Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
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Dthanatus
Kaito sensei
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Um novo recomeço
Dimitrius
O almoço termina e Dimitrius retorna com Judas e Akeginu para o Palácio do Governo.
Eles se despedem, deixando Dimitrius no quarto, sozinho.Judas
Vamos trabalhar agora, mas você ficará bem. Qualquer coisa pergunte aos guardas, eles irão acompanha-lo aonde for. Espero que mais tarde vocês três possam se encontrar com a Porta-Voz Hoengseng e a Comissária Lúsia.
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- Data de Atualização: 11/09, sábado.
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- Dimitrius. PV(20) 20. PM(04) 04. PH(04) 04.
Padre Judas- MODERADOR
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Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
Kaito não tinha muito o hábito de conversar enquanto comia, mas prestava atenção na conversa entre Edwy e Gensam. Quanto ao cardápio, não sendo peixe ou álcool, ele conseguia comer tudo.
Depois de comerem e se dirigirem à região dos templos, Kaito fica fascinado com o quanto a cultura e arquitetura daquele lugar era rica. O fato de Gensam ser um ótimo guia, explicando muito bem sobre as divindades e templos dedicados a elas, tornou o passeio ainda mais prazeroso.
Os Agarti só mostravam e contavam o que queriam e quando queriam. Ter uma experiência diferente fez Kaito ter mais fé no "novo mundo" e até a imaginar como seria ter uma vida em um lugar desses. Ele conseguia imaginar ele com sua amada fazendo o mesmo passeio.
Ainda estava absorto em pensamentos quando chegaram à biblioteca.
Depois de comerem e se dirigirem à região dos templos, Kaito fica fascinado com o quanto a cultura e arquitetura daquele lugar era rica. O fato de Gensam ser um ótimo guia, explicando muito bem sobre as divindades e templos dedicados a elas, tornou o passeio ainda mais prazeroso.
Os Agarti só mostravam e contavam o que queriam e quando queriam. Ter uma experiência diferente fez Kaito ter mais fé no "novo mundo" e até a imaginar como seria ter uma vida em um lugar desses. Ele conseguia imaginar ele com sua amada fazendo o mesmo passeio.
Ainda estava absorto em pensamentos quando chegaram à biblioteca.
Kaito
Vamos entrar... Eu queria ver se encontro livros sobre magia e sobre nós, os heróis invocados.
Kaito sensei- MESTRE
- Mensagens : 192
Um novo recomeço
Edwy & Kaito
Edwy e Kaito, acompanhados por Gensam, entram na biblioteca. Uma atendente de traços asiáticos e pele mais escura usando o manto negro os recebe e ouve do padika sua intenção, se prontificando imediatamente a ajuda-los.
O salão de leitura da biblioteca era muito grande e pela primeira vez eles puderam ver... jornais. Não havia jornais em Agarta, o governo de lá controlava a informação com rigor e, eles sabiam, havia escritórios públicos onde uma pessoa podia obter o que queria – desde que tivesse "direito legítimo a sabe-lo". Um mercador pardhava podia obter dados sobre os produtos trazidos por uma caravana, um tauta podia saber se determinada região militar precisava de guerreiros. Mas era só.
Ali havia um grande número de publicações – pelo menos umas vinte. Era bem mais do que mesmo uma grande cidade brasileira possuía.
A leitura era extensa e um tanto pesada. A primeira coisa é que havia uma forte relação entre a magia e a astrologia – não era à toa que o "As Estrelas Hoje" falava dos dois.
Em termos de história, os primeiros magos eram os xamãs. Era a magia mais "primitiva" e simples. Era versátil e rápida, mas carecia de poder bruto – as magias mais poderosas eram normalmente inacessíveis aos xamãs puros (embora uma pessoa pudesse aprender outras escolas). Xamãs não aprendiam suas magias de livros, mas da experiência direta dos mais antigos, em uma tradição que era muito mais oral do que livresca – embora texto fosse sim usado para ensinar esta arte nos dias de hoje, não era particularmente popular entre os mestres. Um xamã podia lutar ou curar por meio de rituais e encantamentos, mas seus poderes não se comparavam às habilidades de um Herói Feiticeiro como Kaito ou um Herói Médium como Edwy.
Então, há cerca de cinco mil anos, surgiu o primeiro grande império do mundo, o Império Cari, que inventaram a propriedade privada e, por extensão, a palavra escrita, a matemática, o comércio e o Estado. Sua civilização influenciou todas as seguintes e embora eles não existam mais como nação (a maior parte dos caris vivem no Império Atlante), sua língua e tradição mágica ainda são a base do conhecimento da maior parte dos povos do mundo.
Os caris eram um povo de pele relativamente clara e cabelos pretos que iam do crespo ao anelado, muito semelhantes em aparência aos semitas da Terra, principalmente árabes.
Os caris estruturam o estudo da magia de forma lógica e criteriosa, amarrando-a à astrologia e à sua religião. Os magos daquele povo refinaram o conhecimento da magia, pela primeira vez tratando-a não como uma experiência individual centrada em tentativa e erro, típica das tradições xamânicas, mas como uma forma de ciência prática, com princípios claros e bem definidos.
Toda a realidade é preenchida pelo derkês. O derkês é uma substância fundamental que permeia toda a realidade material e imaterial, conectando tudo.
O derkês vibra, como um instrumento musical. Cada coisa que existe vibra em determinada frequência e o padrão desta vibração é chamado ih. Manipular o ih – algo semelhante a dedilhar uma harpa ou outro instrumento de corda – é a chamada "magia". Para facilitar a manipulação do ih existem os diás, que são padrões facilmente reconhecíveis, mais ou menos como a escala musical ou as cores de uma paleta de pintura. Então assim como existe dó, ré e mi ou vermelho, azul e amarelo, também existem diás específicos que podem ser combinados seja em forma de texto, objetos ou mesmo emoções. O conjunto de diás compõe um feitiço.
Mas claro que a magia em diás é naturalmente limitada, pois ela busca padrões enquanto que todas as coisas possuem algum grau de individualidade — principalmente pessoas. Por isso que para lançar um feitiço da forma mais precisa possível deve-se usar chaves: uma mexa de cabelo, um pedacinho do muro de uma construção. Isto permite criar um vínculo empático que garante que uma magia generalista se torne específica.
Também há o fator da ressonância. Todo o universo vibra, o derkês está sempre se movendo. Cada objeto na realidade possui seu próprio ih e eles se combinam em uma sinfonia cósmica. Quando o mago tenta lançar um feitiço que vai contra a ressonância adequada, ele terá dificuldades. Como um instrumentista que tenta tocar uma peça sacra tradicional em meio a uma banda que toca uma música popular e festiva - seu ih dificilmente se verá ouvido e ele mesmo terá dificuldades em reconhecer o que está tocando. A ressonância é determinada principalmente pelas configurações astrológicas, mas as condições no local da magia também são importantes – por isso que rituais são mais seguros que feitiços rápidos, que costumam até ser chamados de "sujos", pois são feitos velozmente, com pouca preocupação em preparar o ambiente. Um feitiço de cura será muito mais eficaz se o curandeiro usa certos incensos e realiza certos procedimentos do que se apenas impor suas mãos e começar o encantamento. Claro que nem sempre as condições ideais são possíveis – o feitiço sujo é algo que pode ser executado, mesmo que não seja o ideal e os riscos sejam altos.
Voltando aos caris, eles ligaram sua magia aos planetas e aos seus Deuses. E para os caris estes Deuses estavam associados aos planetas que orbitavam em torno da estrela Shapash, o "sol" de Kishar – palavra que aliás tem origem em sua antiga capital, a cidade de Derkês. "Kishar" significa "Horizonte de Ki" na linguagem daquele povo. Além disso, Kishar tinha duas luas: Nikkal e Entsu.
A ciência da magia dos caris derivou os princípios xamânicos em diversas escolas que funcionam com especializações, permitindo aos seus praticantes irem muito além do xamã comum. Cada escola recebeu o nome do planeta e Deus que a favorecia.
Tsirban (xamanismo, compaixão e laços sanguíneos) é a escola dos xamãs, a "escola primordial", um estilo rústico (provavelmente o primeiro a surgir), menos especializado e que compensa baixo poder com grande versatilidade e velocidade. Entretanto, justamente por ser "primitivo" e generalista, acabava sendo desprezado por muitos magos de outras escolas, embora recebesse elogios de alguns autores justamente pelas suas duas qualidades citadas. "Às vezes você só quer acender uma fogueira, não incendiar uma floresta" escreveu um deles.
Quanto às demais, Shapash (deus da ordem e da luz) é a escola dos iogues, que envolvia manipulação do próprio corpo, principalmente para evitar dor e atingir elevados estágios de concentração, popular entre atletas e artistas marciais. Kurgal (ar, respiração e vida) é a escola dos exorcistas, envolvia cancelamento de magia, proteção contra sortilégios e exorcismo propriamente dito, ou seja, expulsar entidades sobrenaturais de volta a seus planos de origem. Entsu (sabedoria teórica) é a escola dos ilusionistas, que além de ilusões também lidam com viagem astral e clarividência. Hegal (magia, realeza e justiça) é a escola dos taumaturgos que lidam com telecinese, área muito apreciada na construção civil. Rimmon (sementes e sexualidade masculina) é a escola dos incorporadores, que consiste em invocar entidades espirituais (gênios, elementais, almas desencarnadas...) e incorpora-las, usando seus poderes em pactos pré-definidos. Muati (escrita e artes) é a escola dos bardos, que usa música para manipular emoções e sentimentos humanos, mas também para influenciar plantas, animais e até objetos. Belit (fertilidade, amor e sexualidade) é a escola dos feiticeiros, que fabricam poções e unguentos a partir de plantas e, mais raramente, partes de animais. Arali (morte, submundo e perversões sexuais) é a escola dos tantristas e usa o sexo como ferramenta para manipular duas formas de energia, erótica e tanática (desejo e morte). Ninib (ciclos agrícolas, trabalho, repouso e boa morte) é a escola dos necromantes, capazes de estabelecer comunicação com as almas dos mortos e influenciá-los ou controla-los, assim como lidar com mortos-vivos corpóreos. Erakal (guerra, destruição e epidemias) é a escola dos belomagos, guerreiros que usam magias poderosas que causam dano ou protegem o corpo – uma escola exigente que cobra muito do físico de seus usuários, que devem ter um corpo preparado para lidar com as energias violentas que manipula. Normalmente os adeptos usam artes marciais especializadas como o derkesgon atlante e o vagramaga agarti, este último uma derivação do kimpo usado pelos belomagos mugais. Nikkal (artes práticas) é a escola dos artífices ou "tecnomagos", especializados na criação de itens mágicos e na tecnologia de cristais. Uanna (águas, inteligência e alquimia) é a escola dos alquimistas, arte de transmutação da matéria e manipulação de substâncias químicas. É uma escola com forte vigilância estatal. Anshar (céu, constelações e astronomia) é a escola dos adivinhos que lidam com percepção do passado e do futuro. Uma escola que demanda grande conhecimento de astrologia.
Cada escola funciona melhor com um tipo de pessoa, tanto pelo mapa astral quanto pela personalidade e caráter. Independente do talento e habilidade, entretanto, a magia nunca é completamente precisa e sempre há uma chance de falha, por menor que seja. Falhas desastrosas ao lançar magias poderosas podem resultar em dano para o próprio conjurador e até mesmo a morte.
Outra coisa que aprenderam foi sobre a cosmologia daquele mundo. Embora algumas escolas dessem mais importância à viagem astral, como os xamãs, necromantes e incorporadores, na prática todos os magos acabavam tendo que aprender sobre o tema e inclusive realizar viagens astrais básicas – embora somente as escolas especializadas nos planos espirituais realmente mergulhassem a fundo neste conhecimento.
Enquanto na Terra normalmente imagina-se os "mundos espirituais" e inclusive o "paraíso" acima, como circundando o planeta, em Kishar os mundos espirituais são vistos como estando abaixo. Assim diz-se que entidades espirituais "sobem" para Kishar e viajantes astrais "descem" ao plano desejado.
Os assim chamados "planos de existência" começavam pelo mundo corpóreo, ou seja, a própria Kishar. Logo abaixo vinha o Limbo uma realidade muito próxima do mundo corpóreo, com o qual está em contato permanente e para dentro da qual se estendem as auras dos humanos vivos. O mundo corpóreo é visível do Limbo, mas a recíproca não é normalmente verdadeira, salvo para magos treinados. É habitado pelos elementais, entidades que circulam como anfíbias entre as duas realidades.
O Hades vinha a seguir. Habitado por fantasmas originados de humanos e outros seres inteligentes mortos. Normalmente, tais entidades estão contidas nesse plano, mas fenômenos incomuns e a ação de necromantes podem estender sua presença ao mundo corpóreo e ao Limbo.
O Tártaro era habitado por entidades parasitárias e violentas conhecidas como demônios, que se alimentam do terror e do sofrimento de seres inteligentes, bem como pelos fantasmas dos que cometeram perjúrio.
O Elísio estava logo abaixo do Tártaro e era um lugar de difícil acesso, exigindo um mergulho em nível de consciência ainda mais profundo do que o necessário para chegar até os mundos mais elevados (do Tártaro para cima). Somente magos dotados de alguma experiência podiam chegar aqui ou auxiliar outros a chegarem. O Elísio era o lar dos gênios, entidade incorpórea a meio caminho entre os elementais e o deuses, frequentemente a serviço destes últimos. Pelo menos alguns dos gênios são originados pela morte de seres humanos excepcionais, mas se são a “alma” desses humanos é uma questão em aberto.
Por fim, o Érebo, onde vivem os deuses. Este era um plano fechado, acessível somente àqueles que os próprios deuses permitissem. Um mortal podia inclusive ser arrastado (contra a própria vontade) para lá se um deus, por qualquer razão ou capricho, assim o desejasse. Um dos livros, um texto recém-escrito sobre o tema, comentava um trecho da obra "O Olho de Agarta" (que tratava da história da fundação de Vaphoey, escrito como uma crônica jornalística por uma das principais participantes do evento, Tlalpan Sismau Zi) onde o tauta Vasukhya Parusyaladaliputra, um dos dois únicos agarti a aliar-se aos hilotas na Revolta de Manova, era capturado por Mavrit, Parkunas e Hauasa, conduzido até a entrada do reino dos deuses agarti. Eles tentaram convencê-lo a se tornar o novo Manu (o imperador de Agarta) e diante de sua firme recusa buscaram destruí-lo, mas o guerreiro e herói da Revolta foi salvo a tempo pela intervenção da Nova Trindade, Samya, Chiuknawat e Mui.
Em sua busca por magias específicas para leva-los de volta para casa, encontraram um texto que complicava as coisas, um trecho do livro Dos Mundos Habitados do historiador e adivinho cari Baalar bintu Urdu.
Infelizmente nenhum livro fazia referência a heróis invocados ou mesmo pessoas que poderiam ter vindo de outro mundo.
O salão de leitura da biblioteca era muito grande e pela primeira vez eles puderam ver... jornais. Não havia jornais em Agarta, o governo de lá controlava a informação com rigor e, eles sabiam, havia escritórios públicos onde uma pessoa podia obter o que queria – desde que tivesse "direito legítimo a sabe-lo". Um mercador pardhava podia obter dados sobre os produtos trazidos por uma caravana, um tauta podia saber se determinada região militar precisava de guerreiros. Mas era só.
Ali havia um grande número de publicações – pelo menos umas vinte. Era bem mais do que mesmo uma grande cidade brasileira possuía.
Seis dos jornais eram generalistas, com cadernos dedicados à política, economia, policial, notas sociais... como um jornal da Terra. Mas havia alguns que eram especializados. O "Caderno Mercantil" era dedicado a negócios. O "Um Olhar Sobre o Mundo" era focado em notícias internacionais. "As Estrelas Hoje" era dedicado à astrologia e magia – as duas coisas estavam relacionadas. "Opinião" era um conjunto de artigos diversificados, mas também continha classificados.Gensam Ryo
O comandante disse que na Terra vocês possuem televisão e... como era a palavra... "internete?" Bom, vocês tinham outros meios de informação, mas para nós a forma escrita é a única disponível à maioria.
A bibliotecária trouxe os livros desejados: obras sobre magia.Gensam Ryo
Esse é um dos mais populares, são sempre vinte artigos por dia. Qualquer pessoa pode escrever e ser publicado, desde que pague uma quantia. É relativamente barato se for só pra publicar e tem gente que envia cartas de amor e pedidos de compra e venda ou oferece diversos serviços. Se a pessoa quiser uma ajuda do editor, seja na revisão ou mesmo um trabalho editorial "mais robusto", pode pagar mais. Mas sempre tem cinco artigos que são de colunistas fixos pagos pelo jornal, que servem como "carros-chefes" para atrair leitores. O comandante publica uma dessas colunas a cada quatorzena, fala da Terra, mas também de política local, da guerra contra os agarti e até sobre os ymir – então meio que virou uma fonte de informações para a população sobre essas coisas. Ele fala que "é como ter meu próprio canal no Youtube, mas por texto." Não sei direito o que é isso, é algo relacionado à "internete".
A leitura era extensa e um tanto pesada. A primeira coisa é que havia uma forte relação entre a magia e a astrologia – não era à toa que o "As Estrelas Hoje" falava dos dois.
Em termos de história, os primeiros magos eram os xamãs. Era a magia mais "primitiva" e simples. Era versátil e rápida, mas carecia de poder bruto – as magias mais poderosas eram normalmente inacessíveis aos xamãs puros (embora uma pessoa pudesse aprender outras escolas). Xamãs não aprendiam suas magias de livros, mas da experiência direta dos mais antigos, em uma tradição que era muito mais oral do que livresca – embora texto fosse sim usado para ensinar esta arte nos dias de hoje, não era particularmente popular entre os mestres. Um xamã podia lutar ou curar por meio de rituais e encantamentos, mas seus poderes não se comparavam às habilidades de um Herói Feiticeiro como Kaito ou um Herói Médium como Edwy.
Então, há cerca de cinco mil anos, surgiu o primeiro grande império do mundo, o Império Cari, que inventaram a propriedade privada e, por extensão, a palavra escrita, a matemática, o comércio e o Estado. Sua civilização influenciou todas as seguintes e embora eles não existam mais como nação (a maior parte dos caris vivem no Império Atlante), sua língua e tradição mágica ainda são a base do conhecimento da maior parte dos povos do mundo.
Os caris eram um povo de pele relativamente clara e cabelos pretos que iam do crespo ao anelado, muito semelhantes em aparência aos semitas da Terra, principalmente árabes.
Os caris estruturam o estudo da magia de forma lógica e criteriosa, amarrando-a à astrologia e à sua religião. Os magos daquele povo refinaram o conhecimento da magia, pela primeira vez tratando-a não como uma experiência individual centrada em tentativa e erro, típica das tradições xamânicas, mas como uma forma de ciência prática, com princípios claros e bem definidos.
Toda a realidade é preenchida pelo derkês. O derkês é uma substância fundamental que permeia toda a realidade material e imaterial, conectando tudo.
O derkês vibra, como um instrumento musical. Cada coisa que existe vibra em determinada frequência e o padrão desta vibração é chamado ih. Manipular o ih – algo semelhante a dedilhar uma harpa ou outro instrumento de corda – é a chamada "magia". Para facilitar a manipulação do ih existem os diás, que são padrões facilmente reconhecíveis, mais ou menos como a escala musical ou as cores de uma paleta de pintura. Então assim como existe dó, ré e mi ou vermelho, azul e amarelo, também existem diás específicos que podem ser combinados seja em forma de texto, objetos ou mesmo emoções. O conjunto de diás compõe um feitiço.
Mas claro que a magia em diás é naturalmente limitada, pois ela busca padrões enquanto que todas as coisas possuem algum grau de individualidade — principalmente pessoas. Por isso que para lançar um feitiço da forma mais precisa possível deve-se usar chaves: uma mexa de cabelo, um pedacinho do muro de uma construção. Isto permite criar um vínculo empático que garante que uma magia generalista se torne específica.
Também há o fator da ressonância. Todo o universo vibra, o derkês está sempre se movendo. Cada objeto na realidade possui seu próprio ih e eles se combinam em uma sinfonia cósmica. Quando o mago tenta lançar um feitiço que vai contra a ressonância adequada, ele terá dificuldades. Como um instrumentista que tenta tocar uma peça sacra tradicional em meio a uma banda que toca uma música popular e festiva - seu ih dificilmente se verá ouvido e ele mesmo terá dificuldades em reconhecer o que está tocando. A ressonância é determinada principalmente pelas configurações astrológicas, mas as condições no local da magia também são importantes – por isso que rituais são mais seguros que feitiços rápidos, que costumam até ser chamados de "sujos", pois são feitos velozmente, com pouca preocupação em preparar o ambiente. Um feitiço de cura será muito mais eficaz se o curandeiro usa certos incensos e realiza certos procedimentos do que se apenas impor suas mãos e começar o encantamento. Claro que nem sempre as condições ideais são possíveis – o feitiço sujo é algo que pode ser executado, mesmo que não seja o ideal e os riscos sejam altos.
Voltando aos caris, eles ligaram sua magia aos planetas e aos seus Deuses. E para os caris estes Deuses estavam associados aos planetas que orbitavam em torno da estrela Shapash, o "sol" de Kishar – palavra que aliás tem origem em sua antiga capital, a cidade de Derkês. "Kishar" significa "Horizonte de Ki" na linguagem daquele povo. Além disso, Kishar tinha duas luas: Nikkal e Entsu.
A ciência da magia dos caris derivou os princípios xamânicos em diversas escolas que funcionam com especializações, permitindo aos seus praticantes irem muito além do xamã comum. Cada escola recebeu o nome do planeta e Deus que a favorecia.
Tsirban (xamanismo, compaixão e laços sanguíneos) é a escola dos xamãs, a "escola primordial", um estilo rústico (provavelmente o primeiro a surgir), menos especializado e que compensa baixo poder com grande versatilidade e velocidade. Entretanto, justamente por ser "primitivo" e generalista, acabava sendo desprezado por muitos magos de outras escolas, embora recebesse elogios de alguns autores justamente pelas suas duas qualidades citadas. "Às vezes você só quer acender uma fogueira, não incendiar uma floresta" escreveu um deles.
Quanto às demais, Shapash (deus da ordem e da luz) é a escola dos iogues, que envolvia manipulação do próprio corpo, principalmente para evitar dor e atingir elevados estágios de concentração, popular entre atletas e artistas marciais. Kurgal (ar, respiração e vida) é a escola dos exorcistas, envolvia cancelamento de magia, proteção contra sortilégios e exorcismo propriamente dito, ou seja, expulsar entidades sobrenaturais de volta a seus planos de origem. Entsu (sabedoria teórica) é a escola dos ilusionistas, que além de ilusões também lidam com viagem astral e clarividência. Hegal (magia, realeza e justiça) é a escola dos taumaturgos que lidam com telecinese, área muito apreciada na construção civil. Rimmon (sementes e sexualidade masculina) é a escola dos incorporadores, que consiste em invocar entidades espirituais (gênios, elementais, almas desencarnadas...) e incorpora-las, usando seus poderes em pactos pré-definidos. Muati (escrita e artes) é a escola dos bardos, que usa música para manipular emoções e sentimentos humanos, mas também para influenciar plantas, animais e até objetos. Belit (fertilidade, amor e sexualidade) é a escola dos feiticeiros, que fabricam poções e unguentos a partir de plantas e, mais raramente, partes de animais. Arali (morte, submundo e perversões sexuais) é a escola dos tantristas e usa o sexo como ferramenta para manipular duas formas de energia, erótica e tanática (desejo e morte). Ninib (ciclos agrícolas, trabalho, repouso e boa morte) é a escola dos necromantes, capazes de estabelecer comunicação com as almas dos mortos e influenciá-los ou controla-los, assim como lidar com mortos-vivos corpóreos. Erakal (guerra, destruição e epidemias) é a escola dos belomagos, guerreiros que usam magias poderosas que causam dano ou protegem o corpo – uma escola exigente que cobra muito do físico de seus usuários, que devem ter um corpo preparado para lidar com as energias violentas que manipula. Normalmente os adeptos usam artes marciais especializadas como o derkesgon atlante e o vagramaga agarti, este último uma derivação do kimpo usado pelos belomagos mugais. Nikkal (artes práticas) é a escola dos artífices ou "tecnomagos", especializados na criação de itens mágicos e na tecnologia de cristais. Uanna (águas, inteligência e alquimia) é a escola dos alquimistas, arte de transmutação da matéria e manipulação de substâncias químicas. É uma escola com forte vigilância estatal. Anshar (céu, constelações e astronomia) é a escola dos adivinhos que lidam com percepção do passado e do futuro. Uma escola que demanda grande conhecimento de astrologia.
Cada escola funciona melhor com um tipo de pessoa, tanto pelo mapa astral quanto pela personalidade e caráter. Independente do talento e habilidade, entretanto, a magia nunca é completamente precisa e sempre há uma chance de falha, por menor que seja. Falhas desastrosas ao lançar magias poderosas podem resultar em dano para o próprio conjurador e até mesmo a morte.
Outra coisa que aprenderam foi sobre a cosmologia daquele mundo. Embora algumas escolas dessem mais importância à viagem astral, como os xamãs, necromantes e incorporadores, na prática todos os magos acabavam tendo que aprender sobre o tema e inclusive realizar viagens astrais básicas – embora somente as escolas especializadas nos planos espirituais realmente mergulhassem a fundo neste conhecimento.
Enquanto na Terra normalmente imagina-se os "mundos espirituais" e inclusive o "paraíso" acima, como circundando o planeta, em Kishar os mundos espirituais são vistos como estando abaixo. Assim diz-se que entidades espirituais "sobem" para Kishar e viajantes astrais "descem" ao plano desejado.
Os assim chamados "planos de existência" começavam pelo mundo corpóreo, ou seja, a própria Kishar. Logo abaixo vinha o Limbo uma realidade muito próxima do mundo corpóreo, com o qual está em contato permanente e para dentro da qual se estendem as auras dos humanos vivos. O mundo corpóreo é visível do Limbo, mas a recíproca não é normalmente verdadeira, salvo para magos treinados. É habitado pelos elementais, entidades que circulam como anfíbias entre as duas realidades.
O Hades vinha a seguir. Habitado por fantasmas originados de humanos e outros seres inteligentes mortos. Normalmente, tais entidades estão contidas nesse plano, mas fenômenos incomuns e a ação de necromantes podem estender sua presença ao mundo corpóreo e ao Limbo.
O Tártaro era habitado por entidades parasitárias e violentas conhecidas como demônios, que se alimentam do terror e do sofrimento de seres inteligentes, bem como pelos fantasmas dos que cometeram perjúrio.
O Elísio estava logo abaixo do Tártaro e era um lugar de difícil acesso, exigindo um mergulho em nível de consciência ainda mais profundo do que o necessário para chegar até os mundos mais elevados (do Tártaro para cima). Somente magos dotados de alguma experiência podiam chegar aqui ou auxiliar outros a chegarem. O Elísio era o lar dos gênios, entidade incorpórea a meio caminho entre os elementais e o deuses, frequentemente a serviço destes últimos. Pelo menos alguns dos gênios são originados pela morte de seres humanos excepcionais, mas se são a “alma” desses humanos é uma questão em aberto.
Por fim, o Érebo, onde vivem os deuses. Este era um plano fechado, acessível somente àqueles que os próprios deuses permitissem. Um mortal podia inclusive ser arrastado (contra a própria vontade) para lá se um deus, por qualquer razão ou capricho, assim o desejasse. Um dos livros, um texto recém-escrito sobre o tema, comentava um trecho da obra "O Olho de Agarta" (que tratava da história da fundação de Vaphoey, escrito como uma crônica jornalística por uma das principais participantes do evento, Tlalpan Sismau Zi) onde o tauta Vasukhya Parusyaladaliputra, um dos dois únicos agarti a aliar-se aos hilotas na Revolta de Manova, era capturado por Mavrit, Parkunas e Hauasa, conduzido até a entrada do reino dos deuses agarti. Eles tentaram convencê-lo a se tornar o novo Manu (o imperador de Agarta) e diante de sua firme recusa buscaram destruí-lo, mas o guerreiro e herói da Revolta foi salvo a tempo pela intervenção da Nova Trindade, Samya, Chiuknawat e Mui.
Em sua busca por magias específicas para leva-los de volta para casa, encontraram um texto que complicava as coisas, um trecho do livro Dos Mundos Habitados do historiador e adivinho cari Baalar bintu Urdu.
- Dos Mundos Habitados:
- Sabemos assim que o Sistema Shapash conta dezesseis planetas (incluindo nossa Kishar) e seus satélites, além de ao menos três cinturões de asteroides, além de incontáveis cometas que provém das regiões mais afastadas e às vezes penetram no sistema, felizmente passando sem causar grandes danos.
Dos dezesseis planetas são com certeza habitados por civilizações Muati e Erakal. Talvez sejam habitados Belit e Shadi. Sabemos dos primeiros graças a observações positivas feitas por telescópios, associado com a habilidade de nossos melhores adivinhos. Dos segundos, aceitamos a possibilidade pelas condições planetárias observadas mostrarem um mundo em parte muito similar à nossa própria Kishar. Considerando que mesmo Erakal, um vasto deserto pontilhado por oásis, pode suportar vida e civilizações avançadas o suficiente para construir enormes canais visíveis mesmo de nosso mundo, então não é estranho suspeitar que um mundo bem mais agradável como Belit não possa conter vida inteligente. Shadi, por ser em boa parte coberto por água, talvez não possa conter vida inteligente terrestre, mas quem sabe o que vive em seus vastos oceanos?
Sobre Muati e Erakal, infelizmente até hoje ainda não foi possível um contato mesmo que leve com tais civilizações e nem mesmo sabemos se eles possuem tecnologia para perceber nossa existência como notamos a deles. Do mesmo modo nossos ilusionistas, mestres na viagem astral, não conseguem projetar-se tão longe – segundo os estudiosos da escola Entsu, existe como uma "barreira astral" que impede que as consciências possam ir tão longe. Infelizmente por isso também, provavelmente a própria telepatia é impossível. Será necessário que a tecnologia aérea deste mundo evolua o suficiente para que possamos ultrapassar os limites de nossa atmosfera e possam nos imergir no éter cósmico, singrando o espaço até os outros mundos. Entretanto, cabe questionar se a mesma barreira que impede que nossos telepatas e ilusionistas possam alcançar nossos vizinhos também não poderia impedir as complexas magias utilizadas por nossos tecnomagos para fazer voar suas máquinas maravilhosas. Somente o tempo dirá, mas creio que o gênio humano é imparável e, como escreveu Kasmin Tixó Quin, diretor do Instituto Imperial de Kisharografia e História da Atlântida, "uma geração não propõe a si mesma questões que não possa resolver".
Infelizmente nenhum livro fazia referência a heróis invocados ou mesmo pessoas que poderiam ter vindo de outro mundo.
- A magia em Kishar:
- Falando em termos de mecânica, a magia de Kishar é inteiramente baseada em testes de Atributos e gasto de PM. Para lançar uma magia o conjurador deve primeiro aprende-la: feitiços simples demandam alguns dias para serem aprendidos, mas os mais poderosos exigem anos de estudo dedicado. A personalidade da pessoa é forte influente, assim como as condições ambientais: uma condição inadequada resultará em desvantagem para o teste. Condições excepcionalmente adequadas podem resultar em vantagem, mas é bem mais raro – quando muito se pode fazer um teste simples.
Toda magia vai consumir PM. Magias menores exigirão 1 PM, mas as mais poderosas podem demandar o trabalho de várias pessoas para produzir a energia necessária. Pontos de Magia são gastos antes do teste ser feito e, em caso de falha, serão perdidos assim mesmo. Configurações astrológicas influenciam no gasto de PM, podendo fazer com que seja maior ou menor conforme as condições presentes – a única exceção é a magia xamânica, que não está restrita pela influência das estrelas. Entretanto, o ambiente também afeta tanto o teste quanto gasto de PM, mesmo no xamanismo (onde é até mais importante do que para outras escolas).
As Escolas são outro fator importante. A maioria dos magos irá se especializar em uma escola e pode aprender alguns princípios básicos e magias simples de um ou duas outras em sua vida. Alguns pouquíssimos prodígios podem vir a se tornar mestres em duas escolas, após séculos de prática, mas dificilmente aprenderá três.
Algumas escolas exigem uma condição específica para serem aprendidas. Erakal pede um corpo de físico forte, a taumaturgia Hegal exige que a pessoa já nasça com o dom telecinético, e assim por diante. Além disso, nem todos os povos praticam todas as escolas ou as dominam. Necromancia é proibida no Império Mugal, por exemplo, e alquimia demanda muito dinheiro e acesso a materiais raros, além de normalmente estar sob o rígido controle estatal na maior parte dos países onde é praticada.
- Off:
- Vocês podem fazer perguntas específicas relacionadas à magia no Telegram e eu posso responder. Algumas perguntas podem demandar testes de Intelecto.
Data de Atualização: 18/09, sábado.
- Protagonistas:
- Edwy. PV(08) 08. PM(08) 08. PH(08) 08.
- Kaito. PV(08) 08. PM(06) 06. PH(04) 04.
- Edwy. PV(08) 08. PM(08) 08. PH(08) 08.
Última edição por Padre Judas em Qui Set 16, 2021 1:33 pm, editado 1 vez(es)
Padre Judas- MODERADOR
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Um novo recomeço
Dimitrius
Depois de se despedir de Judas, Dimitrius demonstrou interesse em procurar por uma taverna e os guardas, solícitos, aceitam leva-lo a uma. Enquanto saem pelos corredores começam a discutir animados entre eles.
Sangsheng You
Em qual podemos levar Dimitrius-sama?
Hoeng Tsun
Vamos levar ele ao Meias Luas!
Sangsheng You
Idiota! Ele quer ir a uma taverna, não a um bordel!
O outro concordou. Os três desceram a larga avenida rumo ao Mercado. Dimitrius viu a multidão diante de si, muitos povos, cores e sons. O principal idioma falado era o mugal, mas também havia muito agarti. Havai outros idiomas que ele não sabia quais eram, embora fosse capaz de entendê-los perfeitamente graças ao seu poder de Herói. Aquela era um cidade viva e borbulhante, ao invés da beleza estática de Manova. Havia gritos e borburinhos, como uma grande feira popular ou um camelódromo. Vendedores anunciavam seus produtos na rua: roupas, animais, comida. Por fim chegaram ao Vaso Atlante, que tinha de fato um vaso enorme parado à direita da porta – tão alto quanto uma pessoa e tão grande que um casal bem poderia entrar nele. Estava decorado com pinturas em baixo relevo mostrando pessoas bebendo e algumas fazendo amor.Hoeng Tsun
Ah... bom, vamos leva-lo ao Vaso Atlante.
Hoeng Tsun
A arte atlante é muito sensual. Eles adoram foder!
A moça faz uma careta e Dimitrius pode ver que à esquerda da porta há uma monstruosidade: uma carranca retratando uma mulher, mas feita inteiramente de serpentes. Acima um cartaz escrito em mugal e agarti dizia "proibida entrada de menores de idade".Sangsheng You
Olha a boca! Desculpe, ela herdou o jeito desbocado de uma de suas mães, que é tlavatli.
Várias mesas estão espalhadas, com cadeiras, e um balcão em "L" está em um canto. A parede atrás está forrada de bebidas e um quadro anuncia vários produtos com seus preços. Quando se sentam uma moça de pele parda, parecida com uma índia, calças bufantes pretas com um cinto cinzento os atende. Ela traz o torso desnudo e longas tranças amarradas em um tipo de coque.Sangsheng You
A carranca é a representação de uma divindade atlante da morte ou algo assim, os atlantes usam para identificar locais onde crianças não podem entrar.
Dimitrius havia acabado de almoçar e ainda não sentia fome, mas podia pedir algo para petiscar, se quisesse.Mirá Zumi Pau
Boa tarde. Sou Mirá Zumi Pau. O que vão querer?
Hoeng Tsun
A comida atlante é bem apimentada, cuidado. Eu adoro, mas nem todo mundo dá conta.
- Off:
- Data de Atualização: 18/09, sábado.
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Padre Judas- MODERADOR
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Edwy
A caminho da biblioteca passamos por vários templos dedicados às mais diversas Divindades. Confesso que me senti atraído por alguns, mas não era hora de admirar ou visitar esses lugares. Talvez em uma próxima oportunidade.
Gensam nos guiou até a biblioteca e lá fomos muito bem atendidos. Todo o material que pedimos nos foi disponibilizado na medida do possível. Como é nosso primeiro contato, por assim dizer, com a magia desse mundo, creio que a maior parte do material continha apenas conhecimentos básicos. As leituras mais avançadas eram maçantes se não se sabe o básico. Apesar de termos aprendido algumas coisas, creio que o melhor seria ter um professor.
Bem, a resposta de Ryo era esperada. Ele tem bastante conhecimento, mas não me pareceu ter tanta intimidade com a magia. Mesmo assim, sua ajuda foi de grande importância.
Passamos muito tempo procurando na biblioteca, mas não conseguimos juntar nenhuma informação sobre os heróis invocados ou caminho de retorno para casa.
Gensam nos guiou até a biblioteca e lá fomos muito bem atendidos. Todo o material que pedimos nos foi disponibilizado na medida do possível. Como é nosso primeiro contato, por assim dizer, com a magia desse mundo, creio que a maior parte do material continha apenas conhecimentos básicos. As leituras mais avançadas eram maçantes se não se sabe o básico. Apesar de termos aprendido algumas coisas, creio que o melhor seria ter um professor.
Edwy
- Ryo, como se faz para descobrir sua afinidade mágica?
Gensam Ryo
Hm... acho que somente um mago poderia te ajudar. Recomendaria um xamã, pois eles são os "generalistas". Um adivinho também, com certeza. Qualquer pessoa bem versada em astrologia. Você pode falar com o comandante também, ele conhece alguns testes simples.
Bem, a resposta de Ryo era esperada. Ele tem bastante conhecimento, mas não me pareceu ter tanta intimidade com a magia. Mesmo assim, sua ajuda foi de grande importância.
Edwy
- Farei isso quando voltarmos. Mas acho que agora entendo a reação dos agharti quando desenhei as constelações do meu mundo para usar magia.
Passamos muito tempo procurando na biblioteca, mas não conseguimos juntar nenhuma informação sobre os heróis invocados ou caminho de retorno para casa.
Edwy
- Infelizmente não encontramos o que estávamos procurando. Mas acredito que se não há um caminho, basta fazê-lo nós mesmos.
Kaidre- Nível 2
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Um novo recomeço
Edwy & Kaito
O dia terminava, a biblioteca iria fechar. Edwy e Kaito foram chamados por Gensam.
Não era possível "emprestar" livros, entretanto – naquele mundo, embora houvesse prensa de tipos móveis, não havia linha de produção e os livros eram produzidos artesanalmente. Cada edição, além de incrivelmente bem feita e elaborada, valia praticamente o salário de um trabalhador comum, no mínimo.Gensam Ryo
Temos que ir. Entendo que tenham mais dúvidas, mas precisamos nos reunir com o comandante e depois devo ir para casa.
Seguiram de volta ao Palácio do Governo, desta vez subindo uma avenida rumando diretamente ao seu destino – no caminho passaram por uma rua paralela ao Templo de Samya, onde encontraram um prédio construído com arquitetura similar, embora não revestido em prata.Gensam Ryo
Só quem tem dinheiro consegue ter livros pessoais. Normalmente a literatura é obtida pelos jornais, que são bem mais baratos. Mas o comandante é fanático por livros e tem uma biblioteca com dezenas de obras. Bom, cá entre nós, ele ganha muito bem.
Por fim chegaram ao seu quarto, onde Gensam se despediu.Gensam Ryo
Aqui é a Monastério da Ordem dos Paladinos de Samya. Os Paladinos são um ordem religiosa e militar que viajam pelo país atuando como juízes com mandato do Conselho, além de fazerem parte do nosso Exército como um corpo de elite. Eles fazem voto de celibato e dividem todas as coisas.
Deixou-os. Dois guardas diferentes estavam parados à porta de seu quarto.Gensam Ryo
O comandante vai querer vê-los, vocês ainda precisam se encontrar com a Porta-Voz e a Comissária. Só esperar pelo seu colega.
- Off:
- Vocês podem fazer perguntas específicas relacionadas à magia no Telegram e eu posso responder. Algumas perguntas podem demandar testes de Intelecto.
Data de Atualização: 25/09, sábado.
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- Edwy. PV(08) 08. PM(08) 08. PH(08) 08.
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Última edição por Padre Judas em Dom Set 26, 2021 1:16 pm, editado 1 vez(es)
Padre Judas- MODERADOR
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O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército?
Um Conto Isekai
Heróis
Heróis
Cinco anos antes.
Hadassah andou em seu passo lento e firme, sem ajuda – o cajado em suas mãos era apenas um símbolo de sua posição, não dependia dele. De cima do pequeno morro olhou a terra seca e morta diante dela, o povo ao redor. Uma multidão em silenciosa expectativa. Pois eles esperavam um milagre que, alguns pensavam, ela podia dar.
Hadassah riu. Nenhum mortal podia prover milagres, ela sabia. Era velha e sábia. Os magos de todo o mundo se regozijavam de poderem realizar seus feitos. Mas o verdadeiro poder não estava em suas mãos. Somente um Deus poderia realmente realizar milagres, quebrar as leis da natureza e impor Sua vontade.
E este Deus era El. O Altíssimo, o Início e o Fim. Não o único, mas o maior deles, aquele que escolhera as treze tribos que fugiram da opressão do reino de Bárria e guiara Seu Profeta Alastor através de mares bravios e pelo deserto implacável.
Abriu os braços, empunhando seu cajado, e abriu a boca. Naquele momento sua voz normalmente mansa e suave transformava-se. Não era mais a voz de uma mulher idosa, não era mais a voz da Juíza Hadassah bat Avihail, profetisa, sacerdotisa e governante que fora eleita pelo povo e ungida pelo Senhor dos Exércitos, não! Era novamente apenas um instrumento, um caminho para o poder do Deus de Alastor, Jeroboão e Jefé transmitir Sua Divina Palavra! E sua voz era um trovão que retumbava pelo vale, penetrava o próprio solo e alçava-se às alturas dos céus!
O povo exultou e deu vivas com os braços ao alto. Alguns caíram de joelhos, outros debateram-se, um tanto pôs-se a dançar. "Hosanas" e "aleluias" eram ouvidas por toda a terra, e sem ter ordem as vozes começaram a entoar cantos de louvor. Em seu coração, calma e tranquila, Hadassah deixou-se banhar pela água pura que da terra nascia, pensando para si que seu trabalho enfim havia terminado.
Seus olhos encontraram-se com o pequeno Davíd. Aquele garoto cuja vida El entregara a ela há quinze anos talvez fosse a verdadeira razão porque o Altíssimo lhe permitira viver tanto tempo. O menino – agora homem – tinha a voz de um anjo, a astúcia de um caçador, a força de um guerreiro, o carisma de um rei! Tinha tanto a fazer e devia partir, mas ela sabia que nunca a deixaria enquanto estivesse viva. Aquele era um bom momento. Sentiu uma pontada no coração. A água doce tornou-se salgada em sua boca. Chorava. Pelo quê? Pelo fim de uma vida plena e realizada? Não.
Rodas de fogo desciam do próprio Sol. "Ofanin?", pensou Hadassah no limiar da vigília. E eis que ouviu uma voz que era como trombetas.
Eram gigantes. Tão grandes quanto lems – não, eram um pouco mais altos. Alguns pareciam ser como gelo, outros como fogo. Alguns pareciam árvores e outros pareciam ser feitos de pedra. Golens? Não. Golens eram servos criados pelos Profetas pela permissão divina para proteger os templos, o palácio real e a própria nação, estátuas vivas habitadas por elementais submissos. Aquelas... coisas... não eram abençoadas.
Caminhavam pelo mundo. Hadassah viu uma cidade em que estivera quando menina, acompanhada de sua tia, pois ali homens não podiam entrar – queimava em chamas. Viu uma terra verdejante congelar. Viu uma grande nação afundar no mar. Viu os campos de Ofir esmagados sob seus pés.
E viu a tempestade. Era rubra como sangue. Maligna. E algo ali olhou para ela. Tremeu.
Mas a visão mudou. As estrelas brilhavam no céu escuro. Das estrelas emergiu um portão e este se abriu. Um número de pessoas, homens e mulheres, atravessava-o, mas ela não conseguia enxergar seus rostos. Mas, como se surgisse em sua mente, ela sabia.
Hadassah andou em seu passo lento e firme, sem ajuda – o cajado em suas mãos era apenas um símbolo de sua posição, não dependia dele. De cima do pequeno morro olhou a terra seca e morta diante dela, o povo ao redor. Uma multidão em silenciosa expectativa. Pois eles esperavam um milagre que, alguns pensavam, ela podia dar.
Hadassah riu. Nenhum mortal podia prover milagres, ela sabia. Era velha e sábia. Os magos de todo o mundo se regozijavam de poderem realizar seus feitos. Mas o verdadeiro poder não estava em suas mãos. Somente um Deus poderia realmente realizar milagres, quebrar as leis da natureza e impor Sua vontade.
E este Deus era El. O Altíssimo, o Início e o Fim. Não o único, mas o maior deles, aquele que escolhera as treze tribos que fugiram da opressão do reino de Bárria e guiara Seu Profeta Alastor através de mares bravios e pelo deserto implacável.
Abriu os braços, empunhando seu cajado, e abriu a boca. Naquele momento sua voz normalmente mansa e suave transformava-se. Não era mais a voz de uma mulher idosa, não era mais a voz da Juíza Hadassah bat Avihail, profetisa, sacerdotisa e governante que fora eleita pelo povo e ungida pelo Senhor dos Exércitos, não! Era novamente apenas um instrumento, um caminho para o poder do Deus de Alastor, Jeroboão e Jefé transmitir Sua Divina Palavra! E sua voz era um trovão que retumbava pelo vale, penetrava o próprio solo e alçava-se às alturas dos céus!
Com uma força impossível para seus braços franzinos e frágeis, bateu com a ponta do cajado no solo rochoso. A ponta penetrou no chão com firmeza e ela o retirou com agilidade. Afastou-se e em instantes um filete de água brotou do buraco e escorreu pela encosta do monte. O filete cresceu e aumentou de tamanho e em seguida um jato translúcido explodiu em direção aos céus. Tocado pelos cálidos raios solares, um pequeno arco-íris surgiu – a prova da aliança entre os ofirianos e seu Deus, El.Hadassah bat Avihail
Escuta, Nação de El, amados pelo Altíssimo! Não tendes medo na noite mais escura nem se aflijas com temores, pois poderoso é o Senhor com quem forjamos aliança! Pois disse ele ao Profeta Alastor no alto do Monte Jedá: "Mas escuta agora, meu servo, a quem escolhi! Pois derramarei água na terra sedenta e torrentes na terra seca! Derramarei meu Espírito sobre sua prole e minha benção sobre seus descendentes! Eles brotarão como relva nova, como salgueiros junto a regatos!"
Saibam, crianças do Divino, que herdastes esta terra do próprio El e mesmo que seus filhos vaguem pelo mundo, sabei que esta é nossa casa, nosso lar, a terra que o Senhor nos concedeu. E dela tudo teremos e nada nos faltará!
O povo exultou e deu vivas com os braços ao alto. Alguns caíram de joelhos, outros debateram-se, um tanto pôs-se a dançar. "Hosanas" e "aleluias" eram ouvidas por toda a terra, e sem ter ordem as vozes começaram a entoar cantos de louvor. Em seu coração, calma e tranquila, Hadassah deixou-se banhar pela água pura que da terra nascia, pensando para si que seu trabalho enfim havia terminado.
Por mais de duzentos dos trezentos e noventa e dois anos em que respirara, Hadassah servira a El e à tribo de Abrahamu como Juíza. Neste posto, aconselhara três reis. Antes disso fora ela própria Rainha e agora um seu neto sentava-se no trono do vice-reino de Duaraka, parte do Império Atlante. E antes ainda acompanhara o pai, mercador de joias que fazia a viagem entre Ofir e o distante Império Mugal, passando pelos portos de Bárria, Aíria, Bárata, Jambu e Agarta. Enfrentara piratas e a arrogância agarti. Vira os mistérios das cidades de Jambu, habitada pelos pequenos ziaans e os enormes lems. Derrotara uma conspiração que ameaçara ao próprio Rei Terrestre mugal.Hadassah bat Avihail
Que o chefe de cada família ofereça uma cabra ou uma ovelha em sacrifício pela dádiva obtida! Deverá fazê-lo em até uma lua para demonstrar sua gratidão à El!
Seus olhos encontraram-se com o pequeno Davíd. Aquele garoto cuja vida El entregara a ela há quinze anos talvez fosse a verdadeira razão porque o Altíssimo lhe permitira viver tanto tempo. O menino – agora homem – tinha a voz de um anjo, a astúcia de um caçador, a força de um guerreiro, o carisma de um rei! Tinha tanto a fazer e devia partir, mas ela sabia que nunca a deixaria enquanto estivesse viva. Aquele era um bom momento. Sentiu uma pontada no coração. A água doce tornou-se salgada em sua boca. Chorava. Pelo quê? Pelo fim de uma vida plena e realizada? Não.
Sentiu a consciência deixar-lhe por um instante. Então viu.Hadassah bat Avihail
"Ó, Senhor, aqui estou diante de Ti. Tua é minha vida e Teu é meu destino. Que seja sempre feita a Tua vontade e nenhuma outra. A Ti entrego meu espírito."
Rodas de fogo desciam do próprio Sol. "Ofanin?", pensou Hadassah no limiar da vigília. E eis que ouviu uma voz que era como trombetas.
E ela viu.Ofanin
Veja! O futuro!
Eram gigantes. Tão grandes quanto lems – não, eram um pouco mais altos. Alguns pareciam ser como gelo, outros como fogo. Alguns pareciam árvores e outros pareciam ser feitos de pedra. Golens? Não. Golens eram servos criados pelos Profetas pela permissão divina para proteger os templos, o palácio real e a própria nação, estátuas vivas habitadas por elementais submissos. Aquelas... coisas... não eram abençoadas.
Caminhavam pelo mundo. Hadassah viu uma cidade em que estivera quando menina, acompanhada de sua tia, pois ali homens não podiam entrar – queimava em chamas. Viu uma terra verdejante congelar. Viu uma grande nação afundar no mar. Viu os campos de Ofir esmagados sob seus pés.
E viu a tempestade. Era rubra como sangue. Maligna. E algo ali olhou para ela. Tremeu.
Mas a visão mudou. As estrelas brilhavam no céu escuro. Das estrelas emergiu um portão e este se abriu. Um número de pessoas, homens e mulheres, atravessava-o, mas ela não conseguia enxergar seus rostos. Mas, como se surgisse em sua mente, ela sabia.
A velha Juíza abriu os olhos. Estava sobre o chão, agora lamacento pela água que ainda fluía e fluiria para sempre. Suas vestes estavam imundas, mas não era importante. Dois homens erguiam um manto sobre ela, fazendo-lhe sombra. Duas mulheres se debruçavam sobre ela, tentando derramar água em sua boca, mas ela as afastou. Sentiu gotas em seu rosto – o menino-homem chorava sobre ela.Ofanin
Nada diga aos outros! Vá ao Rei! Conte a ele, diga-lhe ao pé do ouvido! Faça os sacrifícios! Queime os incensos! Invoque os Heróis que salvarão o mundo! Sua Majestade saberá!
A mulher tocou o rosto dele com delicadeza.Davíd
Sav-ta! Sav-ta, não me deixe!
Com a ajuda do protegido, ergueu-se. Alguém lhe entregou seu cajado.Hadassah bat Avihail
Não é hoje que me sentarei à mesa dos justos na Ofir Celestial, Davíd. Ainda tenho trabalho a fazer. Agora, seque essas lágrimas e ajude-me a levantar.
E começou a andar com vigor redobrado.Hadassah bat Avihail
Devo ir à Ofir. El manda uma mensagem ao próprio Jedidiah.
Eles haviam vindo de todas as partes do reino à capital. Treze Juízes, um para cada uma das Tribos. Jedidiah, o Rei, soube de sua vinda. Cada um deles dizendo trazer uma mensagem do próprio El. Cada um lhe sussurrou a mesma mensagem – havia pequenas diferenças no relato de cada um, mas era fundamentalmente a mesma coisa. O fim do mundo, o próprio Armagedon.
Cada um havia sido instruído a dar a mensagem separadamente e nada comentar com outros. Fazia sentido. Ele teria dificuldades de acreditar se ouvisse somente de um deles.
Os brincos dourados e os anéis cravejados de brilhantes balançaram. Jedidiah era chamado de sábio entre sábios. Diziam que, quando jovem, havia recebido do próprio El sabedoria infinita. Agora toda sua sabedoria seria necessária. Ele encarou os Juízes, seus ministros e conselheiros, assim como a esposa, a Rainha Nicauli, tida como "A Mais Bela do Mundo", e também suas concubinas e serviçais.
Cada um havia sido instruído a dar a mensagem separadamente e nada comentar com outros. Fazia sentido. Ele teria dificuldades de acreditar se ouvisse somente de um deles.
Os brincos dourados e os anéis cravejados de brilhantes balançaram. Jedidiah era chamado de sábio entre sábios. Diziam que, quando jovem, havia recebido do próprio El sabedoria infinita. Agora toda sua sabedoria seria necessária. Ele encarou os Juízes, seus ministros e conselheiros, assim como a esposa, a Rainha Nicauli, tida como "A Mais Bela do Mundo", e também suas concubinas e serviçais.
E os anos se passaram.Rei Jedidiah
Não se preocupem. Sei o que fazer.
Meses atrás.
Os Juízes estavam reunidos diante do Grande Templo. O Rei, ele mesmo o próprio sumo-sacerdote do culto a El, postava-se entre eles, tendo seis à sua esquerda e seis à sua direita. Hadassah, como a decana, postava-se no ponto oposto. Quatorze pessoas. Os Juízes e seu Rei.
Quase mil anos antes treze tribos caris que viviam sob a opressão como hilotas de Bárria havia fugido. Tendo atravessado o mar entre o continente de Ralté e Masté, eles haviam logrado fundar seu próprio país naquela terra, com o apoio do vice-rei de Musru, um domínio atlante. Entretanto, mantinham-se rigorosamente independentes e neutros entre Atlântida e Agarta, exportando principalmente cristais e gemas para ambos. Ofir produzia as melhores gemas de Kishar e seus cidadãos eram tidos como os melhores joalheiros do mundo.
Os ofirianos garantiam que toda sua prosperidade era graças à El. Esta misteriosa divindade havia se revelado ao Profeta Alastor, que guiou seu povo em fuga do rei bárrio e os liderou até aquela região. Segundo se dizia, El era o próprio criador do Universo, o que o tornava superior a todos os outros deuses. Era crime para os ofirianos cultuarem qualquer outro deus, mesmo que reconhecessem sua existência – abandonar esta devoção era punível com banimento da comunidade, os apóstatas seriam expulsos de suas vilas e deveriam vagar sem encontrar acolhida entre outros ofirianos, tornando-se exilados e precisando fazer uma nova vida entre os estrangeiros. Era uma punição pesada para um povo tão ligado à coletividade, onde se entendia que era dever de um ofiriano apoiar outro contra qualquer não-ofiriano, e do mesmo modo entre as tribos e famílias.
Para governa-los, cada tribo elegia um juiz (xofat), que era tanto governante quanto sacerdote e profeta. Embora o culto doméstico fosse conduzido pelos líderes das famílias, cabia ao juiz liderar as grandes cerimônias e embora qualquer um pudesse tecnicamente realizar milagres em nome de El, eram os juízes os mais próximos da divindade e, portanto, mais capazes de fazê-lo.
O reino tinha o nome da cidade, fundada pelo próprio Alastor. Ali o líder não era eleito, mas sim um descendente masculino do próprio Profeta, que era assim chamado Rei. O monarca era responsável pela diplomacia e questões de guerra, mas no resto não tinha qualquer autoridade sobre os juízes e suas tribos, limitando-se a governar apenas a capital – limitava-se a, como sumo-sacerdote, dar o reconhecimento divino ao juiz eleito.
E ali estavam as pessoas mais poderosas de Ofir. Ao centro delas uma fogueira. O rei cortou a garganta de uma última cabra e os servos jogaram a carcaça ao fogo – os fumos subiam aos céus e agradariam a El. Ao longo de cinco anos sacrifícios como aquele haviam se repetido. Jedidiah era renomado como o rei mais poderoso magicamente desde o próprio Alastor. Telepata e telecineta, dizia-se que apenas dava uma ordem e todos os demônios se curvavam à sua vontade. O elohim – os diversos gênios a serviço de El – eram seus confidentes e conselheiros. Seus conhecimentos eram transcendentais, embora ele tivesse pouco mais de cem anos.
Os Quatorze ergueram suas vozes em um cântico, que foi seguido pela multidão que os cercavam. Juntos formavam um magnífico coral com centenas de pessoas. Havia chovido levemente um pouco antes e um arco-íris cortava os céus – o sinal da aliança entre El e seu povo, um bom agouro.
Então algo ocorreu. O arco-íris brilhou e refulgiu. O rei virou-se para trás, para o círculo traçado no chão – um complexo conjunto de um hexagrama com um octagrama e letras que traduziam o conhecimento complexo dos mistérios divinos. Este círculo brilhava intensamente. Então emitiu grande luz, que não permitia que vissem o leve sorriso do rei, que trazia alguma arrogância.
Quando a luz apagou, havia duas pessoas no centro do círculo. O Rei Jedidiah revelou um largo sorriso acolhedor e abriu os braços.
Os Juízes estavam reunidos diante do Grande Templo. O Rei, ele mesmo o próprio sumo-sacerdote do culto a El, postava-se entre eles, tendo seis à sua esquerda e seis à sua direita. Hadassah, como a decana, postava-se no ponto oposto. Quatorze pessoas. Os Juízes e seu Rei.
Quase mil anos antes treze tribos caris que viviam sob a opressão como hilotas de Bárria havia fugido. Tendo atravessado o mar entre o continente de Ralté e Masté, eles haviam logrado fundar seu próprio país naquela terra, com o apoio do vice-rei de Musru, um domínio atlante. Entretanto, mantinham-se rigorosamente independentes e neutros entre Atlântida e Agarta, exportando principalmente cristais e gemas para ambos. Ofir produzia as melhores gemas de Kishar e seus cidadãos eram tidos como os melhores joalheiros do mundo.
Os ofirianos garantiam que toda sua prosperidade era graças à El. Esta misteriosa divindade havia se revelado ao Profeta Alastor, que guiou seu povo em fuga do rei bárrio e os liderou até aquela região. Segundo se dizia, El era o próprio criador do Universo, o que o tornava superior a todos os outros deuses. Era crime para os ofirianos cultuarem qualquer outro deus, mesmo que reconhecessem sua existência – abandonar esta devoção era punível com banimento da comunidade, os apóstatas seriam expulsos de suas vilas e deveriam vagar sem encontrar acolhida entre outros ofirianos, tornando-se exilados e precisando fazer uma nova vida entre os estrangeiros. Era uma punição pesada para um povo tão ligado à coletividade, onde se entendia que era dever de um ofiriano apoiar outro contra qualquer não-ofiriano, e do mesmo modo entre as tribos e famílias.
Para governa-los, cada tribo elegia um juiz (xofat), que era tanto governante quanto sacerdote e profeta. Embora o culto doméstico fosse conduzido pelos líderes das famílias, cabia ao juiz liderar as grandes cerimônias e embora qualquer um pudesse tecnicamente realizar milagres em nome de El, eram os juízes os mais próximos da divindade e, portanto, mais capazes de fazê-lo.
O reino tinha o nome da cidade, fundada pelo próprio Alastor. Ali o líder não era eleito, mas sim um descendente masculino do próprio Profeta, que era assim chamado Rei. O monarca era responsável pela diplomacia e questões de guerra, mas no resto não tinha qualquer autoridade sobre os juízes e suas tribos, limitando-se a governar apenas a capital – limitava-se a, como sumo-sacerdote, dar o reconhecimento divino ao juiz eleito.
E ali estavam as pessoas mais poderosas de Ofir. Ao centro delas uma fogueira. O rei cortou a garganta de uma última cabra e os servos jogaram a carcaça ao fogo – os fumos subiam aos céus e agradariam a El. Ao longo de cinco anos sacrifícios como aquele haviam se repetido. Jedidiah era renomado como o rei mais poderoso magicamente desde o próprio Alastor. Telepata e telecineta, dizia-se que apenas dava uma ordem e todos os demônios se curvavam à sua vontade. O elohim – os diversos gênios a serviço de El – eram seus confidentes e conselheiros. Seus conhecimentos eram transcendentais, embora ele tivesse pouco mais de cem anos.
Os Quatorze ergueram suas vozes em um cântico, que foi seguido pela multidão que os cercavam. Juntos formavam um magnífico coral com centenas de pessoas. Havia chovido levemente um pouco antes e um arco-íris cortava os céus – o sinal da aliança entre El e seu povo, um bom agouro.
Então algo ocorreu. O arco-íris brilhou e refulgiu. O rei virou-se para trás, para o círculo traçado no chão – um complexo conjunto de um hexagrama com um octagrama e letras que traduziam o conhecimento complexo dos mistérios divinos. Este círculo brilhava intensamente. Então emitiu grande luz, que não permitia que vissem o leve sorriso do rei, que trazia alguma arrogância.
Quando a luz apagou, havia duas pessoas no centro do círculo. O Rei Jedidiah revelou um largo sorriso acolhedor e abriu os braços.
Rei Jedidiah
Sejam bem-vindas à Malkut! Sou Jedidiah ben Serua, Rei de Ofir. Peço-lhes, Heróis, que salvem nosso mundo!
Última edição por Padre Judas em Qua Set 29, 2021 1:41 pm, editado 1 vez(es)
Padre Judas- MODERADOR
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Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
ISEKAISHAS
*A palavra bordel havia chamado a atenção de Dimi. Não podia deixar de rir com o jeito boca suja de um e a cordialidade de outro. *Dimitrius
- Um bordel não seria ruim, mas não estou no clima. É o tipo de lugar que eu visitaria com minha garota. Sozinho, não tem graça.
*Então admirou a cidade, sua cultura e suas pessoas. Era até emocionante estar em um lugar tão novo. Uma vez na taverna, se assentou e debruçou no balcão**Dimitrius
- Gostaria de algo não alcólico. Adoro comida apimentada, então gostaria de uma bebida e uns petiscos. E.. Quais são os entretenimentos daqui? Teatro? Caça? Esportes? O que o seu povo faz para ter qualidade de vida e ser feliz?
*E prestou atenção enquanto se deliciava*
DiceScarlata- MESTRE
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Um novo recomeço
Dimitrius
Hoeng Tsun
Além de bordéis há sim teatros e esportes. Caça normalmente é só pra comer.
Sangsheng You
Há disputas de arremesso de adagas, corrida, levantamento de peso, arremesso de dardos ou pesos. Luta também, principalmente pankratio, que veio dos acaios. Tiro, claro, afinal de contas todo mundo anda armado por aqui e a prática é fundamental, então incentivar esportes militares é muito importante.
Temos jogos de bola, principalmente o tlachtli, em que duas equipes tentam bater em uma bola de borracha para passa-la por um aro. Pode bater com qualquer parte do corpo, mas é proibido agarrar a bola. Isso inclui "carregar", que é fechar os dedos na bola e direcionar ela para o alvo. É falta. Tem que bater com a palma aberta ou o punho fechado. Bom, bater com a ponta dos dedos é permitido também.
O outro dá de ombros.Hoeng Tsun
Sangsheng é bom no jogo!
Sangsheng You
Faço minha parte. Também há jogos de tabuleiro e o comandante introduziu o Jogo de Interpretação, que é como um teatro.
Como Hoeng disse, temos muito teatro e espetáculos musicais. É mesmo, na Terra de onde vocês vieram não tem bardismo.
Hoeng Tsun
Vamos levar eles pra uma peça!
Mirá traz lula frita e picada, acompanhada de suco de cacau – uma tigela de açúcar vem separado para o cliente adoçar a gosto.Sangsheng You
Quem sabe? É uma ideia.
Sangsheng You
Cacau é plantado nas selvas de Nemté. Eles usam para produzir uma bebida típica, chamada "xocoatl" ou algo assim. É muito apreciado pelos tlavatlis e senzares, mas é amargo. O comandante trouxe a ideia de pôr açúcar e leite. Mas isso aí é só o suco.
- Off:
- Data de Atualização: 29/09, quarta-feira.
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- Dimitrius. PV(20) 20. PM(04) 04. PH(04) 04.
Padre Judas- MODERADOR
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Edwy
Gensam foi de grande ajuda para nós. Uma pena não conseguirmos as informações que esperávamos, mas não é como se fôssemos apenas desistir. Se existe uma forma de chegar aqui, então deve existir uma de voltar. Mas por hora, acho que vou aprender o máximo que puder de magia e investigar por conta própria. Acredito que em algum momento da história deva se ter algo próximo ao que buscamos.
Agradeci ao esforço do nosso guia. A seguir precisaria falar com Judas. Estou bem incomodado por ter sido invocado, por ser tratado como um escravo e por não ter encontrado um caminho para voltar. Mas isso são coisas que não podem ser mudadas. A única coisa que posso mudar é a forma como vou reagir diante dessa situação. Então, ao invés de me lamentar, acredito que a melhor ação é fazer o que estiver ao meu alcance para, no mínimo, tornar essa nova realidade mais confortável pra mim.
Edwy
- Obrigado Ryo. Você foi de grande ajuda para nós. Espero nos vermos de novo.
Agradeci ao esforço do nosso guia. A seguir precisaria falar com Judas. Estou bem incomodado por ter sido invocado, por ser tratado como um escravo e por não ter encontrado um caminho para voltar. Mas isso são coisas que não podem ser mudadas. A única coisa que posso mudar é a forma como vou reagir diante dessa situação. Então, ao invés de me lamentar, acredito que a melhor ação é fazer o que estiver ao meu alcance para, no mínimo, tornar essa nova realidade mais confortável pra mim.
Kaidre- Nível 2
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Isekai RPG
O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão do Exército?
Alex
Holocausto
Alex
Holocausto
Enquanto as imagens se desvanecem como se lentamente ficasse cego, ouve as vozes das pessoas ao seu redor diminuírem lentamente de tom – elas parecem alarmadas, mas você não consegue entender direito o que dizem. Por fim vem o silêncio e a escuridão. O que seria isso?
Então abre os olhos, confuso. Está em um espaço aberto, diante de um edifício enorme que recorda um templo. Aos seus pés o piso brilha intensamente, mas a luz vai diminuindo. Há várias figuras usando mantos brancos ao seu redor – homens e mulheres com cabelos brancos e traços idosos. Exceto por um. O homem veste uma roupa diferente e traja joias e anéis dourados com brilhantes, além de ostentar uma tiara. Embora seus cabelos também sejam alvos, seu rosto é jovial e enérgico. Ele sorri com confiança.
Uma grande fogueira está próxima e o cheiro de carne queimada emerge de sua fumaça – é possível ver os corpos de várias cabras jogadas ali, queimando no fogo puro. Um arco-íris corta um céu parcialmente encoberto por nuvens, mas um raio de sol cai exatamente no ponto onde estão. Então percebe que há uma multidão à volta: está sob um ponto elevado, cercado por inúmeras pessoas que gritam louvores e "aleluias". Toda a área é um enorme pátio cercado por altas muralhas e sobre elas tremulam bandeiras verdes e brancas.
A luz no piso se apaga completamente e percebe que é um tipo de símbolo mágico, com um hexagrama dentro de um círculo.
O homem que usa joias abre os braços. Quando fala, sua voz é como o trovão e retumba por todo o espaço ao redor, claramente sendo ouvido por todos ali.
Então abre os olhos, confuso. Está em um espaço aberto, diante de um edifício enorme que recorda um templo. Aos seus pés o piso brilha intensamente, mas a luz vai diminuindo. Há várias figuras usando mantos brancos ao seu redor – homens e mulheres com cabelos brancos e traços idosos. Exceto por um. O homem veste uma roupa diferente e traja joias e anéis dourados com brilhantes, além de ostentar uma tiara. Embora seus cabelos também sejam alvos, seu rosto é jovial e enérgico. Ele sorri com confiança.
Uma grande fogueira está próxima e o cheiro de carne queimada emerge de sua fumaça – é possível ver os corpos de várias cabras jogadas ali, queimando no fogo puro. Um arco-íris corta um céu parcialmente encoberto por nuvens, mas um raio de sol cai exatamente no ponto onde estão. Então percebe que há uma multidão à volta: está sob um ponto elevado, cercado por inúmeras pessoas que gritam louvores e "aleluias". Toda a área é um enorme pátio cercado por altas muralhas e sobre elas tremulam bandeiras verdes e brancas.
A luz no piso se apaga completamente e percebe que é um tipo de símbolo mágico, com um hexagrama dentro de um círculo.
O homem que usa joias abre os braços. Quando fala, sua voz é como o trovão e retumba por todo o espaço ao redor, claramente sendo ouvido por todos ali.
Então ele se dirige a você e ao outro. Desta vez sua voz soa mais "normal", mas ainda está carregada de energia.Rei Jedidiah
Se regozijai, Povo de El, pois vossas orações foram atendidas! Eis que o Senhor Sábio enviou-nos auxílio em nosso momento de maior necessidade!
Rei Jedidiah
Seja bem-vindo à Malkut! Sou Jedidiah ben Serua, Rei de Ofir. Peço-lhe, Herói, que salve nosso mundo!
- Off:
- Data de Atualização: 02/10, sábado.
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- Alex. PV(14) 14. PM(06) 06. PH(00) 00.
Padre Judas- MODERADOR
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Um novo recomeço
Dimitrius
Dimitrius demonstrou interesse pela pankratio.
Retornaram o caminho, passando pelo Palácio do Governo e seguindo até Nova Acaia.
Havia muitas pessoas ali, se exercitando e praticando diversos jogos. Alguns usavam o negro dos funcionários públicos – a maioria com distintivos que distinguiam os militares de outros agentes –, outros vestiam trajes civis de diversas aparências e cores. E havia muitas pessoas nuas.
Sangsheng negociou rapidamente com a atendente, pondo na conta do "Polemarco Judas".Hoeng Tsun
Então vamos ao estádio.
Retornaram o caminho, passando pelo Palácio do Governo e seguindo até Nova Acaia.
O estádio era um amplo espaço cercado que recordava mesmo um estádio esportivo – ou um coliseu. Entraram por uma arcada e seguiram por um túnel onde havia espaços nas paredes claramente dedicados a lojas. Por fim saíram em um espaço maior. A área toda era cercada de arquibancadas. Havia uma pista de terra que parecia dedicada a corridas de cavalos. Mais internamente uma pista para corrida de pessoas. No centro um gramado com equipamentos de atletismo. Em um dos pontos havia um elevado cercado por cordas: um ringue.Sangsheng You
A maioria dos militares vivem aqui, incluindo o polemarco e a Comissária Lúsia.
Havia muitas pessoas ali, se exercitando e praticando diversos jogos. Alguns usavam o negro dos funcionários públicos – a maioria com distintivos que distinguiam os militares de outros agentes –, outros vestiam trajes civis de diversas aparências e cores. E havia muitas pessoas nuas.
Hoeng Tsun
Como essa nação foi fundada recentemente por gente de diversos lugares, cada um se exercita conforme seus costumes. Mugais, agarti e ogur não estão acostumados com nudez pública, enquanto acaios sempre se exercitam nus. Como este é um país libertário, optou-se por deixar cada um fazer como quer. Claro que os acaios são referência em termos atléticos, então muitas pessoas começam a imitá-los. Eu acho que a tendência é todo mundo acabar por se exercitar pelado mesmo.
Eles se aproximaram do ringue, onde dois homens seminus, usando somente uma proteção na genitália e empunhando soqueiras, trocavam socos e chutes. Em um instante um deles fez um movimento de soco, mas abaixou-se quando o outro fechou a guarda, pegou-o pelas pernas e jogou-o no chão. As pessoas ao redor exultaram. Algumas eram lutadores e estavam como os contendores, mas outras tantas estavam vestidas e pareciam apenas uma pequena audiência.Sangsheng You
O Partido Tradicionalista despreza isso. Eles vivem querendo impor leis contra a nudez pública, mesmo no estádio. Entre outras coisas. Felizmente são minoria.
Sangsheng You
Hm... já é quase noite, daqui há pouco todos irão embora e o estádio vai fechar. Não podemos demorar muito por aqui, senhor. O polemarco o informou que a Porta-Voz e a Comissária de Defesa querem conversar com vocês, não é?
- Off:
- Data de Atualização: 02/10, sábado.
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- Dimitrius. PV(20) 20. PM(04) 04. PH(04) 04.
Padre Judas- MODERADOR
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Um novo recomeço
Edwy & Kaito
Não havia muito a fazer naquele momento. Um empregado disse-lhes que podiam tomar um banho, se desejassem. Assim podiam preparar-se para reunir-se com Judas e seus superiores.
- Off:
- Só esperar pelo Dimitrius terminar seu passeio.
Data de Atualização: 02/10, sábado.
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- Edwy. PV(08) 08. PM(08) 08. PH(08) 08.
- Kaito. PV(08) 08. PM(06) 06. PH(04) 04.
- Edwy. PV(08) 08. PM(08) 08. PH(08) 08.
Padre Judas- MODERADOR
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Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
Alex
Hã?... Malkut... Jedi diah, Rei... Herói.
Muitas informações de uma vez só.
Pode me chamar de Alex.
Observava a multidão e sentia -se incomodado.
Ele sorri, compreensivo.Alex
Podemos conversar em local reservado ... Rei Jedi Diah de Ofir?
Rei Jedidiah
Claro, claro. Muito bem, meus irmãos. Ide para casa! O Herói deve descansar!
Ele o guia para fora dali, até uma carruagem. Dois dos anciões que o acompanham, uma mulher que parecia ser a mais velha presente, e um outro homem, vão junto e vocês quatro entram. A carruagem começa a se mover.
Enquanto os anúncios eram feitos Alex percebeu que estava com seu uniforme da empresa e sua maleta com ferramentas.
Tudo aquilo ocorreu durante seu turno de trabalho, tinha cheiro de óleo, sentia fome.
Círculo Hexagrama, Brilho, Aparência de outra era, Título Rei.
Fora abduzido, mas chamaram-o de Herói.
Se acomodou na carruagem e começaram a se mover, haviam dois além do Rei, conselheiros ou cargo de confiança talvez.
Alex
Eu ... não me acho tão especial assim, como iria ajudar voces?
Havia confusão mental, parecia que havia mudado levemente o comportamento, estava mais impulsivo e não medindo as palavras.
Rei Jedidiah
Você nasceu com a habilidade de se conectar com uma das Pedras Sagradas e ganhar grandes poderes. Nosso mundo está sendo invadido, mas El, o Misericordioso, que criou o Tempo e o comanda, sabia disso e declarou que Heróis surgiriam para lidar com a ameaça e nos salvar.
GRANDES PODERES... a simples possibilidade disso animou Alex, se conseguisse se conectar devido a profecia do Deus do Tempo El.
Alex
Então eu preciso me conectar com uma das Pedras Sagradas ainda.
E eu nada conheço de Maktub... desculpe Malkut e da ameaça.
Pensem em mim como alguém que perdeu a memória e precisa ser ensinado tudo, tudo mesmo.
Olhou para os outros dois na carruagem, até agora quietos.
Astirax- Nível 2
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Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
ISEKAISHAS
*Nudez realmente não o incomodava. Assistiu os treinos e os movimentos. Suspirou lamentando. *Dimitrius
- É realmente triste que heróis não possam lutar. Não há criaturas, feras ou até construtos que possam servir como um desafio? É certo que seria grande entretenimento para as massas... E... Bem, ajudaria a me fortificar.
*Observou mais um tempo, procurando por talentos que se destacavam ali na arena. Talvez alguém a quem pudesse transmitir as artes marciais originais de seu mundo. Depois de ouvir respostas e dar uma de olheiro, respondeu a eles*Dimitrius
- Muito bem. Vamos.
Observa os lutadores. Se exigir teste, me avisa que rolo. E depois sigo
DiceScarlata- MESTRE
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Holocausto
Alex
Alex tinha dúvidas e os presentes pareciam compreensivos. A mulher tomou a palavra.
Estava na cidade de Ofir, que tinha o mesmo nome que o país em questão. Os ofirianos chamavam ao seu mundo Malkuth, mas o nome mais comum no resto do mundo era Kishar – entretanto, cada povo tinha seu próprio nome e seu próprio significado. Alex percebia que nenhum deles falava português, soava mais como hebraico ou árabe. A diferença era evidente, mas apesar disso ele os entendia perfeitamente. "Xofat" era "Juiz". Ofir era uma monarquia e o rei atual era Jedidiah, mas este só possuía poder verdadeiro em sua cidade e na região ao redor, sendo que o país estava repartido entre treze Tribos e cada uma delas elegia um juiz. Os juízes eram ao mesmo tempo governantes, magistrados, sacerdotes e profetas. O rei não era eleito, mas também era como um juiz, ao mesmo tempo em que sumo-sacerdote do Deus cultuado pelos locais, El. Não era o "Deus do Tempo", mas um deus supremo e transcendente.
Cinco anos antes El enviou uma visão aos juízes – todos eles viram uma raça de gigantes atacando o mundo e trazendo destruição. Cientes do que deviam fazer, informaram ao rei, que elaborou rituais e sacrifícios para trazer um Herói ao mundo.
Outras nações estavam invocando seus próprios Heróis e buscando Renascidos. Era uma corrida contra o tempo para reunir o máximo deles antes que o conflito escalasse ainda mais.
Enquanto a carruagem passava pelos enormes portões da muralha e avançava por um complexo de grandes edifícios, Hadassah continuou e algumas coisas começaram a ficar mais claras.Hadassah bat Avihail
Com sua licença, Majestade. Eu entendo que tenha perguntas, Mestre Alex. Sou Hadassah bat Avihail, xofat da Tribo de Abrahamu. Este é Benjamin ben Jediah, xofat da Tribo de Noah. Espero sermos capazes de esclarecer suas dúvidas.
Estava na cidade de Ofir, que tinha o mesmo nome que o país em questão. Os ofirianos chamavam ao seu mundo Malkuth, mas o nome mais comum no resto do mundo era Kishar – entretanto, cada povo tinha seu próprio nome e seu próprio significado. Alex percebia que nenhum deles falava português, soava mais como hebraico ou árabe. A diferença era evidente, mas apesar disso ele os entendia perfeitamente. "Xofat" era "Juiz". Ofir era uma monarquia e o rei atual era Jedidiah, mas este só possuía poder verdadeiro em sua cidade e na região ao redor, sendo que o país estava repartido entre treze Tribos e cada uma delas elegia um juiz. Os juízes eram ao mesmo tempo governantes, magistrados, sacerdotes e profetas. O rei não era eleito, mas também era como um juiz, ao mesmo tempo em que sumo-sacerdote do Deus cultuado pelos locais, El. Não era o "Deus do Tempo", mas um deus supremo e transcendente.
As roupas, idioma e história dos ofirianos remetiam aos hebreus do Velho Testamento.Hadassah bat Avihail
Existem muitos deuses neste mundo, mas El criou o universo e é o mais poderoso dos deuses. Ele elegeu o povo de Ofir como seu favorito e os apoiou na fuga da escravidão.
Cinco anos antes El enviou uma visão aos juízes – todos eles viram uma raça de gigantes atacando o mundo e trazendo destruição. Cientes do que deviam fazer, informaram ao rei, que elaborou rituais e sacrifícios para trazer um Herói ao mundo.
Havia dois tipos de Heróis. Os Exilados, como Alex, eram habitantes de outro mundo invocados. E havia os Renascidos, que morreram em outro mundo, mas reencarnam neste, com a capacidade de lembrar-se de suas vidas passadas. Ofir fora agraciada com somente um Renascido, mas era preciso mais e foi decidido confiar na sabedoria divina e invocar um. Com isso Alex havia sido chamado.Hadassah bat Avihail
Para apoiar os Heróis, enviou as Pedras Sagradas, que lhes dão poderes.
Outras nações estavam invocando seus próprios Heróis e buscando Renascidos. Era uma corrida contra o tempo para reunir o máximo deles antes que o conflito escalasse ainda mais.
Os atacantes eram chamados Ymir.Hadassah bat Avihail
Há algum tempo duas cidades estrangeiras sofreram um grande ataque. Agora todos nos preocupamos em sermos os próximos.
Hadassah bat Avihail
Estamos em conversação com outros países para termos uma frente unida contra uma ameaça claramente global. As negociações estão andando... mais rápido com uns do que com outros, infelizmente.
- Off:
- Data de Atualização: 06/10, quarta-feira.
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- Alex. PV(14) 14. PM(06) 06. PH(00) 00.
Padre Judas- MODERADOR
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Um novo recomeço
Dimitrius
Não parecia haver nenhum talento excepcional ali, eram apenas amadores praticando um pouco. Conforme escuta de membros da audiência, não havia profissionais do esporte naquele país, todos tinham suas próprias carreiras e praticavam por diversão e saúde. Havia competições, claro, mas não como na Terra. Por fim retornam para o Palácio do Governo.Sangsheng You
Hm? Não usamos animais ou feras para entretenimento de combate... isso seria um tanto cruel. Mas ouvi que fazem isso em Atlântida.
O polemarco nos disse que vocês Heróis ficam fortes arriscando a vida, de fato. Mas você terá sua oportunidade, devemos sair em missão logo. Nós também somos da Unidade Especial de Heróis, como apoio tático.
Padre Judas- MODERADOR
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Um novo recomeço
Dimitrius, Edwy & Kaito
A noite havia começado quando Judas aparece.
No limiar da porta Judas faz posição de sentido e leva o punho fechado direito ao lado esquerdo do peito. O gesto é repetido pela mulher de pé, em resposta.
Ele os leva por corredores, acima e escadas até uma sala de portas duplas protegida por guardas, que está bem aberta. Há duas mulheres lá dentro, uma branca de cabelos pretos e olhos verdes, alta de corpo forte e vigoroso. A outra é bem baixa e aspecto asiático, com um longo cabelo negro trançado até a cintura. A mais baixa está sentada atrás de uma grande escrivaninha, enquanto a outra permanece atrás dela, em posição de descanso – pernas levemente abertas, mãos atrás das costas.Judas
Bem, é hora do encontro. Venham comigo, por favor.
No limiar da porta Judas faz posição de sentido e leva o punho fechado direito ao lado esquerdo do peito. O gesto é repetido pela mulher de pé, em resposta.
Judas
Boa noite! Peço permissão para adentrar o recinto!
A mugal levanta-se quando vocês entram. A voz dela é tranquila.Hoengseng Yay
Podem entrar, polemarco.
A outra mulher os estuda cuidadosamente, então faz uma leve mesura com a cabeça.Hoengseng Yay
Boa noite. Fico feliz que tenhamos finalmente nos encontrado. Sou Hoengseng Yay, Porta-Voz do Conselho de Vaphoey. Esta é Lúsia de Calípolis, nossa Comissária de Defesa.
Lúsia de Calípolis
Boa noite.
Hoengseng Yay
O senhores devem ter muitas dúvidas ainda, não é mesmo? Sentem-se, por favor. O senhor também, polemarco, por favor.
A comissária também se senta em uma cadeira em um canto, ao lado de Judas, enquanto vocês três sentam-se diante da Porta-Voz.Judas
Obrigado, Excelência.
Ela fala em agarti sem sotaque, vocês conseguem notar.Hoengseng Yay
Muito bem, soube que passearam por Poeykeng. Gostaram de nossa cidade? Espero que tenha sido divertido.
- Off:
- A conversa deverá ser feita no Telegram.
Data de Atualização: 06/10, quarta-feira.
- Protagonistas:
- Dimitrius. PV(20) 20. PM(04) 04. PH(04) 04.
- Edwy. PV(08) 08. PM(08) 08. PH(08) 08.
- Kaito. PV(08) 08. PM(06) 06. PH(04) 04.
- Dimitrius. PV(20) 20. PM(04) 04. PH(04) 04.
Padre Judas- MODERADOR
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Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
Alex ouvia a idosa e realmente eram informações demais, se focou no importante.
1 - Pais com 13 divisões.
2 - El era um Deus Supremo
3 - A ameaça global são uma raça de gigantes
4 - Estão todos tentando possuir um Herói.
5 - Os ataques já começaram
6 - Ainda não toquei a Pedra Sagrada.
Absorveu mais das informações.
Eles se entreolham com alguma surpresa e... alívio?
Então eles não sabem como retornar.
É bem cedo para casamento tia/avó.
1 - Pais com 13 divisões.
2 - El era um Deus Supremo
3 - A ameaça global são uma raça de gigantes
4 - Estão todos tentando possuir um Herói.
5 - Os ataques já começaram
6 - Ainda não toquei a Pedra Sagrada.
Alex
Com isso algumas coisas podem ser concluidas.
Forças normais não lidam com os Imir , Forças Heroicas estariam em teste e eu não sei ainda o que posso fazer.
Absorveu mais das informações.
Alex
Eu tenho um desejo, e ele é a seriedade que tratarei esse lugar. Acredito que voces só retornaria os Heróis após a ameaça estar vencida, meu desejo é permanecer aqui.
Eles se entreolham com alguma surpresa e... alívio?
Rei Jedidiah
Na verdade, grande Herói abençoado por El... nós não sabemos como lhe mandar de volta. É uma grande felicidade para nós que queira permanecer, será bem-vindo em nosso país e é claro que lhe permitiremos viver aqui!
Hadassah bat Avihail
Claro que se quiser casar-se com uma das Eleitas por El, terá que se converter à nossa Fé. Posso iniciar-lhe, não seria a primeira vez que um estrangeiro se converte à Aliança com o Santo dos Santos.
Então eles não sabem como retornar.
É bem cedo para casamento tia/avó.
Eles concordam.Alex
Primeiro devemos sobreviver.
Acredito que nossa próxima parada é tal Pedra Sagrada, depois vemos o passo seguinte.
Rei Jedidiah
Iremos até as pedras amanhã, elas estão a meio dia de viagem daqui. Por hoje podemos conversar e aprender mais uns sobre os outros.
Alex
Então podemos conversar.
Enquanto puder irei ouvir.
Astirax- Nível 2
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Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
ISEKAISHAS
Dimitrius
- Divertidissima...
*Dim sorriu. Exigiu toda sua alma para não soar ironico. O lugar todo parecia ter nascido de uma masturbação utópica de um visionário. E por isso era um tédio. Um Éden católico. Um paraiso para o velho e chato Khalmyr. Um tédio. Tudo certo, tudo legal, tudo bem feito. Já estava morrendo de saudade de São Paulo. *
*Suspirou. Pensava em Sayuri. Na paz. Nos seus alunos. Nos amigos. Tinha que voltar*Dimitrius
- Mas embora eu ame conversas divertidas sobre as experiências de cada um, algo comum nas salas de aula do meu mundo, eu sou um cara ansioso. Antes de tudo isso, poderia nos dizer por que estamos aqui? Somos heróis. Precisamos nos fortalecer. E estamos aqui para ajudar, logo... Tem alguma missão para nós ?
*Achou melhor perguntar primeiro, antes que seus companheiros começassem a divagar infinitamente sobre suas vivências... Principalmente Kaito, que era meio egomaniaco*Hoengseng Yay
Antes precisávamos saber se irão querer mesmo trabalhar conosco e negociar sua posição em nossa sociedade. Por sermos uma república, é preciso cuidado com o erário público e é necessário prestar contas de nossos gastos. Se trabalharem conosco, aceitarão nossas ordens? Claro que receberão um salário digno e uma posição de acordo.Dimitrius
- Contanto que minha liberdade não seja ferida, não me importo. Poderei ir e vir? Posso pedir demissão ? E as ordens que receberei não serão abusivas ou colocarão inocentes em risco, certo? Dentro de tudo isso, não me importo.Hoengseng Yay
Vocês serão alocados na Comissão de Defesa, sob o comando da Comissária Lúsia e do Polemarco Judas. Durante o serviço devem se comprometer com o trabalho - eu sei pelo polemarco aqui que na Terra não é muito diferente, exceto que lá existe um sistema que explora os trabalhadores. Mas aqui, neste país, sob a inspiração de Samya, buscamos tratamento justo e igualitário entre todos, independente da posição hierárquica.
É livre para se demitir a qualquer momento, pedimos apenas que nos avise previamente com pelo menos uma quatorzena de antecedência, para podermos nos preparar, pois temos planos de médio e longo prazo. E nunca pediremos que cometam ações abusivas, até porque isso vai contra nossas próprias leis.
*Dimi acena em concordância e aceitação*
DiceScarlata- MESTRE
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Holocausto
Alex
A conversa na carruagem prosseguia. Alex aprende que há muitos países naquele mundo, mas bem menos do que os que existem na Terra. Além de Ofir, Vaphoey (Alex percebe que consegue entender o significado do nome, "Norte Florido", embora seja um idioma bem distinto do ofiriano – no caso, Hadassah lhe explica que é o mugal), Thule ("o limiar" ou "última" em outro idioma, desconhecido), Jambu, o Império Mugal, a Confederação Acaia (cujas duas cidades—estado membras, Themiskura e Gargareis, haviam sido as atacadas em larga escala recentemente) e a Comuna de Atlântis haviam se comprometido. De fato, a sugestão da aliança havia partido da Comuna e de Vaphoey, nações muito jovens e aliadas de primeira hora – a Comuna era uma cidade-estado com cinquenta anos de idade, formalmente capital do Império Atlante, embora independente. Já Vaphoey tinha dez anos e fora formada em uma revolução de ex-escravos fugidos de Agarta.
O Império Atlante, que ocupava metade do mundo, havia mostrado boa vontade com a proposta, mas ainda não havia batido o martelo. Era uma nação muito grande com uma estrutura política complexa cujas decisões desse porte demoravam um pouco para ocorrer. Entretanto, Jedidiah se mostrou confiante de que acabariam aderindo.
O grande recalcitrante era Agarta, o outro império cujo território ocupava boa parte do planeta. Os agarti eram naturalmente isolacionistas, xenofóbicos e desconfiados de estrangeiros. Nem mesmo reconhecia Vaphoey como uma nação autônoma, sem falar que os dois países estavam formalmente em guerra. Também era inimiga dos atlantes, em uma situação de "guerra fria" que à Alex lembrava o conflito de ideias entre Estados Unidos e União Soviética. Ambos os países representavam visões de mundo opostas e, embora nos reinos federados do Império Atlante também se praticasse escravidão, havia mais liberdade do que entre os agarti, cujas vidas estavam totalmente subordinadas ao estado teocrático que os governava.
Bárria também demonstrou interesse, mas eles estão receosos por serem teoricamente vassalos de Agarta, embora sejam na prática independentes. O mesmo pode ser dito de Aíria, outra nação vassala.
Assim estavam resumidos os países daquele mundo. Quanto aos idiomas, o senzar era o idioma dominante no Império Atlante, embora naquele país se falasse também o tlavatli – um povo que teve seu próprio império no passado. Já o agarti era o idioma do Império de Agarta, sendo senzar e agarti os idiomas mais economicamente influentes do mundo, a ser dominado por mercadores e viajantes. Entretanto, a língua da ciência, filosofia e diplomacia era o cari. O Império Cari fora uma poderosa nação que no passado distante espalhara-se por mais de um continente, mas caíra e fora dominado pelos seus sucessores, atlantes e agarti. Entretanto sua influência cultural permanecia, mais ou menos como a cultura romana nos países ocidentais da Terra.
Além destes idiomas, havia também o ofiriano e o acaio, derivados do agarti, além do idioma dengu falado em Thule.
Havia outros mandamentos também. Era preciso apoiar os "filhos e filhas de El" onde estes sofressem perseguição, valorizar a comunidade e agir sempre pelo bem comum. Há uma forte ênfase no passado das Treze Tribos como vítimas de escravidão e como escaparam de seu jugo atravessando o mar "andando por sobre as ondas". Alex percebia que El tinha uma ligação com a água: segundo a cosmogonia resumida por Hassadeh, no início só havia as Águas do Firmamento e El as dividiu em duas, havendo entre elas o ar e a terra seca. Abaixo ficou a água salgada e acima a água doce. El fez a água doce cair sobre a terra e daí surgiram os rios e lagos. A chuva fez brotar também as plantas e criou os animais. Da lama criada da combinação de água e terra fez o primeiro homem e a primeira mulher. Seu sopro, relacionado à brisa marinha, deu-lhes alma e vida.
El era servido por uma série de espíritos chamados gênios ou djinn, como Kerubin e Ofanin. Uma pessoa santa podia invocar os gênios em situações excepcionais para ajudar o povo de El. Também era possível invocar seu poder.
A um homem era permitido ter somente uma esposa, exceto se esta se tornasse estéril, quando poderia então tomar uma segunda esposa. Podia ter concubinas, desde que pudesse mantê-las. Uma viúva herdava as propriedades do marido e era responsável por zelar pelas concubinas deste, mas estas deveriam servi-la como se fosse sua própria mãe. Hassadeh, ela mesma, era viúva há mais de duzentos anos e seu falecido marido era um nobre atlante que converteu-se à Fé em El e cujo filho acabara por se tornar vice-rei. Era muito importante para um homem casar-se e gerar filhos e não era considerado um adulto pleno antes disso.
Ela também passou rapidamente pelas leis. A desobediência podia implicar em sacrifícios expiatórios, penitências, flagelamento e a mais extrema, a excomunhão e banimento da comunidade. Um excomungado era expulso de sua família e comunidade, seria marcado e nunca encontraria abrigo com outro ofiriano. Sem oportunidades, teria que deixar Ofir e buscar refazer sua vida em outra nação, muitas vezes sem nada além da roupa do corpo. Os ofirianos eram gregários e as comunidades deles no estrangeiro apoiavam-se fervorosamente, mas um excomungado seria visto até pior que um gentio – alguém que não era devoto de El. As punições eram duras: roubo era punido com flagelamento na primeira vez, mas com amputação dos dedos de uma mão na segunda, e banimento na terceira vez. Castração era reservada a estupradores e assassinato era punido com morte por apedrejamento – "olho por olho, dente por dente". Bruxaria e necromancia eram crimes graves, punidos com castração (isso reduz drasticamente o poder mágico, segundo Hadassah) e imolação no fogo.
O Império Atlante, que ocupava metade do mundo, havia mostrado boa vontade com a proposta, mas ainda não havia batido o martelo. Era uma nação muito grande com uma estrutura política complexa cujas decisões desse porte demoravam um pouco para ocorrer. Entretanto, Jedidiah se mostrou confiante de que acabariam aderindo.
O grande recalcitrante era Agarta, o outro império cujo território ocupava boa parte do planeta. Os agarti eram naturalmente isolacionistas, xenofóbicos e desconfiados de estrangeiros. Nem mesmo reconhecia Vaphoey como uma nação autônoma, sem falar que os dois países estavam formalmente em guerra. Também era inimiga dos atlantes, em uma situação de "guerra fria" que à Alex lembrava o conflito de ideias entre Estados Unidos e União Soviética. Ambos os países representavam visões de mundo opostas e, embora nos reinos federados do Império Atlante também se praticasse escravidão, havia mais liberdade do que entre os agarti, cujas vidas estavam totalmente subordinadas ao estado teocrático que os governava.
Bárria também demonstrou interesse, mas eles estão receosos por serem teoricamente vassalos de Agarta, embora sejam na prática independentes. O mesmo pode ser dito de Aíria, outra nação vassala.
Havia um tom de desprezo na voz de Hadassah. "Manu" era o título formal do monarca de Agarta e podia ser traduzido como "imperador".Hadassah bat Avihail
Por fim, Bárata é uma "pequena Agarta" e com certeza seguirão o que o seu suserano, o Manu, decidir.
Assim estavam resumidos os países daquele mundo. Quanto aos idiomas, o senzar era o idioma dominante no Império Atlante, embora naquele país se falasse também o tlavatli – um povo que teve seu próprio império no passado. Já o agarti era o idioma do Império de Agarta, sendo senzar e agarti os idiomas mais economicamente influentes do mundo, a ser dominado por mercadores e viajantes. Entretanto, a língua da ciência, filosofia e diplomacia era o cari. O Império Cari fora uma poderosa nação que no passado distante espalhara-se por mais de um continente, mas caíra e fora dominado pelos seus sucessores, atlantes e agarti. Entretanto sua influência cultural permanecia, mais ou menos como a cultura romana nos países ocidentais da Terra.
Além destes idiomas, havia também o ofiriano e o acaio, derivados do agarti, além do idioma dengu falado em Thule.
E por fim o mugal, falado no Império de mesmo nome.Rei Jedidiah
Os dengus são os ancestrais dos agarti, embora estes não gostem de lembrar disso... eles acham que são "puros", criados perfeitos pelos seus deuses.
Também havia o lemuriano, falado pelos pequenos ziaans e pelos grandes lens de Jambu e das florestas insulares ao sul daquele país. Pelas descrições, ziaam era um tipo de "pigmeu" enquanto os lens pareciam lembrar os ogros do RPG, embora fossem bem mais civilizados. As duas raças viviam juntas e eram conhecidas coletivamente como "lemurianos" e suas terras eram a Lemúria.Hadassah bat Avihail
O Império Mugal também já foi grandioso, mas hoje de império só tem o nome, está reduzido a uma pequena nação em uma região montanhosa no extremo nordeste deste continente. Os agarti tomaram boa parte de seu território e escravizaram a maior parte de sua população.
Mas é quando chega o momento de falar de sua religião que Hadassah se empolga.Hadassah bat Avihail
Eu estive em Jambu algumas vezes. Boa parte do mundo parece pensar nos lemurianos como selvagens semi-inteligentes, mas posso garantir que são muito sábios e grandes conhecedores de magia, principalmente xamanismo. Há sim muitos que escolheram permanecer nas florestas, em pequenas tribos simbióticas de ziaans e lens que apoiam-se mutuamente, mas as cidades de Jambu não devem nada à Ofir ou Atlântida, eu garanto. Os lemurianos aprenderam a conviver em paz com a natureza verdejante que os cerca e constroem seus lares em amálgama com a floresta. São bem bonitas e agradáveis de se visitar e mesmo viver. Para alguém criada no deserto, como eu, pode imaginar como foi uma visão fascinante.
Os mandamentos de El era basicamente os Dez Mandamentos bíblicos: não cultuará outro deus, não fará imagens de El, não prestará falso testemunho, não roubar, não matar, santificar o décimo quarto dia (aqui Alex descobre que naquele mundo eles não tinham semana e sim "quatorzena", um período de quatorze dias), honrar pai e mãe, não cometer adultério, não cobiçar os bens e o cônjuge alheio.Hadassah bat Avihail
El, o Altíssimo, tirou seu povo da escravidão entre os agarti da atual Bárria para a liberdade nesta terra. Por meio de seu profeta, Alastor, forjou uma aliança. Nós recordamos e fortalecemos esta aliança por meio de gestos, rituais e sacrifícios constantes.
Se desejar se converter, Mestre Alex, primeiro receberá instrução. Se realmente El tocar seu coração, então será iniciado. Para isso será preciso circuncidar-se. A circuncisão é a forma de indicar que os homens se submetem a autoridade divina. Já as mulheres cortam os cabelos e os queimam no fogo sagrado. Mas só é preciso fazê-lo uma vez. Entre nosso povo essa confirmação se dá a partir do início da vida adulta, na puberdade. Para os homens é a idade em que podem empunhar uma lança, uma espada, um escudo e um machado. Para as mulheres é a partir da segunda menstruação. Mas qualquer adulto de qualquer povo que aceite viver sob nossas leis e seja escolhido por El pode aderir ao pacto com Ele.
Há pequenos rituais diários, orações feitas diante do altar doméstico, que terei prazer em lhe ensinar. Há as grandes festas, quando se deve oferecer um sacrifício de uma cabra ou ovelha, cuja carne será queimada em uma pira apropriada. Os procedimentos para o sacrifício também podem ser aprendidos.
No geral, El não pede muito neste sentido. Mais importante é viver conforme seus Mandamentos. Deve-se respeitar El acima de todos os deuses e somente a Ele prestar culto. Não lhe farás imagem de escultura. Não tomarás o nome Dele em vão nem em Seu nome prestarás falso testemunho...
Havia outros mandamentos também. Era preciso apoiar os "filhos e filhas de El" onde estes sofressem perseguição, valorizar a comunidade e agir sempre pelo bem comum. Há uma forte ênfase no passado das Treze Tribos como vítimas de escravidão e como escaparam de seu jugo atravessando o mar "andando por sobre as ondas". Alex percebia que El tinha uma ligação com a água: segundo a cosmogonia resumida por Hassadeh, no início só havia as Águas do Firmamento e El as dividiu em duas, havendo entre elas o ar e a terra seca. Abaixo ficou a água salgada e acima a água doce. El fez a água doce cair sobre a terra e daí surgiram os rios e lagos. A chuva fez brotar também as plantas e criou os animais. Da lama criada da combinação de água e terra fez o primeiro homem e a primeira mulher. Seu sopro, relacionado à brisa marinha, deu-lhes alma e vida.
El era servido por uma série de espíritos chamados gênios ou djinn, como Kerubin e Ofanin. Uma pessoa santa podia invocar os gênios em situações excepcionais para ajudar o povo de El. Também era possível invocar seu poder.
A um homem era permitido ter somente uma esposa, exceto se esta se tornasse estéril, quando poderia então tomar uma segunda esposa. Podia ter concubinas, desde que pudesse mantê-las. Uma viúva herdava as propriedades do marido e era responsável por zelar pelas concubinas deste, mas estas deveriam servi-la como se fosse sua própria mãe. Hassadeh, ela mesma, era viúva há mais de duzentos anos e seu falecido marido era um nobre atlante que converteu-se à Fé em El e cujo filho acabara por se tornar vice-rei. Era muito importante para um homem casar-se e gerar filhos e não era considerado um adulto pleno antes disso.
Ela também passou rapidamente pelas leis. A desobediência podia implicar em sacrifícios expiatórios, penitências, flagelamento e a mais extrema, a excomunhão e banimento da comunidade. Um excomungado era expulso de sua família e comunidade, seria marcado e nunca encontraria abrigo com outro ofiriano. Sem oportunidades, teria que deixar Ofir e buscar refazer sua vida em outra nação, muitas vezes sem nada além da roupa do corpo. Os ofirianos eram gregários e as comunidades deles no estrangeiro apoiavam-se fervorosamente, mas um excomungado seria visto até pior que um gentio – alguém que não era devoto de El. As punições eram duras: roubo era punido com flagelamento na primeira vez, mas com amputação dos dedos de uma mão na segunda, e banimento na terceira vez. Castração era reservada a estupradores e assassinato era punido com morte por apedrejamento – "olho por olho, dente por dente". Bruxaria e necromancia eram crimes graves, punidos com castração (isso reduz drasticamente o poder mágico, segundo Hadassah) e imolação no fogo.
Hadassah bat Avihail
Possuir a mulher ou filha de outro homem é considerado estupro também, não importa se houve ou não anuência desta. Uma mulher adúltera é punida com flagelamento e seu marido, amo ou pai pode expulsá-la de casa. Uma mulher marcada assim normalmente não encontrará marido ou amo e terá que se reduzir à prostituição para sobreviver. Digo-lhe isso não para alarmá-lo, jovem, mas apenas para pedir-lhe que tenha isso em consideração caso venha a se interessar por uma das filhas de El.
Não havia escravidão em Ofir, mas havia servidão – uma pessoa podia oferecer a si mesma a serviço de outro em troca de abrigo, comida e demais necessidades, inclusive dinheiro. Diferente de escravos, servos eram pessoas, podiam ter sua própria família (que não necessariamente era servil) e não podiam ser vendidos ou trocados. Mas havia flagelamento judicial para servos desobedientes.Rei Jedidiah
Irei providenciar concubinas para o Herói, não há porque se preocupar com isso. Tenho certeza de que Mestre Alex saberá respeitar nossas mulheres.
Hadassah bat Avihail
Mas o culto a El não é sisudo ou rígido. Nós celebramos nossa aliança com alegria e grandes festivais. Quando El se agrada envia uma leve chuva seguida por um arco-íris, o símbolo de nosso pacto com Ele.
- Off:
- Data de Atualização: 08/10, sexta-feira.
- Protagonistas:
- Alex. PV(14) 14. PM(06) 06. PH(00) 00.
Padre Judas- MODERADOR
- Mensagens : 1170
Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
Muitos países, eram informações demais e certamente ia esquecer.
Pensa um pouco sobre o assunto.
A situação de vários países em potencial guerra e uma ameaça global lembrou muito o início de 2020 para Alex, mas nada disse.
Ao começar as explicações sobre idiomas, contou oito idiomas
A parte da iniciação assustava, mas tinha tempo antes dela vir de fato a acontecer.
Ainda havia muito que aprender
Alex
Eu vou precisar de tempo, papel e caneta para lembrar disso tudo. Me parece que Atlante é bem burocrática pelo tamanho e Agarta está esperando a decisão dela, já que são inimigas.
Pensa um pouco sobre o assunto.
Alex
Agarta não gosta de estrangeiros, coisa que alianças mundiais vão ter, eu acredito que é melhor esperar Atlante. Mas seguirei o que Malkut decidir.
A situação de vários países em potencial guerra e uma ameaça global lembrou muito o início de 2020 para Alex, mas nada disse.
Ao começar as explicações sobre idiomas, contou oito idiomas
Alex
De onde vim, este idioma é o Português, espero não ter problemas de comunicação e estou disposto a aprender novos.
Alex
Eu vou precisar de instrução, sinto que é o caminho certo a seguir.
A parte da iniciação assustava, mas tinha tempo antes dela vir de fato a acontecer.
Alex
Acredito que papel e caneta também, foram muitas informações, não lembrarei de tudo tão facilmente.
Hadassah bat Avihail
Caneta?
Rei Jedidiah
Imagino que esteja falando dos duracálamos.
Hadassah bat Avihail
Entendo. Claro, receberá tudo o que precisar.
Ainda havia muito que aprender
Astirax- Nível 2
- Mensagens : 234
Holocausto
Alex
Alex foi colocado em um quarto luxuoso do palácio real, com duas servas para atendê-lo e guardas de prontidão. No dia seguinte partiram em viagem pelo deserto e um dia depois chegaram a um lugar cercado por uma muralha protegida por guardas. Dentro dela, além do alojamento dos soldados e uma ala reservada à realeza e visitantes ilustres, havia um círculo de pedras.
Após avaliar todas, Alex sentiu intimidade com uma específica e, ao tocá-la, mudou. O poder fluiu por ele e percebeu que possuía agora habilidades curativas. Sabia institivamente que era um "Clérigo".
Após retornarem encontrou o outro Herói, o jovem Davíd, que tinha somente quinze anos – embora pelas leis locais já fosse um homem adulto.
Alguns meses se passaram quando Hadassah chamou os dois.
Após avaliar todas, Alex sentiu intimidade com uma específica e, ao tocá-la, mudou. O poder fluiu por ele e percebeu que possuía agora habilidades curativas. Sabia institivamente que era um "Clérigo".
Após retornarem encontrou o outro Herói, o jovem Davíd, que tinha somente quinze anos – embora pelas leis locais já fosse um homem adulto.
Durante os meses seguintes Hadassah desligou-se do cargo de Juíza e pessoalmente cuidou de seu treinamento e educação, tanto nas habilidades heroicas quanto na religião. Davíd estava sempre junto e era um "Bardo" e seu poder era "Inspiração", que lhe permitia incentivar os demais a atacar com precisão. Isso era um pequeno problema.Davíd
Que bom, agora não preciso treinar sozinho.
Davíd tinha outras habilidades – ele era um mago com forte conexão com seu Deus, El. Sempre que entoava seus cânticos, conseguia obter alguns efeitos que podiam ser impressionantes, como acelerar o crescimento de plantas, produzir chuva, entre outros.Hadassah bat Avihail
Ambos são bons em ajudar os outros, mas possuiriam dificuldades se lutassem sozinhos. Hm...
Alguns meses se passaram quando Hadassah chamou os dois.
Ela os guia pelos corredores do palácio.Hadassah bat Avihail
Conseguimos estabelecer uma aliança com Vaphoey e a Comuna de Atlantis. Temo que Agarta não se unirá a nós, eles tratam a invasão ymir como mais uma ameaça entre inúmeras e para eles não há diferença entre ymir, atlantes ou Vaphoey, consideram todos inimigos a serem aniquilados. Continuaremos tentando, mas nossas esperanças são poucas. Não creio que os deuses agarti se permitirão ser tocados pela sabedoria de El e o livre-arbítrio deve ser respeitado.
Eles chegam a uma sala de reuniões onde há várias pessoas – nem todas humanas. Uma delas se ergue. Um homem na faixa dos trinta ou quarenta, com barba e usando um par de óculos.Hadassah bat Avihail
Como parte dos acordos, a liderança dos Heróis recairá sobre o mais antigo e experiente deles, um homem que atende pelo nome de Judas.
Judas
Ah, os Heróis de Ofir. Sou Judas, é um prazer conhece-los.
- Off:
- No seu post pode descrever suas ações nestes meses, sua rotina entre os treinamentos e fazer perguntas adicionais sobre o mundo e que queira mais esclarecimentos. Pode criar PdMs também. Por fim pode interagir com Judas pelo Telegram.
Data de Atualização: 15/10, sexta-feira.
- Protagonistas:
- Alex. PV(14) 14. PM(06) 06. PH(00) 00.
Padre Judas- MODERADOR
- Mensagens : 1170
Edwy
Judas nos levou até o encontro com seus superiores. Confesso que esperava algo um pouco diferente da recepção que tivemos. Algo mais rígido talvez, mas fomos bem recebidos e, acho que "acolhidos" poderia ser usado aqui. Nos questionaram o que achamos da cidade e Dice foi o primeiro a falar.
Lúsia toma a palavra.
Suspirei.
Foi quando uma ideia me ocorreu.
Neste momento Lúsia toma a palavra.
Judas faz um gesto com a cabeça, mas antes que diga algo Hoengseng intervém:
Judas balança a cabeça, afirmativamente.
Ela balança a cabeça afirmativamente.
Edwy
- Já eu, confesso que estou desanimado. Não me entenda errado, não digo que sua cidade é ruim, mas vocês me parecem já ter tudo de que precisam, de forma que não consigo achar um propósito. Não me vejo sendo capaz de contribuir com qualquer coisa aqui. Mesmo que me chamem de herói, minhas capacidades são muito inferiores às dos outros dois.
Lúsia toma a palavra.
Lúsia de Calípolis
Bem, no momento precisamos mesmo de suas habilidades para enfrentar os ymir. Tenho certeza de que vivendo aqui vai acabar encontrando outras formas de colaborar com nossa sociedade, se for seu desejo.
Edwy
- Não é exatamente um desejo. Se tivesse que desejar, gostaria de estar na minha casa me preparando para mais um dia de trabalho. No entanto, estou aqui. Claro que não estou dizendo que a culpa é de vocês. Ou melhor, independente de haver ou não culpado, ou de ele ser punido ou não, nada irá mudar o fato de que estamos aqui e não temos vislumbre de retorno. Evidentemente não planejamos desistir de voltar, mas acredito que quanto antes nos adaptarmos, melhor para nossa saúde mental. Se não fizermos isso, acho que vamos acabar enlouquecendo. Afinal, imagino que as magias de cura não devem ser capazes de tratar esse tipo de transtorno.
Judas
De fato, transtornos mentais por aqui são tratados como na Terra, com conversas com xamãs e bruxos, com ajuda de medicamentos.
Bem, já passei por esses problemas e acabei encontrando meu lugar. Tenho confiança de que também irão e ainda podemos encontrar um caminho para a Terra. Se isso acontecer, espero que enviem uma mensagem para minha família por mim e digam-lhes que estou bem. Se bem que provar isso seria complicado, então melhor não falarem nada.
Edwy
- Também não adianta esquentarmos muito a cabeça com algo que não sabemos se será possível. Se encontrarmos um caminho para casa, então podemos pensar em enviar uma mensagem para sua família. E por falar nisso, eu gostaria de recuperar meus pertences. Existe essa possibilidade?
Judas
Seus pertences? Eles ficaram em Xambala... não sei onde poderiam estar ou mesmo se ainda existem, sinto muito. Eu perdi tudo também, incluindo meu celular.
Suspirei.
Edwy
- Eu meio que já imaginava isso. Mas cara… todas as minhas apostilas estavam lá, meus livros de enfermagem e RPG também, inclusive vários jogos que ainda não fechei. Droga. Tenho tudo na nuvem, mas não adianta nada aqui. Sério cara, fiquei pra baixo legal agora. Definitivamente preciso achar algum propósito logo.
Judas
Nunca tive o costume de guardar coisas na nuvem, no celular tinha livros e fotos, que lamento não poder recuperar. Mas assim é a vida...
Edwy
- Que pena. A nuvem é realmente algo prático. Você pode acessar qualquer arquivo seu de qualquer lugar.
Foi quando uma ideia me ocorreu.
Edwy
- Parado pra pensar, quando fomos invocados, os agarthi pareciam saber muito sobre nós e sobre nosso mundo. Como eles conseguiram essas informações?
Judas
Evitei contar coisas relevantes, mas acabei contando algumas coisas quando estive com eles.
Edwy
- Entendo. Por um momento tive esperança que havia alguma forma de se obter informações sobre o outro lado. Mas se fosse assim eles já teriam recriado algumas de nossas armas mais perigosas. Então acho que é uma boa notícia. Mas é um pouco frustrante não ter meios de recuperar as informações que tinham no celular. A menos que vocês tenham algum método para recuperar memórias subconscientes. Existe?
Judas
Bem, bardos podem traduzir textos em qualquer língua... tinha alguma planta de bomba nuclear nos seus celulares? Espero que não.
Existem sim, diversos métodos para recuperar memórias. Bardos são os melhores nisso, mas xamãs também, devido à versatilidade deles. ACHO que iogues também, pois sua área é o domínio do próprio corpo.
Teria que ver com Sistu isso, ele é o único mestre iogue que conheço.
Edwy
- Não. Mas se houvesse alguma forma de acessar informações do outro lado, seria fácil replicar nossas armas. A Internet tem todos os tipos de informações. Só que o que eu quero mesmo é recuperar o conhecimento dos livros que li, entre outras coisas. Por serem algo que não faziam parte do meu cotidiano, eu sei que tive contato, no entanto, não recordo com precisão ou detalhes suficientes.
Judas
Sim. É, não dá. Se fosse possível nos comunicarmos com a Terra, tudo seria mais fácil, né?
Edwy
- Seria ótimo poder se comunicar, mas se só pudéssemos obter informações já seria bom demais. Como no anime Dog Days, em que as princesas usam visão das estrelas para ver o outro mundo, ou aquele outro onde o protagonista vai para outro mundo com um smartphone que pode acessar a Internet. Mas enfim, eu gostaria de recuperar as memórias do meu subconsciente. Não que eu ache que vá ser de muita utilidade, mas meu lema é "é melhor ter e não precisar do que precisar e não ter".
Judas
Sim, entendo. Bem, posso te por em contato com as pessoas que podem te ajudar nisso. É magia. Conversaremos depois.
Edwy
- Obrigado. Agora, voltando ao assunto principal, como seria o trabalho dos heróis?
Neste momento Lúsia toma a palavra.
Lúsia de Calípolis
Vocês serão integrados ao Exército de Vaphoey, sob o comando do Polemarco Judas, como parte de sua Unidade Especial. Fora das missões terão folgas, mas permanecendo de sobreaviso. Sei que os agarti lhes deram treinamento, então farão apenas uma adaptação, pois nossas tradições militares são diferentes.
Na Unidade vocês não apenas combaterão os ymir, mas os membros dela também realizam missões secretas, principalmente envolvendo apoio ao nosso pessoal em zonas de combate contra Agarta. A real natureza dessas missões só saberão depois que fizerem o juramento.
Pois, sim, como agentes do Estado vocês terão que jurar por Samya respeitar nossas leis e defender nossa pátria, assim como manter os segredos de estado que venham a descobrir. Claro que poderão sair a qualquer momento, mas ainda terão que manter os segredos. É um contrato de trabalho normal, mesmo que a natureza do serviço não seja.
Edwy
- Imagino que com isso passamos a ter a cidadania de Vaphoey. Temos algum outro benefício tipo assistência médica?
Lúsia de Calípolis
Funcionários públicos possuem acesso a serviços médicos completos.
Edwy
- Quanto ao nosso pagamento, gostaria de saber o quanto vamos ganhar? Sem querer ser desrespeitoso, mas um funcionário insatisfeito tende a deixar a desejar em seu serviço. Claro que como recém chegados, não temos muita ideia de um valor justo, então acho que seria mais prudente deixarmos essas negociações com o Judas. Pode ser Judas?
Judas faz um gesto com a cabeça, mas antes que diga algo Hoengseng intervém:
Hoengseng Yay
Vocês entrariam como oficiais do Exército, ganhando de acordo. Seriam 30.000 mans, além de um apartamento com três quartos no Distrito de Nova Acaia. E vocês podem comer no refeitório do quartel, claro, então não precisam gastar com alimentação. Nós também lhes daremos uniformes, além de serviços médicos. São excelentes condições, eu garanto.
Judas balança a cabeça, afirmativamente.
Judas
Com a experiência, podem ser promovidos como eu e ganhar ainda mais. Eu moro em uma boa casa, mas meu posto e responsabilidades são maiores e minha esposa também tem um cargo elevado, então é normal que nosso rendimento familiar seja maior, mas contratamos serviços domésticos e babá para nosso filho, o que neste país custa uma pequena fortuna...
Edwy
- Imagino que esse apartamento seja para dividirmos, certo? Não tenho nada contra. É reconfortante ter conhecidos quando se está em um lugar desconhecido.
Ela balança a cabeça afirmativamente.
Kaidre- Nível 2
- Mensagens : 165
Re: Isekai RPG: O Que Eu Fiz Para Merecer Ser Um Cão Do Exército? [ON]
O momento mais esperado havia chegado, a confirmação se aquilo era um sonho ou realidade, tocando uma daquelas pedras e sentindo o poder chegar.
Sentia muito, precisava treinar, praticar, entender. Lembrou de Caverna do Dragão e teve uma ideia. Mentalizou segurar um Arco e puxou uma flecha, disparou e estava satisfeito, até perceber que ela ia destruir algo, correu por instinto e conseguiu se por à frente, recebendo a flecha que sumiu instantes depois. Sabia que a Luz curava ferimentos e o fez, e depois pensou.
o quão rápido ele era, e os outros? Fazia sentido Arco e Flecha se todos podiam chegar no Corpo a Corpo tão fácil?
Lembrou-se de Yuyu-Hakusho e teve a ideia de materializar uma espada de luz com sucesso, praticou alguns golpes.
Teve acesso a armas variadas para treinar, porém nenhuma delas parecia de fato aprimorar seu estilo de combate.
Além do que os óculos atrapalham...
Alex removeu os óculos e usou a Luz Curativa, como um teste para saber se removia essa condição, deu certo, sua visão estava restaurada.
Entendia qualquer coisa falada ou escrita, uma dadiva de El, então se não precisava aprender o basico, podia focar em aprender a religião.
Estava tão focado em autodescoberta que só interage com Davíd quando ele inicia uma conversa ou chama para treinar.
Precisaria desenvolver melhor essa relação, e assim dois meses se passaram. Entendia o que sabia fazer na teoria, pratica e realidade ainda iam ser postas a prova quando Hadassah veio com novidades da Aliança.
Apesar de tudo, o nome incomodava, era um nome bíblico com história que alex desconhece, pois nunca estudou a fundo a bíblia, só sabia o que era comum a todos.
Como um outro Exilado tinha certeza que ele entenderia a pergunta.
Observou como Hadassah e Davíd reagiriam, eles conhecem seu verdadeiro nome.
Judas sorri.
Mas Davíd faz uma cara de estranheza e Hadassah ergue uma sobrancelha. Entretanto, dá de ombros.
Sentia muito, precisava treinar, praticar, entender. Lembrou de Caverna do Dragão e teve uma ideia. Mentalizou segurar um Arco e puxou uma flecha, disparou e estava satisfeito, até perceber que ela ia destruir algo, correu por instinto e conseguiu se por à frente, recebendo a flecha que sumiu instantes depois. Sabia que a Luz curava ferimentos e o fez, e depois pensou.
o quão rápido ele era, e os outros? Fazia sentido Arco e Flecha se todos podiam chegar no Corpo a Corpo tão fácil?
Lembrou-se de Yuyu-Hakusho e teve a ideia de materializar uma espada de luz com sucesso, praticou alguns golpes.
Teve acesso a armas variadas para treinar, porém nenhuma delas parecia de fato aprimorar seu estilo de combate.
Além do que os óculos atrapalham...
Alex removeu os óculos e usou a Luz Curativa, como um teste para saber se removia essa condição, deu certo, sua visão estava restaurada.
Entendia qualquer coisa falada ou escrita, uma dadiva de El, então se não precisava aprender o basico, podia focar em aprender a religião.
Estava tão focado em autodescoberta que só interage com Davíd quando ele inicia uma conversa ou chama para treinar.
Alex
Isso é bem curioso Davíd, entendo qualquer coisa falada ou escrita, vamos ter mais tempo de treino já que só preciso aprender sobre El.
Precisaria desenvolver melhor essa relação, e assim dois meses se passaram. Entendia o que sabia fazer na teoria, pratica e realidade ainda iam ser postas a prova quando Hadassah veio com novidades da Aliança.
Alex
Hadassah, cada vez mais vejo semelhanças entre El e o Deus do Mundo que vim, talvez sejam o mesmo.
Judas? Ele é um Exilado também?
Hadassah bat Avihail
El é onipotente e onipresente, então não seria estranho que ele fosse conhecido e cultuado em outros mundos. É maravilhoso!
Sim, ele é um Exilado. Foi invocado pelos agartis, mas escapou e agora trabalha com Vaphoey.
Alex
Óculos, Terno e Gravata, voce era Executivo na Terra então. ou um Gerente.
Apesar de tudo, o nome incomodava, era um nome bíblico com história que alex desconhece, pois nunca estudou a fundo a bíblia, só sabia o que era comum a todos.
Alex
Judas é seu verdadeiro nome?
Como um outro Exilado tinha certeza que ele entenderia a pergunta.
Judas
Neste mundo, sim.
Alex
Aaaa... stirax então, Astirax.
Novo mundo, novo nome.
Observou como Hadassah e Davíd reagiriam, eles conhecem seu verdadeiro nome.
Judas sorri.
Judas
Certo. Prazer em conhecê-lo então, "Astirax".
Mas Davíd faz uma cara de estranheza e Hadassah ergue uma sobrancelha. Entretanto, dá de ombros.
Astirax
Qual nosso próximo passo?
Astirax- Nível 2
- Mensagens : 234
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