Comunhão Profana [Encerrado]
+3
Aquila
Kairazen
John Lessard
7 participantes
Página 1 de 11
Página 1 de 11 • 1, 2, 3 ... 9, 10, 11
Comunhão Profana [Encerrado]
"Não havia sinal de vida em lugar nenhum. Nenhuma árvore, exceto por alguns tocos mortos que pareciam estranhos à luz da lua. Nenhum pássaro, nenhum rato, nem sequer grama. A natureza estava tão morta quanto aqueles soldados de Bielefeld cujos corpos estavam jogados da mesma forma que haviam caído nos meses anteriores.
Morte estava escrita em destaque aonde quer que se olhasse."
- do diário de Ralph Colwell, Cavaleiro da Luz morto durante a Grande Guerra
A guerra deixou suas marcas nas almas de todos os artonianos. Os Puristas yudenianos trouxeram uma faceta nova para conflitos bélicos no mundo. As definições entre combatentes e civis foram tornadas turvas. Mapas foram alterados, famílias foram quebradas e religiões foram extintas.
O Mundo de Arton foi permanentemente alterado pela guerra, e nada jamais seria como era.
E é para a surpresa de todos o quão pouco afetada Ahlen foi. Nilo, uma cidade flutuante ao sul do reino, se destaca, sua prosperidade tendo apenas aumentado com o pós guerra. Nilo historicamente havia descartado a nobreza. Os Rigauld, nominalmente o poder da região, não passavam de marionetes para o verdadeiro poder presente, a Liga dos Mercadores. Comerciantes vindos da baixa população haviam se unido e se tornado uma entidade mais poderosa do que a nobreza. Nilo havia se mostrado um centro de cultura e comércio sob a plutocracia da Liga. Fundada por Avid Jatenour, a Liga havia dado um senso de auto-estima e poder ao povo comum da região, o oposto ao que acontecia na capital Thartann. Em troca de impostos pagos diretamente à Liga, o povo em Nilo via sua vida ser mais segura e pacífica que na maior parte do Reinado. Um verdadeiro oásis de progresso e riquezas no mundo pós guerra, como eles se orgulhavam em chamar.
A Liga - e a cidade em si- eram atualmente comandadas por um veterano da Grande Guerra. 1419 havia chegado com mudanças para todos, e Nilo não era exceção. Quando Avid Jatenour finalmente morreu, houve medo de caos e conflito para a sucessão, mas o processo havia sido rápido. Cosimo d'Andolo, um mercenário e aventureiro, havia tomado todo o poder da cidade de supetão, e eleito de forma unânime como o segundo Doge de Nilo. E sob a liderança dele, Nilo se mostrava a grande jóia econômica do reino. O porto sempre se mostrava movimentado, as ruas movimentadas, os comércios florescendo. E havia, claro, o símbolo de orgulho da cidade, construído rapidamente sob ordens do próprio Cosimo. A grande casa de jogos de Nilo, a Rosa Branca, construída sobre o que antes era a mansão e corte dos Rigauld.
Mesmo na mais longa noite, Nilo brilhava, a Lua se destacanda na escuridão de Tenebra que cobria Arton no pós-guerra.
Mas mesmo a lua tem seu lado escuro.
O Mundo de Arton foi permanentemente alterado pela guerra, e nada jamais seria como era.
E é para a surpresa de todos o quão pouco afetada Ahlen foi. Nilo, uma cidade flutuante ao sul do reino, se destaca, sua prosperidade tendo apenas aumentado com o pós guerra. Nilo historicamente havia descartado a nobreza. Os Rigauld, nominalmente o poder da região, não passavam de marionetes para o verdadeiro poder presente, a Liga dos Mercadores. Comerciantes vindos da baixa população haviam se unido e se tornado uma entidade mais poderosa do que a nobreza. Nilo havia se mostrado um centro de cultura e comércio sob a plutocracia da Liga. Fundada por Avid Jatenour, a Liga havia dado um senso de auto-estima e poder ao povo comum da região, o oposto ao que acontecia na capital Thartann. Em troca de impostos pagos diretamente à Liga, o povo em Nilo via sua vida ser mais segura e pacífica que na maior parte do Reinado. Um verdadeiro oásis de progresso e riquezas no mundo pós guerra, como eles se orgulhavam em chamar.
A Liga - e a cidade em si- eram atualmente comandadas por um veterano da Grande Guerra. 1419 havia chegado com mudanças para todos, e Nilo não era exceção. Quando Avid Jatenour finalmente morreu, houve medo de caos e conflito para a sucessão, mas o processo havia sido rápido. Cosimo d'Andolo, um mercenário e aventureiro, havia tomado todo o poder da cidade de supetão, e eleito de forma unânime como o segundo Doge de Nilo. E sob a liderança dele, Nilo se mostrava a grande jóia econômica do reino. O porto sempre se mostrava movimentado, as ruas movimentadas, os comércios florescendo. E havia, claro, o símbolo de orgulho da cidade, construído rapidamente sob ordens do próprio Cosimo. A grande casa de jogos de Nilo, a Rosa Branca, construída sobre o que antes era a mansão e corte dos Rigauld.
Mesmo na mais longa noite, Nilo brilhava, a Lua se destacanda na escuridão de Tenebra que cobria Arton no pós-guerra.
Mas mesmo a lua tem seu lado escuro.
____________________
7AM, 5 de Altossol, 1420
Taverna do Perdigueiro Louco, Nilo
O Perdigueiro Louco, uma taverna tipicamente frequentada por aventureiros de passagem por Nilo, se encontrava com pouco movimento naquela manhã. Pouco, mas curioso, mesmo para os padrões. Um homem de trajes negros e macabros, uma mulher que evocava aparência urbana, uma estranha jovem de cabelos vermelhos, um belo rapaz tatuado e uma máquina sapiente. Nada os unia, exceto por fios de destino prestes à serem tecidos pela mácula do caos. Os dados eram rolados.
Pistres, o Cavaleiro de Ni não entendia porque estava ali. Haviam algumas semanas desde a última vez que controlara o corpo, mas não podia reclamar. A cidade aonde estavam, Nilo (talvez alguma das outras tivesse o levado para ali por isso?) aparentemente era um antro de cultura e artes, e quem melhor para aquele lugar do que um grande artista do caos, afinal? Se via parado na taverna, observando as decorações. Aquela nem mesmo era uma taverna de alto nível da cidade pelo o que podia observar, mas as paredes eram pintadas de branco e quadros eram expostos na mesma. E tudo o que ele conseguia se lembrar de antes de ter acordado era ter sonhado com uma rosa branca cujas pétalas eram soltas, caindo numa poça de sangue e se tingindo. Artístico, no mínimo.
Evelyn Rionegro não podia dizer estar feliz em estar em Ahlen de novo. Mas estava ali à trabalho da Guilda, e não apenas isso. Haviam boatos de jovens mulheres desaparecendo em Nilo, e George havia à pedido para investigar. Mas não era sua única razão. Uma informação havia chegado até ela através de amigos. Angelo Bronte, antigo membro da Guilda de Artesãos e um dos responsáveis pelo assassinato dos Rionegro, aparentemente havia se estabelecido na cidade e se engraciado com o tal lorde local. Boatos diziam que o homem vivia no tal Rosa Branca, nas mesas de altas apostas. A busca pelas garotas perdidas parecia ter esfriado, porém.
Flora e Bane se encontravam no balcão da taverna. A ideia era sair de Nilo o mais rápido possível, mas haviam se visto presos ali pelo menos até o décimo dia do mês, quando um barco de passageiros iria partir. Então por hora esperavam. De certa forma, ambos fugiam de suas máculas. Flora agora buscava agir contra a corrupção que havia alterado seu corpo e alma. Havia seguido algumas pistas até ali, mas após alguns dias na cidade, não havia conseguido encontrar nada sobre o tal culto de Aharadak que raptava jovens que havia ouvido falar. Já Bane fugia de suas próprias origens. Rosaura merecia alguém melhor do que ele, merecia alguém que não fosse um criminoso. O casamento arranjado por sua família seria o ideal, e logo ela estaria livre dos problemas que acompanhavam o homem por aonde quer que ele fosse. Angelo Bronte era o nome do marido arranjado. Um homem consideravelmente mais velho, mas ainda melhor que ele.
5 tinha um objetivo claro em mente e estava ali para cumpri-lo. Havia buscado o homem do corvo branco por tempos, e finalmente havia o encontrado, acreditava. Cosimo D'Andolo. Um ex aventureiro que havia feito fortuna e se tornado senhor de uma cidade. Havia encontrado mercadorias marcadas com aquele brasão, e havia rastreado de volta até o tal Doge de Nilo. Só precisava dar um jeito de alcançá-lo dentro daquele palácio que chamava de Rosa Branca agora. A segurança era apertada demais para simplesmente invadir, e não podia correr o risco de o fazer para tudo no fim ter sido um erro. Havia colhido informações, e para entrar nas partes mais altas daquele palácio precisaria de um convite para uma tal Sociedade da Luva Branca. A elite de Nilo. Mas para sequer conseguir um convite, precisaria jogar nas mesas altas, e o acesso à elas era caro. Muito, muito caro.
- Soube dos boatos amigo? Angelo Bronte está tendo problemas no Rosa. Aparentemente, alguém está espalhando que ele tem laços com o culto da Tormenta. Com a igreja daquele deus de nome estranho. Dizem até mesmo que ele está financiando o desaparecimento de garotas. Me expulsaram do Rosa por falar isso, mas é v-verdade.
Um homem de trajes finos azuis disse, se sentando entre Bane e Flora, falando diretamente com o qareen. Estava claramente embriagado, e parecia ser algum rico amargo. Mas falava alto o suficiente para o resto dos presentes ouvir. E pelo visto, todos tinham alguma razão para ouvir. Para sorte ou azar, informação caía em seus colos.
Dados dos Personagens
Evelyn Rionegro
PV: 18 Defesa: 19 PM: 3 Condição: ----
5
PV: 18 Defesa: 15 PM: 4 Condição: -----
O Cavaleiro de Ni
PV: 18 Defesa: 17 PM: 9 Condição: -----
Bane
PV: 13 Defesa: 16 PM: 4 Condição: -----
Flora
PV: 23 Defesa: 17 PM: 4 Condição: -----
Interações com NPC's feitas pelo Telegram.
Próxima Atualização: Sexta dia 11/09
Última edição por Fenris em Sex Dez 18, 2020 11:53 pm, editado 1 vez(es)
Fenris- MESTRE
- Mensagens : 2160
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Evelyn não escondia quem era.
Postura confiante, malandra. Na cintura, fazia questão de ostentar seu florete afiado, por baixo de um sobretudo azul escuro. No peito sobre a camisa vermelha sangue, um amuleto pendurado no pescoço com um símbolo antigo e desconhecido naquelas terras pelos plebeus de vida simples. Talvez algum aventureiro mais viajado reconheceria o brasão dos Vlamingen de Nova Malpetrim.
A bucaneira escondia sua insatisfação atrás de sua postura malemolente. Porque para sobreviver em Ahlen um "jogador" tinha que usar outras armas além das óbvias. As aparências eram mais importantes, a confiança se sustentava mais do que saber o que estava fazendo.
A armadura de Evelyn era sua postura malemolente, a arma era sua capacidade de interação, raciocínio rápido para o jogo e olhos de lince para enxergar o sutil. Por isso ninguém sabia que por dentro de sua armadura escondia insatisfação em retornar a Ahlen.
A mando do capitão George Valkar, Evelyn teve que fazer o caminho uterino, para suas origens, para investigar algo que o velho capitão sabia ser de seu interesse: o desaparecimento de mulheres. O mundo era duro, mas era pior para mulheres e Evelyn simplesmente sentia que devia ajudá-las. Voltar para Ahlen era ruim, evocava memórias tristes, mas tinha que obedecer sua Guilda e tinha interesse em ajudar as moças.
Nilo era diferente de Tharthann em quase todos os sentidos, mas também igual na mesma essência: o mundo era dos "jogadores" mais espertos. O Perdigueiro Louco era uma espelunca como qualquer outra, mas tinha o diferencial de atrair aventureiros de passagem. Em um lugar como Ahlen, pouco amistoso com estrangeiros e de uma hipócrita defesa da moral e bons costumes, ninguém gostava de aventureiros, considerados vadios, preguiçosos ou ladrões. Evelyn estava ali porque se sentia menos ahleniana entre desconhecidos de fora, ou desajustados como ela.
E também porque era um lugar onde poderia seguir uma outra pista. Dessa vez de cunho pessoal. Foi descoberto que um tal de Angelo Bronte havia participado diretamente da morte de seus pais, em conluio com Adam Silver que Evelyn havia matado há tempos. E ele, aparentemente, vivia no Rosa Branca, uma casa de jogos feita numa antiga mansão Rigauld.
Enquanto não tinha mais pistas sobre as mulheres sumidas, ficaria de olho nesse tal Angelo e talvez descobrir algum podre nele que pudesse ser usado. Afinal, todos eram sujos em Ahlen, a diferença era quem conseguia esconder melhor.
Não demorou muito para a bucaneira notar outros quatro indivíduos, obviamente estrangeiros. Um deles até que bonitinho. Evelyn queria descansar pelo dia e planejar seus próximos passos. Mas também sabia que os fracassados da Rosa Branca eventualmente iam para o Perdigueiro Louco afogar as mágoas.
Quando um granfino desembestou a falar, Evelyn sorriu por um breve instante, curtindo sua esperteza, quando ouviu que um dos boatos envolvia o desaparecimento de garotas.
De pronto, a bucaneira se aproximou da mesa olhando nos olhos do homem metido em um traje azul com babados. Andava com ginga, sentando-se na cadeira em frente ao homem que falava diretamente com o belo rapaz tatuado.
Ele para, respira fundo, olha no fundo dos teus olhos:
Postura confiante, malandra. Na cintura, fazia questão de ostentar seu florete afiado, por baixo de um sobretudo azul escuro. No peito sobre a camisa vermelha sangue, um amuleto pendurado no pescoço com um símbolo antigo e desconhecido naquelas terras pelos plebeus de vida simples. Talvez algum aventureiro mais viajado reconheceria o brasão dos Vlamingen de Nova Malpetrim.
A bucaneira escondia sua insatisfação atrás de sua postura malemolente. Porque para sobreviver em Ahlen um "jogador" tinha que usar outras armas além das óbvias. As aparências eram mais importantes, a confiança se sustentava mais do que saber o que estava fazendo.
A armadura de Evelyn era sua postura malemolente, a arma era sua capacidade de interação, raciocínio rápido para o jogo e olhos de lince para enxergar o sutil. Por isso ninguém sabia que por dentro de sua armadura escondia insatisfação em retornar a Ahlen.
A mando do capitão George Valkar, Evelyn teve que fazer o caminho uterino, para suas origens, para investigar algo que o velho capitão sabia ser de seu interesse: o desaparecimento de mulheres. O mundo era duro, mas era pior para mulheres e Evelyn simplesmente sentia que devia ajudá-las. Voltar para Ahlen era ruim, evocava memórias tristes, mas tinha que obedecer sua Guilda e tinha interesse em ajudar as moças.
Nilo era diferente de Tharthann em quase todos os sentidos, mas também igual na mesma essência: o mundo era dos "jogadores" mais espertos. O Perdigueiro Louco era uma espelunca como qualquer outra, mas tinha o diferencial de atrair aventureiros de passagem. Em um lugar como Ahlen, pouco amistoso com estrangeiros e de uma hipócrita defesa da moral e bons costumes, ninguém gostava de aventureiros, considerados vadios, preguiçosos ou ladrões. Evelyn estava ali porque se sentia menos ahleniana entre desconhecidos de fora, ou desajustados como ela.
E também porque era um lugar onde poderia seguir uma outra pista. Dessa vez de cunho pessoal. Foi descoberto que um tal de Angelo Bronte havia participado diretamente da morte de seus pais, em conluio com Adam Silver que Evelyn havia matado há tempos. E ele, aparentemente, vivia no Rosa Branca, uma casa de jogos feita numa antiga mansão Rigauld.
Enquanto não tinha mais pistas sobre as mulheres sumidas, ficaria de olho nesse tal Angelo e talvez descobrir algum podre nele que pudesse ser usado. Afinal, todos eram sujos em Ahlen, a diferença era quem conseguia esconder melhor.
Não demorou muito para a bucaneira notar outros quatro indivíduos, obviamente estrangeiros. Um deles até que bonitinho. Evelyn queria descansar pelo dia e planejar seus próximos passos. Mas também sabia que os fracassados da Rosa Branca eventualmente iam para o Perdigueiro Louco afogar as mágoas.
Quando um granfino desembestou a falar, Evelyn sorriu por um breve instante, curtindo sua esperteza, quando ouviu que um dos boatos envolvia o desaparecimento de garotas.
De pronto, a bucaneira se aproximou da mesa olhando nos olhos do homem metido em um traje azul com babados. Andava com ginga, sentando-se na cadeira em frente ao homem que falava diretamente com o belo rapaz tatuado.
Aguardou a apresentação do homem.Evelyn
É mesmo, senhor...?
Soluçou.
Milo. Milo Asher, milady, dono da companhia naval Asher! Recém expandido para a cidade. E pode confirma-
Evelyn ergueu a sobrancelha e ficou em dúvida se não estava perdendo seu tempo. Na dúvida, pegou a mão do homem e a apertou em um cumprimento meio cômico, meio forçado.
Confirmar. Bronte está naquela sociedadezinha de d'Andolo e não gostou quando eu trouxe os rumores pra mesa de apostas.
Mas o homem continuou a falar.Evelyn
Evelyn.
Uma informação útil, se fosse verdade.
V-vim pra cá depois que alguns contatos me falaram das boas fortunas da cidade. Mas parece que mesmo os velhos mercadores da liga estão sendo empurrados, os melhores contratos estão indo pro clube do d'Andolo.
Aproveitaria o álcool como um incentivador para o homem se abrir.Evelyn
Não pode culpá-lo, não é, senhor Milo de Nilo. Hahaha. É a coisa esperta a se fazer: formar um clubinho, favorecê-los... manter o poder...
Evelyn segurou um riso. Para ela, não havia diferença prática. Os comerciantes apenas vendiam ilusões mais sedutoras.
Oras, cl-claro que posso! As fundações da Liga pelo o que me falaram eram baseadas em evitar isso. O falecido Jatenour deve estar rolando no túmulos se tudo o que me falaram dele for real. Qual a diferença disso para a nobreza?
Ela dizia com um jeito debochado, mas logo ficou séria, encarando o homem nos olhos, inclinando o corpo pra frente.Evelyn
Tem razão, Milo de Nilo. Mas será mesmo que um homem tão próximo a Cosimo d'Andolo estaria ligado com a Tormenta? Acho forçado...
Ela então relaxa recostando no encosto da cadeira.Evelyn
Mas talvez ele esteja envolvido mesmo com rapto de garotas. Ouvi dizer sobre isso também. Isso sim, vale investigar. Me diga, o que acha de descobrirmos isso juntos?
Ele parecia quase ofendido. Evelyn não podia culpá-lo, arqueando as sobrancelhas balançou a cabeça como um gesto de desculpas.
Eu não sou de Nilo! Sou nascido e criado em Malpetrim senhorita Evelyn.
Ele havia dado informações úteis, coisas que ela já sabia por alto. Mas precisava de uma ajuda.
Se quer descobrir algo, sugiro que tente acesso à Rosa. Nas mesas mais altas, informação e até itens mágicos são a aposta. Mas mesmo a entrada lá é cara. E se quiser subir de andar, é bom ganhar dinheiro lá d-dentro.
Piscou o olho para ele, maliciosa.Evelyn
Então, o que me diz de me ajudar nisso? Posso tentar descobrir a veracidade dos boatos, de repente encontrar outro podre, saber alguma fraqueza. Você sabe. Como pode ver, não sou uma aristocrata, não defeco dinheiro. De repente você pode ajudar com isso... e eu posso te dar informações privilegiadas de lá de dentro. E quem sabe com essas informações as portas não se abram pra você? O que me diz? Pense em mim como um investimento.
Ele para, respira fundo, olha no fundo dos teus olhos:
Evelyn mostrou um sorriso cheio de dentes.
- Bom... Porque não? Pode ser uma boa. Tibar sabe que aquele cultinho bizarro tem os agentes deles. Mas preciso de um teste antes. Preciso saber como iria se sair uma vez lá dentro. O que me diz de um jogo de Wyrt? E aos outros aí, tem interesse?
Ela esperava que estivesse falando dos outros aventureiros ali presentes, pois seriam extremamente úteis numa missão perigosa como aquela.Evelyn
Não se de outros, mas tenho interesse sim, senhor.
Ação de Evelyn
Investigação para Intuição e pescar alguma coisa do homem, rolado 12. Nada conclusivo.
Diplomacia para convencê-lo a pagar para entrar na Rosa Branca e receber informações como troca, rolado 12.
_________________
O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
Aldenor- MESTRE
- Mensagens : 3395
Localização : Curitiba
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Pistres estava perdido em seus pensamentos, com memórias da última vez que estivera no controle. Não fazia ideia em como havia chegado em Nilo, mas lembrava da rosa branca no sonho. Sua visão era sempre uma pintura em potencial, algumas melhores que outras, tinha de admitir. Uma voz lhe chamou a atenção. Lentamente o homem se virou, se aproximando devagar, curvado, como um animal caçando, acabou se aproximando quando conversa entre o homem e moça acabava em um convite. Parou então do lado da mesma. Era um homem alto e de certa forma bem constituído. O rosto era coberto por uma máscara, com dois buracos negros para os olhos. Usava uma armadura e trapos cobriam sua cabeça.
Ele aproxima o rosto do homem, de maneira desconfortável.
A mulher ameaça levar a mão à empunhadura do florete.
O homem pergunta com a voz confusa.
Ele volta a olhar o homem.
O bêbado parecia quase comprar a loucura do clérigo.
Pistres ignora a mulher, puxando uma cadeira.
O homem ergueu a sobrancelha:
Pistres então iniciava um devaneio sobre tons de vermelho.
— ...
- ... Posso ajudá-lo amigo?
Evelyn
...
— Você — começou a voz rouca — Disse rosa?
- Ãhn... Sim sim. A Rosa Branca, a grande casa de jogos.
Ele aproxima o rosto do homem, de maneira desconfortável.
— Não.
A mulher ameaça levar a mão à empunhadura do florete.
Evelyn
Quem é você?
— Pistres, O Cavaleiro de Ni... Agora.
- Bom senhor... Pistres, não o que?
O homem pergunta com a voz confusa.
Ele volta a olhar o homem.
— Não é mesma rosa, mas acho que a arte é assim. Onde fica? Preciso a tingir com a tinta que trazemos na veia. Vermelha, bonita.
- Vermelha? Oras homem... é um homem não é? A segurança lá dentro é um pouco perigosa demais para você tingir qualquer coisa. Embora se os rumores forem reais, Bronte já quer tingi-la, como você chamou.
O bêbado parecia quase comprar a loucura do clérigo.
Evelyn
Senhor cavaleiro, estamos numa conversa importante... se nos der licença...
Pistres ignora a mulher, puxando uma cadeira.
— Homem... Sim, na maioria das vezes. Sou pintor, um artista. Quero pintar a rosa branca.
O homem ergueu a sobrancelha:
- Ah, mas eu sou um apreciador das belas artes. Mas quer tingi-la de vermelho sangue ou do outro vermelho? Se for feito o segundo, o primeiro se torna impossível, não acha?
— ... — ele então o encara durante alguns segundos — com o pincel de meu ofício.
- E qual tom de vermelho planeja usar?
Pistres então iniciava um devaneio sobre tons de vermelho.
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Para mim, a morte não era escura...
...Era vermelha."
____________________ ______________
____________________ ______________
____________________ ______________TAVERNA ALECRIM DOURADO
Ash
- Você vai mesmo, Florinha?Flora
- Vo.
*O dedilhar sobre cordas interromperam a melodia, deixando no ar um vazio que ansiava por sua continuidade. O meio elfo a encarou de seu palco, conforme a menina tirava o avental e recostava a vassoura num canto. Trocava tais utensílios por uma adaga, armadura justa ao corpo e uma mochila e viagem *Ash
- Não precisa ir embora. Aqui é sua casa também. Agora mais do que nunca.Flora
- Eu preciso. Não quero mais. Ser fraca.
*Ash desviou o olhar com um suspiro, tentando disfarçar a tristeza. Odiava aquilo. Fortes e fracos. Quem se importa? Não valia mais simplesmente ser feliz como você é?*Ash
- O que aconteceu com Jihad... Com a tribo... Não é culpa sua...Flora
- Eu NÃO ligo pro Jihad.Ash
- Mentira.Flora
- Eu não ligo pro Jihad.Ash
- Nem pra Mitra? Ou Jinn?
*Ela baixou a cabeça por um momento. O pé inquieto traçava circulos no chão, enquanto os cabelos pareciam dançar com um vento que não soprava ali. Por fim, após um minuto quietos, simplesmente:*Flora
- Ligo.
*Ash sorriu diante daquilo. Já havia um ano que Flora fora viver com ele. Antes apenas recebia visitas dela, desde o dia em que Jihad a reviveu com sua magia. Mas algo estava diferente: Cabelos castanhos foram substituídos por vermelhos... E vivos. Seus olhos eram como sangue e o corpo... Não era mais humano. Era lefou. Era tormenta. Jihad ficou maravilhado, mas Ash temeu por ela. "Isso de novo?" pensou.*
*Naquele dia, quando a salvaram, sua família toda foi corrompida pela tormenta... E os demônios a buscavam. Desejavam. Por que ? Não sabiam. No fim foram flechas de goblins que a tiraram do mundo. Mas parece que sua alma mudou no pós vida... Foi maculada. E isso refletia na carne agora.*
*Mesmo assim, ela cresceu bem. Foi amada por Jihad e Mitra como uma filha, e cuidava do irmãozinho como ninguém. Embora ainda maltratasse o qareen, amava o meio elfo com força, se abrindo apenas com ele. Ele acreditou, quando ela deixou a tribo e foi trabalhar na taverna, que viveria com ele para sempre... Mas agora que a tribo Scarlata foi destruída e Jihad e os demais desapareceram, ela partia, prestes a se tornar uma aventureira, buscando respostas e vingança*
*O peito do meio elfo doeu um pouco mais*Ash
- Você pode voltar quando quiser. Pode desistir quando quiser. Não tem problema. Esse será sempre seu lar.Flora
- Tá.Ash
- Não seja chata com seus companheiros. Não saia procurando briga por tudo, isso é um saco. E se for uma líder, pense nos outros, não só em si.Flora
- Tá.Ash
- Eu amo você.Flora
- ...
*A garota continuou imóvel. Deixou-se absorver as palavras do elfo. Então sua mala foi ao chão e correu em direção a ele. O rosto se enterrou no peito do elfo, naquele tenro abraço. Ela tentou esconder, mas o molhado na camiseta, foi o suficiente para Ash entender como ela se sentia*Flora
- Eu também te amo, papai Ash.
____________________ ______________
Caçada rubra
*Flora não sabia como lidar com pessoas. Desde criança era muito sozinha, mas o que viveu em morte... Mesmo sem se lembrar do quadro total... Fechou seu coração de vez. Somente com aqueles que considerava sua família, conseguia se expressar bem. Sendo assim, não conseguia se unir a grupos de aventureiros, tendo de atuar solitária. Ser agressiva com os outros, antes que fossem com ela, era seu modo de sobreviver. De se proteger.*
*Mas isso não importava. Tinha um inimigo: A tormenta. E qualquer um que exaltasse seu nome com alegria. Eles levaram tudo que ela tinha e a tornaram o que ela é. Dedicaria sua vida a trazer um fim a ela.*
*Tarefa aparentemente impossível. Aharadak era um deus maior agora. Tudo que era lefeu se tornava mais forte. E a tribo Scarllata, um sultanado magico havia desaparecido... E ninguém sabe como. Apenas sussuram um nome:*
Raigheb.
*Poucas pistas. Fraca e solitária. No fundo, Flora sentia algo,que o rosto não conseguia exibir: Medo. Muito medo. Mas era tarde para recuar agora. Com esse pensamento, sentou naquele balcão, pois tavernas eram um lugar que lhe traziam paz, embora não bebesse. Estava curtindo seu suco de abacaxi, quando o homem bêbado se meteu a falar a seu lado. A mulher o questionou. E o doido atrapalhou.*
*Foi durante os devaneios sobre a cor vermelha, que aconteceu. A madeira do balcão rachou com o impacto do punhal. O som ecoou como se algum deus dos trovões tivesse perdido a mão em seus atos diários. A responsável? Uma garota franzina, de cabelos rubis e que pareciam se mover como tentáculos. Ela olhou o homem bêbado, diretamente nos olhos, como guepardo que encara o antílope dormente. E disse com rocha na voz:*Flora
- Me leve. Agora.
- Oras senhorita, você não m-me oiviu? Não posso simplesmente botar lá dentro assim.
*A mão foi como um bote de naja. Trocou o descanso do balcão pelo colarinho do rapaz e o puxou para baixo, altura do rosto*Flora
- Eu não sei chegar lá. Me leve. Por. Favor.
*Era como se as palavras educadas agissem destoantes do comportamento agressivo. O rosto era um terceiro comportamento: sem expressão*Flora
- Me. Ajude.
*Então, Flora recua a mão rapidamente do cavalheiro e o encara e arisca. Se levanta com o corpo em prontidão. Um tanto, assustada. Havia percebido algo quando o agarrou.*Flora
- Você... Perigoso....
A humana pisca os olhos rapidamente e se intromete falando com FloraEvelyn
Ei, ei, ei, ei... esse negócio de tocar uns nos outros não é educado, minha jovem. Oi, sou Evelyn, muito prazer. Se quiser participar dessa contenda... bem, eu e o Cavaleiro de Ni vamos ao Rosa Branca.
*A menina troca o olhar para a mulher. A encara dos pés a cabeça. Olha para os cabelos longos. O seios. As curvas. As pernas. As armas. Então olha para o próprio corpo. E aí de novo para Evelyn. O rosto cora*Flora
- Tá. Eu vo.
*Relaxou o corpo e puxou a faca da mesa como se não fosse nada e guardou na cintura*Flora
- E aí eu estripo os sequestradores..
- Bom, essa história de estripar pooode ser meio perigosa. Aqueles que não estiverem interessados em jogar pelas entradas, acho que podemos fazer negócios de outras formas. Estou tendo problemas com alguns bichos saindo da água durante a noite e levando meus peixes. Posso pagar uma entrada para cada se matarem eles, mas nada além disso. Prefere assim?Flora
- Pode..
* Flora faz um "joinha" com o dedo e é possível ver um brilho no canto do olho. Alegria talvez? Mas não havia sorriso. Voltou a encarar Evelyn, admirada.*
DiceScarlata- MESTRE
- Mensagens : 2555
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
A vida de 5 havia se resumido a vingança desde a morte de seu mestre, viajou pelo Reinado, seguindo todas as pistas possiveis chegou a cidade Nilo, mas para a surpresa dele, o maldito havia virado líder da cidade, isso tornava a aproximação mais dificil, teria que de alguma forma se aproximar dele sem chamar atenção, e o que o homem na taverna dizia parecia ser uma oportunidade para isso, outros já haviam se oferecido, duas moças e um homem estranho, uma delas parecia estranha, quase atacando o nobre, 5 vai até eles dizendo:
*Flora vira o rosto para o construto e fica o encarando por um tempo.*
*Segurou a mão do golem*
Apos as apresentações, ele ficou junto de Fleur e do nobre, esperando chegar a hora da missão.
Com licença, tem espaço para mais um nessa caçada noturna?
Era tudo o que ele precisava ouvir:
- Hã... Claro, claro. Entende que pagarei apenas a entrada se resolverem isso para mim, certo?
Sem problema, é o suficiente, muito prazer me chamo 5. - disse estendendo a mão ao nobre.
5 via graça em como os outros lidavam com seu nome, e respondeu:
- 5? Hã, certo. Certo. Máquina fascinante, acho que com vocês lá eles não irão nem perceber o que os atingiu.
Se virou para a moça ruiva, que também ia caçar e disse:
Sim, gosto de caçadas limpas e rápidas, espero conseguir isso.
Bom, parece que iremos atuar juntos, me chamo 5, é você? - ele estendeu a mão para ela também
*Flora vira o rosto para o construto e fica o encarando por um tempo.*
Flora
- OI. Sou Fleur. Fleur Ashen di Scarlatta.
*Segurou a mão do golem*
5 deu uma pequena risada, um som metálico saia de sua boca quando fazia isso e respondeu:Flora
- Onde eu morava, tinha um como você. Saia fogo da cabeça dele. Sai da sua?.
E de fato era, 2 era um lutador feroz, mas sua chama se apagou quando o maldito Cosimo o destruiu. Garantiria que ele sofresse tanto quando os irmãos e seu mestre sofreram.
Não, tenho um espirito de fogo mas nunca soltei fogo pela cabeça. Mas um dos meus irmãos fazia isso, usava as chamas para lutar, era impressionante.
Apos as apresentações, ele ficou junto de Fleur e do nobre, esperando chegar a hora da missão.
Bane
Bane
Bane se amaldiçoou por não ter percebido a chegado do fidalgo bêbado até este praticamente se jogar sobre ele. O rapaz praticamente não havia dormido na noite anterior, refletindo sobre tudo que o destino havia lhe imposto nos últimos dias, e quando o dia despertou, ele já estava no balcão do Perdigueiro Louco, fazendo um rápido desjejum antes de sair da cidade. Infelizmente, o navio que ele esperava estava atrasado, talvez por culpa de uma tempestade, mas ele não esperaria por ele. Cada minuto na cidade tornava a decisão de deixar Rosaura ainda mais difícil.
Mas isso não era desculpa para ficar distraído, perdido em pensamentos.
O esbarrão fez com que o rapaz derrubasse o copo de dose que estava bebendo, o que fez com que seu sangue fervesse ainda mais.
- Ei! Olhe por onde anda...! - ele disse, agarrando o colarinho do homem com a mão esquerda enquanto a direita se fechava em um punho, pronto para descarregar toda a sua raiva e frustração.
Mas o soco não veio.
"Então é apenas assim que sabe agir?" o ladrão ouviu a voz de Velasco ecoar em seus pensamentos, como se o velho espadachim estivesse ao seu lado, lhe dando mais uma de suas infindáveis lição. " Se continuar agindo assim, sem pensar, não vai durar muito. A violência não é a única forma de resolver as coisas... Agora levante-se e pegue novamente a espada..."
E realmente não era, o rapaz havia aprendido da forma mais dura - da única forma que sua mente parecia entender. Machucar os outros sempre foi uma forma fácil de lidar com seus problemas, principalmente durante seus primeiros anos no orfanato, mas a vida adulta lhe ensinou que haviam coisas que seus punhos e sua faca não conseguiam derrotar.
Quando percebeu, Bane se viu ajudando o bêbado a se sentar em um dos bancos do balcão, enquanto o homem, aparentemente sem perceber a ameaça do rapaz, falava coisas sem sentido. sobre Angelo Bronte e sua ligação com um culto profano e o misterioso desaparecimento de garotas, que era o principal assunto na cidade.
- Angelo Bronte...? O culto...? As garotas...? - Bane tentou perguntar ao homem, mas antes que este pudesse responder, uma espadachim se aproximou e atraiu a atenção do infeliz, uma mulher acostumada a vida no mar, a julgar por sua aparência.
Em outros tempos, Bane teria segurado o homem para obter as respostas que queria, mas agora simplesmente recuou, ainda atordoado pelo significado da acusação.
- Será que é verdade o que ele disse, que Bronte pode estar envolvido com o rapto das garotas? - Bane perguntou para Enrico, o dono da taverna, que passava por ele naquele momento, mas ainda atento à conversa entre Milo e Evelyn.
- Hmm... Nunca ouvi falar disso - disse o taverneiro. - Digo, ouvi dos raptos, mas nunca soube de Messere Bronte estar envolvido.
- Dos raptos? - Bane já havia ouvido as histórias sobre os raptos, mas o envolvimento de Bronte mudava tudo. - O que sabe sobre eles?
- Rapaz, você já não está em problemas o suficiente? - disse Enrico, enxugando uma caneca com um pedaço de pano - O que sei é que garotas jovens tem desaparecido na calada da noite sem deixar sinais. Os pais estão juntando dinheiro para recompensas.
- Sabe como eu sou, adoro um problema... - o rapaz respondeu, pensando na única garota que importava.
Ouvindo a conversa entre Evelyn e Milo, Bane percebeu o que a garota pretendia: usar o dinheiro e a reputação do fidalgo para entrar no Rosa Branca. Qual era a motivação dela para fazer algo tão arriscado, o ladrão não sabia, mas a oportunidade parecia ter atraído outros aproveitadores além da espadachim.
Bane observou com atenção o sujeito estranho que se aproximou do fidalgo e de Evelyn, cujo interesse era ainda mais obscuro do que o da espadachim. Pistres, o Cavaleiro de Ni, o homem se apresentou, e Bane imaginava o que aquela sigla significava, temendo a alternativa. Ainda assim, não foi o homem mascarado que o fez tremer, mas sim a garota de cabelos cor-de-sangue.
Bane não se surpreendeu quando a garota chamada Flora se aproximou e cravou a adaga no balcão com uma força desproporcional ao seu tamanho, pois a estava observando desde que entrou na taverna, mas o corpo do ladrão ficou tenso quando ela se aproximou do homem e o agarrou pelo colarinho. Por um instante, o ladino quase reagiu, temendo o que ela pudesse fazer, mas ela parecia estar apenas exigindo respostas, da mesmo foma que ele faria inicialmente.
Não demorou muito e mais um curioso foi atraído pela proposta do fidalgo - um curioso muito peculiar, o ladrão não pode deixar de observar - um golem que se autodenominava Cinco.
- Messere Milo - Bane disse, depois que um momento, se aproximando do fidalgo com uma garrafa de vinho na mão. - Não pude deixar de escutar o que disse à bela dama, sobre seus problemas no Rosa Branca. Se o senhor realmente estiver disposto a fazer algo sobre isso, gostaria de ajudá-lo. Digamos que eu também tenho interesse em saber a verdade sobre os boatos acerca de Messere Bronte.
- O que o senhor tem em mente? - o ladino continua, servindo uma caneca de vinho ao fidalgo ao mesmo tempo em que senta ao lado, sorrindo. - A propósito, meu nome é Bane.
Última edição por Aquila em Sáb Set 12, 2020 3:16 pm, editado 2 vez(es)
Aquila- Nível 3
- Mensagens : 324
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Evelyn olhava rapidamente para o cavaleiro mascarado, para a garota que emanava uma aura sinistra e depois o golem com risada metálica. Onde foi se meter?
Era tudo muito rápido e confuso, então ao ver o homem bonito com uma caneca de vinho servindo ao aristocrata Milo de Nova Malpetrim, Evelyn lhe tomou a caneca antes que o já embriagado homem a tocasse.
Era tudo muito rápido e confuso, então ao ver o homem bonito com uma caneca de vinho servindo ao aristocrata Milo de Nova Malpetrim, Evelyn lhe tomou a caneca antes que o já embriagado homem a tocasse.
Sorveu um gole longo.Evelyn
Oh, bem, obrigada.
Era hora de mostrar algumas cartas. Evelyn sorveu outro gole de vinho esperando que alguém se pronunciasse primeiro. E foi o Cavaleiro de Ni.Evelyn
Bem, bem, bem, Bane, Fleur... hã... Cinco... e Pistres. Imagino que vocês já sabem como as coisas funcionam. Então, cortando o papo furado... todos aqui tem um problema com Angelo Bronte, não é? Se vamos agir juntos, que tal todo mundo explicar o que ele fez pra vocês?
Ela deu um sorriso amarelo. Ficava nervosa porque não entendia nada que o cavaleiro dizia.Cavaleiro de Ni
Para mim? Nada, sequer o conheço. Saberia me dizer se ele é um colecionador?
Evelyn ergueu a caneca para a garota, num cumprimento. Nada mal, justo.Fleur
Sequestra garotas. Dá elas pra tormenta. Vou arrancar a traqueia dele...
Cosimo d'Andolo, o "dono" da cidade. Evelyn olhou para Milo Asher esperando uma reação, enquanto bebia mais gole do vinho. A caneca estava vazia.Cinco
Meu assunto pendente é com Cosimo, o maldito destruiu meu mestre e minha família.
Evelyn balançou a cabeça, fingindo que respeitava aquela opinião de bosta.Bane
Devo confessar que não acredito nesse boato. Angelo Bronte é uma das figuras mais ilustres da cidade. Duvido que ele esteja envolvido em coisas desse tipo, um culto, o rapto de garotas... Ainda assim, não posso continuar ignorando os desaparecimentos... A dor que os parentes delas estão sentido, eu consigo imaginar. Não vou conseguir descansar enquanto não descobrir a verdade sobre esse mistério.
Ela disse se virando para o aristocrata piscando o olho pra ele.Evelyn
Beleza, galera. Se não estiverem com outras pendências, a gente podia ir agora. O vinho acabou e o dia está só começando. O quanto antes matarmos esses bichos, melhor, não é?
_________________
O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
Aldenor- MESTRE
- Mensagens : 3395
Localização : Curitiba
Bane
Bane
Bane usou seu melhor sorriso para responder a pergunta de Evelyn, mas o olhar da garota lhe dizia que ela não estava totalmente convencida. A percepção da garota de alguma forma animou o ladino, cuja habilidade com as palavras ainda precisava de muito refino. Talvez, depois de algumas garrafas de bebida, ela conseguisse extrair dele alguns segredos, mas aquela era apenas a primeira caneca de bebida que dividiam.
Ainda sorrindo, o ladino então se virou para Pistres.
- Tanto Angelo quanto Cosimo são colecionadores de arte - Bane disse, respondendo a pergunta que Pistres havia feito à Evelyn. - Eles compram de tudo, desde pinturas e esculturas até objetos raros, como grimórios e itens mágicos. Nas não sei qual é a preferencia de cada um, mas posso descobrir, se quiser...
- Ajudar? - Pistres respondeu, parecendo intrigado. Era difícil ter certeza por causa da máscara.
- Sim, fazer algumas perguntas aqui e ali, para descobrir se eles tem alguma preferência. Tu disseste que é um artista, não? De que tipo de arte? Se tivesse que arriscar, eu diria pintura...
Bane estava realmente curioso. Havia uma possibilidade ali que o ladino estava disposto a agarrar, ignorando de propósito a conversa sobre caçar monstros.
Última edição por Aquila em Qui Set 17, 2020 10:26 am, editado 1 vez(es)
Aquila- Nível 3
- Mensagens : 324
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
O grupo parecia já fazer a cabeça e decidia ir, para a surpresa do comerciante. Chamou a atenção deles com as mãos, quase um apelo, seu equilíbrio sendo perdido pela bebida e quase o fazendo cair da cadeira.
O sorriso em seu rosto os convidava para a partida. Era um bom prêmio por nenhum risco afinal. Uma mesa de wyrt, aonde eles não precisavam apostar nada. Apenas vencer o excêntrico homem em um jogo de apostas. Se sentaram três em uma mesa, e o baralho foi sacado de dentro da casaca do mesmo, junto de um saco de tecido contendo dados que logo foram divididos entre os jogadores.
A partida, porém, era um desastre para os aventureiros. A cada mão, a cada rolagem, tudo parecia conspirar contra eles. Falhas atrás de falhas, enquanto o homem parecia até mesmo ter esquecido de seu estado inebriado, tamanha facilidade e controle demonstrava ter da mesa. Logo logo, a derrota era clara. Com um sorriso, o homem recolheu as cartas e os dados, puxando uma chave de dentro da casaca, à colocando nas mãos de Evelyn.
Enquanto jogavam, Flora se mostrava impaciente, arremessando sua faca contra o alvo de dardos. Para a surpresa dos presentes, acertava no centro com a primeira tentativa.
O ladrão parecia querer tentar o mercador à outro jogo. Mas o homem apenas dispensava a ideia com um aceno de mão.
Só os restava esperar.
________________________
8PM, 5 de Altossol, 1420
Um dia inteiro havia se passado até o grupo se encontrar naquele porto. Ao saírem do Perdigueiro, uma barca os esperava para levá-los até as docas. Nilo de fato era uma cidade única em Arton. Aonde cidades comuns tinham ruas de terra batida
e cidades grandes pedras cobrindo o chão, Nilo possuía canais. A água percorria a cidade, criando uma cultura aonde barcos substituíam cavalos e carruagens. A Mais Serena Cidade de Nilo, como a Liga gostava de chamá-la em relatos oficiais. Quando chegaram por fim às docas, o barqueiro ainda teve de remar algum tempo até deixá-lo nas docas pessoais de Asher. De fato, afastadas.
Um pequeno pier levava até o tal depósito da Companhia Asher. O símbolo da companhia, um selako, se mostrava pintado em uma placa na parede, qualidade surpreendente. O cheiro salino do mar, poderoso na cidade, agora se mostrava ainda mais forte, com o cheiro pungente de peixe penetrando as narinas. Podiam apenas imaginar como seria quando entrassem de fato na construção fechada.
Amarrado ao pier, uma embarcação pequena mas de qualidade esperava. Devia ser o suficiente para levar os cinco, caso quisessem entrar pela tal porta de despacho de mercadorias. Ou talvez quisessem se dividir. As águas, agora escuras, balançavam lentamente, a brisa marinha fazendo com que as docas se mexessem, aumentando a sensação de vertigem.
Podiam ouvir apenas as águas e o vento.
- Ora, mas já? As coisas costumam atacar à noite. Não preferem jogar antes? O prêmio será maior. Mas é com vocês
O sorriso em seu rosto os convidava para a partida. Era um bom prêmio por nenhum risco afinal. Uma mesa de wyrt, aonde eles não precisavam apostar nada. Apenas vencer o excêntrico homem em um jogo de apostas. Se sentaram três em uma mesa, e o baralho foi sacado de dentro da casaca do mesmo, junto de um saco de tecido contendo dados que logo foram divididos entre os jogadores.
- Imagino que os dois já sejam familiares com as regras?
A partida, porém, era um desastre para os aventureiros. A cada mão, a cada rolagem, tudo parecia conspirar contra eles. Falhas atrás de falhas, enquanto o homem parecia até mesmo ter esquecido de seu estado inebriado, tamanha facilidade e controle demonstrava ter da mesa. Logo logo, a derrota era clara. Com um sorriso, o homem recolheu as cartas e os dados, puxando uma chave de dentro da casaca, à colocando nas mãos de Evelyn.
- Bom, os ataques só acontecem à noite e mesmo meu depósito sendo afastado, vocês devem ir à noite. Não quero nenhum combate acontecendo com meus funcionários por perto, não vou botar suas seguranças em risco. Vocês podem seguir pelo pier ou usar o barco para ir até a porta de despache. Pelo o que me passaram, estão entrando e escapando por ela, mesmo trancando todas as noites. Bom, os aventureiros são vocês, sabem o que fazem. E não se preocupem com transporte, eu pagarei uma barca para levá-los até lá.
Enquanto jogavam, Flora se mostrava impaciente, arremessando sua faca contra o alvo de dardos. Para a surpresa dos presentes, acertava no centro com a primeira tentativa.
- Aposto que não consegue fazer isso de novo. O que acha Messere Milo?
O ladrão parecia querer tentar o mercador à outro jogo. Mas o homem apenas dispensava a ideia com um aceno de mão.
- Aposta é aposta.
Só os restava esperar.
________________________
8PM, 5 de Altossol, 1420
Um dia inteiro havia se passado até o grupo se encontrar naquele porto. Ao saírem do Perdigueiro, uma barca os esperava para levá-los até as docas. Nilo de fato era uma cidade única em Arton. Aonde cidades comuns tinham ruas de terra batida
e cidades grandes pedras cobrindo o chão, Nilo possuía canais. A água percorria a cidade, criando uma cultura aonde barcos substituíam cavalos e carruagens. A Mais Serena Cidade de Nilo, como a Liga gostava de chamá-la em relatos oficiais. Quando chegaram por fim às docas, o barqueiro ainda teve de remar algum tempo até deixá-lo nas docas pessoais de Asher. De fato, afastadas.
Um pequeno pier levava até o tal depósito da Companhia Asher. O símbolo da companhia, um selako, se mostrava pintado em uma placa na parede, qualidade surpreendente. O cheiro salino do mar, poderoso na cidade, agora se mostrava ainda mais forte, com o cheiro pungente de peixe penetrando as narinas. Podiam apenas imaginar como seria quando entrassem de fato na construção fechada.
Amarrado ao pier, uma embarcação pequena mas de qualidade esperava. Devia ser o suficiente para levar os cinco, caso quisessem entrar pela tal porta de despacho de mercadorias. Ou talvez quisessem se dividir. As águas, agora escuras, balançavam lentamente, a brisa marinha fazendo com que as docas se mexessem, aumentando a sensação de vertigem.
Podiam ouvir apenas as águas e o vento.
Dados dos Personagens
Evelyn Rionegro
PV: 18 <> Defesa: 19 <> PM: 3 <> Condição: ----
5
PV: 18 <> Defesa: 15 <> PM: 4 <> Condição: -----
O Cavaleiro de Ni
PV: 18 <> Defesa: 17 <> PM: 9 <> Condição: -----
Bane
PV: 13 <> Defesa: 16 <> PM: 4 <> Condição: -----
Flora
PV: 23 <> Defesa: 17 <> PM: 4 <> Condição: -----
Fenris- MESTRE
- Mensagens : 2160
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Evelyn queria entrar o quanto antes no armazém de Milo Asher, na luz do dia. Reconhecer o terreno, observar marcas, conversar com os trabalhadores para identificar algumas pistas. Um trabalho de detetive e investigação que tomara gosto de realizar quando fora miliciana em Thartann.
Mas o homem parecia não querer tamanho alarde, o que era suspeito. Não confiava na milícia para tal empreitada? O que será que escondia? Desconfiada, mas não a ponto da paranoia, Evelyn também considerou a possibilidade dos milicianos terem má vontade de trabalhar para ajudar um estrangeiro fora do clubinho de Cosimo d'Andolo. Ahlenianos sabiam ser bairristas quando queriam.
O riquinho queria testá-los e quem sabe fornecer o que era preciso para entrar na Rosa Branca. Evelyn não tinha interesse real em ajudar o problema com prováveis bandidos pé de chinelo das docas, mas precisava ajudar ao homem para conseguir alcançar Angelo Bronte.
E então, ela e o simpático Bane se juntaram à mesa com Milo para jogar wyrt. Um jogo que era proibido aos não nobres. Naquela mesa, nenhum deles possuía tais requisitos, nem mesmo Milo, um estrangeiro. O perigo era grande de serem pegos, mas aparentemente no Perdigueiro Louco as pessoas eram mais sinceras em seu desprezo às leis.
Logo Evelyn estava bufando com as bochechas rosadas, dando socos na mesa.
Por fim, não havia mais o que fazer. Estavam completamente derrotados por Milo Asher.
***
Havia um dia inteiro para esperar. Evelyn havia desistido de beber, limitada pelas parcas moedas que tinha. Com receio de não confiar nos outros aventureiros com quem teria que trabalhar, os chamou para conversar.
***
Era noite. Os aventureiros se reuniram para pegar um barco e navegaram pelas belas ruas de Nilo. Os canais eram bonitos, alguns prédios meio antigos, mas a maioria bem cuidados. Evelyn nunca tinha vindo para este cidade antes, então aproveitava a chance. Se espalhava relaxada na ponta oposta do barqueiro, pernas pelo ar, braços atrás da cabeça observando o céu estrelado.
Então, chegaram ao pequeno pier do depósito Asher. Era realmente pequeno se comparado a outros e ainda bem distante.
Os aventureiros se encontraram diante do depósito, da porta de entrada, onde havia um barco do lado que podia levá-los à porta de despacho, em outro lugar. O cheiro de peixe era quase insuportável, mas Evelyn não se incomodava com isso.
Mas o homem parecia não querer tamanho alarde, o que era suspeito. Não confiava na milícia para tal empreitada? O que será que escondia? Desconfiada, mas não a ponto da paranoia, Evelyn também considerou a possibilidade dos milicianos terem má vontade de trabalhar para ajudar um estrangeiro fora do clubinho de Cosimo d'Andolo. Ahlenianos sabiam ser bairristas quando queriam.
E deu de ombros, olhando para o lado com cara de desinteressada, mas escondendo suas suspeitas.Evelyn
Como quiser.
O riquinho queria testá-los e quem sabe fornecer o que era preciso para entrar na Rosa Branca. Evelyn não tinha interesse real em ajudar o problema com prováveis bandidos pé de chinelo das docas, mas precisava ajudar ao homem para conseguir alcançar Angelo Bronte.
E então, ela e o simpático Bane se juntaram à mesa com Milo para jogar wyrt. Um jogo que era proibido aos não nobres. Naquela mesa, nenhum deles possuía tais requisitos, nem mesmo Milo, um estrangeiro. O perigo era grande de serem pegos, mas aparentemente no Perdigueiro Louco as pessoas eram mais sinceras em seu desprezo às leis.
Logo Evelyn estava bufando com as bochechas rosadas, dando socos na mesa.
Reclamou. Havia acendido um cigarro de palha que não tirava da boca. Com um olho semi-fechado por causa da fumaça, ela mantinha uma expressão fechada, de concentração frustada. Dava mais um murro na mesa. Ao seu lado, Bane não tinha melhor sorte.Evelyn
Que merda de mão. Ô azar nos dados. Assim não dá, pô!
Ela pegou o rosto do homem pelo queixo e apertou suas bochechas, soprando a fumaça de palha em seu rosto sem querer.Evelyn
Esse seu rosto bonito não serve para o jogo, Bane.
Por fim, não havia mais o que fazer. Estavam completamente derrotados por Milo Asher.
E gesticulou dois centímetros a menos que o topo de sua cabeça.Evelyn
Que vergonha pra mim. Uma ahleniana derrotada por um loroteiro. Desculpe, Milo de Malpetrim, mas por aquelas bandas de lá só tem contador de história mentiroso. Eu devia ter ganho esse jogo e não captei sua artimanha. Sim, eu sei que estava roubando, só não vi como. É assim que se joga... Ah, estou enferrujada mesmo. Não jogo esse jogo desde quando tinha essa altura.
***
Havia um dia inteiro para esperar. Evelyn havia desistido de beber, limitada pelas parcas moedas que tinha. Com receio de não confiar nos outros aventureiros com quem teria que trabalhar, os chamou para conversar.
Então, olhou para o golem autointitulado 5 e para Bane.Evelyn
Ei, lindinha com cabelos... hã... vivos. Você tem uma mira incrível, parece usar essas adagas com grande precisão... e sua armadura é bem pesada. Dá pra pensar que sabe lutar muito bem. O valente cavaleiro de Ni também parece bom de briga.
Então, como se apresentasse a eles, ela fez uma mesura inclinando o corpo pra frente, com a mão esquerda aberta esticada com o braço, e a mão direita também aberta, tocando o coração.Evelyn
Vocês dois eu não tenho certeza... se vamos trabalhar em equipe, é melhor que abram seus corações, revelem suas aptidões. Sei que você — apontou para Bane — não é bom no Wyrt... hahaha.
Ela piscou o olho mostrando a língua.Evelyn
Como havia já me apresentado, Evelyn da Guilda Naval Vlamingen. Apesar do nome, somos um guilda de aventureiros e não marinheiros. Hehe. Minha especialidade é a esgrima e a investigação. Já fui guardinha na adolescência.
***
Era noite. Os aventureiros se reuniram para pegar um barco e navegaram pelas belas ruas de Nilo. Os canais eram bonitos, alguns prédios meio antigos, mas a maioria bem cuidados. Evelyn nunca tinha vindo para este cidade antes, então aproveitava a chance. Se espalhava relaxada na ponta oposta do barqueiro, pernas pelo ar, braços atrás da cabeça observando o céu estrelado.
Então, chegaram ao pequeno pier do depósito Asher. Era realmente pequeno se comparado a outros e ainda bem distante.
Disse numa voz quase sussurrante balançando a cabeça negativamente.Evelyn
Pobre petryniano, achou que ia se dar bem...
Os aventureiros se encontraram diante do depósito, da porta de entrada, onde havia um barco do lado que podia levá-los à porta de despacho, em outro lugar. O cheiro de peixe era quase insuportável, mas Evelyn não se incomodava com isso.
Evelyn
Então, galerinha, o que faremos? Eu sou totalmente a favor de uma divisão simples aqui, se quiserem saber minha opinião. Um time pega o barco e vai pra porta do despacho e o outro entra pela porta da frente aqui no pier.
_________________
O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
Aldenor- MESTRE
- Mensagens : 3395
Localização : Curitiba
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Na taverna
*Quando Flora acertou o centro do alvo, fechou a mão em vitória e comemorou. Porém, o ladino a "provocou*, dizendo que era incapaz de acertar. Ela encheu as bochechas de irritação, foi até o alvo, arrancou a faca, virou-se e atirou novamente. Por pura sorte acertou no meio*
*Olhou para o ladino e mostrou o dedo do meio e a lingua*Flora
- Hun.
*Depois estava sentada, junto aos demais. A sua frente um grande copo de leite que deixou um bigodinho em sua boca. Ash dizia para tomar um copo por dia para crescer forte. Ela levou ao pé da letra*Evelyn
Ei, lindinha com cabelos... hã... vivos. Você tem uma mira incrível, parece usar essas adagas com grande precisão... e sua armadura é bem pesada. Dá pra pensar que sabe lutar muito bem. O valente cavaleiro de Ni também parece bom de briga.Flora
- Eu luto bem. Essa faca, foi presente. Ganhei na masmorra. E depois morri. Mas hoje sou mais forte.
*Então olhou para a armadura ajustada que vestia. Cobria todo seu corpo, mas era tão comum em seu cotidiano que nem notava o peso. Olhou para Evelyn*Flora
- Eu não sou lindinha. Você é bonita. Tem corpão.
* Volta então ao seu copo de leite, queria esconder o vermelho das bochechas. Não se sentia bonita. Tinha cabelos e olhos vermelhos e todos fora do sultanado de Jihad (e Ash) lhe olhavam torto. Odiava ser assim, Odiava ser lefou*
*A maior parte do tempo, se odiava. Mesmo assim, era bom um elogio vez ou outra.*
_______________________________________________No píer
Evelyn
Então, galerinha, o que faremos? Eu sou totalmente a favor de uma divisão simples aqui, se quiserem saber minha opinião. Um time pega o barco e vai pra porta do despacho e o outro entra pela porta da frente aqui no pier.
*Flora ouviu a mulher com paciência. Geralmente teria atravessado a porta e dilacerado qualquer coisa que viesse para cima. Naquele dia resolveu se conter. Queria mais elogios*Flora
- Frente. Vou pela frente.
*Flora fez menção de sacar a faca na cintura mas sua mão sobe pelo corpo, desvia pelo pescoço e mergulha para entre os cabelos. Pequenas faíscas vermelhas reluzem dali e ela exibie uma pequena expressão de dor conforme arranca dos cabelos, uma adaga muito maior do que aquela que portava, com uma lâmina escura, retorcida, cheia de veias e de fio vermelho. A guarda parecia um osso humano*Flora
- Essa é pra lutar. A outra é enfeite.
1 pm e 1 movimento para armamento aberrante. Faca. 1d6+4 de dano.
DiceScarlata- MESTRE
- Mensagens : 2555
Bane
Bane
Bane ficou em silêncio durante a maior parte da viagem até as docas, prestando atenção aos movimentos aos redor dos prédios envoltos em sombras que cercavam os canais da cidade. A lua seguia mais uma vez seu caminho pelo firmamento, lançando sua luz prateada sobre os canal de águas negras, transformando as sombras em poços de escuridão. Era preciso ficar atento a qualquer surpresa.
O ladino conhecia a maior parte do porto e dos canais que cruzavam Nilo, mas haviam muitas ilhas que não tinham ligação com a parte continental da cidade, lugares misteriosos onde a vontade de seus donos era a única lei e qualquer coisa podia acontecer. Enquanto passavam, o ladino escutava as vozes e avistava as luzes veladas de tavernas, prostíbulos, arenas de luta e outros lugares conhecidos, mas logo tudo ficou para trás conforme o grupo seguia para os limites da cidade.
Pouco depois, quando as águas dos canais começaram a ficar agitadas por causa da proximidade do mar, o grupo avistou o depósito de Asher. Bane tragou seu cigarro uma última vez antes de jogar a sobra no canal e seguir o grupo até o pequeno pier do depósito.
Evelyn foi a primeira a saltar e Bane não pode deixar de notar a graciosidade com que ela se movia - para tormento de seus pensamentos, que teimavam em voltar para Rosaura. Não, aquela parte de sua vida havia terminado, não importava o que tinha acontecido entre eles. Era melhor para Rosaura esquecer que ele existiu, pois ele faria o mesmo seguindo o mesmo caminho de seus pais.
Evelyn havia lhe perguntado o que ele fazia quando o grupo ainda estava no Perdigueiro Louco, e ele se pegou imaginando que tipo de aventureiro seria. Seu treinamento com Velasco havia sido interrompido, mas ele havia aprendido um pouco de esgrima para aprimorar suas habilidades de luta - e aparentemente a magia em seu sangue não era apenas uma lembrança. Ainda assim, a furtividade e a lábia ainda eram suas maiores armas.
- Não sei o que houve, isso nunca me aconteceu antes - ele disse, respondendo à brincadeira da bucaneira de maneira descontraída. - Eu diria que sou um jogador, pelo menos até este jogo... Agora, sobre minhas habilidades...
Bane pensou por um momento em como se definiria, considerando todas as suas habilidades e qualidades, e havia apenas uma resposta.
- Sou um ladrão.
O sussurro de Evelyn o despertou de seus devaneios.
- Então, galerinha, o que faremos? - disse a bucaneira observando com atenção as entradas do edifício. - Eu sou totalmente a favor de uma divisão simples aqui, se quiserem saber minha opinião. Um time pega o barco e vai pra porta do despacho e o outro entra pela porta da frente aqui no pier.
Bane ponderou por um momento, considerando suas opções, mas Flora já parecia ter se decidido.
- Vou pela frente. - a garota disse, antes de pegar o que parecia uma adaga escondida em seus cabelos (ou, pelo menos, o ladino esperava que estivesse escondida). - Essa é pra lutar. A outra é enfeite.
- Eu fico com a outra entrada, então... - Bane disse, indo até o barco que estava ao lado. Ele estava ansioso para saber que tipo de mercadoria havia no depósito (e qual era o valor), e entrar pela entrada principal nunca era uma opção. - Me passe a chave...[/i] - disse para Evelyn. - Quem vem comigo?
Aquila- Nível 3
- Mensagens : 324
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
5 não sabia jogar aquelo que o comerciante havia proposto, então se limitou apenas a olhar, tentaria prender se tivesse tempo, parecia ser algo divertido, Fluer atirava dados com uma precisão muito boa, a garota era forte, após algum tempo, Evelyn quis conversar com eles, saber seus pontos fortes:
Ele não esconderia nada, precisava que aquela missão desse certo para dar cabo de sua vingança, revelaria o que quer que fosse necessário sobre ele. Após algumas horas eles foram para as docas, o armazem de Milo era menor que os outros, tudo parecia calmo ainda, 5 se perguntava o que era a causa dos ataques. O grupo já se dividia, vendo todo o cénario, 5 achou melhor dar suporte a distância:
Sei lutar corpo-a-corpo, mas meu foco e a arquearia, posso dar suporte a distância e sou um bom rastreador
Eu vou com você Bane, posso dar suporte com o arco.
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Pistres cruzou os braços e se limitou a observar o jogo, uma vez que não conhecia as regras. Não podia deixar de notar que a garota de cabelos vermelhos era muito boa com facas, neste meio tempo. Igor e Eleonora gostariam dela, claro, por motivos totalmente diferentes. Pistres achava seus cabelos bonitos, de um vermelho exótico e que ele imaginava mil maneiras de replicar em uma pintura bem elaborada. Acabou por deixar seus devaneios de lado, quando percebera que o jogo acabava, com a derrota de Evelyn e Bane, e que a moça lhe perguntava sobre suas habilidades.
Depois continuou com os demais, até o barco, onde fitava com interesse a paisagem. As águas negras, decoradas com o brilho preteado da luz e pontilhada pelas luzes da cidade das águas. Ainda assim, Pistres acreditava que a maior beleza estava no barco, com aqueles cabelos vermelhos. Chegaram então depósito do homem, Pistres não tardou em deslizar a enorme lâmina que levava nas costas para fora da bainha. Seguiu em direção a porta da frente, junto de Fleur.
— Todos nós somos cruzados do Caos, abençoados com milagres e com a essência bélica de lugar nenhum. Entretanto, cada um possui suas particularidades, é claro — o homem então começou a reunir suas coisas. Uma montante presa as costas e uma picareta na cintura, sem contar a manopla que trazia em uma das mãos — Eu sou um pintor, sabe? Estou sem telas e pinceis na maior parte do tempo agora... Depois do incêndio, mas faço o que posso.
Depois continuou com os demais, até o barco, onde fitava com interesse a paisagem. As águas negras, decoradas com o brilho preteado da luz e pontilhada pelas luzes da cidade das águas. Ainda assim, Pistres acreditava que a maior beleza estava no barco, com aqueles cabelos vermelhos. Chegaram então depósito do homem, Pistres não tardou em deslizar a enorme lâmina que levava nas costas para fora da bainha. Seguiu em direção a porta da frente, junto de Fleur.
— Seus cabelos, se me permite senhorita, criam um contraste interessante na maioria dos cenários. Gostaria de ser minha musa?
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Flora
- Musa?
*Flora acariciou os próprios cabelos, com os quais aprendeu a conviver, mesmo os odiando. Já tentou os arrancar uma vez, usando a lãmina que Jihad lhe deu, mas eles voltavam a crescer imediatamente. Mitra dizia que eram lindos e se os aceitasse, seria mais feliz. Ela ainda não havia conseguido.**
Flora
- Quero.
*Ainda sim, devido a Ash, Flora adorava arte. A musica, a dança, o teatro.. .E também pinturas. Já viu grandes quadros com mulheres poderosas do mundo e sempre sonhou ter uma coleção deles. Se imaginar sendo pintada em um, a deixou eufórica*
*Mas isso seria depois. Apertou o forte o cabo da faca e se preparou para avançar pela entrada frontal*
DiceScarlata- MESTRE
- Mensagens : 2555
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Como miliciana, Evelyn aprendeu o valor do trabalho em equipe, mesmo que não confiasse nem um pouco em seus colegas. Afinal, somente um tolo entregaria sua vida a um ahleniano como os guardas de Thartann. Inclusive, ela não colocava a mão no fogo por si mesma.
Então, quando se deparou com o grupo de aventureiros, pensou em identificar os pontos fortes de cada um que não fossem óbvios.
A menina de cabelos vermelhos vestia uma armadura de escamas metálicas, provavelmente era dura na queda. A habilidade com o arremesso de adagas e sua despreocupação com suas atitudes mostravam uma pessoa perigosa ou sem noção. Evelyn achou que já a entendia, quando a viu tirar uma adaga monstruosa da cabeça. Era uma lefou, sem sombra de dúvidas. Evelyn engoliu seco e quando Bane mudou de ideia para ir com ela na divisão do grupo, a bucaneira balançou a cabeça concordando.
Bane que havia se autointitulado um ladrão parecia emanar uma aura de ingenuidade que Evelyn não queria acreditar ser verdade. Devia ser parte de seu jogo, fingir-se tolo. Achou que estava em uma situação confortável para se auto-acusar daquele jeito, apostando alto. Deu certo. Com um grupo de aventureiros, ser "ladrão" era uma profissão útil.
O golem Cinco era uma espécie de arqueiro, poderia servir de cobertura ao grupo que iria na surdina pelo outro pier. No pior dos casos, era o mais lento e provavelmente uma mercadoria valiosa.
Então, quando se deparou com o grupo de aventureiros, pensou em identificar os pontos fortes de cada um que não fossem óbvios.
A menina de cabelos vermelhos vestia uma armadura de escamas metálicas, provavelmente era dura na queda. A habilidade com o arremesso de adagas e sua despreocupação com suas atitudes mostravam uma pessoa perigosa ou sem noção. Evelyn achou que já a entendia, quando a viu tirar uma adaga monstruosa da cabeça. Era uma lefou, sem sombra de dúvidas. Evelyn engoliu seco e quando Bane mudou de ideia para ir com ela na divisão do grupo, a bucaneira balançou a cabeça concordando.
Bane que havia se autointitulado um ladrão parecia emanar uma aura de ingenuidade que Evelyn não queria acreditar ser verdade. Devia ser parte de seu jogo, fingir-se tolo. Achou que estava em uma situação confortável para se auto-acusar daquele jeito, apostando alto. Deu certo. Com um grupo de aventureiros, ser "ladrão" era uma profissão útil.
E foi para o barco. Tinha um jeito malemolente para andar, despojado, mas ao subir no barco pareceu mudar a postura para algo mais altivo e calculado. Evelyn adorava navegar e um de seus sonhos de menina era cruzar o Mar Negro, conhecer Galrasia e seus animais gigantes. E hoje tinha vontade de conhecer a nova cidade Lysianassa, criado, dizem, por dahllans, como sua amiga Willow da guilda.Evelyn
Vou com você... mas ai, gente será? Eu tava só pensando alto. Ahaha. Bem, vamos lá.
Ela dizia fazendo gestos com os dedos. Tirou a chave do molho que seria da entrada da frente e ia entregar ao homem de máscara, mas mudou de ideia na hora e entregou para Fleur. Duas opções não muito boas, mas pelo que o cavaleiro disse sobre cruzada do caos, milagres e essências bélicas... Fleur se mostrava mais confiável, mesmo com seu temperamento meio assassino.Evelyn
Então, o cavaleiro de Ni vai com Fleur pela frente. Eu, Bane e... hã... Cinco... vamos pelo pier do despacho de mercadorias, no barco. Tá. Boa sorte, galerinha.
O golem Cinco era uma espécie de arqueiro, poderia servir de cobertura ao grupo que iria na surdina pelo outro pier. No pior dos casos, era o mais lento e provavelmente uma mercadoria valiosa.
Disse para Cinco e para Bane no barco.Evelyn
Você é estrangeiro, né? Eu... hã... digo, você foi construído em outro... enfim, você conhece os costumes aqui? Não são bem costumes... espera. De novo. Aqui, aparecer com armas em punho pode dar um problemão grande. Guardas podem confundir a gente com bandidos e até explicar o contrário pode dar a maior confusão. Então, gente, nada de armas em punho.
Pegou-se lembrando da cena e riu, antes de cruzar os braços, ajeitada no barco, esperando que os homens façam seu trabalho de navegar até o pier de despacho.Evelyn
Ahahahah você disse que é um ladrão. Ahahahaaha.
_________________
O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
Aldenor- MESTRE
- Mensagens : 3395
Localização : Curitiba
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Parece que Evelyn também iria no barco com eles, 5 esperava que o barco fosse bom o suficiente para levar os três sem problema, já estava com seu arco em mãos, testando a corda vendo se estava tudo certo, mas Evelyn aconselhou a não entrar com as armas, que não era um costume visto com bons olhos naquele reino, ele respondeu:
Guardou o arco nas costas, subiu no barco, 5 tinha poucas experiencias com água, ele sabia que não morria afogado, mas seria dificil sair do fundo uma vez que caisse. Achou um lugar para si dentro da embarcação e ficou atento ao arredores.
Sim, fui construido em Wynlla, lá não costumava ter tantos problemas carregar armas. Mas tudo bem, obrigado pelo aviso Evelyn
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
O grupo resolvia se dividir para cobrir todas as entradas, uma abordagem inteligente se queriam impedir a fuga dos ladrões, afinal. Enquanto Flora e Pistres adentravam o galpão, 5, Evelyn e Bane subiam no barco e começavam à remá-lo, Evelyn caçoando do comentário do auto intitulado ladrão. As águas turvas da noite balançavam o barco, e o que para muitos traria enjoo, para Evelyn era o conforto trazido pelo Grande Oceano novamente sob suas botas, o balanço mais familiar que um berço.
Remaram até a segunda entrada, uma grande porta dupla ligeiramente acima do mar, à qual Evelyn logo começou a destrancar. E então, o primeiro baque contra o barco.
Fleur e Pistres adentraram o armazém para encontrá-lo surpreendentemente iluminado. Lâmpadas à óleo nas paredes garantiam que não haveria problemas com visão, e mesmo o forte cheiro era rápido de se acostumar. Barris e mais barris de peixes se misturavam com caixotes fechados com outras mercadorias e marcas de outras casas mercantes, prováveis negociações da Companhia Asher com outros grupos agora que finalmente tinham um pé em Nilo, afinal. Mas o que mais chamou a atenção daqueles dois logo quando bateram os olhos não era a mercadoria, e sim o que a movia. No fundo da sala, próximo à um buraco no chão que levava ao oceano, estavam três figuras. Ao primeiro olhar, pareciam humanos largos e encurvados, mas logo puderam ver diferente. Os olhos esbugalhados como os de um peixe que não expressavam vida, as bocas largas e quase sem lábios passadas despercebidas em uma pele pálida e inchada, como a de um cadáver que havia passado muito tempo submerso. Pingavam água das roupas que usavam e de seus corpos, suas peles enrugadas com camadas tão finas que ao mover da luz era possível ver as veias sob as mesmas. Trajavam roupas de civis comuns, mas eram qualquer coisa menos isso.
Os três no barco logo tiveram a mesma surpresa quando houve um segundo impacto ao barco.
"Estão tentando nos derrubar." Era a conclusão óbvia. Podiam agora ver os contornos dos corpos inchados sob a água turva, antes despercebidos aos seus olhos. E com mais um balanço, Bane caiu no mar. Evelyn e 5 conseguiam se manter equilibrados, e agora podiam ver três daquelas coisas os cercando, um deles colocando suas mãos no barco, prestes à subir. As portas de despache abertas revelavam mais três lá dentro, carregando caixas de mercadoria para um buraco que haviam quebrado no piso de madeira. As caixas, 5 pôde notar rapidamente, tinham uma marca notável.
Um corvo branco.
Mas isso era o menor de seus problemas agora.
Iniciativas:
>> Pistres, o Cavaleiro de Ni
5
As Criaturas
Fleur
Evelyn
Bane
Para saltar do barco para dentro do galpão é necessário um teste de Atletismo CD10 devido à altura e o balanço, ou será considerado terreno difícil.
Bane tem de nadar de volta para o barco se o quiser fazer.
Os terrenos com barris e caixas são considerados difíceis para propósito de deslocamento
Dados dos Personagens
Evelyn Rionegro
PV: 18 Defesa: 19 PM: 3 Condição: ----
5
PV: 18 Defesa: 15 PM: 4 Condição: -----
O Cavaleiro de Ni
PV: 18 Defesa: 17 PM: 9 Condição: -----
Bane
PV: 13 Defesa: 16 PM: 4 Condição: -----
Flora
PV: 23 Defesa: 17/19* PM: 4 Condição: -----
Fenris- MESTRE
- Mensagens : 2160
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Pistres adentrava o armazém arrastando sua montante pelo piso, quase como um vulto sinistro. Estava animado com sua nova musa, mas nem um pouco com o ambiente ao redor.
Parou então, encarando o trio que roubava caixotes. Pistres não sabia o que eram, inclinando sua cabeça para o lado, sem nada dizer. Lentamente segurou sua espada com as duas mãos e avançou, a girando e cortando o peito da criatura num golpe em arco.
— Aqui está um local que eu não gostaria de pintar...
Parou então, encarando o trio que roubava caixotes. Pistres não sabia o que eram, inclinando sua cabeça para o lado, sem nada dizer. Lentamente segurou sua espada com as duas mãos e avançou, a girando e cortando o peito da criatura num golpe em arco.
— Ora, rasuras em meu quadro.
Completa: investida até U10, ataque (10) + 7 = 17, dano 7
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
5 olhava ao seu redor, e logo encontraram com seus agressores, pareciam mortos-vivos, alguns já estavam dentro do galpão e outros rodeavam o barco, por muita sorte ele havia conseguido manter o equilibrio, mas Bane não havia conseguido, e estava na água com dois inimigos próximos a ele, 5 sacou o arco e disparou rapidamente contra o que estava na frente dele:
Mas logo sua atenção se voltou para as caixas que as criaturas do galpão carregavam, levavam a marca do corvo branco, do homem que havia destruido sua vida, ele olhou ao redor como se o procura-se, queria entender porque aquela marca aparecia justo agora.
Bane, está bem?
Mas logo sua atenção se voltou para as caixas que as criaturas do galpão carregavam, levavam a marca do corvo branco, do homem que havia destruido sua vida, ele olhou ao redor como se o procura-se, queria entender porque aquela marca aparecia justo agora.
OFF: Ação de Movimento: sacar o arco; Ação Padrão: disparar contra o inimigo em L-16 (ataque 13, acertou, dano 8)
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Eles reparavam as criaturas, mas também eram notados eles mesmos. E após um pequeno atraso em reagir, elas se moviam. Dentro do galpão, os três cercavam Pistres, tentando agarrá-lo. O cheiro pútrido invadia suas narinas, e agora os vendo de perto, o quão próximos e ao mesmo tempo distantes da humanidade aquelas coisas eram era perturbador. Ou seria, se aquele fosse qualquer outro que não um devoto da loucura de Nimb. As mãos apenas molharam suas roupas, umas que se arrastavam contra o metal se soltando e caindo no chão, não que aqueles seres parecessem ligar para isso. As pancadas de uma delas apenas se chocaram inofensivas contra a armadura.
Bane já não tinha tanta sorte. O ser próximo à ele o agarrava, o cheiro fazendo seus olhos lacrimejarem, e então começava a puxá-lo para baixo. Sua cabeça era completamente submersa enquanto a aberração aquática tentava afogá-lo. Ele aguentaria algum tempo ainda, mas precisaria escapar das garras do inimigo. Os outros dois na água novamente balançavam o barco, mas mais uma vez, Evelyn e 5 conseguiam se equilibrar e evitavam as águas escuras. Mas a situação parecia cada vez mais perigosa.
Iniciativas:
Pistres, o Cavaleiro de Ni
5
As Criaturas
>>> Fleur
Evelyn
Bane
Para saltar do barco para dentro do galpão é necessário um teste de Atletismo CD10 devido à altura e o balanço, ou será considerado terreno difícil.
Bane tem de nadar de volta para o barco se o quiser fazer.
Os terrenos com barris e caixas são considerados difíceis para propósito de deslocamento
Bane está submerso 3m e agarrado. Para se soltar, deve gastar uma Ação Padrão para fazer o teste, e então um teste de Atletismo para nadar para a superfície.
Você pode prender a respiração por um número de rodadas igual a 1 + seu modificador de Constituição. Após isso,
deve fazer um teste de Fortitude por rodada (CD 15 +1 por teste anterior). Se falhar, se afoga (é reduzido a 0 pontos de vida). Se continuar submerso, sofre 3d6 pontos de dano por rodada até ser tirado da água ou morrer.
Dados dos Personagens
Evelyn Rionegro
PV: 18 Defesa: 19 PM: 3 Condição: ----
5
PV: 18 Defesa: 15 PM: 4 Condição: -----
O Cavaleiro de Ni
PV: 18 Defesa: 17 PM: 9 Condição: -----
Bane
PV: 13 Defesa: 16 PM: 4 Condição: Submerso 3m, Agarrado
Flora
PV: 23 Defesa: 17/19* PM: 4 Condição: ----
Fenris- MESTRE
- Mensagens : 2160
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Flora
- Inimigos. Vamos degolá-los.
*Flora dobrou os joelhos depois de alinhar os pés com os ombros. Deixou o corpo de lado, reduzindo o alvo para o inimigo. Colocou um braço as costas, para concentrar-se apenas no que pode fazer com um. E este um apontou a faca em direção a uma criatura*
Flora
- Espada das areias vermelhas: Hassassin!!!!!
*Num instante cobriu a distância entre ela e um dos inimigos. Seu corpo estava baixo... E o golpe ja havia sido dado. Um corte rasgou a carne do inimigo e Flora já retornava a sua postura inicial*
Flora
- Pintor. Não vá perder as tripas. Arranque as deles.
Ataque especial + investida : 18
Dano: 1d6+6 - 7 de dano.
movimento: T9
DiceScarlata- MESTRE
- Mensagens : 2555
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
A pancada no barco era o prenuncio do que estava por vir.
A arma atingiu o peito da criatura abrindo um talho, mas Evelyn não tinha certeza se havia ferido muito... sabia apenas que ele continuava ativo com aqueles olhos esbugalhados como os de um peixe sem vida.
Mas não deu tempo. Uma pancada mais forte e Bane estava na água. Evelyn viu de relance com a porta entreaberta, a luz vindo de dentro do armazém. Eram pessoas... meio peixe? Ou meio mortas? Evelyn não sabia o que isso significava, mas tinha certeza de que eram controlados por alguém. Alguém que tinha interesse em atrapalhar os empreendimentos de Milo Asher.Evelyn
Esqueçam o que eu disse, peguem suas...
Ao contrário de dentro do armazém que estava surpreendentemente iluminado, o pier jazia sob o manto de Tenebra. E Bane havia sumido. Talvez puxado pra baixo? Evelyn não podia fazer muito, então, pegou a machadinha da cintura e arremessou.Evelyn
Continuem atirando nessas coisas, Cinco! Bane, venha nad... Bane? BANE?
A arma atingiu o peito da criatura abrindo um talho, mas Evelyn não tinha certeza se havia ferido muito... sabia apenas que ele continuava ativo com aqueles olhos esbugalhados como os de um peixe sem vida.
Gritou a mulher, meio que como um alerta para o Cavaleiro de Ni e para Fleur.Evelyn
Sobe no barco! Eu te desafio!
Ação de Evelyn
Movimento: Saca a machadinha.
Padrão: ataca o homem-peixe-zumbi em O-15. Ataque 19, dano 9.
_________________
O Duelo de Dragões (T20): Max Reilly (Humano, Bárbaro 1, Soldado)
Coração de Rubi (T20): Adrian Worchire (Humano, Guerreiro 1, Nobre Zakharoviano)
Cinzas da Guerra (T20): Tristan de Pégaso (Humano, Paladino de Valkaria 1, Escudeiro da Luz)
Guilda do Mamute (3DeT Victory): Aldred (Humano, kit Artista Marcial, N11)
Aldenor- MESTRE
- Mensagens : 3395
Localização : Curitiba
Bane
Bane
Bane tentou se equilibrar quando o bote sofreu o solavanco, mas não foi ágil o suficiente, caindo nas águas turvas do canal. Ele girou o corpo rapidamente assim que mergulhou, voltando à superfície apenas tempo suficiente para ver o que causara sua queda.
- Ma che cazzo? - ele gritou quando se deparou com a criatura hedionda à sua frente.
Bane ouviu Cinco chamar seu nome, mas não teve tempo para responder, pois algo o puxou subitamente para baixo, arrastando-o para as profundezas do canal. A escuridão era densa, mas ainda assim Bane conseguiu ver claramente a criatura que o agarrava, uma monstruosidade que só podia ter vindo das profundezas do mar.
O ladrão viu quando uma flecha mergulhou e atingiu a criatura no flanco e tentou aproveitar o momento para se soltar, mas não conseguiu. O monstro era muito forte e estava em seu ambiente. Era impossível escapar de suas garras. Sentindo o ar escapar de seus pulmões, ele sabia que havia apenas um modo de fazer a criatura soltá-lo.
Com agilidade, sacou sua faca.
Ações
Ação Padrão: teste de Luta para tentar se soltar do Agarramento. Falha.
Ação de Movimento: sacar a faca.
Última edição por Aquila em Sex Set 18, 2020 8:23 pm, editado 1 vez(es)
Aquila- Nível 3
- Mensagens : 324
Re: Comunhão Profana [Encerrado]
Pistres mantinha sua espada erguida, afastando aquelas mãos que tentava lhe agarrar.
Ele ergueu a montante então, acima da cabeça. Sabia que Fleur, sua musa estava por perto.
A espada desceu contra a criatura em sua frente, a fatiando em duas. Os pedaços de carne caindo pesados para os lados, fazendo o odor pútrido subir. O sangue negro salpicar a armadura e máscara do Cavaleiro de Ni.
— Mais uma vez, Eleonora se sentira mais confortável com toda esta atenção rapazes.
Ele ergueu a montante então, acima da cabeça. Sabia que Fleur, sua musa estava por perto.
— Eu vejo uma tela esverdeada... — um som de dado rolando ecoou pelo ar e Pistres se tornava mais ágil — Mas não era o que eu esperava.
A espada desceu contra a criatura em sua frente, a fatiando em duas. Os pedaços de carne caindo pesados para os lados, fazendo o odor pútrido subir. O sangue negro salpicar a armadura e máscara do Cavaleiro de Ni.
— Pintarei um quadro sobre isso e o pincel será esta lâmina, impregnada com a tinta sanguínea do sangue.
Off:
Movimento: gasta 2 PMs para ativar Poder Oculto, +4 em Destreza.
Padrão: ataque em T11, (19) + 5 = 24, dano 19
Página 1 de 11 • 1, 2, 3 ... 9, 10, 11
Página 1 de 11
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|