A Ilha do Umbral de Fogo

22 de Dantal de 1420

As lâminas de Shion e Bruenor não conseguiam vencer as defesas místicas de Latrodectus, ele porém também parecia se esgotar, assim como Merth. Seus braços se agitavam, estava acuado.

— Olhem o que fizeram com Latrodectus, vermes!

Outra adaga de energia transparente e borrada foi disparada contra Shion, que ao resistir, sentiu uma leve pontada na sua cabeça.

Shion sofreu 6 pontos de dano

Rodada 8

Latrodectus
Merth 21 <<< sua vez
Dhaerus 20
Shion 17
Bruenor 17

Notas do Mestre:

Dados dos Personagens:

Bruenor Hendrick <> PV: 19/45 PM: 4/9 Defesa: 17/17 <> Condição: Mihr;
Merth Iolat; PV: 8/21 PM: 1/16 Defesa: 18/16 <> Condição: Samantha.
Dhaerus <> PV: 17/30 PM: 2/12 Defesa: 18/18 <> Condição: Klynne;               
Shion <> PV: 7/42 PM: 0/9 Defesa: 16/14 <> Condição:

A última carga de energia mística, o alvo dessa vez seria Shion.

Sentiu e viu que grande parte dos ferimentos fecharam, mas tudo que Merth podia de fato sentir era a ausência de mana. Não se lembrava qual tinha sido a mais recente vez que isso ocorria.

Merth

Estou sem mana!

A criatura parecia acuada, mas todos pareciam ficar cansados também. Sinalizando com a cabeça, combina com o goblin de continuar com a mesma tática. Tirou mais uma flecha da aljava e respirou fundo enquanto colocava na corda. Então a retesa e com a respiração presa, dispara, novamente passando ao largo do alvo. Continuava tendo dificuldades em mirar no inimigo, pois o atacavam de maneira incessante e Dhaerus precisava se esforçar para não atingi-los ao invés do inimigo. Ao menos o ácido mágico de Klynne continuava a funcionar, mas as forças da dupla estavam quase totalmente drenadas e em breve ele não teria mais como seguir usando tal tática.

Padrão: Atacar Latrodectus (15; fracasso)
Livre: Ácido do Klynne (-1 PM; 8 dano ácido)

PV: 17/30 ~ PM: 1/12 ~ Defesa: 17
Condições: Aliado (Klynne)
Recursos: 224 T$; 12 TC; 41 flechas

Aquela criatura era abençoada pelo caos?! Era isso?! Tudo o que tentavam parecia em vão, seus ataques meramente arranhavam ou nem sequer acertavam aquela coisa! Não podia desistir, não iria, mas deuses, o cansaço exigia seu preço e era cada vez mais difícil.

Ataca, erra.

Bruenor rugia, ouvia os outros falarem, tentarem atacar com o que tinham, mas o monstro era implacável. Apesar disso, ele também demonstrou sinais de esgotamento. A luta pela vida levava a todos ao limite. Bruenor rugiu erguendo a espada e descendo debilmente até o chão.

Errara mais uma vez. Bruenor começava a sentir os músculos, a raiva dando lugar à preocupação.

Ação de Bruenor
Padrão: atacar Latrodectus. Ataque 15, erro.

22 de Dantal de 1420

O ácido de Klynne mais uma vez corroía Latrodectus, que parecia cada vez mais enfraquecido, porém as lâminas do combatentes não conseguiam ferir o ardiloso feiticeiro, protegido com proteções místicas. Merth também estava esgotado e por isso, não conseguira curar mais nenhum deles. O conjurador esbravejou então num urro de ódio. Sua boca aracnídea se abriu e mordeu o pescoço de Shion, imediatamente trazendo fraqueza para seu corpo. Dos seis braços, dois rasgaram sua carne no abdômen. O monstro ainda girou e conseguiu abrir um corte superficial no rosto de Bruenor.

— Olhem, rufiões! Olhem o que obrigaram o grande Latrodectus a fazer! Usar meu corpo para agressão física.

Shion sofreu 7 pontos de dano e está Fraco; Bruenor sofreu 1 ponto de dano

Rodada 9

Latrodectus
Merth 21 <<< sua vez
Dhaerus 20
Shion 17
Bruenor 17

Notas do Mestre:

Dados dos Personagens:

Bruenor Hendrick <> PV: 41/45 PM: 4/9 Defesa: 17/17 <> Condição: Mihr;
Merth Iolat; PV: 8/21 PM: 0/16 Defesa: 18/16 <> Condição: Samantha.
Dhaerus <> PV: 17/30 PM: 1/12 Defesa: 18/18 <> Condição: Klynne;               
Shion <> PV: 25/42 PM: 0/9 Defesa: 16/14 <> Condição:

Isso lembrava a Merth as histórias da Guerra Artoniana, o médico não lutou no front, e sim nas tendas para salvar vidas, mantinha os pacientes quietos, dizia para poupar o folego e não dormir,  para lhes dar a esperança de sobreviver.

A batalha real era bem mais intensa, cada movimento podia ser o último, e ainda assim o Humanoide Aranha estava sem parar gastando fôlego, nós todos praticamente em silêncio, sem fôlego, e ele nunca parava de falar, e repetir seu nome toda vez.

Retirou a Montante das Costas, segurou-a bem firme e disse.

Merth

CALA A BOCA LATRODECTUS. JÁ ENTENDEMOS O SEU NOME!

E a Montante desceu violenta, rasgando parte do rosto e tronco da criatura, que ainda estava viva.

O combate parecia chegar no final, todos cansados e o inimigo ainda mais ferido e acuado. O caçador retirou uma flecha da aljava pronto para disparar, mas resolveu tentar mudar a estratégia para tentar confundir o inimigo. Retesou a corda do arco com mais uma flecha, pronto para disparar, mas então sinalizou ao goblin para que usasse sua magia. Tentaria distrair o inimigo com o ácido e então disparar depois, tentando tirar proveito. O que aconteceu em seguida foi inesperado, viu o ácido jorrar e queimar a pele do inimigo e, enquanto mirava atrás de um ponto fraco, viu o mesmo tombar inerte. Segurou a corta retesada por alguns instantes, incerto se a vitória havia mesmo chegado ou não, então respirou fundo e guardou a flecha, assim como o arco. Apoiou os braços nos joelhos, ofegante, então olhou em volta. Naquele momento, nem o baú recheado parecia mais interessante que um tempo para descansar.

Livre: Ácido do Klynne (-1 PM; 10 dano ácido)

PV: 17/30 ~ PM: 0/12 ~ Defesa: 17
Condições: Aliado (Klynne)
Recursos: 224 T$; 12 TC; 41 flechas

22 de Dantal de 1420

Sem energias místicas, restava para Merth partir para uma abordagem mais mundana e crua. Sacando sua montante e destroçando Latrodectus, espalhando fragmentos de sua proteção de pedra. A brecha foi o suficiente para Klynne disparar um raio de ácido com suas últimas forças. O conjurador amoleceu, tentando segurar a parede inutilmente. No fim escorregou e caiu sentado, a cabeça pendente de lado. No fim, no conseguiu dizer mais nada.

Mizuka e Helis entraram logo depois, junto de Mateu e os esqueletos. Estavam cobertos de uma gosma estranha e pareciam cansados.

— Saíram umas aranhas gigantes da outra sala, nós cuidamos delas...

O rapaz olhou com desconfiança para os anões que se encolhiam no canto, nus e ainda presos por correntes. Enquanto o gelo trincava e derretia, ele abriu o baú e deu uma olhada. Tirou algumas peças de latão sem valor e soltou um assobio.

— Vocês precisam ver isso! — chamou por fim.

Notas do Mestre:

Dados dos Personagens:

Bruenor Hendrick <> PV: 41/45 PM: 4/9 Defesa: 17/17 <> Condição: Mihr;
Merth Iolat; PV: 8/21 PM: 0/16 Defesa: 18/16 <> Condição: Samantha.
Dhaerus <> PV: 17/30 PM: 0/12 Defesa: 18/18 <> Condição: Klynne;               
Shion <> PV: 25/42 PM: 0/9 Defesa: 14/14 <> Condição:

A Montante, assim como Merth vão ao chão. Merth caí sentado e olha em direção aos Anões.

Merth

Algum de vocês fala a nossa língua?

Um dos anões abriu a boca, emitindo um som rouco e quase gutural.

— S-sim...

Merth

Temos a intenção de descansar aqui, de levar o conteúdo do baú e pelo menos metade do grupo vai querer ajuda-los. Converse com Helis e Mateu.

Ele balança a cabeça e se arrasta para perto da moça e do rapaz junto dos demais.

Custou muito caro essa luta, seus aliados mal paravam em pé. Merth estava exaurido, mas...

Merth

Esse é um salão com porta dupla que podemos barrar para nossa segurança e descanso, precisamos ao menos de um descanso antes de prosseguir.

Bruenor olha para Merth sério e balança a cabeça concordando.

Shion concorda com descansar e se senta no chão, exausto.

Mizuka chamou a atenção sobre um baú cheio e três frascos líquidos de cores variadas.

Merth focou sua visão no mana ambiente e olha calmamente a sala toda.
Os três frascos emanam uma aura tênue cada e apenas eles na sala inteira

Merth

Bruenor, barre a porta por favor, voce é o menos ferido, vou fazer um tratamento em Shion, Dhaerus e em mim mesmo enquanto isso.

Dhaerus parecia resistir, como sempre resistia aos tratamentos, seria algum trauma? Já Shion tinha uma calma e paciência que permitiu o tratamento prosseguir com sucesso, e como era de se esperar, é complicado cuidar de si mesmo.

Com a porta barrada, podia dedicar ao tratamento rápido, um que ou o corpo aceita os medicamentos e melhora, ou rejeita sem piorar a situação.

Bruenor tomou e logo parecia novo, o que foi muito estranho, pois Dhaerus, Merth, Shion rejeitam o composto, até pensou ter feito a mistura errada quando Mateu deu uma reação, melhor que a esperada, o que o fez pensar qe talvez o tivesse envenenado.

Mas ele estava super bem. Talvez merth precisasse estudar mais.

Bruenor só via a criatura com seus olhos vermelhos. Então, lâminas e ácido surgiram na periferia de sua visão e derrotaram Latrodectus. Bruenor aguardou um instante para confirmar que ele não se mexia.

Ofegava com brutalidade, narinas bem abertas, olhos vermelhos vidrados. Aos poucos, enquanto controlava a respiração, os músculos inchados começaram a diminuir, trazendo as dores típicas de esforços descomunais. Os olhos voltaram à cor negra e Bruenor embainhou sua montante.

Depois de balançar a cabeça para Merth, pegou suas duas azagaias arremessadas e as guardou também. Súbito, Mizuka retornou com notícias. Havia limpado outra área de aranhas. Bruenor começou a entender que era um covil de criaturas aracnídeas. Ele se sentou enquanto alguém distribuía as moedas. Merth ainda falou com um dos anões, mas o bárbaro manteve-se em silêncio, sem vontade de dialogar ainda.

Depois de beber o medicamento do qareen e se sentiu um pouco melhor. Então, se deslocou para a porta dupla, onde faria a vigia para que o grupo descansasse. Ainda sentia os músculos doloridos e retirar a armadura ajudaria enormemente. Porém, precisaria dela.

Um tempo depois em que estavam lá, Bruenor virou-se para o anão que sabia falar em Valkar.

Bruenor

A criatura aranha controlava a cidade inteira?

Disse, enquanto mexia no medalhão Vlamingen no pendurado no peito. O anão, que estava com os olhos fechados, os piscou até encarra Bruenor. Tossiu e balançou a cabeça.

— S-sim, mas passava quase todo o tempo aqui em seu covil... Talvez não controlasse de verdade, mas gostava de pensar que sim.

Bruenor estava sentado no chão, no meio da porta dupla, com a montante descansando em seu ombro.

Bruenor

Há quanto tempo vocês estão escravizados por ele?

— Já não me lembro mais... Décadas.

Bruenor franziu a testa, sentindo raiva. Olhou de relance para o corpo de Latrodectus.

Bruenor

Agora estão livres. Mas devem voltar para a superfície e procurar as praias, onde encontrarão seu povo.

O anão concordou em silêncio, se encostando na parede mais uma vez e fechando os olhos.

O bárbaro decidiu fechar os olhos um instante também.

O sulfure havia tirado um tempo para descansar e Merth queria tentar tratá-lo. Mas o homem só fazia espetá-lo sem mais nem menos, parecendo que só ia piorar a situação. Ele tentava entregar uns líquidos nojentos que lhe faziam ter ânsia só de sentir o cheiro, então evitou continuar muito. As vezes achava que tinha algo muito errado com o homem, pois suas tentativas de tratá-lo quase sempre acabavam piorando as dores que sentia. Então verificou o conteúdo do baú, tirando as peças de latão que pareciam inúteis e observando os frascos que vira ainda no meio da batalha. Eram seis frascos, três com vidros vermelhos e três com vidros negros, possuem restos de algum líquido de cheiro forte. Viu que não daria para aproveitar e deixou separados para caso alguém tivesse mais curiosidade. Com todo cansaço, via que os outros iam aos poucos começando a ceder ao sono, imaginando que já haviam passado por todo o dia. Resolveu pegar suas coisas e se aninhar num dos cantos, preparando-se para dormir e tentar recuperar toda a fadiga. Na manhã seguinte ia ter que ver as salas que deixaram para trás. Afinal, existiram algumas aranhas ali, pelo que o tritão falou. Então talvez pudessem achar algo útil nas salas que ficaram sem checar.

PV: 17/30 ~ PM: 0/12 ~ Defesa: 17
Condições: Aliado (Klynne)
Recursos: 224 T$; 12 TC; 41 flechas

23 de Dantal de 1420

Cansados e feridos, o grupo se recolheu no tribunal onde tinham lutado e derrotado Latrodectus. Merth trabalhou da maneira que pôde para tratar dos ferimentos dos demais, mas seus esforços mostravam poucos resultados. Conseguiu fazer com que Bruenor bebesse um remédio e tratar de Shion de uma maneira que seus ferimentos não sofressem durante o sono. Ninguém tinha muito o que falar, então se renderam ao sono, alternando o tempo de vigia.

Já era tarde quando adormeceram no dia anterior, talvez por estarem no subterrâneo e terem perdido a noção do tempo. Por essa razão, não acordaram exatamente quando o sol nasceu, como seria costume se tivessem acampado na superfície da ilha. Os anões saíram cedo e retornaram quando o grupo comia e se preparava. Estava vestidos e com armas e ferramentas.

— Devemos partir agora. Não nos agrada pegar essas peças que foram deixadas para trás, sem saber se seus antigos donos ainda vivem ou não, mas é nossa única escolha agora. Mais uma vez agradecemos e se um dia nos encontrarmos novamente, espero poder retribuir o que fizeram por nós.

Com um aceno então, partiram. O tesouro havia sido repartido igualmente, com exceção de Shion que havia rejeitado qualquer espólio, interessado apenas em aprimorar sua técnica. Algumas moedas de ouro para cada, o suficiente para quase compensar o valor que haviam pago para embarcar naquela aventura. Merth ficou com as poções, pois ainda precisava identificar e determinar seu valor. Dhaerus havia verificado as outras salas do local, encontrando apenas destroços, esqueletos e mais teias de aranha. Cadáveres aracnídeos jaziam nos degraus.

Mizuka parecia mais feliz com a recompensa, enquanto arrumava suas coisas e voltava a se juntar aos demais.

— E então, ainda não vimos aquelas torres de defesa, o zigurate e a estátua no centro da cidade... Ou será que estão pensando em voltar para a superfície?

Notas do Mestre:

Dados dos Personagens:

Bruenor Hendrick (Humano, Bárbaro 3):

Merth Iolat (Humano, Bardo 3):

Dhaerus (Sulfure, Caçador 3):

Shion (Humano, Guerreiro 3):

Os Anões haviam partido, tesouro suficiente para cobrir a passagem.

Mizuka perguntando o que fazer.

Merth

Essa área, mais do qualquer outra esta limpa, devemos fixar acampamento aqui.

Expôs as poções não identificadas e o tridente.

Merth

Eu não sei avaliar a arma, e se decidirmos ficar mais tempo aqui embaixo, posso tentar identificar as poções.

Olhava cada um.

Merth

Não podemos sair daqui exauridos, o grupo daquele traficante pode nos atacar, além disso é algo que espero que ocorra nos últimos dias de retorno. Eliminar grupos e coletar o que eles conseguiram. "Vitimas" da ilha.

Deixou cada um pensar alguns momentos.

Merth

Precisamos sobreviver aqui embaixo até termos forças, alguns dias.

Esperou mais um pouco, e para dispersar qualquer dúvida sobre ganância disse.

Merth

Pelas minhas contas, já recuperei o investimento da passagem, não tenho mais interesse em tesouro, apenas voltar vivo e inteiro.

Estava verdadeiramente preocupado com os ultimos dias, em que os grupos se reunirão na praia.

Bruenor acordou num sobressalto.

Sentou-se, observando os outros e o último do turno da vigia, Mihr. Após se levantar, acordou os demais e vestiu sua armadura. Os anões, então, partiram e Bruenor apenas assentiu em respeito a eles. Sentia-se bem em libertá-los e fez uma comparação com o povo ramnoriano que lutou contra os colonizadores e acabaram assimilados.

Então, depois de Mizuka mostrar seu bom humor e questionar o próximo passo, Merth externou o que pensava. Bruenor ouviu, analítico, com a mão no queixo e a outra no cabo da montante.

Bruenor

Um dia. Podemos nos recuperar por mais um dia, então. Eu concordo.

Disse por fim. Dhaerus havia vasculhado o lugar e assegurado que não havia mais perigos na construção.

Bruenor

Apesar de ter recuperado o dinheiro, quero mais. Estou disposto a ir até mais longe. O que você e sua família pensam, Mihr?

— Bem jovem Bruenor, toda nossa missão aqui se resume a juntar uma fortuna para ajudar os necessitados, por isso quanto mais conseguimos, melhor.

Bruenor deixou um sorriso em seu rosto. Em seguida, virou-se para os demais.

Bruenor

Podemos ir para a estátua primeiro, depois as torres e então o zigurate, que deve ser mais demorado.

- Não. Com o item que me foi roubado no navio, eu ainda estou com uma perda gigantesca aqui. - O caçador comentou resoluto, quando se falava em satisfação com o valor obtido. Pegou suas coisas e resolveu que deveria investigar os locais que sobraram, da mesma maneira que fizera no dia anterior. Deixou o goblin descansando e solicitou ajuda dos esqueletos.  - Vou olhar algum dos lugares, do mesmo jeito que fiz aqui, depois volto com as notícias. - Deixou o local rumo a uma nova região da cidade. Rumou até as torres de defesa, cauteloso como sempre.

De longe avistava as torres, que se alinhavam numa ordem crescente. Podia deduzir que a primeira delas tinha cinco andares, a do meio tinha sete e a maior, nove. Elas eram interligadas por espécies de rampas nos níveis ímpares. Foi até o térreo da torre menor, escudo e machadinha em mãos. Depois de uma olhada por volta, conseguiu encontrar um pequeno embrulho abandonado. Nele tinha 130 T$ e um frasco com um líquido vermelho. Pensou por alguns instantes e resolveu subir. Distraído pela sua busca, Dhaerus pisa em uma runa que acendeu com uma luz vermelha e explode em chamas, consumindo ele e os esqueletos. Cansado e com a pele ardendo, pega suas ervas regenerativas e alocando sua energia, consegue se recuperar com algum tempo de aplicação, recuperando-se parcialmente.

Praguejando, subiu até o terceiro andar. Sua pele ardia das queimaduras, apesar de ter se recuperado. Vasculhou o lugar por algum tempo, mas não encontrou nada. Balançando a cabeça negativamente, continuou para o quarto andar. Viu que os esqueletos não estavam muito bem por causa da runa e ponderou algum tempo. Buscou pelo andar mais uma vez, tomando algum tempo, até encontrar um baú velho e empoeirado. Teve cautela para abri-lo, mas depois de algum tempo conseguiu. Mais tibares de prata e uma armadura. Sorriu, animado. Já estava ali, devia ao menos tentar terminar essa torre. Estudando o lugar, encontrou um pequeno saco com mais moedas e começou a descer.

Ao chegar de novo no nível das ruas, olhou novamente para a torre média e pensou. Já estava ali mesmo, desistiu da ideia de retornar e foi para a torre do meio. Vasculhou todo primeiro andar, sem encontrar nada. Suspirou, então foi para o segundo andar. Novamente sua busca fora infrutífera. Resolveu subir até o terceiro nível e conseguiu avistar uma turba de zumbis. Analisou suas opções: não dava para passar subir, já que obstruíram o caminho. Ainda não tinha sido percebido, então resolveu pegar a rampa e voltar para a torre menor. De lá subiu até seu quinto nível para ir até o andar correspondente da torre do meio. Outra busca infrutífera, assim como foi descendo para o quarto nível. Subiu novamente até o sexto e viu outra turba de zumbis que não o perceberam.

A solução foi descer novamente para o quinto andar e de lá ir para a torre maior. No mesmo nível de lá, encontrou os restos mortais de um soldado anão. Junto de suas coisas haviam 80 moedas de ouro, que o fez arregalar os olhos. Considerou por um tempo e resolveu continuar se arriscando. Subiu até o sexto nível, vasculhando-o com cuidado. Outro anão tinha seus restos abandonados, vestindo uma armadura em bom estado e segurando um saco com mais 40 moedas de ouro. Subiu mais um nível e ia começar a busca, quando percebeu com o canto dos olhos uma figura diferente. Parecia um humanoide albino com olhos avermelhados, que espreitava por uma presa. Mas o caçador se deu conta que não havia sido notado, então retornou.

Ponderou mais algum tempo, mas a busca estava rendendo e o pensamento de que havia perdido mais do que ganho martelava em sua cabeça. Passou rapidamente pelos níveis em que esteve e resolveu descer mais um. No quarto andar da estrutura maior, procurou com cuidado e eventualmente encontrou um pequeno embrulho num dos cantos, contando 60 moedas de ouro. Talvez fosse uma boa descer dali de volta para as ruas e retornar. Descendo até o terceiro andar, reparou que estava vazia. Procurou, mas anda encontrou. A mesma coisa no andar abaixo. Então chegou ao térreo e ficou ansioso para deixar o lugar. Fora descuidado e mais uma vez ativara uma runa de armadilha. O fogo tomou seu corpo, incinerando os esqueletos e o fazendo perder a consciência.

Furtividade (23)

Torre Menor:

Torre Média:

Torre Maior:

PV: -4/30 ~ PM: 1/12 ~ Defesa: 18
Condições: Aliados (quarteto de esqueletos)
Recursos: 26 TO; 239 T$; 12 TC; 41 flechas

Bruenor, Dhaerus, Klynne, Mizuka e a família de Mihr concordaram em descanso, por pelo menos um dia a mais.

Merth

Contamos com voce para a Sobrevivência, Dhaerus, não se arrisque.

Infelizmente, por mais que desejasse, não podia dormir sem sono, precisava esperar, e ocupar o tempo de alguma maneira.

Pegou as Poções, as três de mesm cor, porém podiam ter efeitos mágicos diferentes.

Concentrou a Visão para perceber o mana, e do mesmo jeito que alguém memoriza um rosto, via detalhe por detalhe dos padrões do mana no líquido, para então juntar mentalmente e definir o efeito.

Merth

Consegui, essa é Aparência Perfeita.

Colocou a segunda a prova e observou, o padrão parecia diferente, certo? Memorizou as sequências e juntou em algo que não fazia sentido. Passou outra hora observando e o padrão era parecido demais, porém levemente turvo, tinha de ser um efeito diferente. Mas e se... Merth fez um esforço, dessa vez esquecendo completamente o padrão anterior para o ver de maneira limpa. Observou e chegou a mesma conclusão.

Merth

Outra Aparência Perfeita, então as três são.

Após ter as três identificadas pode dizer a Mihr e ao grupo.

Merth

São poções de Aparência Perfeita, valem 270 T$ quando compradas, não vendidas. Podemos considerar elas como 135 T$ como Tibares, seja porque alguém quer usa-la ou vender depois, deixo a escolha com vocês. Como disse antes, não sei avaliar armas.

Esperou que o grupo respondesse, apesar de Dhaerus não estar ali, Merth fez quatro estudos....
Dhaerus devia estar explorando a área, igual o fez nessa construção, em que mapeou boa parte e retornou quando as coisas ficaram perigosas.

...

6,8 10 horas? A fome estava apertando e o Caçador não retornava..

Emboscada? Armadilhas? Criaturas?

Merth

Já passou tempo demais, ele deveria ter voltado, algo aconteceu, vamos atrás de Dhaerus.

Sentiu que não estava totalmente livre de ferimentos e aquilo era uma emergência, cada uma delas custava 50 Tibares, porém a quantidade de mana por frasco variava, tamanha a dificuldade de engarrafamento de mana puro.

Sentiu-se abençoado quando bebeu aquele frasco, o mana estava forte e puro.

Canalizou uma parte dele para fechar seus próprios ferimentos, e a carga foi completa.

Merth

Estou pronto, vamos?

Ele sentia muita dor até o curandeiro do curioso grupo com quem havia se unido curá-lo. A luta contra o tal Latrodectus havia sido difícil, mas haviam vencido, e os espólios eram bons. Não que ele ligasse muito. A técnica que havia obtido, as capacidades de combate, eram tudo o que importava. Apenas repousou enquanto discutiam, apoiado em sua espada.

- Se Bruenor quer seguir em frente, estou com ele. Estátua primeiro então?

Disse, ainda descansando. Dhaerus propôs ir investigar, e o deixaram ir. E então o tempo passou, e nada daquele sulfure voltar. A preocupação aumentou e quando Merth sugeriu irem atrás dele, Shion abriu um dos olhos, saindo de sua meditação:

- Certamente. Espero que não estejamos atrasados.

23 de Dantal de 1420

O grupo havia concordado que deveriam tirar um dia para descanso, as riquezas pareciam finalmente começar a surgir e ainda havia muitos dias pela frente para exploração. Bruenor ditava destinos para o dia seguinte que parecia ser concordado por quase todos. Dhaerus, por sua vez, mais uma vez decidia seguir sozinho para investigar uma área, enquanto Merth tirava o dia para verificar as poções. Perto do meio dia, Mizuka e Klynne se aproximaram dos demais, pareciam decididos.

— Meus caros, decididos partir. Eu desejo explorar a costa de uma maneira que só eu posso e Klynne seguirá comigo até a praia.

O goblin deu um passo em frente se colocando ao lado do tritão.

— Sim, acredito que já tive minha dose de aventuras, voltarei para o navio e iria esperar por lá até a data de partida. Desejo boa sorte para todos.

Longe dali, Dhaerus alcançava as torres de vigia e começava sua exploração solo pelas torres. Sua busca revelando muitos tesouros, porém também muitas armadilhas e perigos. Não demorou para ser engolfado por fogo em uma das câmaras. Sua ganância o fez continuar em sua exploração, evitando os diversos mortos-vivos que infestavam os andares, porém pelo peso dos tesouros que carregava, ficava lento e desatento, falhando novamente em um dos andares e ativando outra armadilha. O fogo o consumiu, o derrubando por fim. Seu corpo caiu, tostado e à beira da morte.

Ainda no centro, mais precisamente na prefeitura, Mihr ouvia o parecer de Merth sobre a poção e ele dizia que era justo que ficassem com uma das poções e que as outras duas podiam ficar com o grupo. Ao longo do dia era difícil determinar as horas que passavam, mas era possível em dado momento perceber que na superfície, a noite chegava e muitas horas haviam se passado sem que o caçador retornasse. Preocupado Merth se levantou, recuperando sua energia mística e se curando e convocando todos para irem atrás do colega.

Notas do Mestre:

Dados dos Personagens:

Bruenor Hendrick (Humano, Bárbaro 3):

Merth Iolat (Humano, Bardo 3):

Dhaerus (Sulfure, Caçador 3):

Shion (Humano, Guerreiro 3):

Haviam concordado em rastrear o Dhaerus, o primeiro passo era então achar o rastro, pois o Caçador não disse para onde iria.

Procurou por algum tempo, e com a ajuda de Bruenor perceberam os sinais da passagem dele.

Merth

Bruenor, você deveria liderar a busca, vou ficar atento a detalhes adicionais no caminho.

Bruenor não gostava de quando Dhaerus se afastava sozinho. Mesmo com os esqueletos auxiliadores. Porém, não podia impedi-lo de agir como quisesse. Restou observá-lo se afastar com as criaturas mortas-vivas para vasculhar outros lugares.

Pelo menos, o grupo parecia interessado em conquistar mais riquezas. Bruenor meneou a cabeça para Shion sobre continuar na estátua primeiro.

O bárbaro voltou a se sentar para aguardar, com a montante apoiada no ombro, enquanto Merth avaliava as poções. Quando ele explicou o efeito de cada uma, Bruenor fez uma careta.

Bruenor

Vidro é sempre complicado de carregar na mochila. Guardemos para talvez usar aqui na missão. Se não, vendemos depois.

Deu de ombros.

***

Muitas horas se passaram e Dhaerus não havia retornado. Bruenor já havia pescado no sono algumas vezes e só foi ter noção do tempo depois de alertado por Merth. Ele queria partir e se preparou curando todos. Bruenor se ergueu com um resmungo e tirou a ponta da montante de dentro do chão pedregoso.

Bruenor

Vamos.

Disse para Shion e Merth, mas apenas meneando a cabeça para Mihr, reforçando sua parceria mais uma vez. Klynne e Mizuka haviam desistido e Bruenor apenas bufou e os ignorou completamente, nem olhando para onde iam. Não conhecia muito bem o goblin, mas ele agia pior que muitos sujeitos mimados dos castelos. Mizuka havia demonstrado alguma coragem quando se conheceram e isso despertou certa simpatia por parte de Bruenor, mas com o tempo, com as agruras da ilha do Umbral de Fogo, Mizuka revelou uma faceta mole, plácida e pouco ativa. Natural que fosse embora para se preservar.

Bruenor acabou ajudando Merth para encontrar os rastros de Dhaerus, que estava há muito tempo sem dar notícias. Agora era necessário seguir o rastro. Merth abriu espaço para o bárbaro seguir à frente.

No começo, o bárbaro não conseguiu dar uma sequência de passos até perder o rastro no chão de pedra dura. Porém, com a ajuda de Shion, ele encontrou rastros de areia sobre a pedra que pareciam ser uma bota recente. Bruenor sorriu e seguiu dali.

Depois de algumas voltas em círculo, subindo algumas torres e andando por pontes não confiáveis, Merth acabou ajudando a encontrar Dhaerus caído, inerte e com o corpo queimado. Os esqueletos estavam destruídos, tostados.

Bruenor

Este é o térreo da terceira torre... evitamos zumbis e criaturas pálidas mortas-vivas... ele realmente foi muito longe.

E ao ver que estava carregando duas couraças de aço, percebeu o motivo de ter ido tão longe. Com um meneio de cabeça, ele sugeriu que Merth o curasse para contar o que houve.

Ação de Bruenor
Sobrevivência 19, +0 Merth, +1 Shion = 20, sucesso 1.
Sobrevivência 12, falha 1.
Sobrevivência 20, sucesso 2.
Sobrevivência 9, falha 2.
Sobrevivência 19, +2 Merth = 21, sucesso 3.

Merth meneou a cabeça e começou a reunir o mana necessário, convertendo para cura em Dhaerus.

Merth

Hora de acordar, Wynna te abençoa hoje.

E o restaurou quase completamente.

Começou a olhar a Dhaerus e se lembrar do trajeto que fizeram, o Caçador praticamente passou por todas torres, quase entrando em todos os lugares sem criaturas.

Carregava duas Couraças e sabe-se lá mais o que.

Merth

Conseguem saber se as Couraças estão em boas condições? É um equipamento caro pelo que lembro.
Útil talvez.

Merth queria uma Couraça, apesar que o peso estava quase sendo um problema.

— Parecem boas, rapaz, apenas sujas.

Precisava no entanto se proteger melhor.

Merth

Eu lembro um momento de Bruenor a comentar sobre sua armadura, essa é uma boa aquisição. Eu gostaria de ficar com uma, pagando 250 T$, como se estivéssemos vendendo para um armeiro. Acham justo?

Mihr e sua família concordam, restava saber dos outros.

Merth

Quero sugerir o seguinte, voltamos aquele salão para terminar o descanso, comer, distribuição de peso entre nós e separar o que Dhaerus achou, ai com calma decidimos ou não entrar nas salas com criaturas. O que acham?

- Huh? - O sulfure despertou alerta, já se preparando para se defender, então reparou em quem estava próximo. Então se tranquilizou e levantou com calma, pegando novamente suas ervas e passando sobre as queimaduras que restaram em sua pele, aliviando-se com o frescor do emplastro energizado por ele próprio. Viu que já haviam pegado as armaduras que encontrou e já falavam sobre dividir tudo que achou, pensativo. Estava incerto do que considerar naquela situação. Seus olhos recebiam a ideia cerrados, mostrando suas dúvidas. Por fim, recolheu seus equipamentos e completou. - O andar mais alto da torre do meio e os dois do alto da maior só serão acessíveis passando pelas criaturas. - Olhava em volta, ainda desconfiado e incerto do que fazer ou pensar. Foi com a ajuda deles que chegou ali e que foi restaurado. Mas era ele que, como batedor, era o primeiro a enfrentar todos os perigos ali até então. Era ele que estava queimado e com a pele ardendo, ainda assim precisava dividir tudo que encontrou enquanto os outros se sentavam descansando...

Ervas Curativas (-1 PM, 6 PVs recuperados)

PV: 20/30 ~ PM: 0/12 ~ Defesa: 18
Condições: Aliados (quarteto de esqueletos)
Recursos: 26 TO; 239 T$; 12 TC; 41 flechas

24 de Dantal de 1420

Com o sumiço de Dhaerus, o grupo precisou sair para seguir seus rastros pela cidade. Merth foi o primeiro a perceber o indício da passagem do amigo caçador, porém foi Bruenor com a ajuda dos demais que seguiu os rastros até o corpo do colega, caído no térreo da torre maior. Merth logo tratou os ferimentos do outro, que acordou com os demais à sua volta. De certo eles já haviam visto as couraças que ele havia encontrado e o médico parecia bastante interessado em uma delas. De qualquer forma, o caçador tinha muitos outros tesouros em sua mochila, mas começava a duvidar se deveria dividir com os demais.

De qualquer forma retornaram com uma resposta pendente por parte de Bruenor e Dhaerus ainda para Merth. Uma vez de volta, se trancaram no tribunal mais uma vez, para terminarem seu descanso e partirem no dia seguinte. A noite fora tranquila e mais uma vez sem o nascer do sol para se guiarem, acordaram e começaram a arrumar suas coisas para partirem. O destino acertado por todos, era a estátua no centro da cidade. Do ponto onde estavam, de fato, não era difícil alcançar o monumento. Ao se aproximarem, viram a figura de um anão imponente, armado com um escudo de corpo e um martelo de guerra bem trabalhado. O peitoral da armadura exibia um rosto humano.

Notas do Mestre:

Dados dos Personagens:

Bruenor Hendrick (Humano, Bárbaro 3):

Merth Iolat (Humano, Bardo 3):

Dhaerus (Sulfure, Caçador 3):

Shion (Humano, Guerreiro 3):

Aceitaram voltar para descansar um dia, todos estranhamente quietos.

Não sentia conexão com eles, o grupo estaria se separando por... Cobiça?

As duas Couraças ficaram no salão de descanso.

Merth aplicava o tratamento aos ferimentos de Dhaerus, mas o mesmo continuava inquieto, e arruinava o enfaixe. Pelo menos havia aceitado o remédio, com algum efeito, ainda que mínimo e foi dormir com fome, pois o Caçador não havia retornado com comida.

Merth

Identifiquei as poções, tem um valor considerável se vendida, Mihr e sua família ficaram com uma. As outras estão ali, vou dormir.

Merth deixa os dois frascos de aparência perfeita na mesa, junto as Couraças, também deixa o Tridente certeiro.
***

Era isso, seguiria esse grupo apenas por sobrevivência, pois se essa atitude continuasse, o Caçador continuará a buscar suicídio, o Bárbaro a ser uma estátua sem sentimentos e o Estrangeiro esta aqui por acidente.

Seriam dias difíceis.

***

Estava decidido seguir para o local da estátua grande primeiro, e o grupo instintivamente parou diante dela, poderia ser outro guardião, ou armadilha mágica.

Por isso, se concentra no mana ambiente e consegue alguns sinais, mas não de onde esperava, à frente, e sim das mochilas do grupo.
Haviam mais poções que as declaradas anteriormente.

Merth fecha os olhos e balança a cabeça negativamente.

Merth

Não há magia na estátua à frente, temo por armadilhas mundanas, alguém pode checar?

Guardaria a informação de poções não identificadas, e definitivamente quando voltasse, seguiria seu caminho sem eles.