.

Shirato Dim

Cuidado jovem. Misture os dois e no fim não sobra nada...

O comentário fez Akira olhar para ele, que parecia se divertir. O jovem hanyo sentiu o rosto enrubescer por ter sido ouvido.

Shirato Dim

Mas sim... Uma gracinha. Não gostaria de lutar contra ela.

Akira concordou silenciosamente.

Akira

Er... parece ser poderosa, né. Na preliminar talvez Nimb... digo, Okoreeji-sama não faça a gente cruzar com ela, mas certamente no torneio, se formos bons, ela estará entre os finalistas.

Concordou consigo mesmo balançando a cabeça, andando com sua jitensha de lado.

Shirato Dim

Jutsushikis... Ou melhor, usuários de Jutsu... urgh. Não esperava vê-los nesse torneio..

Akira virou-se pra ele de novo, inclinando o rosto de lado. Então, o homem se separou da parede e ofereceu a mão em cumprimento. Algo que Akira não esperava.

Shirato Dim

Shirato Dim. Yoroshiku.

Akira pegou sua mão e a cumprimentou.

Akira

Akira. Hã... só Akira. Prazer em conhecê-lo, Shirato Dim... san? Kun? Sama?

Ele coçou os cabelos, sorrindo com algumas presas à vista.

Shirato Dim

Dim está bom.

Ele falou em varukaru. Akira sentiu-se estranho, como se fosse um alívio, mas ao mesmo tempo, um pouco de decepção. O rapaz ruivo sorriu de canto de rosto e apontou para uma criatura totalmente vermelha ali no canto, que parecia ferida.

Shirato Dim

Vê aquele kaijin ali ? Eu o vi no dia da inscrição. Afirmou que será o campeão...

Akira mirou pra ele e um sorriso escorregou de sua face.

Akira

Ah, qual é. Ele? Que ele tem? Por que tá fudido?

Disse em varukaru. Nitidamente, tinha mais vocabulário nela. Akira se dirigiu até ele, andando ao lado de sua jitensha.

Akira

Ei, Kaijin-kun, o que houve com você?

Akira voltou a falar em ningo. Curioso, não media o tempo, não ponderava antes, agia primeiro.

NPC escolhido

por **DiceScarlata** Qua Dez 23, 2020 10:19 pm

O TORNEIO DAS ARTES DE GUERRA

*Talvez seja o destino. Talvez a sorte. Mas aquele rapaz havia despertado sua atenção. Não tinha como saber de vista, mas conforme trocaram palavras, descobriu que Akira também tinha um pé em terras gaijins. Isso o reconfortava de certa maneira. Não estava sozinho*

*Conversar com ele foi fácil. Era animado, jovial e exalava energia. Sentia que se daria bem com o rapaz, mas agora a atenção de ambos estava no kaijin vermelho, que mais parecia o diabo*

Akira

Ei, Kaijin-kun, o que houve com você?

*Akira voltou a falar em ningo. Curioso, não media o tempo, não ponderava antes, agia primeiro.*

*Dim se aproximou também, o olhando dos pés a cabeça, mas sem julgamentos negativos, apenas curiosidade genuina*

Shirato Dim

- Olá. Sou Shirato Dim e este é Akira... Esses ferimentos... você não parece bem.

*Ainda cansado e com sua carapaça trincada o Kaijin foi pego de surpresa pelo garoto de cabelos negros e pelo ruivo que falavam com ele, parecia preocupado... entretanto Tataro não perdeu a pose, não podia demonstrar fraqueza. Colocou as mãos na cintura e respondeu estufando o peito.*

- Ora! Ora! Eu estava em árduo treinamento em alto mar, lutando contra a lendária Lula de 9 tentáculos, aprimorando as minhas técnicas para o torneio que se aproxima.

Shirato Dim

- Lula... De 9 tentáculos? .

*Olhou Akira, com um sorriso contido. Gostava desse cara.*

-SIM, A LENDÁRIA LULA DE 9 TENTÁCULOS. Nunca ouviu falar?! Aquela que dizem que Serujomoro com sua Katana Suimitsu de Niobio vive correndo atrás.

Akira

-Kaijin mentiroso... Você sabe alguma coisa de como vai ser a preliminar? Porque só assim pra achar que vai conseguir ferido...

- Quem você pensa que é para me chamar de mentiroso?!

*Levantou o muque.*

- Eu estou pronto para o que aparecer no caminho, não tenho pistas do que vai acontecer, mas poderia resolver essa situação toda com o braço nas costas.

*Uma veia saltou na testa de Shirato. Gente convencida despertava seus instintos maléficos de sacaneador*

Shirato Dim

- Ah é, é??? Um braço nas costas??°? Poxa vida... Estou ansioso para ver isso...

*Guardou então, o bálsamo que pensou oferecer ao Kaijin, sem que ninguém visse. Não gostaria de enfrentar ninguém ferido, mas também entendia que guerra era guerra e que não podia ser tão ingênuo assim*

Shirato Dim

- E você pertence a alguma escola de artes marciais, senhor... ?

- Escola de artes marciais? Eu sou das montanhas, ta ligado? Do mato. Lá é matar ou morrer, lei das selvas. Ta ligado, Tomajin?

Shirato Dim

- Oh ... Entendo (Tomajin???). E você, Akira-san, pertence a alguma escola?

*Shirato escondeu sua malicia. Era uma otima chance de conhecer mais sobre seu adversário*

Akira

Eu sou versado no Yamada-Ryuu, kata da espada. Aprendi lá em Nitamu-ra.

*O garoto cruzou os braços orgulhoso. Yamada ryu... Uma arte de guerra focada em técnicas de espada - katana - e golpes diversos com as partes rígidas do corpo. Um adversário perigoso e ao mesmo tempo, o completo oposto de seu estilo. Interessante*

Shirato Dim

- Yamada-ryu...

*Ergueu as sobrancelhas e sorriu. Lembrou das historias de Yoshio sobre seus embates com diversos guerreiros, entre eles, um mestre deste estilo. Habil espadachim.*

Shirato Dim

- Já ouvi falar.

*Sorriu então*

Shirato Dim

- Bom senhores, se nos encontrarmos em combate... Que tenhamos uma boa luta.

*Mesura em cumprimento*

Akira

Já ouviu falar? Que bom. Porque meu mestre não me falou nada de outros estilos. Qual que tu pratica?

Disse em cima da mesura do Shirato, isso o fez erguer os olhos. Achava justo e honrado retribuir a resposta de Akira, com a verdade*

Shirato Dim

- Shirato Jujutsu Ryu, uma arte de autodefesa. Meu mestre Yoshio me contou de já ter enfrentado um espdachim do Yamada ryu. Satoru? Satsui? Satoshi? Não lembro. É uma honra repetir a história.

Akira

Satoshi Yamada... é o nome do meu mestre. Ele era aventureiro lá no Reinado... hoje virou nai'nin...

Shirato Dim

- Honremos nossos mestres então.

*Bateram punhos. O espirito da juventude*

______________

NPC ESCOLHIDO

por **Khrjstjano** Qui Dez 24, 2020 9:16 pm

Encontros Aleatórios e Nem Tanto

A estrada ao norte de Shinkyo dava passagem a figuras muito variadas aquela manhã. Eram os competidores do bujutsukai tenkaichi, o grande torneio de artes marciais. Os aldeões que aravam a terra ao longo do caminho, preparando-a para o plantio naquele início de primavera, não resistiam à tentação de parar para assisti-los passar. É claro que alguns logo se afastavam, cautelosos, mas outros até mesmo se aproximavam, curiosos, para vê-los mais de perto.

E aqueles eram os mesmos instintos que moviam também os competidores que por ali passavam, pois sua curiosidade ou cautela também determinava encontros e desencontros.

INSTRUÇÕES

Os trechos a seguir acontecem em um momento da caminhada em que seus personagens se separam. De uma forma ou de outra, isso acontecerá.

Akira

Akira havia conhecido alguns sujeitos curiosos que participariam do torneio. Primeiro um humano, gaijin como ele, com quem teve uma conversa agradável. Depois um kaijin, raça aberrante recém surgida na Tamu-ra pós Era Akumushi, a quem tratou de forma natural, mas do qual viu que os aldeões fugiam, alarmados.

Lá pelas tantas, acabou se separando deles quando um garoto o abordou. Usava um largo chapéu de palha redondo, sobre o topo do qual carregava dois grandes peixes presos por cordas. Mais abaixo, ao redor do chapéu, além de em um cordão em sua cintura, vários outros peixes menores pendiam de outras amarrações. O menino chegou dizendo, com grande entusiasmo...

Peixe fresco, gaijin-sama, peixe fresco!

O melhor peixe do rio Shirakawa! O melhor peixe da baía Shinkyo!

O melhor peixe, o melhor peixe!

Era um vendedor. Akira mal tivera tempo de reagir à sua presença, o garoto já começou a lhe mostrar seus peixes, estendendo-os na direção de seu rotos. Tinham um cheiro ótimo, preparados de alguma forma que Akira ignorava. Exalavam um agradável aroma de temperos desconhecidos, os quais o pequeno negociante exaltava, contando que eram um grande segredo culinário passado de geração em geração por sua família desde os tempos de Matsura Tokugawa, quem quer que fosse aquele.

Peixe bom, gaijin-sama, peixe ótimo alimento!

Você come peixe, fica inteligente! Fica forte! Fica saudável! Fica bonito! Fica sábio! Fica veloz!

Coma peixe, coma! Coma agora, coma, coma!

Ele não parava de falar e, por mais estranho que pudesse parecer, Akira também não conseguia parar de ouvir. Por algum motivo, simplesmente tinha que prestar atenção! Aqueles peixes pareciam realmente muito bons!

Akira sabia: tinha que comprar quantos peixes pudesse, antes que acabassem.

INSTRUÇÕES PARA AKIRA

Faça um teste de Vontade CD 15. Se falhar, você gasta todo seu dinheiro comprando peixes do garoto. Ele é muito bom vendedor!

Se passar, você resiste à tentação, mas não sem muito pesar. Você ficará Abalado até o fim da próxima cena. Os peixes pareciam mesmo muito bons!

Especial: seu npc escolhido é muito envolvente, você não tem margem para fazer mais do que cumprir as instruções, até resolvê-las. Se falhar no teste, ele sai feliz, deixando você com seus peixes adquiridos. Se vencer, no entanto, descreva a forma como você se livra da dele (o que é necessário ou ele voltará a te forçar a fazer os testes para comprar seus peixes).

Dim

Dim havia conhecido alguns sujeitos curiosos que participariam do torneio. Primeiro um gaijin, com quem teve uma conversa agradável. Depois reencontrou um kaijin, raça aberrante recém surgida na Tamu-ra pós Era Akumushi, a quem tinha visto durante as inscrições do torneio. Conversou tranquilamente com ele, mas notou que conforme passavam, os aldeões fugiam, alarmados.

Lá pelas tantas, acabou se separando de ambos quando seus olhos foram atraídos por uma visão singular. A pouca distância, saindo de uma trilha lateral, outro kaijin entrou na estrada que levava ao local da seletiva.

Assim que deu de cara com Dim, se retraiu, gaguejando.

O-o-ohayōgozaimasu, honorável senhor.

Por favor não se ofenda com esta forma desonrada.

Disse, com voz preocupada, inclinando a cabeça em uma mesura, ao mesmo tempo que tentava ocultar sua face horrenda com uma enorme pinça que lhe tomava o lugar da mão esquerda. Mostrava-se ciente da reação que os de sua raça causavam.

Apesar disso, era na verdade uma visão diametralmente oposta a Tataro. Ao invés de um aspecto ruim, por estar sujo e ferido, tinha o porte, as vestes e a espada de um honrado samurai. Aos poucos, recobrou a compostura, aguardando para ver como Dim reagiria

INSTRUÇÕES PARA DIM

Seu NPC está bastante retraído, mas é possível iniciar um diálogo. Se quiser conversar com ele, desenvolveremos a conversa em privado, no Telegram, para você postá-la ao fim.

De início, você pode fazer um teste de Diplomacia (CD 15) que representa o que ele sente em sua linguagem corporal, antes mesmo de falar qualquer coisa. Se passar, ele já se acalmará um pouco, pois você parece amistoso.

Em seguida, você poderá ter direito a mais um teste de Diplomacia (CD 10) conforme o que lhe disser durante a conversa que desenvolveremos (eu avisarei se e quando isso acontecer). Se passar, ele ficará calmo e conversará normalmente.

Tataro

Tataro havia conhecido alguns sujeitos curiosos que participariam do torneio, depois que saiu do meio do mato. Dois "caras normais", com quem teve uma conversa até que tranquila — o que no caso de Tataro só significa que não tentaram matá-lo. Enquanto andavam, no entanto, notava que os aldeões que encontrava pela estrada fugiam ao vê-lo.

Mas logo eles o deixaram de lado, passando a falar de coisas do humanos, deixando-o sem entender como nunca tinham ouvido falar do terrível 9-Ika (Kyū-ika), o enorme kaiju cefalópode que assolava os mares de Tamu-ra. Mas, pensando bem, Tataro também não sabia bem como sabia daquilo.

Arco 1 — A Volta do Torneio AIaWuCj

Mas então...

Hai, hai?

Foi tirado de seus pensamentos por mais uma humana. De onde havia saído? E por que ela estava tocando sua carapaça quebrada, assim de repente?

"Toc-toc, toc-toc, toc-toroc-toc-toc."

Está machucado? Parece...

É você o cara mau? Nah, não pode...

Raios! Ela andava à sua volta de um jeito muito esquisito! Quando Tataro olhava, ela já não estava mais ali. Ele então girava para olhar, rapidamente, e a achava tocando outra parte de sua carapaça ferida. E aí ela sumia de novo.

O que diabos estava acontecendo?

INSTRUÇÕES DE TATARO

Você precisa pegar a garota para poder ter qualquer interação com ela. Para fazer isso, deve ser bem sucedido em um teste estendido (3 sucessos) de manobra contra a Acrobacia dela (role você mesmo seu teste e em seguida o dela, que possui um bônus de +10).

Cada falha impõem uma penalidade de -1 cumulativa nos próximos testes, por você ficar cada vez mais zonzo. Se falhar 3 vezes seguidas, você cai, atordoado. Quando o efeito passar, ela já terá sumido. Devido ao seu sucesso no teste de Carisma feito anteriormente (resultado 21 pontos), você receberá algo de bom mesmo assim, mas só saberá o que é depois.

Cada um dos dois primeiros sucessos representam que você quase a pegou, mas ela sumiu mesmo assim. Porém você termina com um item dela na mão (role na tabela de Itens Diversos, da página 287). No terceiro sucesso você a detém e poderá falar com ela (desenvolveremos em particular).

por **Aldenor** Sáb Dez 26, 2020 3:50 pm

Dim era legal. Gente boa, tinha o cabelo vermelho como alguns tamuranianos típicos apresentavam cores exóticas, mas não era puro. Pelo menos, não pareceu. Um gaijin como ele, com algum pai ou mãe do continente. Akira viera a Tamu-ra para mergulhar na cultura de sua mãe a fim de honrá-la e conhecer o modo de vida de seus antepassados. Sabia que seria diferente e difícil, sendo ele tão enraizado na cultura nitamuraniana, toda mesclada com os trejeitos de Valkaria.

Por isso, ver alguém como Dim era acalentador. Se sentia mais confortável e menos preocupado em seguir etiquetas nas quais ele tinha incerteza. Ele e a moça-gato da Isekai no Tabemono, Megumi-chan.

Já o Kaijin era esquisito, parecia maluco, amaldiçoado por Okoreeji-sama, ou Nimb. Queria distância dele por enquanto, não por sua aparência aberrante, mas por sua maluquice mesmo. Akira conviveu com muita coisa diferente, ouviu muitas histórias em Valkaria para se assustar com uma lagosta humanoide da Tormenta.

Eventualmente algumas pessoas que trabalhavam na roça paravam seus afazeres para olharem curiosos aos competidores. Akira acabou se desviando de Dim e do Kaiju esquisito, indo dar atenção aos aldeões.

Akira

Oe, oe, oe.

Apareceu para um grupo de crianças, erguendo os braços, mostrando os muques, fazendo poses caricatas de lutador. As crianças riram.

Criança

O senhor é um samurai?

Akira riu alto com as mãos na cintura.

Akira

HAHAHAHA. Não! Um samurai não teria meu molejo! Sou um guerreiro do continente, veja só!

E fez mais poses cômicas. O jovem riu, mas o outro pareceu preocupada.

Criança

Ele é um hanyo, Hantaro, não pode ser um samurai.

Akira fez uma careta para a criança.

Akira

Só os cintura-dura são samurais. Bem observado, sou um hanyo, sangue de dragão dourado!

Akira lembrou o sonho que teve, com a Rainha Eterna em forma de um dragão celestial, comprido como uma serpente, como os dragões tamuranianos. Diferente da forma que os dragões artonianos tinham, como grandes lagartos alados.

Criança

O senhor é mau?

Akira sorriu cheio de dentes, alguns deles afiados. Ergueu as mãos em forma de garra como se fosse um monstro.

Akira

Uuuuhhh!!!... não.

E voltou, de supetão, a uma postura comedida, soprando as unhas.

Akira

Eu sou "O" Bom.

E apontou o polegar para si mesmo, sorrindo com confiança. As crianças riram e logo ouviram o chamado da mãe, voltando correndo. Akira acenou para a mulher, mas...

Mãe

Seu esquisito!

E deu as costas para Akira com as crianças.

O hanyo suspirou mostrando o dedo do meio para ela, algo que talvez os tamuranianos não conhecessem ainda.

***

Seguindo a estrada, Akira tranquilizava a mente, tentando não ficar tão ansioso para as preliminares. E então, quando menos esperava, ouviu o garoto falando com ele alucinadamente. Akira tentou não lhe dar atenção, mas simplesmente não conseguia. O garoto era insistente, mas havia algo a mais ali. Akira não desviava a cabeça, nem o olhar. Ele queria vender os peixes, os peixes pareciam bons, os peixes pareciam suculentos. Pensou.

Akira

Não sei que caralhos voadores está acontecendo, mas eu não tenho muitos yans. Toma isso aqui e me dá teus peixe.

Resolveu não brigar com o destino.

Excelente vendedor

Como assim? Estou vendendo peixes, são ótimos e deliciosos, é muito bom, nada mais e nada menos. Compre, vamos, coma, coma.

Akira pegou um espeto e enfiou na boca, puxando o espeto e cuspindo as espinhas no chão.

Akira

Realmente... bom mesmo. Ah, que se dane, vou comprar. Fique com as moedas, o saquinho é meu.

Abriu o saquinho e deixou cair todas suas moedas nas mãos do vendedor. O garoto estava muito satisfeito, quase saltitando de felicidade. Akira não podia deixar de sentir que estava sendo enganado de alguma forma, mas o cheiro dos peixes estava tão bom, eles estavam tão bonitos...

Ação de Akira
Akira decide "falhar" no teste de Vontade e "compra" os peixes por 3 ¥o e 5 ¥p, todo seu dinheiro...
Come um peixe e carrega o resto dos espetos mãos.

por **roenmidnight** Sáb Dez 26, 2020 11:09 pm

Logo após conversar com os dois gaijins Tataro estava ainda mais animado para o torneio, era bom saber que nem todo mundo que estava ali iria querer travar uma luta contra ele porque ele era quem ele era.

Seguiu o caminho feliz, se perguntando de onde sabia aquela história sobre a lendária Kyū-ika. Ficou pensativo sobre aquilo quando começou a ouvir os barulhos de tamancos. Notou então a presença de uma humana que parecia analiza-lo e as sua carapaça.

Hai, hai?

Ela então sumiu e apareceu do seu outro lado, encostou em um pedaço trincado da sua carapaça.

-AI AI!!! O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO?

Se virou e ela tinha sumido.

Está machucado? Parece...

É você o cara mau? Nah, não pode...

Ela ficava rodeando ele, parecia analiza-lo. Tentou agarra-la com ambas as mãos, mas ela passava por baixo de seus braços. Ela então estava a sua direita, tentou agarra-la e só encontrou os cabelos que já estavam longe. Logo em seguida ela parecia estar a suas costas, se virou apenas para ver que ela já estava novamente as suas costas.

Por um outro momento quase pegou ela, mas ela já parecia ter sumido por completo.

Tataro se virava ainda, procurando ela e para onde ela havia ido.

Arco 1 — A Volta do Torneio Tenor

Quando notou, havia conseguido agarrar dois dos pertences dela. Um, era um conjunto de coisas que ele identificou apenas como coisas usadas por ladrões. Deu de ombros e guardou em suas coisas, mas em sua mão havia outra coisa mais interessante, viu ali um frasco de cerâmica.

Abriu ele.

Sentiu o cheiro.

Parecia cheiro de wasabi, mas com algo mais fresco.

Colocou o dedo e sentiu algo bom naquilo. Passou pelos pontos trincados de sua carapaça e sentiu a dor diminuir. Sorriu e terminou de passar em si a pasta.

Seguiu feliz o seu caminho após isso, pensando no que encontraria mais a frente.

por **DiceScarlata** Seg Dez 28, 2020 8:44 am

O TORNEIO DAS ARTES DE GUERRA

O-o-ohayōgozaimasu, honorável senhor.

Por favor não se ofenda com esta forma desonrada.

*Depois de conversar com dois competidores que já podia considerar tanto rivais como colegas, Dim se retirou para exercitar a filosofia do estilo Shirato: Sentou-se a sombra e relaxou. Quanto mais calmo e tranquilo estivesse, menos movimentos rígidos e desengonçados performaria. Estava quase cochilando quando um kaijin com aparência crustácea lhe dirigiu a palavra*

*Dim se levantou de imediato, quase num salto e o kaijin recuou de cabeça baixa. Shirato deu de ombros. Não era o primeiro timido que encontrava naquelas terras. Então oferece o punho em cumprimento amigável*

Shirato Dim

- Sou Dim! Shirato Dim, muito prazer!!

- Senhor, sei que esta aparência merece ser castigada com teu punho, mas não se digne a sujar tua mão com minha casca. Desculpe senhor...

Shirato Dim

- O q...? Não diga isso!!

- PERDÃO! Alguém com indignissima aparência nem deveria lhe dirigir a palavra!! O senhor está certo! Não devo dizer nada!!

Shirato Dim

- Mas... Calma!N-não quis dizer isso! EU ADORO CARANGUEIJOS!!

-ARGH! DESEJARIA EU TER NASCIDO COMO UM KANI-SAN! SERIA MAIS UTIL AO MUNDO SERVINDO COMO ALIMENTO, DO QUE POLUINDO VOSSA VISÃO COM MINHA APARÊNCIA!!

Shirato Dim

- MAS HOMEM??? O QUE ESTÁ ACONTECENDO???

-EU O IRRITEI NÃO É??? PERDÃO!!! ESTA HORRENDA CASCA PROVOCA REVOLTA!!

Shirato Dim

- EU NÃO LIGO PRA SUA APARÊNCIA, CARACA!!

-EU SEI!! NINGUEM DEVE LIGAR PARA MIM!!!! AAAAAAARGH! SOU UMA DESONRAAAAA!!

*E lá se foi a paz de Shirato. O Kaijin saiu correndoi e Shirato o perseguiu. Cada vez que tentava consertar a situação, acabava o ofendendo e o fazendose sentir mais miserável. Em algum momento eles se perderam e o pobre ruivo estava ofegante e desconcentrado...Além de se sentir imensamente culpado*

*Ele realmente havia achado o kaijin legal. Quando pequeno, capturou aleatoriamente um caranguejo na praia e automaticamente havia se apaixonado por ele, mesmo sendo obrigado a devolvê-lo. Quando o viu se aproximar pela estrada, queria conhecê-lo mas saiu tudo errado. Esperava o encontrar na competição para consertar seu erro*

Shirato Dim

- Yosh...!

*Mesmo que abalado pela ultima situação, Dim sabia que a frente restava a batalha. Conseguiria se provar digno de seu estilo? Provar seu valor?Bem, a resposta? Jaz no coração da batalha*

[/quote]

por **Khrjstjano** Ter Dez 29, 2020 7:28 pm

O Templo Fukurō

Finalmente, os três homens chegaram ao local da seletiva do torneio. Por todo lado viam competidores de todos os tipos. Haviam guerreiros treinados nas artes marciais, valentões confiantes em seus músculos, indivíduos exóticos de aparência estranha e muitos mais. Aguardavam, espalhados por toda a área, alguns calmamente concentrados, outros agitados e ansiosos por entrar em ação.

O local marcado para o início da seletiva era um templo de médio porte, bastante retirado e em meio à floresta ao norte de Shinkyo. A vegetação era espessa em certas áreas, com árvores que certamente não poderiam ter alcançado aquela altura nos poucos anos que se passaram desde o fim da era Akumushi. Não sem ajuda.

Alguns competidores conversavam sobre aquilo.

Dizem que essa floresta é cheia de espíritos.

E que se você se perder, um yokai vem te encontrar.

Bobagem, só o que importa é a força!

Essas árvores são fortes como meus músculos e cresceram sozinhas, como eu!

Não diga isso, vai atrair os maus espíritos.

Devemos respeitar a floresta para sobreviver a ela.

M-mas por que escolheram esse lugar para a seletiva?

O templo foi construído para acalmar os espíritos, mas está abandonado.

Certamente querem testar nossa coragem.

Que venham os espíritos, estou preparado!

A conversa continuava, enquanto o sol subia devagar.

O que aconteceria, então?

INSTRUÇÕES

Fiquem à vontade para descrever o que fazem enquanto aguardam a seletiva, interagir com NPCs, tentar alguma ideia, etc.

Considerem que têm em torno de 15 minutos nessa cena, cada um. Se precisarem de mim para resolver, é só chamar.

Mas em seguida já passaremos à próxima cena.

As Provas de Seleção

De repente, uma porta se abriu e um vento frio soprou. Um farfalhar de asas foi ouvido, seguido de um pio de coruja abafado. Os mais sensíveis puderam sentir a pressão que se formava no ambiente. Os tolos, apenas se viraram, distraídos.

Após longos segundos de expectativa, uma figura surgiu sobre a varanda da construção principal do templo.

Sejam bem vindos...

Sou Mao, a miko deste templo.

Todos viram então que o templo não estava realmente abandonado.

Ou seria ela um espírito?

Obrigado por sua presença.

A primeira prova começará imediatamente.

A figura, toda de branco, apontou numa direção, mostrando a floresta, e então explicou que a primeira prova seria um teste para "eliminar" aqueles que não estavam aptos a participar do grande torneio. Havia muitos ali, mas nem todos eram dignos de lutar na arena. Muitos não chegariam até ela. Talvez nem chegassem vivos ao fim do dia... Isto porque teriam que atravessar:

Seiri no Mori, a Floresta dos Espíritos!!!

Arco 1 — A Volta do Torneio Ckp7IsH

Quantos conseguiriam?

Aqueles que temem por suas vidas, fujam agora.

E o que esperaria por nossos três homens naquela terrível floresta?

INSTRUÇÕES

Aqui eu vou deixar um tempo para vocês interpretarem, também, antes de passarmos à prova em si. Mas façam um teste de Vontade para determinar o quão apreensivos estão:

Resultado / Estado
Até 4: se apavora e foge do local. (Voltará depois, mas vai largar atrasado na travessia.)
5 a 9: suando frio, quase sucumbindo ao medo.
10 a 14: tenso, pode perder o controle se provocado.
15 a 19: apreensivo, mas sob controle.
20 ou mais: uma rocha, encara essa com uma mão nas costas.

Cada um de vocês rolem também 1d6-3. O resultado é o número de competidores que vocês veem fugindo, perto de vocês.

por **DiceScarlata** Ter Jan 05, 2021 2:53 am

O TORNEIO DAS ARTES DE GUERRA

Shirato Dim

- ...

*Havia se preparado tanto*

*De meditação a repouso. De diversão a amor. Tudo que pudesse deixar seu corpo relaxado para este momento. Mas agora, diante da primeira prova, seu coração estava aflito. A floresta continha perigos que talvez sua artes marcial não pudesse lidar*

*NÃO!*

*Não devia pensar assim. Era uma arte de autodefesa e deveria defendê-lo em qualquer situação. Era isso que fora ali provar. Isso significava vencer: Sobreviver. Então na verdade a situação era perfeita*

*Respirou fundo, com a mão sobre o peitou, buscando se acalmar, quando ouviu os brados de um homem musculoso como um monte de pedras amontoadas. Isso o fez rir um pouco. Aquilo era bom. Se aproximou*

[b] Shirato Dim

- Eh... Sua força parece realmente impressionante. Tenho pena de quem te enfrentar ai dentro...!

*Sentiu seu músculos tensionados como gelo aquecerem um pouco.*

Sim!!! Esses são os músculos cultivados por uma vida inteira!

Aquele que ficar no caminho irá senti-los, seja homem ou espírito, não me importo!

*Era confiante. Gostava disso. Queria ver até onde força bruta pura podia levá-lo*

Não diga isso!!! Se ficar provocando os espíritos, eles podem ouvir!

E-e-eu... Eu vou embora!

*Dim ignorou o terror do mais fraco, para não sentir o próprio*

Shirato Dim

- Terei certeza de não ficar em seu caminho então. Meu nome é Shirato Dim e o do senhor?

Sou Tsuyoi e não tenho sobrenome, nem família, tudo que preciso tenho em mim!

*Encarava os próprios músculos que reluziam. Dim apertou os punhos. Começavam a sentir uma certa urgência por enfrentar este homem. Será que sua técnica pura e suave venceria algo brutal e violento? Estava curioso para saber*

*Entretanto apenas ofereceu uma mesura e se afastou. Não demorou para achar tanto Akira quanto Tataro*

Shirato Dim

- Yo! Akira! Tataro! Muito nervosos? Não imaginava essa como primeira prova, esperava um tatame. Adorei. HAHAHAHAAHAH

resultado no dado 10 - tenso
2 fugiram

por **Aldenor** Ter Jan 05, 2021 4:42 pm

Akira finalmente alcançava o local da seletiva do torneio. Andava pedalando calmamente em sua jitensha e só desceu quando ficou de frente ao templo incrustrado na floresta. Havia toda sorte de guerreiros marciais por ali, mas Akira havia decidido não prestar atenção neles para controlar a ansiedade crescente dentro de si.

Suspirou, observando o templo. Não era grande coisa, de verdade. Havia visto um maior em Shinkyo e até mesmo em Nitamu-ra. Encostando sua jintensha numa árvore, sentou-se ao chão e cruzou as pernas, enquanto juntava as mãos. Sim, tentaria meditar, algo que nunca conseguiu fazer direito não importava o quanto tentasse. Era a decepção de Satoshi, mas Akira não desistia de nada nunca.

Mas claro, nem dessa vez foi diferente. Ficou ouvindo outros lutadores comentarem alguns rumores e boatos. Nada que chamasse sua atenção. Crendices, coisas bobas envolvendo espíritos. Akira sabia que existiam e que em Tamu-ra tudo era misterioso e novo, mas ele vinha de Valkaria, uma cidade acostumada ao incomum.

Akira só abriu o olho quando ouviu a voz de Shirato Dim. Estava à sua frente. Aparentemente, "Tataro" estava ali. Akira se levantou preguiçosamente.

Akira

Tataro? Quem é Ta... ah, o homem-lagosta.

Disse sorrindo cheio de dentes — alguns sobrenaturalmente afiados — para o kaijin.

Akira

Eu estava tentando meditar, mas as pessoas são muito barulhentas. Ah, a quem eu quero enganar? Eu sou péssimo meditando. Na verdade, não tenho ilusões de ganhar, quero só dar meu melhor e é isso aí. Conseguir uma grana também seria ótimo. Eu tenho uns peixes aqui, quer comer?

Ofereceu um espeto com um peixe nele, fruto de seu encontro aleatório com um garoto muito bom vendedor. E que também havia levado todos seus yans.

Shirato Dim

Aceito.

O ruivo pegou o peixe e comeu, sentando ao lado do rapaz. Akira o olhou de cima.

Shirato Dim

Dependendo das regras, ser esperto vai importar mais que ser forte. Inclusive, ter alianças...

O seu sorriso de canto denunciava sua intenção. Akira sorriu de volta.

Akira

Aham... sei aonde quer chegar. Vamos formar uma aliança então. Você parece ser gente boa mesmo. Confio nos nitamuranianos.

Mas falar com Shirato fez seu coração acelerar. Não por causa dele especificamente, mas pela situação como um todo. A espera por alguém aparecer no templo, aquela floresta estranha, os lutadores comentando sobre coisas místicas. Estava tenso. Mas lutava pra se controlar.

Shirato Dim

E quanto ao lagos... digo Tataro?

Sussurrou e indicou com a cabeça. Akira entreolhou para o kaijin. Sentou-se ao lado de Shirato e comentou perto de seu ouvido.

Akira

Ele pode ser o saco de pancada. Vai atrair o ódio natural dos demais e nós aproveitamos pra descer a madeira.

Shirato Dim

Hum. Parece uma boa estratégia.

Sorriu cheio de dentes. Akira devolveu e se levantou.

Akira

Ei, kaijin. Tataro, né? Estamos pensando numa aliança... venha conosco, quer um peixinho?

Piscou o olho pra ele, oferecendo um espeto com um peixe.

***

Depois de confabular com Tataro e Shirato, Akira parou subitamente. Virou o rosto com o sorriso congelado, sentindo um frio nas costas. Seu sorriso desmanchou ao ver Mao, a miko do templo. Uma pressão turvava o ar. Akira mantinha-se atento ao que aquela mulher falava, incapaz de ignorá-la.

Havia uma floresta sinistra. Seiri no Mori, a Floresta dos Espíritos. Akira engoliu seco. Miko explicou que deveriam atravessá-la e os mais fracos seriam eliminados. Somente os melhores poderiam dar sequencia na competição. Akira estalou os dedos, montou em sua jitensha.

Akira

Não é uma corrida... mas vamos atravessar rápido. Quanto menos tempo na floresta, menos perigos enfrentaremos. Vamo, vamo, vamo!

E pedalou floresta adentro, cheio de tensão, os músculos retesados, energia vazando.

Ação de Akira
Vontade 11.

por **roenmidnight** Ter Jan 05, 2021 10:13 pm

Tataro seguia o caminho até chegar na floresta, ia observando as pessoas ao seu redor. Procurando entender os tipos que iriam se enfrentar naquele torneio. Finalmente chegavam no final de tudo aquilo um pequeno templo, o kaijin não era particularmente religioso, mas era difícil não sentir algo místico naquele local.

Observou a construção maravilhado, de certa maneira, não por grandiosidade mas por sua simplicidade.

Ouvia o que as pessoas ao seu redor diziam e comentavam sobre aquela floresta que estariam prestes a adentrar, para Tataro parecia uma floresta talvez um tanto igual quanto outras. Deu de ombros e ficou ali de braços cruzados esperando o que será que fosse acontecer ali. Estava meio perdido.

Devia ocorrer algo?

Pensou nas histórias dos espiritos e aquilo lhe parecia curioso...

Então escutou uma voz conhecida e viu novamente os dois outros que não o atacavam, faziam para ele uma proposta. Não pensou muito ao ter comida oferecida a ele.

- Opa! Opa! Claro, me da um peixinho ai. Não vejo mal uma aliança entre nós, podem vir comigo, eu irei protege-los.

Olhou para os dois após dar uma mordida que levou metade do peixe.

- Mas o que vocês acham que va...

Suas palavras foram cortadas pela a aparição da moça que vinha de dentro do templo, tal qual um vendaval. Olhou para a miko do templo curioso, deu dois passos para frente quando outros pareciam recuar. Queria ouvir o que ela tinha a dizer.

Tinham então que vencer a floresta, antes de se enfrentarem, parecia justo. Por baixo da sua carapaça Tataro estreitou seus olhos.

Ouviu o barulho de passos, as pessoas já estavam indo em direção? E então notou dois homens seguindo na direção oposta. A verdade é que o desafio já começava ali.

Isso fez ele perder um pouco a compostura, sentiu algo de sobrenatural quando se lembrou do rosto de Mao.

Se virou para Akira e Dim e com um sorriso disse.

- VENHAM, ESTAMOS A UM PASSEIO DE CHEGAR LÁ. ESSA FLORESTA NÃO É NADA.

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