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Anjos: Magna Veritas [OFF]

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Anjos: Magna Veritas [OFF] - Página 2 Empty Por último, mas não menos importante.

Mensagem por Padre Judas Sex Ago 28, 2020 10:45 pm

Anjo: Uma Explicação Sempre Necessária

Há um pouco mais de dez anos, creio (minha memória carece muito de precisão quando se trata de algo que ocorreu há mais tempo), tomei contato com dois suplementos não-oficiais para Storyteller: Anjo: A Salvação e Demônio: O Preço do Poder. O segundo foi baseado em uma matéria da DB chamada “Demônio: A Negociação” e o primeiro foi publicado pouco depois justamente por conta do razoável sucesso do “Demônio” no fandom da WW na internet brazuca. São suplementos muito bem escritos e recomendo a todos que curtem principalmente VaM ou até mesmo o Apocalipse.

O autor de ambos os suplementos é Tiago José Galvão Moreira (que usava o nickname “Deicide”, embora não me lembre porque – talvez fosse fã da banda de mesmo nome, sei lá) e eu acompanhei quando ele decidiu “tentar a sorte” no mercado profissional de RPG lançando seu próprio sistema de regras, batizado Ao Cair da Noite. Fiz parte da lista e comprei os dois primeiros livros que ele lançou, mas infelizmente o sistema não foi pra frente. O motivo não cabe discutir aqui, coisas da vida. Mas eu sei que ainda há jogadores de Anjo: A Salvação por aí e acho até que este é mais apreciado do que seu “irmão”, O Preço do Poder.

Desde a “morte” de ACN que eu queria fazer uma adaptação tanto de Anjo quanto de Demônio para 3D&T. Pedi autorização para o autor e foi-me concedida. Levou bastante tempo decidindo como eu faria a adaptação, mas por fim acabei escolhendo caminhos totalmente distintos em termos mecânicos, embora tenha mantido o cenário. Isso é porque entendo que 3D&T é bem diferente de Storyteller ou ACN, então acredito que posso “brincar” um pouco em cima.

Mas escrevi isso porque quero reforçar que se não fosse o trabalho do Tiago anos atrás eu não teria escrito o que está aqui. Todos os parabéns para ele. Se ler isso (acho que não, mas nunca se sabe), obrigado, Tiago!

P.S.: se alguém quiser ler os livros originais citados, só me falar que envio os arquivos. São bem legais mesmo.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:24 pm

HISTÓRIA CELESTIAL

O princípio dos tempos

Para compreender a história do Éden, é preciso compreender não só a história da Terra como também as lendas de nossas origens. Embora na Terra seja importante conhecer fatos para se entender a história, aqui é preciso entender lendas... não há como explicar o sobrenatural, afinal de contas, embora possamos compreende-lo.

Não sabemos ao certo como era a Criação antes de nossa existência... sabemos apenas que os Celestiais surgiram após o surgimento da humanidade. É dito que, quando os humanos surgiram, as entidades das trevas e das luz passaram a clamar as almas humanas para si. Segundo os primeiros Príncipes, eles nasceram há muitos milhares de anos... nem eles sabem ao certo, pois naqueles tempos não havia necessidade em se contar o tempo... mas é provável que eles tenham mais de 100 mil anos de idade...

Os sete primeiros Celestiais foram os Príncipes originais. Eles acordaram nus, cada um em uma parte separada do Éden, e com vagas memórias de suas vidas humanas anteriores. Cada um deles conta que, um dia após vagarem pelo Éden, eles foram visitados pela primeira vez pelos Guardiões, os seres de luz que falam conosco em sonhos.

Cada Príncipe foi ensinado de um modo diferente pelos Guardiões, de acordo com sua futura missão, mas todos eles concordam que os Guardiões disseram que antes da humanidade adquirir consciência, a Criação se baseava apenas no equilíbrio natural. Trevas e luz apenas atuavam na forma de dia e noite e cada um a governava em seu devido momento. Quando a humanidade surgiu um novo elemento foi instituído na natureza: alma.

Segundo se acredita, os espíritos da escuridão foram reunidos pela força opressora das Trevas e sacrificados para criar o Inferno... em seguida, foram coletadas diversas almas humanas — não se sabe o número com certeza — as alterou e desfigurou, mudando seu passado e tornando-as os terrores sem nome chamados Grandes Lordes — os supostos governantes do Inferno. Não sabemos quantos Grandes Lordes existem, nem seus nomes... apenas sabemos que assim surgiram os demônios...

Mas os espíritos de luz, que chamamos Guardiões, também se reuniram. Não se sacrificaram, mas ofertaram seu poder. Os mais fracos morreram ao fazê-lo... os mais poderosos, que eram poucos, tornaram-se apenas fantasmas, só visíveis em nossos sonhos... mas o poder que doaram permitiu-lhes gerar o Éden... os Guardiões sobreviventes escolheram sete almas humanas e entregaram seu próprio poder a elas. Liderados por Metraton, os espíritos da Luz assumiram o papel de conselheiros destes novos seres.

Essas sete almas são os Príncipes. Os sete mais poderosos Celestiais.


Última edição por Padre Judas em Sáb Ago 29, 2020 1:28 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:27 pm

Os Sete Príncipes

Hoje chamamos os Sete pelos nomes de Ariel, Fanuel, Gabriel, Lucibel, Miguel, Rafael e Raguel. Seus nomes originais eram diferentes, mas isso não importa... estes são os nomes deles na Hoste, a Corte Ocidental. Eles os ganharam devido ao contato com as tribos originais que formariam os Hebreus e cada um de seus nomes é um título que mostra a sua missão.

Quando renasceram no Éden os Príncipes ainda eram ignorantes quanto à sua missão e o grande poder que possuíam os fez esquecerem suas vidas como mortais. Como crianças sem resposta eles vagaram até serem visitados pelos Guardiões em sonhos. Cada Príncipe foi ensinado nos caminhos do Éden e na grande missão que eles teriam. Por fim, os Guardiões pediram que cada um deles fosse à Terra e vagasse até que escolhessem a missão que melhor lhes serviria.

Por muitos anos, cada um dos Sete Princípes andaram pela Terra, pelas áreas selvagens e por tribos primitivas, por pequenas vilas e por áreas remotas... até que Miguel, avisado pelos Guardiões, procurou os outros seis e os guiou de volta ao Éden. Pela primeira vez os Sete Príncipes se encontraram – na base da grande torre que hoje chamamos Sancta Turrim.

Lá, diante das almas de milhares de mortos que tinham alcançado o Éden, os Sete conversaram. Cada um deles contou o que viu e aprendeu, e cada um deles mostrou o poder que desenvolveu, contando que missão eles tinham escolhido.

Miguel, que reuniu os Sete, disse que ele iria liderar seus irmãos, que iria organizar os vários grupos de Celestiais que se formariam, e que desta forma poderiam agir em conjunto contra o Inferno. Ele enfatizou que o poder que possuíam devia ser distribuído para aqueles que necessitassem e mostrou suas habilidades nesta área, tendo criado a Palavra do Poder e fundando os Coroados.

A enérgica Ariel mostrou sua afinidade com o mundo natural, revelando que viajaria pelos cantos mais longínquos, usando seus talentos integrados à natureza intrínseca, sempre aprendendo mais, trazendo ajuda aos locais que visitasse e informando os Celestiais de suas descobertas. Ela criou a Palavra da Natureza como um reflexo de sua alma e fundou as Potências.

O sério e temperamental Raguel, por sua vez, disse que os elementos primordiais da Criação seriam seus domínios, que iria usá-los para trazer prosperidade aos povos merecedores e punição aos que desrespeitavam o que é natural. Ele criou as quatro Palavras dos Elementos e fundou os Vingadores.

Gabriel contou a respeito dos demônios que encontrou e enfrentou, de como eles eram perigosos e poderosos, e mostrou a velocidade e resistência marciais que criou para destruir as abominações infernais. Ele disse que treinaria os guerreiros que enfrentariam o Inferno, criando a Palavra da Guerra e fundando os Santos Guerreiros.

O pensativo e planejador Lucibel então revelou que sua missão seria proteger a humanidade. Enquanto Gabriel caçaria os demônios, Lucibel iria impedir que os demônios que escapassem pudessem prejudicar as pessoas. Ele criou a Palavra da Proteção e fundou os Protetores.

Rafael então revelou que não apenas os demônios ameaçavam a humanidade... que doenças, infecções e ferimentos impediam que muitos vivessem... ele demonstrou suas habilidades de cura e revelou que iria tratar para que os humanos vivessem vidas mais longas. Criou a Palavra da Vida e seus aprendizes passaram a serem chamados Santificados.

Por fim, Fanuel olhou seus irmãos e revelou que mesmo sob a liderança de Miguel, ainda podia haver injustiças e desentendimentos. Ele disse que iria cuidar para que não houvesse disputas entre os Celestiais e que cuidaria para que nenhum deles se corrompesse sem ser punido. Fanuel demonstrou conseguir ver as verdades ocultas e impor condenação aos criminosos, dando origem aos Magistrados.

A história do Éden começa a partir deste momento.


Última edição por Padre Judas em Sáb Ago 29, 2020 1:28 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:27 pm

A revolta de Lúcifer

Dezenas de milhares de anos se passaram... as guerras entre Éden e Inferno ocorriam constantemente, mas em pequena escala... era a Era Lendária em que erguiam-se cidades e civilizações que os historiadores humanos nem sequer sabem que existiram, embora alguns suspeitem... Tanto celestiais como infernais eram tratados como deuses pelas tribos mortais e respeitados como tal. As áreas selvagens eram território de bestas fantásticas, hoje extintas na Terra (mas sobrevivente em outros planos)... e os primeiros Horrores Além do Abismo começavam a surgir.

Foi então que ocorreu um dos eventos mais lamentáveis para o Éden... Príncipe Lucibel dos Protetores se deixou levar pelo orgulho e se viu como um senhor divino para os mortais. Sob suas ordens, os Protetores passaram a dominar vilas e tribos humanas, a interferir em suas vidas diretamente.

Fanuel chamou seu irmão e perguntou os motivos para agir contra os Mandamentos Celestiais. Lucibel explicou que ele tinha visto que, controlando os mortais, era mais fácil vencer o Inferno e impedir a corrupção. Seu orgulho o fez ver os mortais como um rebanho a ser subjugado para o próprio bem deles. Fanuel ordenou que Lucibel parasse com a loucura, mas Lucibel apenas saiu de sua presença.

Embora no início a dominação fosse benevolente, as revoltas começaram a aparecer e crescer. Algumas eram geradas pelo Inferno, mas outras eram motivadas por razões justas, pelo desejo natural do ser humano de controlar sua própria vida. Os humanos governados pelos Protetores começaram a buscar ajuda em outro lugar. E encontrou criaturas prontas a oferecerem tudo sem nada pedir em troca, exceto algo intangível, “alma”. Milhares foram condenados porque não podiam mais confiar nos celestiais e buscaram as Trevas por ajuda. Mas Lucibel se recusou a ver isso.

O Éden então se uniu contra as ações do Príncipe da Proteção. Na Terra invadiram as vilas controladas e aprisionaram os Protetores, levando-os ao Éden. Lucibel revoltou-se contra essa atitude, iniciando ataques contra as outras Palavras e as almas no Éden. Vendo que Lucibel havia se corrompido, os demais celestiais reagiram e houve guerra no Éden.

A revolta durou anos, embora ninguém saiba o tempo exato, até que Lucibel foi encontrado e enfrentou Gabriel. Quando o Príncipe da Guerra estava prestes a destruir seu irmão rebelde, Fanuel o impediu dizendo que havia sido instruído pelos Guardiões sobre uma punição maior e mais justa para o revoltoso.

Lucibel e os Protetores foram julgados por Fanuel e o Conselho do Firmamento – composto por todos os Príncipes e Serafins. Quando Lucibel se mostrou arrogante demais para pensar nas consequências de seus próprios atos, Fanuel revelou uma punição nunca usada antes. Ele condenou os revoltosos a Decaírem e a permanecer na Terra, entre as próprias pessoas que eles prejudicaram e vivendo como elas, até que tenham se arrependido completamente e aprendido com seus erros. Fanuel também revelou que eles seriam vigiados e, se preciso, Obliterados caso se corrompessem ainda mais. Cada um dos condenados teve suas asas violentamente arrancadas e foram então atirados em diferentes pontos da Terra, nus e sós, para que refletissem sobre os caminhos que escolheram. Assim surgiram os Anjos Caídos. E a partir desta condenação Lucibel passou a ser chamado Lúcifer.

Nem todos os Protetores permaneceram ao lado de Lucibel, porém. Muitos lutaram ao lado das demais Palavras e foram poupados da condenação. Devido à queda de seu Príncipe, porém, esses celestiais tiveram de se unir às demais Palavras. Alguns poucos se recusaram, passando a viver reclusos no Éden, não se atrevendo a vir à Terra devido à ameaça representada pelos Caídos e não se revelando aos demais celestiais devido ao temor que inspiram.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:29 pm

A Era Antiga

Historiadores Celestiais consideram a Queda dos Protetores como o marco do final da Era Lendária. O conflito durou anos e se arrastou pela Terra e pelo Éden, envolvendo tanto celestiais quanto almas puras e até mortais. Enquanto os recursos edênicos se voltavam para o conflito os Infernais, Horrores e outras ameaças à Humanidade ficaram livres de supervisão e prosperaram. E, embora nem todo infernal busque caos e destruição, é um fato de que tais elementos são parte intrínseca das Trevas. As grandes civilizações mergulharam em desordem e destruíram a si mesmas. Atlântida afundou no oceano, Corazim foi arrasada por Raguel, Meru corrompeu-se além de qualquer civilização e ruiu diante de uma guerra civil. Outros reinos também desapareceram. Foi o fim de uma era e a Humanidade regrediu, conhecimento misturando-se com superstição e analfabetismo ressurgindo enquanto a magia corroía as evidências de sua passagem.

E conforme esta Era ia chegando ao seu fim novas Palavras começaram a surgir. Seus fundadores eram novos Príncipes, que haviam sido eleitos pelos Guardiões para serem mais do que simples Celestiais. O primeiro da nova geração foi Raziel, que fundou os Artífices, um Clero baseado nas idéias e inovações humanas.

Os Artífices (atualmente mais conhecidos como Tecnoanjos) não foram os responsáveis pela evolução tecnológica e social humana, claro, mas com certeza eles ajudaram muito, disseminando conhecimentos e acompanhando o surgimento de novas civilizações. A Era Antiga trouxe grandes civilizações na Mesopotâmia, no oriente e no Egito – todas essas civilizações foram de grande importância.

Aliás, no Oriente, por volta desta época, os Juramentados se formaram, sob o comando de Bishamon, o segundo Celestial a se tornar Príncipe. Bishamon era um Santo Guerreiro, mas determinou que suas terras natais estariam sob sua proteção. Foi graças a isso que os Celestiais se dividiram em Cortes, pois os celestiais das terras de Bishamon se reuniram na Sublime Corte de Jade, sob seu comando.

O terceiro Celestial a tornar-se Príncipe foi Uriel, embora certos historiadores dizem que ele foi o segundo. Não temos certeza quanto a isso, só sabemos que Uriel se revelou aos outros Príncipes após Bishamon, mas não há como saber quando exatamente ele foi elevado. O Príncipe do Conhecimento foi o mais sábio de todos os Celestiais e seus aprendizes foram também chamados Sábios.

Note que não estou dando datas – isso é irrelevante. O surgimento das três novas Palavras ocorreu muito antes do que a história humana consegue relatar – os humanos dizem que a cidade mais antiga se formou há 7000 anos, mas a verdade é que havia outras antes. Essas pequenas cidades foram os precursores das grandes civilizações do passado.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:30 pm

As Grandes Civilizações

A partir de 4000 a.E.C., em locais como Egito, Mesopotâmia, Pérsia e no Oriente grandes reinos estavam se formando na Terra. Com os reinos, surgiam novas tecnologias, novos conhecimentos e novas religiões. Os Celestiais sempre estiveram preocupados com o desenvolvimento da humanidade e, infelizmente, os demônios e os Anjos Caídos também. Essas civilizações foram grandes campos de batalha entre Céu e Inferno. Enquanto isso os Anjos Caídos apenas ficavam à parte, vivendo entre os humanos e observando os eventos.

Sobre a Mesopotâmia irei falar adiante, pois esta região foi onde ocorreu a maior guerra que Éden, Inferno e Terra já presenciaram. Ao invés disso contarei a respeito de outras civilizações importantes.

O Egito, por exemplo. Uma civilização grandiosa, repleta de conhecimentos, mas mergulhada em caos. Os Celestiais e demônios mantinham-se ocultos no Egito, apenas observando e às vezes lutando entre si. Mas o Egito era uma terra que havia herdado vastos conhecimentos da caída Atlântida e os magos humanos dominavam este território, com poderes que lhes permitiam rivalizar com Arcanjos e Infernais poderosos. Apesar disso tivemos muitos aliados ali, assim como grandes inimigos aliados ao Inferno.

Os Hebreus, por outro lado, foram de grande importância para nós. Muitos Celestiais mantém pactos antigos com o povo hebreu e acompanhamos a evolução dos israelitas até os dias atuais. Os hebreus conheciam muitos segredos sobre o Éden e o Inferno, mesmo que este conhecimento fosse um tanto deturpado. Eles foram protegidos por nós, embora os infernais tenham tentado destruir nossa influência mais de uma vez. Infelizmente os antigos pactos entre Éden e o povo hebreu se perderam com o tempo e hoje apenas alguns rabinos cabalistas ainda parecem lembrar-se de nossa antiga aliança.

E os Persas! Como esquecê-los? A Pérsia era um dos maiores campos de batalha entre Infernais e Celestiais! Apesar das tentativas demoníacas, nós os mantivemos sempre nas sombras, impossibilitados de expandir sua influência perversa. Inclusive um mago chamado Zoroastro descobriu muitas verdades sobre a Guerra Pela Salvação e criou a religião Mazdeísta, contando a batalha entre Luz e Trevas, mas dando-lhes os respectivos nomes de Spenta Maineyu e Angra Maineyu. Zoroastro e a ordem de magos que passou a segui-lo foram grandes aliados do Éden, um dos pouquíssimos grupos de mortais que tinham acesso aos nossos segredos. Eles nos ajudaram a influenciar os governos persas ao longo das gerações de monarcas, impedindo que qualquer demônio pudesse controla-la por muito tempo.

Outros povos também estiveram sob influência infernal, como os Fenícios. O Inferno corrompeu a religião e as crenças fenícias a ponto de haverem sacrifícios de crianças em nome de supostos deuses que na verdade eram entidades infernais ou mesmo de Horreres Além. Vampiros proliferaram entre eles e nós os enfrentamos, mas foi uma luta pequena se comparada ao que ocorreu na Mesopotâmia.

Por fim, os gregos. Nem Éden nem Inferno se envolveram com os gregos em larga escala. Ambas as potências tinham influências na Grécia, mas nenhum dos dois chegou a ter real hegemonia. A Grécia foi uma civilização de conhecimento e desenvolvimento e tanto celestiais como infernais mais observavam ocultos do que agiam. No oriente, dinastias e civilizações também eram formadas – mas eu sinto muito, não tenho muita informação sobre as terras além da Pérsia. Não que eles não sejam importantes, mas sim porque me concentrei no ocidente. Apenas sei que entre 2000 e 2300 anos atrás surgiu a Palavra da Sombra no oriente, criada pelo quarto celestial a se tornar Príncipe, Si-ming. Mas os detalhes de sua ascensão me escapam.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:30 pm

A Guerra Divina

O maior dos conflitos da Antiguidade foi travado nas sombras. Chamamos de “Primeira Guerra Divina” e ocorreu na Mesopotâmia, durando mais de 1500 anos. As origens da guerra estão nos povos sumérios que habitavam a Caldéia e criaram grandes cidades como Ur , Uruk, Nipur e Lagash. Como em outras civilizações, os sumérios atraíram as atenções de Éden e Inferno. Assim como foi no Egito e na Grécia, nós mais observávamos do que agíamos – e quando o fazíamos, era de forma oculta e longe das vistas mortais.

O problema é que com o tempo a influência infernal começou a crescer na área, em parte ajudados por vampiros. Ambos os lados começaram a agir com mais frequência, e nós fomos pegos de surpresa. Os demônios tinham grande presença entre os acádios e com a ajuda infernal o Império Acádio dominou os sumérios, abrindo caminho para os demônios nos expulsarem da Mesopotâmia.

Por dois séculos nós resistimos à presença demoníaca. Nosso conflito se refletiu nas revoltas que ocorriam na sociedade mortal e que causaram a queda daquele império. Isso apenas permitiu que o povo amorita estabelecesse sua hegemonia na região e as lutas seguiram-se entre mortais até que a Babilônia de Hamurábi ergueu-se sobre todas, conquistando da Assíria até a Caldéia, unificando os povos mesopotâmicos sob o império babilônico. A partir de então, houve apenas guerra entre infernais e celestiais.

A Guerra Divina se iniciou pequena. Os celestiais a princípio obtinham a dominância no Império Babilônico, vigiando-o contra a presença infernal, mas os demônios se mostraram mais espertos. Eles esperaram, criando seguidores e espalhando o infernalismo pela Babilônia, criando pragas e maldições. Assumindo nomes de divindades daquele povo, os infernais prosperaram sem que notássemos isso. Quando legiões de infernalistas começaram a dominar lentamente o Império, as violências começaram. Os servos do Inferno levaram a uma nova onda de rebeliões e conflitos internos. Estes conflitos apenas disfarçavam a verdadeira guerra, onde milhares de infernais e Celestiais combatiam entre si. Legiões de celestiais desciam à Terra, destruindo seitas inteiras de infernalistas. Os combates fizeram o Império Babilônico ruir – e permitiu o surgimento de um novo terror.

Os assírios, um povo do norte da Mesopotâmia, estavam sob o domínio de vampiros e demônios. Aproveitaram-se do caos que se instalava na Babilônia e dominaram cidades, escravizando suas populações. Sob o domínio infernal, a crueldade assíria apenas aumentou. Os conflitos entre Éden e Inferno, até então ocultos, tornaram-se verdadeiros banhos de sangue sob a luz do luar. As forças da Luz desciam para libertar as cidades dominadas, mas os exércitos de infernalistas e seus mestres demoníacos pareciam capazes de enfrentar qualquer oposição.

Entretanto o Éden prevaleceu. Dezenas, talvez centenas, de milhares de demônios e celestiais pereceram nos diversos conflitos, mas os Assírios caíram do poder em 612 a.E.C. Os babilônicos mais uma vez dominaram a Mesopotâmia, sob o comando de Nabucodonosor. Por um curto período de quase 50 anos houve paz – ou assim pareceu.

A verdade é que Nabucodonosor era um escravo infernal, um fantoche nas mãos de um ser muito poderoso. Ele aprisionou os hebreus na Babilônia, extraindo os segredos que eles possuíam sobre os celestiais, e permitiu que hordas infernais se ocultassem sob a proteção do Estado. Muitos celestiais não desconfiavam do que acontecia, com exceção de Uriel e seus discípulos. Os Príncipes tiveram horríveis pesadelos na noite em que Nabucodonosor morreu e os Guardiões sussurraram nos sonhos de todos os celestiais que um grande mal estava se formando na Terra.

Foi o Príncipe Miguel quem percebeu que um mal terrível do Inferno estava manifestado no mundo material. Legiões de demônios estavam surgindo novamente na Babilônia, tentando mais uma vez manipula-la. Sob a aparente prosperidade trazida por Nabucodonosor estavam Nodos Infernais e cultos infernalistas.

Para encerrar de uma vez por todas a guerra, Miguel usou sua influência entre os magos persas, fazendo com que o Império Persa dominasse a Babilônia em 539 a.E.C. Ocultos pela guerra mundana estavam os Celestiais destruindo os cultos infernais na área.

Tudo deveria ter terminado, mas a guerra ainda duraria mais 200 anos. Misteriosamente, os magos persas e seus governantes foram sendo rapidamente corrompidos. Uriel convocou o Conselho do Firmamento e avisou que a criatura que veio à Terra no dia da morte de Nabucodonosor ainda estava lá, usando seus poderes para destruir as influências celestiais entre hebreus e persas. E revelou que a criatura era Leviatã, o Grande Lorde do Sangue, e que a morte de rei babilônico foi uma farsa, pois o demônio há muito habitava o corpo do ex-governante da Babilônia.

Os celestiais, na luta contra os demônios, incitaram diversas revoltas na Pérsia e em 330 a.E.C. ajudaram os macedônios a conquistar o Império Persa. Ao mesmo tempo, Uriel e Gabriel guiaram pessoalmente uma legião de Serafins e Arcanjos a um templo subterrâneo criado por magos corruptos onde finalmente confrontaram Leviatã e seus poderosos seguidores.

Enquanto os Arcanjos e Serafins confrontavam os arquimagos, vampiros anciões e demônios de alta casta que guardavam o templo, Uriel e Gabriel percorreram os corredores até uma câmara onde Inferno e Terra eram um. Os Príncipes sentiram-se enfraquecidos naquele local, onde Nabucodonosor os confrontou. O corpo morto do rei se partiu e cresceu, revelando a imensa forma draconiana de Leviatã.

A batalha que se seguiu provocou tremores e criou vastas cavernas nas profundezas da Terra. Mesmo enfraquecido Gabriel confrontou Leviatã enquanto Uriel apenas observava. O Grande Lorde de Sangue parecia ter vantagem até que Miguel se manifestou no local e usou sua Palavra para dar poder ao seu irmão. Agora equiparados, Gabriel e Leviatã continuaram a combater sob a terra até que a espada do Príncipe da Guerra decepou a cabeça do Grande Lorde.

Quando a poderosa alma de Leviatã escapou do corpo decapitado, pesadelos tomaram a mentes de todos os adormecidos nas Terras e em outros planos. Gabriel absorveu a alma do Grande Lorde, em um confronto mental que durou horas, mas finalmente a criatura estava morta. Os pesadelos que atormentaram a Criação devido à luta permaneceram por muitas semanas, mas a guerra que durou mais de 1500 anos finalmente havia terminado.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:31 pm

Roma e a Segunda Guerra

Após a destruição de Leviatã as forças infernais tornaram-se muito mais sutis em seus atos, evitando qualquer demonstração direta de poder. Suas influências estendiam-se pelos domínios fenícios, por Cartago e por Roma. Conforme o Império Romano cresceu, os demônios prosperaram, mas não foram os únicos... Roma foi um paraíso para os infernais, os sanguessugas e os Horrores do Abismo, que proliferaram pelos seus recessos mais sombrios, reunindo seguidores e cultos.

A influência infernal começou a ser quebrada em Roma através de religiões orientais como o Mitraísmo, os Mistérios de Ísis e, principalmente, o Cristianismo. Os cristãos foram protegidos por Celestiais, especialmente por Rafael, e a isso deve-se a perseguição feita contra eles. Felizmente a religião prosperou, aos poucos conquistando o Império. Constantino finalmente a declarou oficial do Império e muitos dizem que o Imperador tinha visões inspiradas por Celestiais. A verdade é que Constantino era mitraísta, mas foi influenciado pela tradição de magos persas que serviam ao Éden, aceitando os conselhos deles e favorecendo o cristianismo, ideologia eleita pela Hoste, então Corte Celestial Romana (posteriormente a Corte Ocidental).

As crises sucessivas, a ascensão cristã e a fragmentação do império favoreceram muito os Celestiais. Enquanto Roma caía iniciou-se a Segunda Guerra Divina entre o Éden e o Inferno. Os Celestiais, liderados por Miguel e Rafael, invadiram Roma em massa, destruindo cultos infernais e demônios. Os Infernais, acostumados a séculos de poder em Roma, caíram facilmente. As invasões bárbaras, muitas vezes acompanhadas de ataques de lobisomens do norte, ajudaram a minar o Império. Sem Roma os infernais se dividiram e caíram.

A Segunda Guerra Divina não durou mais do que 100 anos, mas ao seu fim Roma era apenas uma ruína. As comunidades agrárias isoladas começaram a formar os futuros feudos e a Era das Trevas estava se iniciando. A leste ainda restava o Império Romano do Oriente, disputado tanto por infernais como Celestiais, mas na Europa nada mais da glória de Roma restava.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:32 pm

A Era das Trevas

A última batalha da Segunda Guerra não ocorreu na Terra, mas sim no Mundo dos Mortos. Os poderes desencadeados provocaram um grande choque nos mundos espirituais, fogos queimaram os reinos elementais e um grandes turbilhão de energia negativa devastou o Submundo. O Serafim Azrael, um dos pupilos de Uriel, peregrinava pelo Submundo nesta época e tomou parte na batalha em questão. Ao ver o caos que o conflito gerara entre as almas dos falecidos ele meditou profundamente e decidiu ajuda-los. Em menos de um século usou seu conhecimento sobre aquele plano e a energia negativa que o compunha para criar uma Palavra e ascendeu à condição de Príncipe da Morte.

Os Psicopompos marcam o começo da Idade das Trevas para os Celestiais. Com os demônios vencidos durante a queda de Roma muitos Celestiais passaram a tentar influenciar a Igreja Católica Apostólica Romana para que ela unificasse as comunidades separadas e pudesse iniciar um renascimento da humanidade. A princípio isso parecia estar funcionando, apesar da lentidão do processo, mas depois notamos que estávamos terrivelmente errados.

Sem que percebêssemos, vampiros, demônios e outras criaturas infiltraram-se ou já estavam infiltrados na Igreja, manipulando-a e corrompendo-a para seus próprios fins. Descobrimos, para nosso espanto, que a corrupção permeava cada instituição daquela época e que o Inferno não estava apenas se reerguendo como estava fazendo de forma tão sutil que não conseguíamos impedir seu avanço.

A guerra aberta parecia não ser mais a solução. O Inferno estava enganando-nos, aumentando seu poder sem ser visto, corrompendo a fé a seu favor. Outros seres estavam, conscientemente ou não, ajudando este avanço infernal. Foi quando o Príncipe Gabriel resolveu escolher um novo povo para poder confrontar a Europa corrompida.

Gabriel procurou Muhammad, um habitante da cidade de Meca, e o elegeu seu profeta. Assim nasceu a fé islâmica, que reuniu tribos díspares e venceu os terríveis demônios que dominavam a Arábia e cresceu conquistando povos. O objetivo de Gabriel era usar o Islã como uma religião que inspirasse fé renovada e pudesse com o tempo expulsar a corrupção que tomava a Europa. Infelizmente os demônios descobriram isso e incitaram as cruzadas. Para piorar isso dividiu os Celestiais, pois muitos ainda tinham esperanças na Igreja Católica e buscavam purifica-la. A Hoste rachou em duas facções políticas antagônicas.

A pressão de Éden e Inferno sobre os mortais, bem como a proliferação de seres sobrenaturais, fez com que os mortais tomassem medidas drásticas e a Inquisição foi criada, começando um dos períodos mais terríveis da humanidade, em que mulheres e crianças eram torturadas e muitos seres inocentes foram destruídos nas fogueiras da Igreja.

Divididos e preocupados com a Terra, os Celestiais não estavam preparados para o que viria a seguir.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:33 pm

A Terceira Guerra

O Inferno não havia esquecido sua derrota em Roma. Eles apenas usaram a Igreja, corrompe-la nunca foi o objetivo. Eles inspiraram a Inquisição e nos fizeram voltar nossos olhos para a Terra, mas isso foi o pior erro que poderíamos cometer.

Começou pequeno, e ninguém notou antes que fosse tarde demais, entretanto o Éden descobriu no início do século XIII que também estava sendo invadido. Foi na noite em que Prístina se viu sob o ataque de demônios e continuou por quase um século.

Os demônios não eram capazes de nos confrontar de igual para igual e usaram de estratégias traiçoeiras para nos atacar. A intenção deles não era nos destruir, mas nos distrair para que tirássemos a atenção do que ocorria na Terra e nos voltássemos para a defesa de nosso próprio mundo.

As batalhas traiçoeiras envolviam usar Anjos Caídos infiltrados para provocar destruição, seguida de pequenos ataques a vilas e cidades. Incêndios, devastação, ataques repentinos na calada da noite... e sempre que mostrávamos resistência, os infernais procuravam desaparecer. A princípio eles eram apenas incômodos, mas aos poucos conseguiram nos enfraquecer e lançaram um ataque muito maior.

Foi no ano de 1300 que a horda infernal lançou sua grande ofensiva. Milhares de demônios surgiram das áreas selvagens à noite, provocando destruição em Prístina. Os ataques eram extremamente rápidos, causavam muita destruição, mas cessavam rapidamente, antes que oposição organizada pudesse impedi-los. Os ataques seguintes foram a Meca, onde hordas surgiam das areias do deserto, também utilizando a mesma estratégia.

Estas incursões guerrilheiras continuaram até que Uriel descobriu a origem e o objetivo dos ataques. O Príncipe do Conhecimento encontrou portais entre o Inferno e o Éden, gerados por forças desconhecidas. Com o apoio de Azrael, os Anjos do Conhecimento e da Morte se reuniram para um grande ritual que selaria, para sempre, o Éden. A batalha final da guerra ocorreu em 1312, quando estes celestiais realizaram o ritual sob o ataque dos infernais. As demais Palavras formaram uma resistência suficientemente grande para que os demônios não conseguissem interromper o procedimento místico. Desta forma, impedimos que os ataques demoníacos prosseguissem.

Infelizmente, os demônios tinham conseguido o que queriam. Prístina, Meca e vilas próximas estavam em ruínas e tivemos de voltar nossa atenção à reconstrução. Na Terra, estava ocorrendo o Renascimento e os demônios teriam conseguido manter e aumentar sua corrupção não fosse o inesperado surgimento de um novo Clero.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:33 pm

Renascimento

Prístina estava em ruínas quando a Serafim Raquel dos Anjos da Vida apresentou-se ao Conselho do Firmamento e revelou que havia se tornado uma deles. Raquel havia estado na Itália durante a Terceira Guerra e viu que a humanidade estava começando a abandonar a Era das Trevas. Seu desejo em ensinar novos caminhos aos homens e dar-lhes liberdade e esperança a fez ascender aos olhos dos Guardiões, que a tornaram uma Príncipe. Ela criou a Palavra da Liberdade, com seguidores dedicados a guiar os mortais e proteger seu livre-arbítrio.

As Musas foram os celestiais mais influentes durante o Renascimento na Europa, ajudando a espalhar novas ideias e a mudar o pensamento conservador daquela porção do mundo. Os Coroados e Santificados aliaram-se à nova Palavra, formando uma trindade que iria redefinir o funcionamento da Corte Ocidental de Celestiais.

Neste período se iniciou a construção da cidade de Libertatis às margens do Lago Lazurd.
Grandes Navegações

Quando os europeus chegaram à América e começaram a criar colônias em outros continentes um novo conflito se formou. Os Vingadores, até então amigáveis ao contato com a mentalidade europeia, se afastaram das demais Palavras para poder ajudar os povos indígenas a se defenderem dos invasores. Foi nesta época que Taba começou a ser construída e a nova cidade serviu de refúgio para que os Anjos dos Elementos pudessem se reunir e planejar.

Conforme a Europa trazia exploração e escravidão aos povos africanos e americanos, os Vingadores começaram a atacar cidades e povoados europeus – esta atitude consolidou na Corte Ocidental o apelido pelo qual os Anjos dos Elementos são conhecidos hoje. Seu comportamento recebeu desaprovação dos celestiais ocidentais e pela primeira vez desde a Revolta de Lúcifer grupos inteiros de celestiais entraram em conflitos entre si. Embora não houvesse guerra no Éden, por vezes grupos de Celestiais lutavam uns contra os outros na Terra.

A questão só foi resolvida no final do século XIX quando os Primordiais e Magistrados conseguiram forçar uma paz entre as facções beligerantes, fazendo com que os ataques dos Vingadores aos europeus cessassem em troca da ajuda dos celestiais ocidentais na defesa dos povos indígenas.
Revoluções e Indústria

Nos séculos XVIII e XIX, na Europa, novas formas de pensamento começaram a surgir na forma do movimento chamado Iluminismo ou Ilustração. Em parte apoiados pelas Musas, os mortais passaram a cultivar ideias de democracia e liberdade. Grandes revoluções aconteceram na Inglaterra e França e as colônias na América começaram a se rebelar.

Infelizmente tais pensamentos foram se corrompendo devido às presenças demoníacas e vampíricas na sociedade humana. Ao mesmo tempo em que buscavam o fim de impérios, surgia um novo Imperialismo. Enquanto as colônias americanas se libertavam, a África e a Ásia eram invadidos e dominados.

A Revolução Industrial, por sua vez, trouxe progresso à humanidade, mas a um alto custo em vidas. As massas operárias, que incluíam crianças, eram exploradas, gerando miséria e injustiças. Isso fortaleceu tremendamente as forças infernais. Nós lutamos como pudemos, mas parecia ser uma luta impossível.

Com o tempo, Santificados, Coroados e Musas conseguiram aos poucos mudar a mentalidade humana, trazendo direitos aos explorados e ajudando em revoltas e rebeliões. Infelizmente, algo muito sério ocorreu no século XIX, algo que muitos dizem marcar um prelúdio do Armagedon.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:46 pm

A Quarta Guerra

Em meios às explorações que ocorriam tanto na Europa como nos países dominados por ela um Celestial chamado Caesar veio ao Firmamento declarando ter se tornado um Príncipe. Caesar não teria causado tanta preocupação no Éden não fosse de conhecimento de Miguel que o sua Palavra era Proteção – a mesma criada por Lucibel.

A princípio, mesmo relutantemente, os Cleros toleraram os novos Protetores. Porém, quando ataques misteriosos começaram a ocorrer no Éden e provas de que esses novos Protetores estariam aliados aos Caídos de Lúcifer foram descobertas, o novo Clero passou a ser caçado pelos demais. Os Protetores passaram a ser conhecidos como Usurpadores e foram quase totalmente dizimados até que seu líder e os últimos membros foram capturados na Terra e levados a julgamento no ano de 1832.

Para a surpresa de todos, durante o julgamento o Príncipe Fanuel descobriu que Caesar e os Usurpadores eram inocentes. Com vergonha, os Celestiais tiveram de admitir que foram manipulados e as suspeitas recaíram sobre Lúcifer e os Anjos Caídos. Antes que pudessem agir, entretanto, a Quarta Guerra entre Éden e Inferno aconteceu.

A grande ironia da Quarta Guerra é que ela representou a maior vitória infernal sobre nós, mas foi a mais curta e repentina das Grandes Guerras. Ela ocorreu apenas três dias após o julgamento de Caesar e durou menos de um mês, começando em 7 de fevereiro de 1832 quando na calada da noite um exército de pesadelos invadiu Prístina.

Nunca algo assim havia ocorrido. Milhares, talvez milhões de almas condenadas do Inferno surgiram vindas dos Campos Elíseos, atacando os portões de Prístina, invadindo e causando destruição na cidade. Enquanto as almas invasoras eram detidas o verdadeiro exército surgiu: milhares de demônios, alguns de imenso poder. Em sete dias a cidade de Prístina foi totalmente dominada pela horda invasora.

Os inimigos isolaram Prístina, forçando muitas almas e Celestiais a ficarem sitiados em Sancta Turrim, defendendo-se dos ataques inimigos. Estava sendo organizada uma força de ataque Celestial em Libertatis, mas o inimigo já esperava isso. Libertatis também foi atacada por hordas de almas e demônios, mas desta vez acompanhados por Anjos Caídos. Os Celestiais foram forçados a fugir.

Dezesseis dias haviam se passado desde o início da invasão enquanto Sancta Turrim e Libraria resistiam aos ataques das hordas. Todos os 14 Cleros Celestiais se uniram pela primeira vez, ao norte, criando o maior exército unificado da história do Éden. Ao mesmo tempo os invasores que estavam em Libertatis abandonaram a cidade em ruínas, indo para Prístina e formando um exército infernal gigantesco.

Foi no dia 24 de fevereiro de 1832 os Primi Rafael, Miguel e Gabriel lideraram o imenso exército Celestial rumo à Prístina. Enquanto Éden e Inferno combatiam na maior batalha já ocorrida na história dos dois mundos os céus tornaram-se vermelhos e começou a chover fogo. Em meio aos fogos da batalha emergiu uma monstruosidade nunca vista antes: Mephistus, Grande Lorde da Guerra.

O Grande Lorde moveu-se em direção à Sancta Turrim protegido por criaturas monstruosas que emergiam de sua própria carne. Sem que pudesse ser parado o monstro invadiu a Torre apenas para ser confrontado pelo Príncipe da Proteção, Caesar. Infelizmente o Príncipe ainda era jovem e não tinha as mesmas habilidades de seus equivalentes milenares. No momento em que Rafael, Miguel e Gabriel chegaram Caesar estava sendo Obliterado pelo demônio.

O momento da destruição de Caesar criou um grito psíquico que ecoou nas mentes de todos os presentes. Gabriel, tomado por fúria, investiu contra o Grande Lorde numa batalha ainda mais grandiosa do que seu confronto com Leviatã. Os outros dois Príncipes apenas observaram enquanto Gabriel dilacerava o Grande Lorde. Ao fim o monstro caiu e foi totalmente destruído.

Quando Mephistus tombou as hordas infernais fugiram. Uma chuva forte, trazida pelos Xamãs, extinguiu as chamas provocadas pela imensa batalha e o Éden confrontou os resultados da mesma. Embora Mephistus tenha sido destruído o Éden pela primeira vez sofreu a morte de um Príncipe e a destruição de uma Palavra. Os Protetores deixaram de existir naquele dia, Prístina e Libertatis estavam completamente destruídas, muitos Celestiais foram Obliterados... e a guerra deixou um mistério que perdura até hoje. Pois aquele foi o último dia em que o Príncipe Uriel foi visto.

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Mensagem por Padre Judas Sáb Ago 29, 2020 1:48 pm

O Século XX

Quando o século XX começou o Éden estava quase totalmente reconstruído. Na Terra as Musas continuavam a exercer sua influência, mas agora estavam acompanhados dos Tecnoanjos. Estes são os Construtores criados por Raziel, mas eles mudaram seu apelido e seu modo de ver as criações humanas. Seja como for, enquanto os Cleros continuavam vigiando a Terra cada um ao seu próprio modo, os Anjos da Liberdade lutavam arduamente para libertar países dominados e inspirar ideais de liberdade e tolerância na Terra. Já os Tecnoanjos ajudavam a humanidade a desenvolver suas tecnologias para o bem comum.

O século XX trouxe tanto surpresas boas como ruins. Entre as ruins, podemos citar as Grandes Guerras Mundiais, que trouxeram miséria e destruição para a humanidade, uma multidão de almas perdidas no Mundo dos Mortos e poder para Inferno. Também podemos citar o avanço da poluição, da corrupção e da criminalidade, que favorecem tanto Inferno como os seguidores dos horrores do Abismo Além. Entre as boas, porém, podemos dizer que os mortais conseguiram tecnologias capazes de melhorar a vida da humanidade, ideias de liberdade e tolerância, libertação de nações dominadas...

Nós continuamos ativos, observando e agindo quando preciso. Apesar da violência, corrupção e da presença assustadora dos infernais, nossa luta prosseguia. Todo o século XX foi apenas um interlúdio entre a Quarta Guerra e o que está por vir. Batalhas ocorreram em todos os cantos do mundo, mas nada em grande escala. Apesar da escuridão que permeava o mundo, o século XX não trouxe grandes mudanças na balança de poder entre Éden e Inferno.

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Mensagem por Padre Judas Seg Set 07, 2020 5:38 pm

Aliado

Quando usar?

Use a regra nova quando quiser um aliado que seja apenas um coadjuvante para o personagem principal, alguém que está lá mas não precisa ter toda a complicação de uma ficha inteira para funcionar. O escudeiro do cavaleiro, o seu cavalo de combate, o familiar do mago… Personagens menores, que você pode dotar de toda personalidade e inventividade que quiser, mas que a maioria das estatísticas iriam apenas ocupar espaço na ficha de personagem.

Quando não usar?

Obviamente, estas regras não devem ser usadas em campanhas onde os aliados são os protagonistas! Em uma campanha de Pokémon, por exemplo, ou para os mechas de Brigada Ligeira Estelar, a nova regra não faria o menor sentido. Nestes casos, onde os aliados possuem importância o suficiente para que uma ficha completa não seja um exagero, você deve manter as regras normais.
Aliado (1 ponto)

Você possui um companheiro com quem pode contar. Pode ser uma pessoa, animal, mecha, ou o que você quiser. Uma vez por rodada, você pode gastar 1 PM para invocar a ajuda do seu aliado, recebendo um pequeno benefício.

Um aliado pode ser de diversos tipos. Você deve escolher o tipo de aliado que quer ao adquirir a vantagem. Adquirindo a vantagem mais de uma vez, pode ter mais de um aliado, ou um único aliado mais eficiente ou capaz de cumprir diversas funções. Assim, você poderá invocar benefícios diferentes, ou invocar o mesmo benefício mais de uma vez por rodada. No entanto, os benefícios não são cumulativos entre si (ter dois aliados curandeiros não permite que você cure 2d PVs em você mesmo, mas permite que você cure 1d PVs em dois personagens diferentes).

As funções existentes para aliados são:

Curandeiro. Um clérigo acólito ou oficial de primeiros socorros. Você pode curar 1d PVs em você ou outro personagem. Caso o dado caia 6, você pode rolar de novo e adicionar o novo resultado ao valor curado.

Defensor. Um guarda-costas ou animal protetor. O aliado concede um bônus de 1d em uma jogada de FD. O dado extra pode causar um acerto crítico - caso ambos os dados caiam 6, sua Armadura é triplicada!

Especialista. Um mecânico, animal farejador, ou outro tipo de criatura que o ajuda em tarefas diversas. Ao realizar um teste de perícia, você pode rolar dois dados, e ficar com o melhor resultado. Apenas caso ambos os dados resultem em 6, o teste será uma falha automática.

Familiar. Um mascote sobrenatural, que canaliza sua energia mágica. Você pode usar uma vantagem, poder ou magia pagando metade do custo em PMs.

Lutador. Um mercenário, aprendiz de guerreiro, ou talvez um mascote ou animal de caça O aliado concede um bônus de 1d em uma jogada de FA. O dado extra pode causar um acerto crítico - caso ambos os dados caiam 6, sua Força ou Poder de Fogo é triplicado!

Montaria. Um animal de montaria ou algum tipo de engenho mágico/tecnológico de movimentação. O personagem pode realizar um movimento extra na rodada.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:51 pm

Condição Celestial

Aqui trataremos dos aspectos gerais da existência celestial e sua missão.

Guerra Pela Salvação. é como os celestiais se referem à sua missão: tentar garantir que o máximo de almas o possível possa ascender ao Éden. Como fica evidente, lutar contra demônios e outros monstros é secundário, o importante é trabalhar pela Salvação das pessoas. Boa parte dos celestiais atua apoiando causas nobres como o ambientalismo, educação humanitária e o combate aos males sociais.

Morte e Renascimento. Quando uma pessoa morre sua alma é avaliada pelos Guardiões, os espíritos da Luz. Aqueles que possuem almas sem “manchas” profundas são autorizadas a ascender ao Paraíso. Outras, rejeitadas pela escuridão que carregam, são tragadas pelas Trevas e enviadas ao Inferno. Há aquelas ainda que, por diversas razões, não conseguem “seguir em frente” e ficam presas em um plano sombrio, existindo como fantasmas.

As almas bem-afortunadas adquirem um novo corpo que se forma no subsolo do Éden e elas despertam nuas sobre a superfície – este evento é chamado “Ressurreição”. A maioria dos renascidos são classificados como almas puras e seriam as “pessoas comuns” do Éden. Como os celestiais, almas puras não precisam comer, beber, dormir ou realizar qualquer outra atividade fisiológica dos mortais, mas é comum fazerem-no tanto por hábito quanto por prazer. Se uma alma pura “morre” por algum motivo ela torna a renascer após alguns dias. Isso pode ocorrer por alguns motivos, como cair de uma montanha durante uma escalada ou ser derrubado por algum animal durante uma caçada.

Algumas almas são diferenciadas pelos Guardiões e escolhidas para serem algo diferente: Celestiais. Recebem a tarefa de lutarem pela Salvação das almas na Terra. É incomum que recusem, pois se foram escolhidas é porque tentar ajudar as pessoas é algo que estão dispostas a fazer – os Guardiões não escolhem alguém que não tem interesse ou vocação para dedicar-se à causa da Luz. Mesmo que alguns possam ser recalcitrantes no começo, não demora muito para perceberem que não podem simplesmente cruzar os braços enquanto tantos precisam deles.

Há outros dois destinos possíveis para uma alma após a morte. Reencarnação ocorre sem uma explicação clara mesmo para os celestiais mais antigos. Muitos acreditam que ela advém quando uma alma manchada pelas Trevas tenta se livrar de sua nódoa – como ela não pode simplesmente ascender ao Paraíso, é enviada de volta para viver novamente e ter uma nova chance. Mas isto é apenas a crença mais popular, não significa que seja verdade.

Transcendência é algo comum às almas puras e celestiais que vivem muito tempo (algo como milhares de anos). Segundo se afirma, ao transcender uma alma une-se ao Divino, livrando-se da roda do tempo. Muitos dos mais jovens se perguntam por que alguém abandonaria a eternidade no Paraíso para perder sua identidade. Mas os mais antigos Serafins não se furtam a informar os jovens de como o tempo pode acabar se tornando um peso mesmo para a alma mais feliz e a busca pela plenitude que só pode ser alcançada pela Transcendência acaba chegando para muitos. Entretanto, ainda sim existem Celestiais e Almas Puras antiquíssimas que não parecem sentir necessidade de Transcender. Aqueles que buscam atingir este estado normalmente despedem-se de seus conhecidos e rumam para as regiões mais isoladas do Paraíso, como as regiões mais profundas de Libraria ou alguns Jardins mais afastados e selvagens. Eles nunca mais são vistos.

Aparência. A aparência inicial tanto de almas puras quanto de celestiais é semelhante àquela que tinham em vida, mas com algumas diferenças. Isso porque a aparência de um ser espiritual é determinado em parte por sua auto-imagem, ou seja, a forma como um indivíduo vê a si mesmo. Mas personalidade e convicções pessoais também pode interferir: uma alma muito inocente provavelmente parecerá mais jovem enquanto alguém que se sente muito cansado de tudo poderá parecer um ancião alquebrado. Pessoas mais sábias terão uma aparência mais velha, enquanto que aqueles imaturos irão parecer muito jovens. Talvez por conta disso muitos celestiais antigos realmente parecem anciãos, mesmo que sejam bonitos: seus cabelos são brancos e suas expressões transmitem serenidade e sabedoria. Já os celestiais recém-renascidos são muitas vezes joviais e intempestivos. Claro que sempre há exceções.

As asas de um celestial são outro ponto importante e exclusivo deles (já que almas puras não as possuem). Elas são determinadas fortemente pelas suas convicções, mas também por sua Palavra. Um vingador, por exemplo, terá asas cobertas por fogo ou sempre úmidas, pingando água, por exemplo. Uma musa terá asas delicadas e brilhantes e os santos soldados normalmente possuem asas com penas metálicas que brilham como prata.

Idade e Poder. Embora seja normal que celestiais antigos sejam mais poderosos, não existe uma correlação exata entre idade e poder, pois a aquisição do último está mais relacionado ao que o celestial fez ao longo dos seus anos de existência. Embora os Guardiões escolham indivíduos que desejam compromissar-se com a Guerra Pela Salvação, tal motivação pode ser inconstante ao longo de décadas e séculos ou mesmo não durar para sempre.

É bem comum que celestiais a partir de certa idade (um século ou dois) comecem a passar mais tempo no Éden dedicando-se a assuntos pessoais. Alguns viajam pelo Paraíso para descobrir mais sobre ele, outros envolvem-se em relacionamentos afetivos e permanecem longos períodos com suas famílias (antigas ou novas) em algum Jardim.

Por mais que aprendam bastante e pratiquem, sua evolução nestas condições é bem mais lenta do que aqueles que estão na linha de frente da Guerra Pela Salvação e isso faz com que um celestial de quinhentos anos possa ser tão poderoso quanto um de cinquenta, pois enquanto o segundo passou cinco décadas dedicado à causa, o primeiro pode ter passado muito tempo estudando em Libraria, treinando em Meca ou simplesmente aproveitando a imortalidade em festas em Libertatis. Nada disso é proibido e é importante ressaltar que um dos Mandamentos é justamente respeitar a liberdade dos outros de viverem como desejarem, desde que não incomodem ninguém. Até mesmo as Palavras e Cortes mais rigorosas (como os Juramentados e Shinobi, ou a Corte Tenshi) seguem esta lei e aceitam que seus membros possam passar algum tempo longe de sua missão sagrada.

Sociedade. Há várias formas de organização entre os celestiais. O primeiro é por meio das Palavras – como já dito, as Palavras não são apenas uma coleção de poderes, mas uma filosofia de vida e código de conduta. Algumas Palavras realmente se organizam em uma hierarquia mais ou menos rigorosa, como os Juramentados e os Shinobi.

Também há as Ordens, instituições focadas em um determinado assunto ou tema. Por exemplo, a Ordem dos Hisma’il é a organização pessoal do Príncipe Jibril, composta por fervorosos guerreiros muçulmanos. A Ordem dos Vigias atua na fiscalização e combate ao crime organizado na Terra. A Libertas Inc. funciona como uma megacorporação e trabalha por um capitalismo humanista enquanto o Novo Movimento atuou durante décadas no bloco comunista e mantém influência em diversas organizações socialistas no mundo.

Também há alguns cargos no Paraíso e na Terra que são relevantes. Paladinos são celestiais incumbidos de proteger determinada pessoa ou lugar, atuando como “anjos da guarda” – mesmo no Paraíso é possível encontrar paladinos protegendo prédios importantes ou alguns serafins que eventualmente descem à Terra. Juízes são, como dito, almas puras ou celestiais incumbidos de julgar e punir os habitantes do Paraíso quando estes cometem crimes. E Administradores realizam funções gerenciais, como prefeitos ou diretores. Estes dois últimos cargos não precisam ser necessariamente exercidos por celestiais – muitas almas puras desenvolvem habilidades únicas que podem torná-los bem efetivos julgando ou coordenando ações. Definitivamente a política paradisíaca não é domínio exclusivo de Coroados, Magistrados e Musas.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:52 pm

O Mundo Ao Cair da Noite

Os celestiais precisam estar preparados para lidar com diversas criaturas sobrenaturais que atuam na Terra. Embora nem todas sejam malignas, há muitas que trazem perigo para seus protegidos, os mortais.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:53 pm

Infernais

O Inferno é a antítese de tudo o que o Paraíso representa e seus habitantes, os infernais (ou demônios) são a ameaça mais comum enfrentada pelos celestiais.

Segundo estimativas baseadas em infiltração e informações extraídas das mais diversas fontes (incluindo os próprios infernais), acredita-se que a população total do Inferno seja três vezes maior do que a do Paraíso. Como no Paraíso, nem todos os seres daquele plano de existência são infernais: há também vários monstros retirados das mais diversas mitologias, como dragões e bestas diversas. E há, é claro, os Condenados – as almas mortais que foram contaminadas pelas Trevas e arrastadas para este lugar onde permanecem como brinquedos e vítimas de seus senhores malignos.

Como o Inferno é um reflexo distorcido do Paraíso (e vice-versa), algumas estruturas se repetem. O lar dos infernais está dividido em regiões chamadas Círculos que são semelhantes às grandes regiões celestiais como o Lago Lizurd ou o Deserto de Hik-up-tah. Cada Círculo é governado por um Príncipe das Trevas (kami). Abaixo dos Príncipes estão os Lordes (kiodai), sendo que cada um deles comanda um Feudo infernal e é vassalo de um dos Príncipes. Os Generais (sugoi) vem a seguir. Podem ou não serem independentes e cada um comandam vários demônios menores, chamados Soldados (ningen).

Enquanto Celestiais se unem sob o poder e filosofia das Palavras, os demônios estão presos por seus Pecados. Cada demônio possui um Pecado que é tanto um grilhão quanto uma fonte de poder. O Pecado age como uma compulsão que o demônio precisa satisfazer. Quando realiza seu Pecado o demônio ganha força, mas se privado disso fica fraco. Os celestiais creem que o Pecado é o que impede que infernais sejam salvos, pois é muito difícil para tais criaturas abandonarem seu poder, ainda mais considerando-se que eles sofrem se não buscarem seus desejos mais sombrios.

Mas como surgem os infernais? Com base em seus próprios relatos, um Infernal nasce dentro do solo contaminado do Inferno. Enquanto celestiais e almas puras também surgem dentro do chão, mas são expelidos gentilmente para a superfície antes de despertar, infernais e condenados precisam cavar sua saída. Nem todos conseguem e Lordes e Generais costumam enviar seus próprios Soldados para “resgatar” (o correto seria “capturar”) estes retardatários. Tanto condenados quanto infernais obtidos desta forma são automaticamente colocados ao serviço daquele que os libertou do solo – no fim são todos escravos.

Infernais não possuem lembranças anteriores a seu nascimento. Seguindo as lendas e o princípio de equivalência entre Luz e Trevas, tanto os pesquisadores celestiais quanto alguns dos próprios Infernais acreditam que os demônios são humanos que se entregaram tão profundamente às Trevas e possuem tanto potencial para o Mal que são escolhidos pela própria Escuridão para serem alçados à posição de Infernais. Alguns soldados mais jovens relatam terem às vezes pesadelos onde estão na Terra e encaram toda sorte de violência e abusos – o que pode sugerir um passado mortal. Mas estes sonhos ruins desaparecem com o passar do tempo e os infernais mais antigos nem se lembram de os terem tido em algum momento de suas vidas.

Há sete Pecados conhecidos e, como ocorre com as Palavras, os infernais recebem apelidos conforme seu Pecado:

Caos: Besta, Monstro, Abominação entre outros. São os mais selvagens infernais e deram origem a diversas lendas sobre criaturas diversas que traziam horror às pessoas.
Cobiça: Diabo. Estes infernais trabalham para acumular posses, sejam materiais, intelectuais ou místicas.
Corrupção: Mandrágora. Seu objetivo é converter as almas para as Trevas.
Crueldade: Capeta. Deleitam-se ao ferir os outros, impondo-lhes dor e sofrimento.
Ira: Rakshasa. Enquanto os infernais do Caos entregam-se à destruição sem sentido, estes voltam sua brutalidade contra as pessoas e são os guerreiros mais perigosos do Inferno.
Tirania: Cataboligne. Manipuladores e dominadores, os cataboligne assumem rapidamente posições de liderança e erguem grandes poderes no mundo.
Vício: Íncubo (dado aos mais violentos) ou Súcubo (dado aos mais sutis e insidiosos). Estes infernais entregam-se aos mais diversos vícios (sexo, drogas, jogo, etc.) e buscam espalha-los o máximo possível.

Estes Pecados têm aparentemente permanecido imutáveis desde o princípio dos tempos, então ninguém sabe se é possível a criação de um novo Pecado (e a ascensão de um novo Príncipe) como ocorre com as Palavras.

Infernais possuem acesso a poderes exclusivos chamados Malefícios, que se relacionam de algum modo aos Pecados. Entretanto um Infernal não precisa pertencer a um Pecado específico para ter acesso ao Malefício correspondente (o que os deixa mais versáteis do que os celestiais, que normalmente só seguem uma Palavra).

Os celestiais têm que tomar cuidado ao lidar com infernais. Por um lado, é fato de que estes são covardes – a maior parte dos demônios vai evitar combates que não tenham certeza de que podem vencer. Por outro lado, um infernal de mesma idade e categoria de um celestial será três a quatro vezes mais forte que seu correlato iluminado. Isto porque o Inferno é um lugar duro e brutal e os infernais acabam sendo selecionados, com os fracos sendo obliterados por seus próprios pares.

Então uma das primeiras coisas que celestiais recém-chegados aprendem é que eles devem evitar enfrentar um infernal sozinhos. Mesmo um Santo Soldado pode se ver com problemas ao lidar com um aparentemente fraco Súcubo.

Os infernais estão em maior número e são individualmente mais poderosos. Como a Luz pode prevalecer sobre tais criaturas? Embora o Inferno tenha poder, este tem um preço. Embora um demônio possa ser poderoso, eles raramente se associam. Os infernais mais jovens costumam se unir na Terra para enfrentar suas ameaças, mas tais alianças duram muito pouco, pois demônios são egoístas e traiçoeiros. Uma das estratégias mais básicas quando os celestiais enfrentam os infernais é jogá-los uns contra os outros e depois eliminar o vencedor enfraquecido. Outra é solapar suas bases de poder e recursos – atacando seus cultos, enviando a polícia atrás das atividades escusas de suas organizações. Em último caso é possível usar as próprias fraquezas demoníacas, em particular seu Pecado. Mais de um rakshasa já foi obliterado após ter sido conduzido até uma armadilha, mais de um súcubo já foi destruído por desejar um celestial.

E a principal vantagem dos celestiais é a grande falha dos infernais: união. Infernais estão o tempo todo em conflito, manipulando-se mutuamente. Um anjo em perigo sabe que sempre pode contar com ajuda. O Conselho Celestial mantém toda uma rede de suporte tanto no Paraíso quanto na Terra (e outros lugares). Se um demônio precisa de uma informação ele provavelmente precisará encontrar outro infernal e negociar com ele ou tomar à força o que precisa, sem garantias de que obterá o que procura. Um celestial pode ir à uma das inúmeras bibliotecas de Libraria, buscar informantes em Libertatis, Prístina ou outro dos inúmeros Jardins. Com raras exceções, o conhecimento é acessível e gratuito. Toda cidade terrestre possui um Principado, um arcanjo ou serafim responsável pela manutenção desta rede e qualquer celestial pode procura-lo e pedir ajuda a qualquer momento.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:54 pm

Caídos

Quando Lúcifer Estrela-da-Manhã foi derrotado e arrastado em correntes até seus irmãos, Fanuel, Príncipe da Justiça, transmitiu a sentença dada pelo próprio Metraton: a Queda. O Príncipe da Proteção e seus seguidores tiveram suas arrancadas em um ritual doloroso e foram enviados por teleporte para os céus da Terra. Sem suas asas, caíram e foram esmagados sobre o solo. Ao ressuscitarem, viram-se presos ao mundo dos mortais.

A pena de morte (ou obliteração) é rara no Éden – os celestiais sempre prezam pela esperança e o fato do maior dos traidores não ter sido destruído reforça este fato. Assim, quando um celestial comete crimes demais ele é condenado à Queda. Suas asas são arrancadas e ele é teleportado para a Terra. Atualmente não é comum ele ser simplesmente jogado dos céus como foi com a Grande Rebelião, o condenado é simplesmente conduzido por magistrados e santos soldados até um ponto da Terra e deixado lá para “se virar”. Todo Caído recebe uma marca na fronte que só é visível para os Magistrados e eles, em princípio, são mantidos sob vigilância. A possibilidade de redenção sempre existe e o fato é decidido pelos Guardiões: quando um Caído se redime a marca em sua testa desaparece e ele pode procurar o Principado mais próximo e pedir para ser readmitido. Claro que os próprios Caídos não conseguem ver suas marcas, então normalmente é um Magistrado que identifica a redenção e encaminha o “ex-Caído” de volta para casa.

Infelizmente o maior pecado dos Caídos é seu orgulho. Não é tanto os erros que condenam um celestial, é sua insistência em achar que está certo e perseverar em suas falhas. Lúcifer nunca agiu por maldade, suas intenções eram puras. Se ele continua em sua condição atual é porque acredita sinceramente que seu caminho era o correto e até hoje ninguém conseguiu convencê-lo do contrário. Como ele, os demais Caídos aferram-se a suas convicções e um número muito reduzido deles conseguiu se redimir.

Os Caídos são poucos, mas ainda sim há o suficiente para que possam se organizar. Eles possuem suas próprias Cortes, sendo a principal delas a Corte Negra liderada pelo próprio Estrela-da-Manhã. Caídos não possuem acesso às Palavras, mas ao traficar com as forças infernais eles conseguem obter acesso aos Malefícios – mas quase sempre este poder cobra um preço e o Caído aproxima-se ainda mais das Trevas.

E, falando em Trevas, existe algo ainda pior que um Caído: Luciferite. Tendo recebido o nome a partir de Lúcifer (isto é tido como uma provocação barata pelos Caídos), os luciferite são essencialmente ex-anjos que se converteram em demônios ao serem imbuídos por um Príncipe das Trevas. Como os demais infernais, luciferite possuem Pecado e acesso livre aos Malefícios.

Como nota adicional, com base na existência dos luciferite, dizem as lendas que também haveria o oposto: os Redimidos, infernais que abandonaram o caminho das Trevas e ascenderam ao Paraíso. Se tais criaturas realmente existem são raríssimas e mesmo celestiais antigos tendem a considera-las apenas contos de fadas. Pode haver mesmo Salvação para os mais condenados de todos?

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:54 pm

Anunnaki

Os anunnaki, “Filhos D’Aqueles de Sangue Real”, são mortos-vivos corpóreos que alimentam-se de sangue humano e normalmente são feridos profundamente pela luz solar. Os membros desta raça desprezam o termo “vampiro”, uma criatura da cultura pop derivada de um monstro do folclore do Leste Europeu.

Anunnaki estão presos entre o mundo dos mortos e o dos vivos. Quando ficam sem sangue eles se aproximam do primeiro mundo: tornam-se capazes de ver o reino dos mortos e seus habitantes e os stryx (aves negras que voam nos “céus” do reino dos mortos) os seguem. Quando alimentam-se tudo fica mais claro, o reino dos mortos se afasta e eles se sentem mais “vivos”. Essa dicotomia entre a vida e a morte compõe o cerne da existência destas criaturas.

Celestiais e infernais acreditam que os anunnaki foram criados por um demônio – provavelmente um Príncipe das Trevas. Entretanto não há certeza, sua própria tradição remonta à Era das Lendas e eles afirmam que os primeiros anunnaki foram quatro aristocratas da cidade de Corazim e que foram mortos e ressuscitaram como semideuses – estes seriam os “Anunna”, “De Sangue Real”.

Assim, os anunnaki se dividem em quatro Linhagens, cada uma derivada de um dos anunna originais:

Ereshkigal. A rainha de Corazim. Seus descendentes são manipuladores e autoritários e se pretendem governantes dos mortos. Muitas vezes são mesmo.
Nergal. O rei de Corazim e general de seus exércitos. Suas crias são guerreiros poderosos e brutais que lançam pragas e destruição sobre seus inimigos.
Alukah. A sumo-sacerdotisa de Corazim. Os filhos de Alukah são místicos espiritualistas que controlam estranhos poderes.
Namtar. O feiticeiro da corte de Corazim. Seus herdeiros são necromantes perigosos e astutos.

A relação mais corriqueira entre celestiais e anunnaki é de beligerância. Os mortos-vivos oprimem os mortais, alimentam-se deles e parasitam sua sociedade. De todos os celestiais, os Santificados são os que mais possuem repulsa contra tais criaturas e atuam firmemente no combate a eles: seus poderes de cura são particularmente efetivos como arma contra os de Sangue Real.

Entretanto, nem sempre a situação entre ambos é de conflito. Por exemplo, em Magdala, uma grande cidade brasileira na região oriental de Minas Gerais, os celestiais locais estão aliados a uma facção anunnaki chamada “Filhos de Madalena” que acreditam que Santa Madalena era uma deles, redimida por Jesus.

A despeito disso, os celestiais devem sempre se lembrar do Mandamento do Segredo – o conhecimento dos anunnaki sobre celestiais e infernais é limitado e recheado de mitos e inverdades. Alguns até nem acreditam que tais seres de Luz existam, mesmo quando têm consciência da existência de demônios. Mesmo os maiores aliados são mantidos parcialmente no escuro. E é melhor que continuem assim.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:55 pm

Lobisomens

Lobisomens são humanos amaldiçoados que podem transformar-se em lobos, mas também podem assumir uma terrível forma intermediária durante a qual são tomados por uma fúria incontrolável e destrutiva.

É uma raça perigosa, mas tecnicamente menos ameaçadora para a Humanidade do que demônios, anunnaki e mesmo caídos. A despeito disso, a vida para as pessoas vivendo em um território deles pode ser bem difícil, dependendo da tribo local.

Os lobisomens se organizam em Nações, que são grupos deles com origens culturais comuns. Entre as Nações temos os Lupercais originados da antiga Itália romana, os sombrios Barghest britânicos e os norte-americanos Wendigo, entre outras.

Mas o núcleo deles são as tribos, bandos que se reúnem em torno de um líder comum e controlam um território. Em suas terras natais, as tribos são inteiramente compostas por lobisomens de uma mesma Nação, mas no Novo Mundo é bastante comum que tribos mistas acabem surgindo, combinando membros de duas ou mais Nações cuja presença seja minoritária na região.

Enfrentar um lobisomem é muito arriscado mesmo para os celestiais. Em sua forma intermediária eles são máquinas de matar que podem dar trabalho mesmo para um Arcanjo. Some isso ao fato de agirem em grupo e você tem criaturas quase invencíveis. Se celestiais precisarem mesmo confrontar lobisomens, o ideal é isolar os indivíduos e cuidar deles um por um, atacando em grande número de forma rápida e precisa.

Como ocorre com os anunnaki, alguns (poucos) lobisomens podem ser aliados dos celestiais. Isso é mais comum com Desgarrados, lobisomens sem tribo que vagam por aí. Sem o apoio de um grupo, tais criaturas estão ansiosas para encontrar um lugar para “pertencer” e uma falange celestial pode ser o ideal. Um lobisomem será o inimigo mais mortal que você encontrará, mas também o amigo mais fiel abaixo dos Céus.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:55 pm

Fantasmas

Em algum lugar no multiverso entre o Paraíso e o Inferno há um mundo de sombras constantes, de desalento e tristeza. Esta é a Sombra do Mundo, ou Reino dos Mortos, às vezes referido como “Purgatório” pelos celestiais ocidentais.

Quando uma pessoa morre deixando assuntos pendentes ou com forte apego a algo ou alguém, sua alma não consegue seguir para seu destino, seja Paraíso ou Inferno. Ela permanece agarrada ao mundo material, existindo em sua Sombra – um reflexo distorcido da Terra e habitado por horrores únicos.

Os principais residentes na Sombra são os Fantasmas, as almas humanas que não conseguem ir adiante. Um Fantasma deve resolver seus problemas para então partir e abandonar de vez o mundo material, mas isto pode levar séculos. Felizmente eles não estão sozinhos.

Os Anjos da Morte, ou Psicopompos, liderados por Azrael, atuam neste plano, zelando pelas almas perdidas e buscando meios de leva-las à Redenção, à Libertação e à Luz. É um trabalho exaustivo, pois a Sombra é depressiva e arrasadora e a corrupção das Trevas caminha próxima, arrastando estes infelizes seres cada vez mais perto do Inferno.

Cada comunidade humana na Terra possui uma correspondente na Sombra, chamada Necrópole. Assim há uma Necrópole de São Paulo, uma de Belo Horizonte, uma de Nova York, etc. Entre as Necrópoles estão as Brumas, áreas tomadas por névoas negras e habitadas por toda sorte de monstros que predam os Fantasmas. Cruzar as Brumas é um desafio e poucos Fantasmas se atrevem a tentar fazê-lo.

Uma das principais criaturas não-humanas vivendo na Sombra são os stryx, aves negras semelhantes a corvos que voam pelos “céus” deste mundo cinzento. Os stryx são um sinal de mau agouro e quando se acumulam sobre uma pessoa ou área específica isso indica que a morte está muito perto daquele ser. Inclusive a visão dos stryx na Sombra também é indicativo da presença de anunnaki em uma área do mundo material, pois tais mortos-vivos parecem atrair tais criaturas como a carniça atrai os abutres.

Uma coisa que talvez muitos não saibam (exceto os Anjos da Morte e os Fantasmas mais antigos) é que Fantasmas podem morrer. Além da Obliteração feita por infernais ou celestiais, os Fantasmas degeneram lentamente ao longo de séculos – isto é visível, com eles se tornando cada vez mais “esfarrapados” e letárgicos, como se o peso das eras esmagasse seus ombros. Há raríssimos Fantasmas com mais de mil anos e não se conhece nenhum com dois mil. Quando o Fantasma atinge o ápice da degeneração os stryx caem sobre ele e o devoram, como aves carniceiras, desfazendo-o completamente. Ninguém sabe se há existência após esta “morte final”, mas alguns acreditam que tais almas são simplesmente reencarnadas – mas isto está mais para uma profissão de Fé do que conhecimento real.

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Mensagem por Padre Judas Ter Set 08, 2020 7:56 pm

A Corte Elemental

Fadas. Elfos. Curupiras. Há uma grande quantidade de criaturas nas lendas populares que não são nem boas nem más e agem movidas por motivações misteriosas e um senso (ou não) de justiça particular. Tais entidades são os Elementais, espíritos que vivem nos diversos Planos Elementais paralelos ao Paraíso, ao Inferno e à Sombra.

Os Espíritos da Luz se destacam para os celestiais, pois são de grande importância para estes. No passado distante o Princípio da Luz reuniu seus espíritos e pediu que eles ofertassem seu poder. Com este poder foram criados os primeiros celestiais, mas os espíritos de Luz perderam sua forma – hoje eles existem somente no Plano Astral, o plano da mente, e interagem com celestiais, almas puras e, às vezes, mortais através de sonhos e visões. Seu líder é Metraton, que se manifesta como um anjo coroado e em chamas. Sãos os Guardiões que recolhem as almas puras e selecionam os celestiais.

Há outra categoria de espíritos de grande relevância para o Paraíso, os Jardineiros, que zelam pelos diversos Jardins do Éden. Eles não são exatamente espíritos da Luz, mas associaram-se à ela no princípio dos tempos e a servem com lealdade. Um Jardineiro pode assumir qualquer forma. Eles normalmente não assumem forma humana ou celestial, mas podem assumir uma parecida, como a de um elfo ou humanoide alado.

Os Espíritos das Trevas existiram uma vez, mas não mais. O Princípio das Trevas reuniu-os nos primórdios do tempo para criar os Infernais, mais poderosos e melhor servos.

Os outros espíritos continuam por aí. Celestiais e infernais eventualmente envolvem-se com eles. É preciso muito cuidado ao lidar com elementais, pois eles não usam de lógica humana e seguem seus próprios preceitos e valores.

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Mensagem por Padre Judas Qui Set 17, 2020 9:38 am

Fortaleza Asfódelos

Anjos: Magna Veritas [OFF] - Página 2 YM84tFR

No Sombra do Mundo, o domínio dos mortos, Azrael e seus Psicopompos ergueram um bastião para a Luz, um modo de trazer paz, segurança e, principalmente, esperança para as Almas Perdidas. Esta é a Fortaleza Asfódelos.

Por fora a Fortaleza é inexpugnável. Erguida no topo de altas montanhas entre as Brumas que cercam as Necrópoles, cercada por uma muralha enorme e sendo completamente coberta por enormes domos, o acesso à Fortaleza pode ser bem difícil. Almas convidadas dos Psicopompos chegam com elas através de teleporte, mas muito raramente algum aventureiro mais ousado desafia os grandes perigos da jornada e bate em seus portões titânicos. Entretanto a vasta maioria dos fantasmas nem sabe que ela existe e para outros ela é apenas uma lenda. O Mandamento do Segredo mantém a existência de Asfódelos em dúvida.

Por dentro Asfódelos parece um mosteiro. Influenciado pelo Paraíso, esta fortaleza é um nodo celestial, mas ainda está no Purgatório. Entre os blocos de celas há capelas e salas para oração, bibliotecas, pequenos jardins e praças. Aqueles que aqui vivem são convidados à reflexão e oração. As Almas Perdidas precisam libertar-se dos grilhões que os prendem ao mundo vivo e algumas ainda precisam encontrar redenção para as máculas que acumularam ao longo de suas existências mortais e tentam arrastá-las ao Inferno. Em Asfódelos os Serafins e o próprio Príncipe da Morte trabalham incansavelmente para acolher e aconselhar estes infelizes seres.

Embora não seja parte do Paraíso, Asfódelos se assemelha a um Jardim. A maioria dos Anjos da Morte têm aqui como sua base e adquirem algumas habilidades derivadas da permanência no Reino dos Mortos.

VANTAGEM REGIONAL: TOCADO PELA MORTE

Devido à permanência por longo período no Purgatório, você recebe a especialização Sobrevivência (Sombra do Mundo) e Arena (Sombra do Mundo). Além disso, nunca se perde na Sombra do Mundo. +1 ponto. Você pode teleportar até seis voluntários (ou itens inanimados com até 100kg cada) para uma Necrópole desejada (incluindo Asfódelos). A ativação deste poder exige PMs em quantidade igual ao número de pessoas e/ou cargas. Não é possível transportar criaturas involuntárias e também não serve para viajar a nenhum outro lugar. É possível usar este poder em lugares fechados, mas a pessoa precisa conhecer o lugar de destino (deve ter estado lá pelo menos uma vez).

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